sábado, 24 de outubro de 2009

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

ÓRION , Uma das maravilhas do Céu





Orionte   -  ÓRION                                         

Uma das maravilhas do céu



Imagem da constelação de Orionte no Atlas de Hevelius.
 
Todos estaremos de acordo em que o nosso céu está cheio de belezas extraordinárias e que há constelações magníficas. Mas, sem querer menosprezar as outras, de todas a que mais me encanta é sem dúvida a maravilhosa constelação de Orionte. A sua beleza prende-nos de tal forma o olhar que a sua contemplação convida mais ao silêncio do que a uma dissertação sobre um qualquer tema relacionado com ela.

Dados astronómicos de Orionte

A constelação de Orionte é a mais magnificente de todo o céu.
 A sua razoável extensão aliada ao notável brilho de muitas das suas estrelas e o facto de estar situada sobre o equador celeste, levam a que seja visível, pelo menos em parte, de todos os pontos da Terra. Na verdade nem sequer é das maiores, pois com 594 graus quadrados é a 26ª da lista das constelações ordenada segundo as respectivas áreas.

O início do Inverno do hemisfério norte é uma excelente época para a ver nas primeiras horas da noite.

As três estrelas bem alinhadas que formam o cinturão – Delta, Épsilon e Zeta – são conhecidas popularmente como as Três Marias ou ainda como Reis Magos. Todas elas são estrelas muito quentes, o mesmo acontecendo com Beta (Rigel), pelo que mostram cor azulada.

Alfa (Betelgeuse) é uma gigante vermelha cujo volume é tão grande que se fosse colocada no centro do Sistema Solar, atingiria a órbita de Júpiter. Se estivesse à mesma distância que Sírio, ao ser vista da Terra, o seu brilho seria como o da Lua em quarto crescente. Tem uma baixa temperatura superficial (pouco mais de 3000 ºC).


As nebulosas M42/M43 (em baixo à direita) e IC435/NGC2024 (em cima à esquerda). Crédito:Johannes Schedle.
 
Para sul do Cinturão, uma observação atenta permite detectar uma nebulosidade. Trata-se duma das mais belas nebulosas dos nossos céus. Situada a uma distância que ronda os 1400 anos-luz, portanto com um diâmetro superior a 20 anos-luz, é um ninho onde se estão a formar novas estrelas – tem matéria suficiente para formar dez mil como o Sol – e algumas das já formadas têm uma emissão de energia tão intensa que iluminam o conjunto da nebulosa.

Deste ninho terão já saído várias estrelas, algumas agora muito afastadas entre si, como é o caso de Miú da Pomba (no hemisfério celeste sul) e AE do Cocheiro (em pleno hemisfério celeste norte), ou de Iota de Orionte que ainda está próxima.

Para observar com binóculo ou pequeno telescópio

O conjunto formado por M 42 e M 43 forma a famosa nebulosa de Orionte, detectável a olho nu em local adequado. Com telescópio nota-se uma coloração esverdeada. M 78 é uma nebulosa de emissão difusa e onde se podem ver algumas estrelas. NGC 2024 e NGC 2068 são nebulosas difusas. Duma forma geral, um «passeio» com um binóculo através desta zona do céu é muito gratificante, pois nela abundam estrelas de grande brilho.

Curiosidades

J. Schiller ao tentar cristianizar as constelações, fez desta zona do céu S. José, o marido da Virgem Maria. Visto da Terra, o diâmetro de Betelgeuse é de 0,047”, o que equivale à espessura de um cabelo a 500 metros de distância! O nome mais curioso dado às três estrelas do cinturão de Orionte deverá ter sido o usado por Germânico César: Vagina, cujo significado é «Bainha do Sabre».


Região central do aglomerado do Trapézio. Crédito: NASA/ESA/J. Bally, D. Devine & R. Sutherland.

O Trapézio

Um dos aspectos mais fascinantes da observação de Orionte é a região da sua encantadora nebulosa de emissão. Nessa localização, a olho nu pode ver-se a “estrela” designada como Teta de Orionte é na verdade um sistema estelar múltiplo completamente imerso na Grande Nebulosa de Orionte. Com um pequeno binóculo notam-se duas estrelas, mas com instrumentos de maior abertura notam-se bem as quatro principais estrelas a formarem um pequeno trapézio. O facto de os lados desse trapézio terem medidas que vão de 9 a 19 segundos de arco obriga a uma razoável abertura do instrumento.

As estrelas que formam os vértices do Trapézio têm magnitudes que vão dos 5,4 para a mais brilhante até aos 7,5 da mais discreta. No entanto, recorrendo a instrumentos de maior abertura, podem ver-se mais duas estrelas, ambas de magnitude aparente 11. Na verdade, e aqui está o maior fascínio desta região do céu, as seis estrelas antes enumeradas são apenas as mais brilhantes de um enorme grupo do qual mais de 300 têm um brilho aparente superior ao da magnitude 17. Todas estas estrelas são muito jovens, provavelmente com menos de 300 000 anos. Aliás os membros mais jovens do grupo ainda não concluíram o processo de contracção gravitacional, ou seja, ainda não entraram na chamada “sequência principal”.


Autoria:


Imagem do Dia: Objecto Herbig-Haro 34

2009-10-23

Crédito: European Southern Observatory (ESO).
Telescópio: Very Large Telescope - Kueyen (Paranal Observatory, ESO).
Instrumento: FOcal Reducer/low dispersion Spectrograph 2 (FORS2).
 
A imagem mostra um objecto estelar jovem Herbig-Haro, HH 34, numa fase proto-estelar de evolução. Encontra-se numa região de formação de estelas da Grande Nebulosa de Orionte (M 42), uma das regiões de maior produção de novas estrelas na nossa vizinhança, a uma distância da Terra de cerca de 1500 anos-luz. Este objecto, de aparência notavelmente complicada, inclui dois jactos em direcções opostas, cujo material colide com o meio interestelar ambiente. As regiões de choque onde se dão as colisões aparecem, na imagem, em cor esverdeada na forma de arcos ao longo do eixo dos dois jactos opostos. Um dos jactos é visível a vermelho, enquanto que o segundo jacto não se pode observar no óptico por estar dirigido para o interior denso da nebulosa. Os jactos são compostos por pequenos grúmulos ou "balas" de material ejectado a alta velocidade (cerca de 250 km/s). Do lado esquerdo da imagem podemos ver um filamento de material interestelar cuja forma lembra uma queda de água. Esta estrutura enigmática está ainda por explicar. Esta imagem foi obtida em Novembro de 1999.


Outras Imagens do Dia:
2009-10-24 - Gemini Norte
2009-10-22 - Enxame aberto M 37 (NGC 2099)
2009-10-21 - Colisão galáctica - NGC 2207 e IC 2163
2009-10-20 - Nebulosa "América do Norte" (NGC 7000)
2009-10-19 - NGC 520
2009-10-18 - Anel de estrelas jovens na galáxia NGC 4314
2009-10-17 - Galáxia M 51
2009-10-16 - Núcleos "cometários" em torno de estrela moribunda
2009-10-15 - Nebulosa de reflexão M 78 (NGC 2068)
2009-10-14 - NGC 4631 - A galáxia Baleia





Sejam felizes todos os seres.
Vivam em paz todos os seres.
Sejam abençoados todos os seres.


Abençoando somos  abençoados .


terça-feira, 20 de outubro de 2009

Anel de estrelas jovens na galáxia NGC 4314


Imagem do Dia: 

Anel de estrelas jovens na galáxia NGC 4314

18-10-2009

Crédito: G. Fritz Benedict, Andrew Howell, Inger Jorgensen, David Chapell (University of Texas), Jeffery Kenney (Yale University), Beverly J. Smith (CASA, University of Colorado), NASA.

Telescópio: Hubble Space Telescope (HST).


Esta imagem obtida pelo Telescópio Espacial Hubble (HST) mostra um anel de estrelas jovens recentemente formadas em torno do núcleo da galáxia espiral-barrada NGC 4314. Esta galáxia tem milhares de milhões de anos de idade, mas nos últimos milhões de anos a sua aparência tem mudado tremendamente. Esta mudança revela-se pela formação e desenvolvimento de um anel de estrelas jovens dispostas em torno do núcleo da galáxia. Esta região central, aqui vista através desta imagem do HST, é como uma pequena galáxia espiral, possuindo faixas de poeira e braços espirais. Desconhece-se o que terá dado origem a este anel de formação de estrelas.



FONTE: Portal do Astrônomo-© NUCLIO - Núcleo Interactivo de Astronomia 2001-2009
http://www.portaldoastronomo.org/npod.php?id=2574


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