sábado, 21 de agosto de 2010

Fool's Overture Roger Hodgson w Orchestra (Supertramp)



Linda....
Bela composição para banhar-me neste sábado de tantas perguntas!
Tradução do inglês para português
Fool's Overture Orchestra w Roger Hodgson (Supertramp)Trata-se de Roger Hodgson com uma orquestra França 2004 Night of the Proms. Roger escreveu e compôs esta canção por si mesmo. Ele falou que quando ele compôs ele sempre vi a ser jogado com uma orquestra. Assim, vê-lo com uma orquestra que estamos vendo é a maneira que o compositor pretendeu originalmente.
Fools Overture é do mesmo nos momentos mais silencioso e também no álbum Live Paris. Você só pode ouvir isso ao vivo em shows de Roger Hodgson, Supertramp já não joga-lo quando sair em turnê. E Roger está em sua turnê mundial de 2010 agora, confira o site para onde e quando www.rogerhodgson.com
Roger também executa canções de seu Abra a porta e no olho da tempestade álbuns como em perigo, Lovers in the Wind, somente Because of You, quanto mais eu olho, o amor é 1000 vezes mais e muitos mais
Você só pode obter esses álbuns solo no Roger Hodgson Store. Então, comprar diretamente do artista e obter o seu CD autografado do. Ir para http://www.rogerhodgsonstore.com© 2010 YouTube, LLC

Sejam felizes todos os seres.
Vivam em paz todos os seres.
Sejam abençoados todos os seres.

Valsinha - Chico Buarque


De todas as músicas feitas por Chico Buarque,
esta, Valsinha, é a que mais amo!

Em Valsinha,Chico nos fala de jeito muito belo,o modo da gente reencontrar a felicidade que sempre esteve junto ,pertinho e nem víamos. Genial esse homem e esta sua Valsinha!


Sejam felizes todos os seres.Vivam em paz todos os seres.Sejam abençoados todos os seres.

A VIDA DE LEONARDO DA VINCI - Documento Espanhol






La vida de Leonardo Da Vinci  
(Documental, Español, 1971) - Parte 1 de 5
25:17 - 1 ano atrás
Primer capítulo de la miniserie transmitida por TVE acerca de la vida de Leonardo Da Vinci. Dirigida por Renato Castellani y protagonizada por Philipe Leroy. Año: 1971 Idioma: Español
Sejam felizes todos os seres. 
Vivam em paz todos os seres. 
Sejam abençoados todos os seres.

LEONARDO BOFF - Entrevista



 

Leonardo Boff (Entrevista)
24:29 - 1 ano atrás
Parte de uma Entrevista concedida em 2005 pelo teólogo Leonardo Boff à Rede Bandeirantes.

Sejam felizes todos os seres. 
Vivam em paz todos os seres.
Sejam abençoados todos os seres.

CARTA DA TERRA - Leonardo Boff



 


 Carta da Terra - Leitura do Teólogo Leonaro Boff
25:59 - 3 anos atrás

CARTA DA TERRA “A Carta da Terra parte de uma visão integradora e holística. Considera a pobreza, a degradação ambiental, a injustiça social, os conflitos étnicos, a paz, a democracia, a ética e a crise espiritual como problemas interdependentes que demandam soluções includentes. Ela representa um grito de urgência face as ameaças que pesam, sobre a biosfera e o projeto planetário humano. Significa também um libelo em favor da esperança de um futuro comum da Terra e Humanidade.” - Leonardo Boff HISTÓRICO: -1992:

Durante a Rio-92 houve a proposta de uma Carta da Terra discutida mundialmente por Organizações Não Governamentais e Governos -Não houve consenso entre os Governos, pois o texto não estava suficientemente maduro -Em seu lugar adotou-se a Declaração do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento -Cruz Verde Internacional e Conselho da Terra, apoiadas pelo governo holandês, assumiram o desafio de elaborar uma Carta da Terra -1995: Encontro de 60 representantes de diversos áreas em Haia, na Holanda.

Foi criada a Comissão da Carta da Terra para organizar uma consulta mundial durante 2 anos -Resultado: “Princípios de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Sustentado: Resumo e Reconhecimento -1997: Sob a coordenação de Maurice Strong (ONU) e Mikhail Gorbachev (Cruz Verde Internacional) foi redigido o 1º esboço da Carta da Terra -1998 a 1999: Amplo debate e discussão em todos continentes e em todos os níveis, de escolas primárias a ministérios). 46 países e mais de 100.000 pessoas envolvidas -1999: Steven Rockfeller escreveu o 2º esboço -12 a 14 de março de 2000: a Carta da Terra foi ratificada -Leonardo Boff é o representante da América Latina na Comissão da Carta da Terra http://mma.gov.br/agenda21 CARTA DA TERRA “A Carta da Terra parte de uma visão integradora e holística.

Considera a pobreza, a degradação ambiental, a injustiça social, os conflitos étnicos, a paz, a democracia, a ética e a crise espiritual como problemas interdependentes que demandam soluções includentes. Ela representa um grito de urgência face as ameaças que pesam, sobre a biosfera e o projeto planetário humano. Significa também um libelo em favor da esperança de um futuro comum da Terra e Humanidade.” - Leonardo Boff HISTÓRICO: -1992: Durante a Rio-92 houve a proposta de uma Carta da Terra discutida mundialmente por Organizações Não Governamentais e Governos -Não houve consenso entre os Governos, pois o texto não estava suficientemente maduro -Em seu lugar adotou-se a Declaração do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento -Cruz Verde Internacional e Conselho da Terra, apoiadas pelo governo holandês, assumiram o desafio de elaborar uma Carta da Terra -1995: Encontro de...todos » CARTA DA TERRA “A Carta da Terra parte de uma visão integradora e holística.

Considera a pobreza, a degradação ambiental, a injustiça social, os conflitos étnicos, a paz, a democracia, a ética e a crise espiritual como problemas interdependentes que demandam soluções includentes. Ela representa um grito de urgência face as ameaças que pesam, sobre a biosfera e o projeto planetário humano. Significa também um libelo em favor da esperança de um futuro comum da Terra e Humanidade.” - Leonardo Boff HISTÓRICO: -1992: Durante a Rio-92 houve a proposta de uma Carta da Terra discutida mundialmente por Organizações Não Governamentais e Governos -Não houve consenso entre os Governos, pois o texto não estava suficientemente maduro -Em seu lugar adotou-se a Declaração do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente e

Desenvolvimento -Cruz Verde Internacional e Conselho da Terra, apoiadas pelo governo holandês, assumiram o desafio de elaborar uma Carta da Terra -1995: Encontro de 60 representantes de diversos áreas em Haia, na Holanda. Foi criada a Comissão da Carta da Terra para organizar uma consulta mundial durante 2 anos -Resultado: “Princípios de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Sustentado:

Resumo e Reconhecimento -1997: Sob a coordenação de Maurice Strong (ONU) e Mikhail Gorbachev (Cruz Verde Internacional) foi redigido o 1º esboço da Carta da Terra -1998 a 1999: Amplo debate e discussão em todos continentes e em todos os níveis, de escolas primárias a ministérios). 46 países e mais de 100.000 pessoas envolvidas -1999: Steven Rockfeller escreveu o 2º esboço -12 a 14 de março de 2000: a Carta da Terra foi ratificada -Leonardo Boff é o representante da América Latina na Comissão da Carta da Terra http://mma.gov.br/agenda21«


 Leonardo Boff é o representante da América Latina 
na Comissão da Carta da Terra http://mma.gov.br/agenda21«
Sejam felizes todos os seres. 
Vivam em paz todos os seres. 
Sejam abençoados todos os seres.

LEONARDO BOFF - NOSSO PLANETA







Leonardo Boff - Nosso Planeta
56:10 - 3 anos atrás

Sejam felizes todos os seres.
Vivam em paz todos os seres. 
Sejam abençoados todos os seres.

FÍSICA QUÂNTICA E ESPIRITUALIDADE - LaércioB.Fonseca




 


Física Quântica e Espiritualidade 
- Laércio B. Fonseca

2:13:54 - 1 ano atrás




O professor Laércio B. Fonseca, físico e especializado em astrofísica, acaba de concluir seu mais recente livro sobre ufologia: FÍSICA QUÂNTICA E ESPIRITUALIDADE. Essa obra contém uma análise extremamente científica dos fenômenos paranormais e espirituais. Utilizando as mais modernas teorias científicas da atualidade o professor desenvolve modelos, capaz de explicar com clareza esses fenômenos, bem como funcionam os mecanismos mediúnicos. Temos a certeza que esse livro trará para todos uma nova vertente de pesquisa e estudo bem como levando esses assuntos, pela primeira vez, a um status científico dessa natureza.

O professor Laércio pretende demonstrar quantitativamente todas essas questões e abrir um campo, pela primeira vez, de se discutir espiritualidade dentro de parâmetros altamente técnicos e dentro de modelos científicos aceitáveis a toda ciência atual.

Queremos inaugurar, com isso, uma nova fase da parapsicologia mundial que está sendo incorporada a ciência moderna. Essa Nova Ciência está fundamentada em uma corrente científica nos meios da física denominada NOVA FÍSICA. A Nova Física é uma vertente dentro da física atual que leva em consideração a consciência como parte integrante das teorias físicas, ou seja, é imprescindível que a vida, a consciência integre daqui para frente qualquer modelo científico para explicar qualquer fenômeno no universo.

O professor Laércio B. Fonseca, físico e especializado em astrofísica, acaba de concluir seu mais recente livro sobre ufologia: FÍSICA QUÂNTICA E ESPIRITUALIDADE. Essa obra contém uma análise extremamente científica dos fenômenos paranormais e espirituais. Utilizando as mais modernas teorias científicas da atualidade o professor desenvolve modelos, capaz de explicar com clareza esses fenômenos, bem como funcionam os mecanismos mediúnicos. Temos a certeza que esse livro trará para todos uma nova vertente de pesquisa e estudo bem como levando esses assuntos, pela primeira vez, a um status científico dessa natureza.

O professor Laércio pretende demonstrar quantitativamente todas essas questões e abrir um campo, pela primeira vez, de se discutir espiritualidade dentro de parâmetros altamente técnicos e dentro de modelos científicos aceitáveis a toda ciência atual.

Queremos inaugurar, com isso, uma nova fase da parapsicologia mundial que está sendo incorporada a ciência moderna. Essa Nova Ci...todos » O professor Laércio B. Fonseca, físico e especializado em astrofísica, acaba de concluir seu mais recente livro sobre ufologia: FÍSICA QUÂNTICA E ESPIRITUALIDADE. Essa obra contém uma análise extremamente científica dos fenômenos paranormais e espirituais. Utilizando as mais modernas teorias científicas da atualidade o professor desenvolve modelos, capaz de explicar com clareza esses fenômenos, bem como funcionam os mecanismos mediúnicos.

Temos a certeza que esse livro trará para todos uma nova vertente de pesquisa e estudo bem como levando esses assuntos, pela primeira vez, a um status científico dessa natureza.

O professor Laércio pretende demonstrar quantitativamente todas essas questões e abrir um campo, pela primeira vez, de se discutir espiritualidade dentro de parâmetros altamente técnicos e dentro de modelos científicos aceitáveis a toda ciência atual. Queremos inaugurar, com isso, uma nova fase da parapsicologia mundial que está sendo incorporada a ciência moderna. Essa Nova Ciência está fundamentada em uma corrente científica nos meios da física denominada NOVA FÍSICA.

A Nova Física é uma vertente dentro da física atual que leva em consideração a consciência como parte integrante das teorias físicas, ou seja, é imprescindível que a vida, a consciência integre daqui para frente qualquer modelo científico para explicar qualquer fenômeno no universo.«

Sejam felizes todos os seres. 
Vivam em paz todos os seres. 
Sejam abençoados todos os seres.

AMIT GOSWAMI - Entrevisua RODA VIVA








ENTREVISTA: FÍSICO QUÂNTICO AMIT GOSWAMI
1:14:20 - 2 anos atrás
O Roda Viva entrevista o físico nuclear indiano Amit Goswami, considerado um importante cientista da atualidade, ele tem instigado os meios acadêmicos com sua busca de uma ponte entre a ciência e a espiritualidade. Ele vive nos EUA, é PhD em física quântica e professor titular da Universidade de Física de Oregon. Há mais de 15 anos está envolvido em estudos que buscam construir o ponto de união entre a física quântica e a espiritualidade. Já foi rotulado de místico pela comunidade científica, e acalmou os críticos através de várias publicações técnicas a respeito de suas idéias. Em seu livro "O Universo Auto-Consciente" ele procura demonstrar que o universo é matematicamente inconsistente, e sem existência de um conjunto superior, no caso Deus. E diz que se esses estudos se desenvolverem, logo no início do terceiro milênio, Deus será objeto da ciência e não mais da religião. 
  
Sejam felizes todos os seres.
Vivam em paz todos os seres. 
Sejam abençoados todos os seres.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Programa Sempre um Papo - Professor Hermógenes

Quando eu disse ao caroço de laranja
que dentro dele dormia um laranjal inteirinho
- ele me olhou estúpidamente incrédulo!

Este tesouro quem disse foi o Professor Hermógenes,
no seu Livro " Mergulho na Paz"

Amo lembrar isto!

PENSAMENTO - LIBERDADE ´CRIATIVIDADE



O pensamento na era da liberdade e da criatividade
Edir Martins</p>

Prólogo

            Em grande parte dos balanços que se fazem do pensamento pós-moderno, ressalta-se, compensando a ruína das "grandes narrativas", dos "mega-relatos" filosóficos, teológicos, sociológicos e outros, percebe-se o surgimento de um "canteiro de obras" entregue à liberdade e à criatividade das pessoas. Se por um lado amarga-se a falta de segurança e dos pontos de referência,  por outro, aumentam os espaços limpos para novas construções.
            Sendo assim, o filósofo é solicitado a deixar os jargões fáceis, os sistemas decorados, para ir construindo seu próprio pensamento com abundância de elementos acessíveis. Se o risco de errar cresce, o fascínio da aventura entusiasma.
            A proposta desta reflexão é analisar a abertura de horizonte proporcionada pelo pensamento nietzscheano tomando como base para reflexão uma frase dente seus fragmentos póstumos: "Só na criação há liberdade" (verão de 1883). Seu pensamento se dá de forma livre possibilitando um distanciamento dos fundamentos seguros, das leis pré-estabelecidas, ambos aprisionados ao calculismo da ratio. Ele considera a ratio (Metafísica / Religião) como dispositivos lógicos já circunscritos num sistema arque-teleológico. Porém, perceber-se-á que não é mais possível uma postulação segura de tais conceitos (arqué e telos), que conduzem a uma reflexão metafísica.
Nietzsche critica esse fechamento da ratio e mostra que, com a “Morte de Deus”, e  conseqüentemente, a morte dos valores e da própria metafísica, não é possível mais adotar a posição aceita pela tradição, mas, parece que a alternativa é assumir o niilismo, levando em conta o devir, o acaso, a tragicidade da vida humana.
Por isso, o pensamento de Nietzsche torna-se instigante, ele problematiza a postura ética do homem após a dissolução de uma metafísica que impunha um fundamento absoluto para regrar o agir humano. Nietzsche se apresenta, por vezes polêmico, por sugerir uma radicalidade do sujeito em relação à sua liberdade. Segundo ele, cada um é responsável por sua própria vida e encarregado de criar valores que a promova e não a aniquile. Nesse sentido, não há um caminho pré-estabelecido para seguir, mas cada um faz seu próprio caminho.

1. O anúncio da “Morte de Deus”: pressuposto para a liberdade plena

Anunciar a “Morte de Deus” é o pressuposto que motiva as reflexões afirmativas e críticas do pensamento nietzscheano. Não se trata de afirmar que Nietzsche “matou Deus”, mas um impiedoso diagnóstico de sua época, apresentando uma ausência explícita de Deus no pensamento e nas práticas do homem. Na obra A gaia ciência, Nietzsche apresenta o “louco” numa praça pública com uma lanterna acesa em pleno dia e gritando sem parar: “Procuro Deus! Procuro Deus!” E isso ocasionou diversas reações, visto que muitos que ali estavam não acreditavam em Deus. “‘Estava perdido?’ –  dizia um. ‘Será que extraviou como uma criança?’ – perguntava o outro. ‘Será que se escondeu?’ ‘Tem medo de nós?’ ‘Embarcou? Emigrou?’ – assim gritavam e riam todos ao mesmo tempo”. No entanto, o “louco” pôs-se no meio deles e dizia enfaticamente:
‘Para onde foi Deus?’ – exclamou – ‘É o que vou dizer. Nós o matamos – vocês e eu! Nós todos, nós somos seus assassinos! Mas como fizemos isso? Como conseguimos esvaziar o mar? Quem nos deu uma esponja para apagar o horizonte? Que fizemos quando desprendemos esta terra da corrente que a ligava ao sol? Para onde vai agora? Para onde vamos nós? Longe de todos os sóis? Não estamos incessantemente caindo? Para diante, para trás, para o lado, para todos os lados? Haverá ainda um acima e um abaixo? (…) Deus morreu! Deus continua morto! E fomos nós que o matamos! Como havemos de nos consolar, nós, os assassinos entre os assassinos! O que o mundo possuiu de mais sagrado e de mais poderoso até hoje, sangrou sob nosso punhal – quem nos lavará desse sangue? Que água nos poderá purificar? Que expiações, que jogos sagrados seremos forçados a inventar?
Anunciar a “Morte de Deus” significa dizer que o homem matou Deus, conseqüentemente desvalorizando a Metafísica, a Teologia e assumindo o ponto de vista antropológico, centralizado no sujeito. Com a “Morte de Deus” morreram todos os demais valores concernentes ao conceito de Deus. Convencendo-se, então, de que Deus morreu, o homem pode abrir-se livremente às novas possibilidades. A partir desta constatação, tudo deve ser reavaliado. A “Morte de Deus” é a grande oportunidade para se valorizar a vida na sua tragicidade, espontaneidade, criatividade e liberdade.
Morrendo Deus e todos os valores tradicionais, surge um novo perfil de homem: forte, determinado, que respeita a própria vontade, aberto à vida. Ele é um sujeito que não se deixa conduzir pelo “tu deves”, mas se conduz pelo “eu quero”. O valor maior agora é a vida livre, libertada das amarras da razão e da religião, criadora e orientadora de si mesma.
De fato, essas primeiras conseqüências, contrariamente ao que se poderia talvez esperar, não nos aparecem de forma alguma tristes e sombrias, mas, pelo contrário, como uma espécie de luz nova, difícil de descrever, como uma espécie de felicidade, de alegria, de serenidade, de encorajamento, de aurora… De fato, nós, filósofos e ‘espíritos livres’, sabendo que ‘o Deus antigo está morto’, nos sentimos iluminados de uma nova aurora.
Ao decretar a “Morte de Deus”, decreta-se também a morte dos valores absolutos, supremos. Morrendo Deus, os valores da moral igualitária são transmutados, esta é a primeira condição para o surgimento do “Outro-Homem”, o transvalorador por excelência.

1.1. O niilismo

Proclamar a “Morte de Deus” é decretar o fim da moral tradicional e automaticamente promover o advento do niilismo. Na obra Vontade de potência, esta transformação é apresentada através da depreciação dos valores supremos. Trata-se agora de viver sem Deus e sem os referenciais oferecidos pela Metafísica e pela Moral tradicional. Para Nietzsche, tanto a moral intelectualista socrática quanto a metafísica platônica popularizada pelo cristianismo, são movimentos niilistas, pois são tendências da vida que visam o nada, ainda que durante muito tempo, tenham mascarado este nada com a aparência de ser supremo. Deus era apenas a máscara do nada. Então, uma Moral anteriormente pensada com remédio contra o niilismo, mostra-se como origem do próprio niilismo.
O homem é constantemente instigado a dar um sentido a tudo o que acontece, porém, muitas vezes, não encontra o sentido almejado e acaba por desencorajar-se e por desistir desta busca. Aqui reside uma das principais causas do niilismo: a decepção por não alcançar um fim previsto, um sentido para muitos acontecimentos devido ao “eterno vir-a-ser” da vida. Por conseguinte, assumir uma postura niilista significa reconhecer o desperdício dessa força, a tortura dessa busca “em vão”; significa transvalorar os valores extirpando a violência da imposição, respeitando as diferenças e o curso natural dos acontecimentos, nem sempre explicados pela razão.
Outros filósofos contemporâneos, como o italiano Vattimo, inspiram-se na filosofia de Nietzsche para conceber o niilismo numa perspectiva positiva. Segundo Vattimo, o niilismo é a saída para o pensamento contemporâneo, pois, tomando o niilismo como um “deixar-ser”, ele impulsiona o sujeito a viver livremente no sentido pleno de liberdade, isto é, assumindo os valores próprios da vida. Parece que o caminho é assumir a instabilidade, característica própria do pensamento contemporâneo, derivada do niilismo, que não possibilita um fundamento que aprisione a reflexão, mas trata-se de um pensar crítico em relação aos “sistemas” tradicionais.
Então, nota-se que, na verdade, o que interessa a Nietzsche é ultrapassar o niilismo, visto que, diante deste “caos da destruição de todos os valores tradicionais, só resta ao homem estabelecer novas metas a partir do eu que valora, que quer e que cria”. “Aí está a barca; voga ali talvez para o grande nada. Quem está disposto, porém, a embarcar para esse talvez?

2. A Vontade de Potência: impulso criativo

A expressão “Vontade de Potência” é, para Nietzsche, puramente simbólica, é o mais forte de todos os instintos. Trata-se de uma concepção de luta entre dois impulsos: o impulso de “mais” relacionado à vida, à potência; e o impulso de “menos”, direcionado à morte, à passividade. Na verdade, a Vontade de Potência é o nome dado a uma vivência dinâmica e espontânea no constante devir da vida. O discípulo de Dionísio. reivindica a necessidade da mudança, do vir-a-ser, reclama o processo permanente de aniquilamento e criação.
Nietzsche quer lembrar que não existe outra vida, como prega o cristianismo, por isso deve-se abandonar o além e voltar-se a este mundo, é urgente entender que eterna é esta vida tal como a vivemos, o que existe é um “eu” mergulhado nas ambigüidades próprias da existência, ambigüidades estas que devem ser assumidas no dinamismo da vida.
A idéia de que a vida enquanto Vontade de Potência é luta permanente, sem trégua ou fins possíveis, constitui uma suprema exaltação da existência. No fluxo desta existência, o ser humano deve respeitar e ser fiel à sua vontade, ao seu querer. “Viver? Significa ser cruel e implacável contra tudo o que em nós se torna fraco e velho”.. O querer é criador, dinâmico e espontâneo. Ele humaniza o homem aprisionado por regras que brotam da razão ou da fé:
Vontade: assim se chama o libertador e o mensageiro da alegria. (…) ‘A não ser que a vontade acabe por se libertar a si mesma, e que o querer se mude em não querer’. Mas, irmãos, vós conheceis estas canções da loucura! Eu vos afastei delas quando vos disse: ‘o querer é criador’. Tudo o que ‘foi’ é fragmento e enigma e espantoso acaso, até que o querer criador declare: ‘mas eu o quis assim. Mas é assim que eu quero, e hei de querer assim’..
Vontade de Potência significa converter obstáculos em estímulo; é afirmar, com alegria, o acaso e a necessidade ao mesmo tempo; é dizer sim à vida, sem nenhuma meta a alcançar; a Vontade de Potência é desprovida de qualquer caráter teleológico, mas está presente constantemente no homem.
Certamente, assentir sem restrições a todo acontecer, a cada instante tal como ele se apresenta, é aceitar amorosamente o que advém, é dizer sim a este mundo vivido. Esta é uma nova maneira de pensar a vivência, como uma conduta criadora. A criação é uma atividade a partir da qual se produz constantemente a vida que, por sua vez, está em devir. Por isso, uma vez produzida, a vida deve ser reinventada:
De uma maneira ou de outra, não cessa de ser interpretada em função de novas intenções por um poder que lhe é superior, de se ver reconfigurada e reordenada para novo uso; que tudo o que acontece no mundo orgânico está intimamente ligado às ideais de subjugar, de dominar, e toda a dominação equivale a uma interpretação sucessiva, a um acomodamento da coisa, no qual o ‘sentido’ e a ‘finalidade’ que prevaleciam até o presente deveriam necessariamente serem suplantados ou totalmente extintos.
Então, viver é sempre criar novas possibilidades. Mas o que é criar? Para Nietzsche é colocar a realidade como devir. Para o criador, não há mundo já realizado. Criar não é buscar um lugar ao sol, mas inventar o próprio sol, como o pensador inatural afirma: “quero mais, não sou daqueles que procuram. Quero criar para mim meu próprio sol”.
O devir, afirmado pelo ato de querer, redimido pelo querer que quer com toda a sua vontade, transfigurado pelo poder da afirmação, é possibilidade de criação contínua. Para Nietzsche, os criadores valorizam o presente, a espontaneidade, o inesperado, o acaso.
Nietzsche considera a vontade como algo complexo, por isso ele afirma que é preciso reconhecer os diversos tipos de sentimentos como ingredientes da vontade, inclusive o pensamento, pois em cada ato de vontade há um pensamento que manda. Acima de tudo, não se pode entender a vontade como simples pensar e mandar, mas algo que envolve sentimento, inclinação e afeto.
Segundo Marton, “a Vontade de Potência é o impulso de toda força a efetivar-se”, ela cria novas possibilidades, mas não se impõe como lei e nem se realiza num telos; na verdade, nela aparecem, ainda, subssumidos dois conceitos trabalhados pelo pensador desde o início de seus escritos, o apolíneo e o dionisíaco. Estes são aspectos que a expressão Vontade de Potência recobre, pois, enquanto o apolíneo é o que delineia, harmoniza, dá forma; o dionisíaco é o princípio que quebra as barreiras, rompe limites, dissolve o que se apresenta com violência.
Todo o ser sensível sofre em mim por sentir-se prisioneiro, mas meu querer chega sempre como libertador e mensageiro de alegria. ‘querer libertar’: essa é a verdadeira doutrina da vontade e da liberdade.
É por isso que vive-se instintivamente uma vida elevada à mais alta potência, uma vida de perigos.. Nietzsche quer que a humanidade se supere cada vez mais: “que a vossa vontade e a vossa decisão de ir além de vós mesmos constituam a vossa honra!”. E todo homem possa livremente afirmar: “Eu quis assim (…) assim eu quero, e hei de querer”.

2.1. O Outro-Homem

A partir do discurso sobre a Vontade de Potência, surge como conseqüência inevitável o Outro-Homem.
Eis, eu vos ensino o Outro-Homem. O Outro-Homem é o sentido da terra. Assim fale a vossa vontade: possa o Outro-Homem tornar-se o sentido da terra! Exorto-vos, ó meus irmãos, a permanecerdes fiéis à terra, e a não acreditar naqueles que vos falam de esperanças supra-terrestres. (…) Na verdade, é o homem um rio turvo. É preciso ser o mar para receber um rio turvo, sem tornar imundas as suas águas.
Sendo assim, o Outro-Homem pode ser interpretado como uma nova cosmovisão, um novo modo de sentir, de pensar e de avaliar. No entanto, não se trata de uma mudança de valores, uma permutação abstrata, mas uma inversão no elemento do qual deriva o valor dos valores, é uma “transvaloração” e não uma “relativização”.
É imprescindível ressaltar que o Outro-Homem não se relaciona à figura de um homem superpotente ou dominador. Não se trata do homem selecionado pela “lei da seleção natural” de Darwin, ou, menos ainda, do tipo de raça superior que justificou o nazismo. Na verdade, trata-se do sujeito que transvalora, isto é, o criador de valores que promove a vida e não a aprisiona; é aquele que “transcende” os homens fracos, considerados como “conceitos ambulantes”. Por isso, o profeta Zaratustra denuncia: “Vede: eu sou o anunciador do raio, sou uma pesada gota caída da nuvem; mas esse raio chama-se Outro-Homem.
No pensamento nietzscheano, o Outro-Homem é a caracterização de um modo de viver sem as correntes aprisionantes da moral racional. O Outro-Homem, constantemente, coloca-se além das determinações e cria situações e comportamentos que nascem da sua própria “de-cisão”.
Eis o meu gosto: não é um gosto bom nem mau, mas é o meu gosto; e não tenho que o ocultar nem dele me envergonhar. ‘Este é agora o meu caminho: onde está o vosso?’ Era o que eu respondia aos que me perguntavam ‘o caminho’. Que ‘o caminho, na verdade… o caminho não existe!
Por conseguinte, o que se pretende anunciar é o Outro-Homem, sempre com uma renovada decisão mediante o devir. Sendo assim, não constitui um novo telos, mas a dissolução deste no eterno retorno e na transvaloração dos valores. O Outro-Homem não é um conceito abstrato ou metafísico, nem tampouco uma realidade utópica, na verdade, é o próprio homem no seu momento mais extraordinário. Daí emerge a proposta nietzscheana de que o Outro-Homem deve ser metamorfoseado em criança.
A criança, no pensamento nietzscheano, é símbolo de espontaneidade, representa o recomeçar instantâneo, uma roda que gira sobre si mesma. Assim como a criança cai para se levantar novamente, segundo Nietzsche, é necessário cair para erguer o novo. Para o homem alcançar a “outra-humanidade” é preciso perecer nele o que é infra-humano, a queda aqui é um bem e deve ser estimulada. “Vamos! Coragem, homens superiores! Só agora vai dar à luz a montanha do futuro humano. Deus morreu: agora queremos que viva o Outro-Homem”
Dessa forma, Nietzsche instiga o homem a fazer uso pleno da sua liberdade sem se deixar aprisionar pelas violentas regras. Beleza e tragédia, prazer e desprazer fazem parte do dinamismo da vida e todos são vivenciados simultaneamente: “Ao longe, ao longe, olhos meus! Quantos mares em torno de mim, quanto futuro humano na aurora!”

Desfecho

A Filosofia não possui a verdade, mas procura fazer a experiência dela.  A verdade possuída já é a sua própria interdição. Por isso, a Filosofia só se realiza quando abandona qualquer pretensão de posse e respeita um “pacto”, por vezes, silencioso entre pensamento e mundo vivencial.
Ao se tratar de pensamento nietzscheano, percebe uma abertura de horizontes. Nietzsche se apresenta instigante e polêmico, pois se propõe a denunciar todas as formas de fechamento de pensamento que se propunham totalizantes. Ele se apresenta como um anunciador de “boas novas”, porque percebeu que toda a tradição estava amarrada a violentas convenções
A grandeza de Nietzsche está em sua originalidade. O pensador alemão desenvolve um método dramático de reflexão, pois leva em conta a tragicidade própria da vida. Segundo ele, apolíneo e dionisíaco, necessidade e desejo, são constantes e não é possível negar nenhum deles. Eles se incitam mutuamente e tornam a vida dinâmica. A dinamicidade da vida exalta a idéia de abertura: a cada passo dado, abrem-se diante dos olhos inúmeras novas perspectivas. Por isso não é possível haver um discurso fechado, dogmático.
Ao constatar e anunciar que Deus morreu, Nietzsche chama a atenção para a centralidade do sujeito. Deus morreu, e com ele morreram os valores tradicionais. Conseqüentemente, também morreu o homem da tradição. Instaura-se o niilismo e, a partir dele, nasce também o Outro-Homem, que, pela Vontade de Potência, é capaz de amar a vida com todos os seus paradoxos. Livre das amarras das regras, este “novo-homem” tem diante de si a sua vida e, simplesmente, a aurora.
Pensar a partir de Nietzsche significa dissolver o que se impõe com violência. O que é o Bem? O que orienta a vida? O critério é o eterno retorno. Nietzsche propõe que se resgate a vivência concreta, sem lhe estabelecer um novo telos. No processo constante de construção e desconstrução, o mundo não é mais que um jogo, “brincadeira de criança”. A vontade potencializada, sob as características da embriaguez, da euforia, é o motor de todo o esforço de criação. Trata-se, realmente, de se afirmar com um querer autônomo.
 “O caminho não existe” Por conseguinte, faz-se necessário construí-lo, e isso é responsabilidade de cada um. O pensamento contemporâneo está imerso numa crise de fundamento, a humanidade mergulhada no desespero da ausência de sentido. Parece, então, que o exercício do filosofar é a alternativa para o homem contemporâneo, isto é, o filosofar entendido como capacidade de pensar criticamente a realidade que o circunda. O homem livre deve agir como a criança: com espontaneidade. Portanto, nesse jogo a que a vida está envolvida, o vencedor não é o que se prende às regras, mas o mais criativo em relação a elas.
 Fonte:
CONSCIENCIA:.ORG
 http://www.consciencia.org/o-pensamento
-na-era-da-liberdade-e-da-criatividade
Sejam felizes todos os seres. 
Vivam em paz todos os seres. 
Sejam abençoados todos os seres.