O movimento artístico surgido na França, no início do século 20, e que mudaria o rumo da história das artes visuais. A atração traz depoimentos de Felipe Chaimovich, curador do Museu de Arte Moderna de São Paulo, Jorge Schwartz, diretor do Museu Lasar Segall (SP), Eugenio Carmona, curador da Coleção Telefônica, e Cauê Alves, curador e professor de arte. Eles traçam um perfil do Cubismo, desde o movimento impressionista no final do século 19 até os anos 40, quando a herança cubista frutifica no concretismo brasileiro. Com direção de Hélio Goldsztejn, roteiro e edição de Sônia Guimarães, a atração é apresentada por Adriana Couto e Felipe Aaukay. Participação especial de Antonio Abujamra, recitando o Poema de Sete Faces, de Carlos Drummond de Andrade.
O interesse de Johann Wolfgang von Goethe pelas cores foi instigado
pela natureza ótica do fenômeno e pela tradição colorística das pinturas
da Renascença com as quais teve contato em sua primeira viagem à Itália
entre os anos de 1786 e 1788.
A Teoria das Cores (Zur Farbenlehre) de Goethe foi
originalmente publicada em 1810. Com seu tratado sobre as cores de 1400
páginas, Goethe reformulou a teoria das cores de uma maneira
inteiramente nova, sendo o primeiro a ousar confrontar as idéias de
Newton sobre luz e cor. Newton via as cores como um fenômeno puramente
físico, envolvendo a luz que atinge objetos e penetra nossos olhos.
Goethe concebeu a ideia de que as sensações de cores que surgem em
nossa mente são também moldadas pela nossa percepção – pelos mecanismos
da visão e pela maneira como nosso cérebro processa tais informações.
O trabalho de Goethe continuou a fascinar cientistas por muitos anos,
dentre eles podemos destacar grandes nomes como Hermann von Helmholtz,
Werner Heisenberg, Walter Heitler e Carl Friedrich von Weizsäcker.
Recentemente, o teórico do Caos, Mitchell Feigenbaum, consultando o trabalho de Goethe, surpreendeu-se ao descobrir que “Goethe já tinha realizado um extraordinário conjunto de experimentos investigando as cores” e estava correto em suas observações.
Para sustentar a sua visão na qual as principais característica das
cores são a simetria e a complementaridade, Goethe propôs modificar o
círculo de Newton que possuia sete cores sustentadas sob ângulos
desiguais. Cria um círculo simétrico, onde as cores complementares
localizam-se em posições diametralmente opostas no círculo.
Epígrafe utilizada na introdução da Teoria das Cores de Goethe. “Se
nossas coisas são verdadeiras ou falsas, assim serão, ainda que a
defendamos por toda a vida. Após nossa morte, as crianças, que agora
brincam, serão nossos juízes.”
Para Newton, apenas as cores do espectro poderiam ser consideradas
como fundamentais. Goethe, baseando-se em seus experimentos, conclui que
cores, como o magenta, uma cor não espectral, possuem um importante
papel para completar o círculo das cores, o que é sustentado até nos
sistemas de cores mais modernos.
Artistas que lidavam com cores sentiram-se mais atraidos pela proposta de Goethe do que pela de Newton.
Um pintor fortemente influenciado pelas idéias de Goethe foi J. M.
W. Turner (1775-1851), cuja pintura “Luz e Cor (Teoria de Goethe)”
é exposta no ‘Tate Britain’ em Londres.
Teoria de Aristóteles
Os primeiros estudos sobre cores foram feitos na Grécia antiga por
Aristóteles. Segundo ele as cores existiam na forma de raios enviados
por Deus. Sua teoria não foi contestada até a Renascença quando sistemas
de cores mais sofisticados foram desenvolvidos por Aguilonius e Sigfrid
Forsius.
Para Aristóteles, as cores mais simples seriam aquelas dos elementos: terra, ar, fogo e água.
Sua visão era baseada na sua concepção de cor, na observação de que a
luz do sol, ao atravessar ou refletir em um objeto, tem sua
intensidade reduzida, escurece.
Através desse processo a cor seria produzida, ou seja, a cor seria
derivada de uma transição do claro para o escuro, ou ainda, de
outra forma, Aristóteles as via como uma mistura, uma composição, uma
sobreposição de preto e branco.
Essa visão, que permaneceu até a época de Newton (1642 a 1727), tem a
luz do sol como luz pura e portanto sem cor, a cor deve ser algum tipo
de constituinte permitindo objetos e meios serem opacos ou
transparentes, sendo capazes de degradar a pureza da luz incidente.
Algumas dúvidas com relação à teoria de Aristóteles começaram a ser levantadas no inicio do século XVII
devido à descoberta das cores interferentes – cores de películas muito
finas, tais como uma bolha de sabão – que mudam drasticamente conforme o
ângulo de observação. Essas películas pareciam possuir todas as cores
em si ao mesmo tempo e degradar a luz solar incidente de diferentes
maneiras dependendo do ângulo de observação.
Leonardo da Vinci, como Aristóteles, acreditava que as cores são
propriedade dos objetos. Em seu tratado sobre pintura escreveu: “A
primeira de todas as cores simples é o branco, embora os filósofos não
irão aceitar tanto branco como preto como cores porque branco é a causa
ou receptor de todas as cores, e o preto é a privação total delas. Mas
como os pintores não podem ficar sem ambas, as colocaremos dentre as
demais. (...) Podemos colocar o branco como representante da luz sem o
qual nenhuma cor pode ser vista, amarelo para a terra, verde para água,
azul para o ar, vermelho para o fogo e preto para a escuridão.”
A maior dificuldade com a abordagem da percepção proposta por
Aristóteles é a afirmação de que as faculdades sensoriais relevantes dos
sentidos tornam-se semelhantes aos objetos a que percebem. “O
conhecimento sensível, a sensação, pressupõem um fato físico, a saber, a
ação do objeto sensível sobre o órgão que sente, imediata ou à
distância, através do movimento de um meio. Mas o fato físico
transforma-se num fato psíquico, isto é, na sensação propriamente dita,
em virtude da específica faculdade e atividade sensitivas da alma. O
sentido recebe as qualidades materiais sem a matéria delas, como a cera
recebe a impressão do selo sem a sua matéria. A sensação embora limitada
é objetiva, sempre verdadeira com respeito ao próprio objeto; a
falsidade, ou a possibilidade da falsidade, começa com a síntese, com o
juízo. O sensível próprio é percebido por um só sentido, isto é, as
sensações específicas são percebidas, respectivamente, pelos vários
sentidos; o sensível comum, as qualidades gerais das coisas
tamanho, figura, repouso, movimento, etc. são percebidas por mais
sentidos. O senso comum é uma faculdade interna, tendo a função
de coordenar, unificar as várias sensações isoladas, que a ele confluem,
e se tornam, por isso, representações, percepções.”
Teoria de Newton
O conhecimento atual sobre luz e cor iniciou-se com os trabalhos de
Isaac Newton (1642-1726), uma série de experimentos cujos resultados
foram publicados na chamada “Nova Teoria da Luz e Cores”, em 1672, numa
carta formal à Royal Society of London. O principal experimento
realizado consistiu em dispor um prisma próximo a sua janela, projetando
um espectro, criado pela refração de um raio circular de luz branca, em
uma parede, mostrando as cores componentes:
vermelho,laranja,amarelo,verde,azul,anil e violeta.
Principiando pela observação de que a imagem criada não era circular, como o raio original, Newton inferiu os princípios de sua nova teoria: a luz solar seria formada de uma mistura de raios de diferentes “refratabilidade”.
Para mostrar que o prisma não estava colorindo a luz, a luz refratada foi colimada novamente, obtendo assim o branco.
Os artistas ficaram fascinados com a demonstração de Newton de que
apenas a luz seria a responsável pela cor e criaram uma disposição das
cores em círculo de conceitos, permitindo dispor as cores primárias
(vermelho, amarelo, azul) em posições diametralmente opostas às suas
complementares (por exemplo, o vermelho ficaria em oposição ao verde),
de maneira a mostrar que as cores complementares ficariam opostas umas
às outras através de um efeito de contraste óptico.
Newton foi o primeiro a organizar as cores em um círculo. Seu círculo
possuía sete cores principais que estava relacionadas aos sete planetas
e às sete notas musicais da escala diatônica: vermelho, laranja,
amarelo, verde, azul, anil, violeta. A teoria das três cores primárias:
vermelho, amarelo e azul foi proposta originalmente um século depois
pelo francês Jean C. Le Bon, sobre a qual foi publicado um tratado de
mistura de pigmentos. Essa teoria tornou-se a partir de então a base
para qualquer trabalho envolvendo pigmentos coloridos.
Teoria de Goethe
Goethe defende que o olhar é sempre crítico. Apenas olhar não seria
um estímulo, um estímulo é uma experiência que vai além do simples
observar, cria um vínculo teórico e leva o observador a tirar suas
próprias conclusões.
Cada
olhar envolve uma observação, cada observação uma reflexão, cada
reflexão uma síntese: ao olharmos atentamente para o mundo já estamos
teorizando. Devemos, porém, teorizar e proceder com consciência,
autoconhecimento, liberdade e – se for preciso usar uma palavra
audaciosa – com ironia: tal destreza é indispensável para que a
abstração, que receiamos, não seja prejudicial, e o resultado empírico,
que desejamos, nos seja útil e vital. (Doutrina das Cores. Esboço de
uma Doutrina das Cores - Goethe (tradução de Marco Giannotti)
Para Goethe a sensibilidade não é apenas receptividade, mas também impulsividade.
As cores devem ser interpretadas duplamente como Leiden (paixão) e como Tat (ação) da luz.
Die
Farben sind Taten des Lichts, Taten und Leiden. In diesem Sinne k¨onnen
wir von denselben Aufschl¨usse ¨uber das Licht erwarten. Farben und
Licht stehen zwar untereinander in dem genausten
Verh¨altnis,
aber wir m¨ussen uns beide als der ganzen Natur angehorig denken: denn
sie ist es ganz, die sich dadurch dem Sinne des Auges besonders
offenbaren will.(Zur Farbenlehre. Didaktischer Teil - Vorwort - Goethe)
As
cores são ações e paixões da luz. Nesse sentido, podemos esperar delas
alguma indicação sobre a luz. Na verdade, luz e cores se relacionam
perfeitamente, embora devamos pensá-las como pertencendo à natureza em
seu todo: é ela inteira que assim quer se revelar ao sentido da
visão. (Doutrina das Cores. Esboço de uma Doutrina das Cores - Goethe
(tradução de Marco Giannotti)
A natureza é algo construído pelos nossos olhos, e que existe apenas quando se revela aos sentidos.
“As leis naturais são feitas e relacionadas umas com as outras
como se a Faculdade de Julgar as houvesse produzido para o seu próprio
uso.”
A cor não é apenas a luz, mas também a impulsividade que nasce na paixão, no olhar como forma de criar a natureza.
A luz não só está dentro de cada um, como acaba se identificando com o próprio sujeito.
Nesse ponto, Goethe parece se aproximar da obra de Kant. Em sua
Crítica do Juízo a natureza é colocada de forma “estetizada”, pois o
homem julga a natureza da mesma maneira que interpreta uma obra de arte.
O estilo dessa obra de Goethe é alternadamente um discurso
rigorosamente científico ou um discurso poético, sendo as vezes chamado
de uma literatura científica. Por um lado a obra mostra-se como um
relato de um escritor versátil, poeta ábil e investigador da natureza,
herdeiro do Aufklarung, por outro é um relato tortuoso, fruto de uma
longa investigação que perdurou por mais de vinte anos e que jamais
pareceu estar concluída sendo chamada de ein Entwurf (um esboço).
O trabalho de Goethe é uma tentativa de ordenar e combinar os
fenômenos cromáticos para entender os princípios que os regem e como
essa ordenação nos leva a uma diferenciação em termos de estética.
O homem
só é levado ao desejo de conhecer se fenômenos notáveis lhe chamam a
atenção. Para que esta perdure, é preciso haver um interesse mais
profundo, que nos aproxime cada vez mais dos objetos. Observamos
então uma grande diversidade diante de nós. Somos obrigados a
separá-la, distingui-la e recompô-la, daí resultando uma ordenação que
pode ser apreciada com maior ou menor satisfação. (Doutrina das Cores. Esbo¸co de uma Doutrina das Cores - Introdução- Goethe (tradução de Marco Giannotti)
Os estímulos incidentes são primeiramente analisados, e assim
separando, decompondo a multitude do mundo que observamos. Após esse
processo de desagregação inicia-se a etapa de síntese, montagem, através
da qual extraímos informações, características e significados, tornando
possível a memorização, a comparação e a apreciação.
A natureza se revela ao sentido da visão através da luz e das cores e
assim é possível distinguir um objeto de outro, ou as várias partes de
um objeto. O mundo visível é re-construído, e cria-se uma dissociação
entre o queé e o que aparenta ser. Goethe retoma, nesse ponto, a idéia
de Kepler 3, quem define o olho humano como um produtor mecânico de
pinturas, definindo o “ver” como “pintar”, e a pintura como formativa de
imagem retiniana não-linear. Kepler foi o primeiro a separar o problema
físico da formação das imagens retinianas (o mundo visto) dos problemas
psicológicos da percepção (o mundo percebido).
Iluminismo.
Kepler foi uma figura marcante na revolução científica. Nascido na
Alemanha, tornou-se astrônomo, matemático e astrólogo. É mais conhecido
pelas suas leis de movimentação dos planetas. As vezes é referenciado
como o primeiro astrofísico teórico, embora Carl Sagan prefira chamá-lo
de o último astrólogo cientista.
E assim
construímos o mundo visível a partir do claro, do escuro e da cor, e com
eles também tornamos possível a pintura, que é capaz de produzir, no
plano, um mundo visível muito mais perfeito que o mundo real.(Doutrina
das Cores. Esboço de uma Doutrina das Cores - Introdução- Goethe
(tradução de Marco Giannotti)
Goethe estava convencido de que a totalidade da natureza se revela,
como através de um espelho, ao sentido da visão, através da dialética
entre dividir e fundir, intensificar e neutralizar. É pois através da
oposição e da transposição para o mundo da percepção que nascem os
conceitos, e resulta assim a apreciação e cria-se a estética como
objeto.
(...) a cor é um fenômeno elementar da natureza para sentido
da visão, que, como todos os demais, se manifesta ao se dividir e
opor, se misturar e fundir, se intensificar e neutralizar, ser
compartilhado e repartido, podendo ser mais bem intuído e
concebido nessas fórmulas gerais da natureza. (Doutrina das Cores.
Esboço de uma Doutrina das Cores - Introdução - Goethe (tradução de
Marco Giannotti)
“Para Goethe o princípio vital da natureza é, ao mesmo tempo, o da
própria alma humana, ambas tendo a mesma igualdade de direitos, mas
procedentes da unidade do ser, que, na diversidade de suas
configurações, desenvolve a igualdade do princípio criador, de sorte que
o homem pode encontrar em seu próprio coração todo o segredo do ser, e
talvez também a solução.” (Simmel)
“Outro aspecto importante a ser mencionado é o fato de que a
divergência de Goethe em relação a Newton não se reduz a uma disputa
pessoal, pois acabou envolvendo uma polêmica entre o idealismo alemão e
os físicos newtonianos. Na verdade, o que estava por trás dessa
dissensão é o confronto de dois modos completamente distintos de pensar a
natureza. O idealismo alemão recusa a ótica mecanicista, já que
interpreta tanto a natureza quanto a arte a partir da idéia de
organismo, de uma finalidade interna. A cor não pode ser
simplesmente causada pela luz, devendo ser pensada na sua relação com o
órgão específico.”(Marco Giannotti)
As três primeiras seções da obra de Goethe trata das cores sobre o
ponto de vista fisiológico, físico e químico: Cores Fisiológicas
(Physiologische Farben), Cores Físicas (Physische Farben) e Cores
Químicas (Chemische Farben).
Consideremos, em primeiro lugar, as cores na medida em que
pertencem ao olho e dependem de sua capacidade de agir e reagir. Em
seguida, despertam a atenção na medida em que as percebemos através dos
meios incolores ou com o auxílio destes. Por fim, são dignas de nota na
medida em que podemos pensá-las como fazendo parte do objeto. Chamamos
as primeiras de fisiológicas, as segundas de físicas e as
terceiras de químicas. As primeiras são constantemente fugidias, as
segundas são passageiras, embora tenham uma certa permanência. As
últimas têm longa duração. (Doutrina das Cores. Esboço de uma Doutrina
das Cores - Introdução - Goethe (tradução de Marco Giannotti)
A quarta seção é uma perspectiva geral das relações internas sendo
abordados os aspectos do surgimento e determinação das cores. Segundo
Goethe, um jogo de cores é criado pela incidência da luz sobre a retina,
o que é uma reação legítima devido à sensibilidade do olho à luz. As
cores podem ser determinadas pela oposição, polaridade entre azul e
amarelo; ação e privação; luz e sombra; força e fraqueza; claro e
escuro; quente e frio; proximidade e distância; repulsão e atração;
afinidade com ácidos e afinidade com álcalis.
Na medida do possível, procuramos determinar, separar e ordenar
os fenômenos segundo essa série contínua. Já que agora não
tememos misturá-los ou confundi-los, podemos empreender em primeiro
lugar a tarefa de julgar, no círculo, o que é universal nos fenômenos,
para em seguida apontar como esse círculo particular se encadeia e se
une ao resto dos fenômenos naturais afins. (Doutrina das Cores.
Quarta Seção - Goethe (tradução de Marco Giannotti)
Na quinta seção Goethe analisa as diferentes relações que a cor
estabelece com as mais diversas disciplinas: Filosofia, Matemática,
Técnica de Tingir, Fisiologia e Patologia, História Natural, Física
Geral, Música, Linguagem e Terminologia.
Sempre se percebeu que existe certa relação entre cor e som,
como demonstram as frequentes comparações, por vezes passageiras,
por vezes suficientemente pormenorizadas. O erro nelas cometido se
deve ao seguinte: Cor e som de maneira alguma podem ser comparados,
embora ambos remetam a uma fórmula superior, a partir da qual é possível
deduzir cada um deles. Ambos são como dois rios que nascem na
mesma montanha, mas devido a circunstâncias diversas correm sobre
regiões opostas, de modo que em todo o percurso não há nenhum ponto
em que possam ser comparados. Ambos são efeitos gerais e
elementares segundo a lei universal que tende a separar e unir, oscilar,
pesando ora de um lado, ora de outro lado da balança, mas conforme
aspectos, maneiras, elementos intermediários e sentidos
completamente distintos. (Doutrina das Cores. Quinta Seção - Goethe
(tradução de Marco Giannotti)
Na última seção Goethe discorre a cerca dos efeitos sensíveis, morais
e estéticos que surgem. Para cada cor, para cada tonalidade de uma cor,
Goethe analisa suas características e os seus efeitos sobre nossos
olhos. Estabelece relações de harmonia, totalidade e complementaridade
entre as cores do círculo cromático.
Hier liegt
also das Grundgesetz aller Harmonie der Farben, wovon sich jeder durch
eigene Erfahrung ¨uberzeugen kann, indem er sich mit den Versuchen, die
wir in der Abteilung der physiologischen Farben angezeigt, genau bekannt
macht. Wird nun die Farbentotalit¨at von außen dem Auge als Objekt
gebracht, so ist sie ihm erfreulich, weil ihm die Summe seiner
eignen T¨atigkeit als Realit¨at entgegen kommt. Es sei also zuerst von
diesen harmonischen Zusammenstellungen die Rede. (Zur Farbenlehre.
Sechste Abteilung - Totalit¨at und Harmonie - Goethe)
Aqui reside a lei fundamental de toda harmonia cromática, a
respeito da qual qualquer um poderá se convencer por experiência
própria, ao travar conhecimento dos experimentos descritos na seção das
cores fisiológicas.
Se a totalidade cromática se apresenta exteriormente ao olho
como objeto, torna-se agradável para ele, pois o resultado de sua
própria atividade lhe parece como realidade. Trataremos em primeiro
lugar dessas composiçõees harmônicas. (Doutrina das Cores. Sexta Seção - Totalidade e Harmonia - Goethe (tradução de Marco Giannotti)
Por Leonardo Carneiro de Araújo
Inventando sombras - 17m
O Pássaro Azul - Completo,dublado .83m
Física-Ótica - A cor de um corpo -5m
Teria das Cores de Goethe
Die
Lust zum Wissen wird bei dem Menschen zuerst dadurch angeregt, daß er
bedeutende Ph¨anomene gewahr wird, die seine Aufmerksamkeit an sich
ziehen. Damit nun diese dauernd bleibe, so muß sich eine innigere
Teilnahme finden, die uns nach und nach mit den Gegenst¨anden bekannter
macht. Alsdann bemerken wir erst eine große Mannigfaltigkeit, die uns
als Menge entgegendringt. Wir sind gen¨otigt zu sondern, zu
unterscheiden und wieder zusammenzustellen, wodurch zuletzt eine Ordnung
entsteht, die sich mit mehr oder weniger Zufriedenheit ¨ubersehen
l¨aßt. (Zur Farbenlehre. Didaktischer Teil - Einleitung - Goethe)
Jedes
Ansehen geht ¨uber in ein Betrachten, jedes Betrachten in ein Sinnen,
jedes Sinnen in ein Verkn¨upfen, und so kann man sagen, daß wir schon
bei jedem aufmerksamen Blick in die Welt theoretisieren. Dieses aber mit
Bewußtsein, mit Selbstkenntnis, mit Freiheit, und um uns eines gewagten
Wortes zu bedienen, mit Ironie zu tunund vorzunehmen, eine solche
Gewandtheit ist n¨otig, wenn die Abstraktion, vor der wir uns f¨urchten,
unsch¨adlich und das Erfahrungsresultat, das wir hoffen, recht lebendig
und n¨utzlich werden soll. (Zur Farbenlehre. Didaktischer Teil -
Vorwort - Goethe)
Und so
erbauen wir aus diesen dreien die sichtbare Welt und machendadurch
zugleich die Malerei m¨oglich, welche auf der Tafel eine weit
vollkommner sichtbare Welt, als die wirkliche sein kann,
hervorzubringen vermag. (Zur Farbenlehre. Didaktischer Teil - Einleitung
- Goethe)
Die Farbe
sei ein elementares Naturph¨anomen f¨ur den Sinn des Auges, das sich,
wie die ¨ubrigen alle, durch Trennung und Gegensatz, durch Mischung und
Vereinigung, durch Erh¨ohung und Neutralisation, durch Mitteilung und
Verteilung und so weiter manifestiert und unter diesen allgemeinen
Naturformeln am besten angeschaut und begriffen werden kann. (Zur
Farbenlehre. Didaktischer Teil - Einleitung - Goethe)
Wir
betrachteten also die Farben zuerst, insofern sie dem Auge angeh¨oren
und auf einer Wirkung und Gegenwirkung desselben beruhen; ferner zogen
sie unsere Aufmerksamkeit an sich, indem wir sie an farblosen Mitteln
oder durch deren Beih¨ulfe gewahrten; zuletzt aber wurden sie uns
merkw¨urdig, indem wir sie als den Gegenst ¨anden angeh¨orig denken
konnten. Die ersten nannten wir physiologische, die zweiten physische,
die dritten chemische Farben. Jene sind unaufhaltsam fl¨uchtig, die
andern vor¨ubergehend, aber allenfalls verweilend, die letzten
festzuhalten bis zur sp¨atesten Dauer. (Zur Farbenlehre. Didaktischer Teil - Einleitung - Goethe)
In
dieser stetigen Reihe haben wir, soviel es m¨oglich sein wollte, die
Erscheinungen zu bestimmen, zu sondern, und zu ordnen gesucht. Jetzt, da
wir nicht mehr f¨urchten, sie zu vermischen oder zu verwirren,
k¨onnen wir unternehmen, erstlich das Allgemeine, was sich von diesen
Erscheinungen innerhalb des geschlossenen Kreises pr¨adizieren l¨aßt,
anzugeben, zweitens, anzudeuten, wie sich dieser besondre Kreis an die
¨ubrigen Glieder verwandter Naturerscheinungen anschließt und sich mit
ihnen verkettet. (Zur Farbenlehre. Vierte Abteilung - Allgemeine
Ansichten nach Innen - Goethe)
Daß ein
gewisses Verh¨altnis der Farbe zum Ton stattfinde, hat man von jeher
gef¨uhlt, wie die ¨oftern Vergleichungen, welche teils
vor¨ubergehend, teils umst¨andlich genug angestellt worden, beweisen.
Der Fehler, den man hiebei begangen, beruhet nur auf
folgendem. Vergleichen lassen sich Farbe und Ton untereinander auf keine
Weise, aber beide lassen sich auf eine h¨ohere Formel beziehen, aus
einer h¨ohern
Formel beide, jedoch jedes f¨ur sich, ableiten. Wie zwei Fl¨usse, die
auf einem Berge entspringen, aber unter ganz verschiedenen
Bedingungen in zwei ganz entgegengesetzte Weltgegenden laufen, so daß
auf dem beiderseitigen ganzen Wege keine einzelne Stelle der andern
verglichen werden kann, so sind auch Farbe und Ton. Beide sind
allgemeine elementare Wirkungen nach dem allgemeinen Gesetz des Trennens
und Zusammenstrebens, des Auf- und Abschwankens, des Hinund
Wiederw¨agens wirkend, doch nach ganz verschiedenen Seiten, auf
verschiedene Weise, auf verschiedene Zwischenelemente, f¨ur verschiedene
Sinne. M¨ochte jemand die Art und Weise, wie wir die Farbenlehre an
die allgemeine Naturlehre angekn¨upft, recht fassen und dasjenige,
was uns entgangen und abgegangen, durch Gl¨uck und Genialit¨at
ersetzen,so w¨urde die Tonlehre nach unserer ¨ Uberzeugung an die
allgemeine Physik vollkommen anzuschließen sein, da sie jetzt innerhalb
derselben gleichsam nur historisch abgesondert steht. Aber eben darin
l¨age die gr¨oßte Schwierigkeit, die f¨ur uns gewordene positive, auf
seltsamen empirischen, zuf¨alligen, mathematischen,¨asthetischen,
genialischen Wegen entsprungene Musik zugunsteneiner physikalischen
Behandlung zu zerst¨oren und in ihre ersten physischen Elemente
aufzul¨osen. Vielleicht w¨are auch hierzu auf dem Punkte, wo
Wissenschaft und Kunst sich befinden, nach so manchen sch¨onen
Vorarbeiten Zeit und Gelegenheit. (Zur Farbenlehre. Vierte Abteilung - Allgemeine Ansichten nach Innen - Goethe)
Fontes:
http://sandralage.blogspot.com.br/2011/09/teoria-das-cores-de-goethe.html Licença padrão do YouTube
Sejam felizes todos os seres.
Vivam em paz todos os seres.
Declarações de Joaquim Barbosa provocam críticas no meio político
O presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, fez as declarações durante uma palestra para estudantes numa faculdade de Brasília.
Declarações do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, provocaram reações críticas, nesta segunda-feira (20), no meio político.
O presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, fez as declarações durante uma palestra para estudantes numa faculdade de Brasília.
"Temos partidos de mentirinha. Nós não nos identificamos com partidos que nos representam no Congresso. Nem tampouco esses partidos e seus lideres tem interesse em ter consistência programática ou ideológica.
Querem o poder pelo poder", disse o presidente do STF.
Joaquim Barbosa disse ainda que essa é uma das razões da ineficiência e incapacidade do Congresso, que na visão dele, é dominado pelo poder Executivo.
"O Congresso é inteiramente dominado pelo poder Executivo. As maiorias, as lideranças do Executivo que opera fazem com que a deliberação prioritária do Congresso Nacional seja sobre matérias do interesse do executivo" afirmou Joaquim Barbosa.
As declarações provocaram reações no Congresso. "Essas declarações não ajudam o país a ficar melhor e também não ajudam o fortalecimento das instituições", disse Jorge Viana (PT-AC).
O líder do PSDB no senado, Aloysio Nunes Ferreira, afirmou que as críticas não se destinam aos partidos de oposição. "Aqui no Congresso, quem se dobra à vontade do Executivo é a situação, não nós da oposição. Nós não nos dobramos", disse o senador.
O primeiro vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), disse que Joaquim Barbosa não tem apreço pela democracia e não está à altura do cargo.
Diante das primeiras reações no Congresso, a assessoria da presidência do Supremo divulgou nota, negando que Joaquim Barbosa tenha tido a intenção de criticar o Legislativo. Ressaltou que as declarações foram feitas em ambiente acadêmico, com o objetivo de estimular o senso crítico dos alunos.
Mesmo assim, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, se manifestou. Por meio da assessoria, ele disse que as declarações de Barbosa foram desrespeitosas e não contribuem para a harmonia entre os poderes.
Filme Raro- Vida de Santa Teresa D'Avila - Teresa de Jesus - 1961
Teresa, o Corpo de Cristo
Teresa,O corpo de Cristo - Dublado parte 1 - 46m
POEMAS DE
SANTA TERESA D’ÁVILA
traduzidos por Wanderson Lima
VIVO SEM EM MIM VIVER
Vivo sem em mim viver
e tão alta vida espero
que morro por não morrer.
Vivo já fora de mim
depois que morro de amor,
porque vivo no Senhor,
que me quis só para Si:
dei meu coração a Ti
e pus nele o dizer
que morro por não morrer.
Esta divina prisão
do amor em que sempre vivo
fez de Deus o meu cativo
e livre meu coração.
Causa em mim tanta paixão
Deus meu prisioneiro ser,
que morro por não morrer.
Ai! Que longa é esta vida!
Quão duros estes desterros!
Este cárcere, estes ferros
em que a alma esta metida!
Só de esperar a saída
me causa tal padecer
que morro por não morrer.
Ai! Como a vida é amarga
sem o gozo do Senhor!
Do Pai tão doce é o amor,
e a esperada hora tão longa!
Tire-me Deus esta carga,
Este aço não vou poder,
que morro por não morrer.
Vivo com uma confiança:
qualquer hora hei de morrer,
pois morrendo hei de viver
GLOSA
Já toda me dei a Ti,
E de tal sorte hei mudado,
que o Amado é para mim
e eu sou para o meu Amado.
Quando o doce Caçador
me atirou e fui rendida,
e nos braços do amor
minh’alma estacou, caída,
recobrando nova vida
de tal modo hei mudado
que o Amado é para mim
e eu sou para o meu Amado.
Atirou-me com uma seta,
enarvorada de amor,
e minha alma que dou feita
una com seu Criador;
já não quero outro amor,
a meu Deus já me hei dado,
que o Amado é para mim
e eu sou para o meu Amado.
Santa Teresa D’Ávila ouSanta Teresa de Jesús (Espanha ,1515-1582) representa um dos pontos altos da mística cristã. Seus momentos
poéticos mais altos constituem, como nos poemas acima,uma celebração mística do amor divino. Sua influência, como mística e como poeta, atravessou séculos e deixou marcas, entre outros, no seu contemporâneo Juan de la Cruz (no Brasil, São Joãoda Cruz), em Leibniz e em Bataille.
Segundo Carpeaux, “Santa Teresa criou toda a terminologia psicológica
empregada pelo sentimentalismo do século XVIII e em seguida pelo romantismo”
.José Wanderson Lima Torres é poeta e ensaísta, e costuma escrever sobre cinema e literatura
. Doutorando em Literatura Comparada pela UFRN. Autor, entre outros, de “Reencantamento do
mundo: notas sobre cinema” (Amálgama, 2008), em co-autoria com Alfredo Werney.
E-mail:wandersontorres@hotmail.com
Filme Raro- Vida de Santa Teresa D'Avila - Teresa de Jesús - 1961
Sinopsis: El filme destaca los principales momentos de la vida de Santa Teresa de Jesús (también conocida como Santa Teresa de Ávila), reformadora del "Carmelo" y fundadora de las "Carmelitas Descalzas".
Año: 1961 Idioma: Español