Três grandes religiões floresceram na China pré-comunista : foi Confucionismo, doutrina austera de "fazer a coisa adequada" , além de filosofia aristocrática, com grande poder de atração para muitos intelectuais, em especial os mandarins, que formaram o Serviço Civil Imperial, mas que pouco tinham à oferecer ao chinês comum.
A segunda foi o Budismo, dividindo em numerosas, diversificadas e muitas vezes competitivas escolas, desde as concernentes aos sistemas racionalistas lógicos a outras que pregavam o rígido anti-intelectualismo, mais tarde dando origem ao Zen Budismo do Japão - agora tão popular no mundo ocidental. Algumas dessas seitas budistas já se tinham quase afastado inteiramente da simplicidade e anti-ritualismo do original Budismo da Índia e praticavam uma variedade de técnicas mágicas bastante ligadas ao apaziguamento de demônios e à conquista da "boa sorte".
Tais variedades mágicas de Budismo tendiam a mesclar-se com os aspectos mais populares do Taoísmo, a crença da grande massa do povo chinês. O Taoísmo, contudo, era muito mais do que uma variedade de tradição mágica e tinha algo para todos - ministrava não apenas encantamentos e cerimônias simples para uso dos camponeses, mas uma sublime filosofia do "Caminho do Céu" para quem entendesse suas escrituras e os muitos obscuros comentários sobre elas, um complexo sistema de ritos mágicos para os que se interessam pelo que os ocidentais em geral chamam de "oculto", bem como um sistema de exercícios envolvendo a sexualidade física para os que buscavam iluminação espiritual através dos canais dos sentidos.
O mais sagrado e básico das escrituras Taoístas era (e é, porque a crença ainda floresce entre os chineses do sudoeste da Ásia) o Tao-te-Ching, o livro do Tao. Este trabalho, atribuído a Lao-Tsé , sábio nascido em 604 a.C., é a mais breve das grandes escrituras do mundo. Na versão chinesa original, são empregados apenas uns cinco mil caracteres e, mesmo nas linguagens ocidentais mais verbosas, em geral as traduções abrangem tão -somente de quatro a dez mil palavras. No entanto, a despeito de sua brevidade, o Tao-te-Ching expressa doutrinas de tal profundidade e complexibilidade, que provocou um grande volume de comentários e tratados explanatórios: já no século VII a.C., havia nada menos do que 4.500 deles.
Exatamente o que é o "Tao" do título do livro ? A palavra é traduzida em geral como "Caminho", significando Caminho em seu destino religioso, como usado por Cristo ("Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida"), mas nenhuma palavra fornece um equivalente satisfatório.
Segundo uma inscrição, o Tao é "o ancestral de todas as doutrinas, o mistério além dos mistérios"; não pode ser posto em palavras, apenas compreendido em nível instintivo - "o Tao que se pode ser posto em palavras, não é o Eterno Tao".
Talvez a melhor maneira de um ocidental comum compreender algo do significado interior do Tao, seja imergido no Tao-te-Ching e outras escrituras Taoístas ou examinando as técnicas práticas, da acupuntura às artes marciais chinesas, que, em última análise derivam-se do Taoísmo.
Nenhum destes cursos de ação é executado facilmente, pois os valores e vias de pensamentos expressos nos escritos e técnicas Taoístas são estranhos aos dominantes nas culturas baseadas na ciência e tecnologia da Europa e América do Norte. Os valores Taoístas são opostos à ação e realização material: "poder e saber acrescentam mais e mais a si mesmo, o Tao subtrai dia a dia". A passividade é vista como qualidade desejável, "o rigor é morte, o abandono é vida".
A Lei é a Ordem, deuses gêmeos do policial e do advogado, são vistos como obstáculos para o Tao: "quando as leis aumentam aumentam os crimes".
Em seu máximo extremo, tais atitudes fazem do Taoísta um tipo de anarquista pacífico que rejeita inteiramente, não apenas as leis e governos como inimigos do Tao, mas até os mais simples auxílios mecânicos para a tarefa rotineira da vida. Uma popular história Taoísta mostra até onde vai essa rejeição às coisas materiais:
Um jovem inteligente observa um velho, camponês irrigando suas colheitas pelo tedioso processo de tirar água de um poço, um balde a cada vez, que então leva aos campos. O jovem lhe descreve um simples mecanismo que levaria a água diretamente do poço a lavoura. "Conheço esse aparelho"- diz o velho - mas aqueles que usam máquinas astutas logo começam a praticar meios astutos.
Assim, seus corações tornam-se astutos e um coração astuto impede que sejamos puros de pensamentos. Aqueles cujo pensamento é impuro têm espíritos perturbados, e estes cessam de ser veículos adequados ao Tao".
A tão curiosos modos de pensar, somam-se estranhas maneiras de julgar o tempo e o espaço e objetos materiais que acompanham o mundo.
No mundo ocidental, pensamos em tempo e espaço como coisas separadas . O tempo é visto como fluxo de unidades separadas - segundos, minutos e horas - cada um deles dividido em outros, embora , em um sentido idêntico a eles. Também o espaço é visto como dividido em elementos separados, alguns deles vivos, como pessoas e animais, outros inanimados, como mesas e cadeiras.
Ao adepto Taoísta, trata-se de um entendimento incompleto da verdadeira natureza da realidade. Para ele ou ela, (pois muitos sábios taoístas foram mulheres), tudo é parte de tudo o mais. A realidade não é rígida e fixa, mas incessante mutação. O rio que entramos ontem não é o mesmo rio que nos banhamos hoje, o universo é um sistema móvel, nada é permanente. Todas as separações de objetos e momentos de tempo que aceitamos como certos no Ocidente, não passa de filosóficas ficções. Apenas sendo consciente de sua natureza sempre flutuante, apenas abandonando o mito de um " eu " único e imutável, pode o homem alcançar a libertação espiritual e tornar-se um veículo adequado para o Tao.
Esta aceitação da natureza mutante da realidade, está recusa de encarar qualquer coisa como totalmente estranha à humanidade, fez o Taoísmo a mais tolerante religião do mundo. Nos templos Taoísta podem ser encontradas imagens de Cristo ao lado das de Lao-Tsé, aterrorizantes representações de demônios junto às da terna Deusa da Misericórdia - todas vistas como aspectos do fluxo constante de existência: todos os Deuses são "reais".
Devido a esta tolerância não é de estranhar, entre as grandes religiões, somente o Taoísmo se recusou firmemente a condenar as "artes negras"- práticas mágicas e ocultas - em vez disso absorvendoa-as em si. Esta preocupação com a magia foi encarada pelos missionários cristãos e outros observadores hostis como evidência da degeneração do Taoísmo, uma indicação de que a filosofia sublime de Lao-Tsé ficara corrompida pela "superstição pagã".
Lao-Tsé que em verdade não foi o fundador do Taoísmo, mas apenas seu restaurador e comentador, jamais condenou a separação do ritual mágico e existe evidência de que teorias ocultas foram parte integral da crença, desde a época do Imperador Amarelo, seu mítico fundador, as quais floresceram por volta de 2.500 a.C.
A magia Taoísta existem em muitos níveis diferentes. No mais inferior, situam-se os ritos empregados por camponeses, para conseguirem boa sorte em uma colheita ou para curarem animais doentes. E claro que tais ritos não passam de equivalentes chineses do encantamentos usados para objetivos similares pelos "ocultistas" europeus (feiticeiros brancos) e curandeiros da Pensilvânia, no século passado.
Num nível mais intelectual, situam-se as práticas associadas a escolas Taoístas como a do "Tao da União Permanente". Tais escolas pregam a abstenção do álcool, tabaco e outros estimulantes, são vegetarianas, adoram os deuses de toda religião, usam encantamentos mágicos em tentativas de realizar seus desejos e se empenham na comunicação com seres sobrenaturais, usando o "lápis do espírito voador".
Este é uma variante chinesa da prancheta dos espiritualistas europeus - um instrumento de escrita é colocado dentro de um suporte montado sobre rodinhas, e cada um do grupo coloca um dedo sobre o suporte, que então se move, escrevendo frases inteligíveis, supostamente transmitidas por espíritos de uma ou outra espécie, agindo através dos corpos imóveis dos membros sentados.
Tais atividades podem parecer fúteis ao ocidental indiferente ao ocultismo, mas devemos admitir que os membros desses grupos Taoístas parecem achar tais práticas significativas e valiosas . Além disso é fora de dúvida que tais cultos por vez preservaram e transmitiram literatura Taoísta, a qual exerceram uma influência externa a cultura que lhe deu nascimento. Assim, O segredo da Flor Dourada, tratado que afetou profundamente C. G. Jung e toda a escola da psicologia ocidental dele derivada, originou-se precisamente de tal escola.
No nível mais alto da magia Taoísta, situam-se as práticas dos adeptos que podem, segundo se crê , levar o praticante a realização final desejada por taoístas de todos os níveis de sofisticação - unir-se às fileiras dos hsien, os legendários imortais que podem voar em dragões, fazer milagres, como alimentar multidões com pedras fervidas, ressuscitar mortos, conversar com os deuses e produzir, do ar rarefeito, legiões de soldados-espíritos. Sustenta-se que existem muitas variedades de técnicas capazes de conduzir o adepto à imortalidade e aos poderes que a acompanham. A mais conhecida, contudo, e mais largamente praticada, concerne a Magia Sexual, às vezes chamada alquimia sexual, um processo que transforma a sexualidade de mero canal de prazer físico a um rito sobrenatural.
Alguns desses processos envolvem a supressão da sexualidade física comum, outros sua expressão quase frenética, mas todos se baseiam na idéia de que as energias do Universo podem ser classificadas sob dois títulos: Yin e Yang. O primeiro é passivo, aquoso, pertinente a Lua - energia feminina. O segundo é ativo, ígneo e pertinente ao Sol - a energia masculina. Embora a imortalidade seja uma qualidade essencialmente masculina (yang), nenhum homem pode atingi-la sem algum elemento das essências yin, sendo o inverso válido para as mulheres.
Na pura magia sexual Taoísta, entretanto, um intercurso físico prazeroso entre o homem e a mulher desempenha uma parte essencial, pois as secreções sexuais visíveis são consideradas tão somente os subprodutos brutos das energias masculina e feminina, transmitidas de um ao outro parceiro no decorrer do orgasmo e dos eventos que a levaram.
As energias de yin e yang são primeiro estimuladas pelas carícias preparatórias, depois elevadas ao mais alto grau pelo uso de posturas sexuais especiais - muitas delas recebendo nomes simbólicos, como a "asa da gaivota sobre a borda do penhasco" - e ritmos particulares de penetração, por exemplo, um sistema de introduções penianas profundas e rasas, como três rasas, cinco profundas, sete rasas e nove profundas.
O intercurso efetuado em tão complexos ritmos e posturas, segundo se supõe, estimula grandemente a produção das puras essências de yin e yang. À medida que o ato caminha para o clímax, o adepto masculino é capaz de extrair yin dos seios e de sob a língua da parceira. Por fim, sobrevêm o orgasmo e as energias masculino-femininas são liberadas e trocadas entre os amantes: o homem absorve energias femininas do útero da mulher, através do canal do pênis e, ao mesmo tempo, transmite a energia masculina, através do pênis, para o interior do útero.
No passado - e talvez ainda hoje - alguns Magos Taoístas, homens e mulheres, praticavam uma curiosa e possivelmente egoística variante deste rito. Eles afirmavam ser desejável conservar integralmente a própria energia, fosse ela masculina ou feminina, mas extraí-la ao máximo possível de membros do sexo oposto. Assim, tinham intercurso com os tantos parceiros quanto podiam, levando-os ao pleno orgasmo, mas evitando eles próprios, até ser incontrolável o desejo de atingir o clímax. De preferência , os parceiros empregados em tal prática eram jovens o mais possível, pois os que mal tinham atingido a puberdade eram considerados particularmente ricos em yin e yang.
Quando, finalmente, era alcançando o orgasmo pelos seguidores desta técnica, seu efeito era, naturalmente, explosivo - mas alguns adeptos evitavam deliberadamente esta culminação, por meio de métodos físicos e psicológicos para a dessensibilização dos órgãos sexuais embora várias escolas Taoístas considerassem a prática perigosa.
Através do intercâmbio dinâmico de yin e yang, quais os objetivos supostamente pretendidos? Ou não haverá qualquer real objetivo por trás da magia sexual Taoísta, existindo apenas uma escusa para a depravação? Um não muito definido é a resposta à última pergunta. Através da maioridade de sua história, a cultura chinesa foi muito mais liberada sexualmente do que a do mundo ocidental.
É verdade que a China sofreu períodos de puritanismo e repressão sexual, usualmente impostos por alguns dirigentes confucianos fanáticos, mas, em geral, os chineses que mais desejavam entregar-se ao atletismo sexual foram capazes de fazê-lo sem incorrer em penalidades (salvo a de serem objeto de pilhérias vulgares ) ou em qualquer desaprovação acentuada.
Longe de ser pretendido como uma escusa para a imortalidade, o intercâmbio de yin e yang sempre teve uma finalidade muitíssimo séria, a "transmutação do chumbo em ouro". Em outras palavras, a elevação das energias sexuais de um indivíduo que a aproxima do puro e indiferenciado Tao.
Tal transformação é conseguida em "cadinhos". Para o taoísta estes não são os recipientes usados na química ocidental ou oriental, mas os centros de atividade psíquico-espirituais que existem no corpo sutil - aproximadamente o equivalente à "alma" cristã - que sustenta o corpo físico de cada homem ou mulher.
A exata natureza do processo usando para empregar o yin e yang nesta transmutação espiritual é demasiado complexa para ser explanada em um tão breve artigo, sendo suficiente dizer que o adepto Taoísta executa exercícios meditativos, físicos e visualmente imaginativos, de certa forma similares àqueles empregados pelos Iogues Tântricos (sexo - religioso) da Índia.
Exercícios quase idênticos são empregados pelos Taoístas, homens em geral ,que preferem outra variedade de magia sexual em que não existe parceiro do sexo oposto. A base de tal prática é o deliberado despertar dos instintos sexuais, freqüentemente pela masturbação, mas evitando "torná-la terrena" pelo orgasmo. Em vez disto as energias físicas e emocionais "sobem" dos genitais para os cadinhos psíco-espirituais, onde exercícios similares aos mencionados acima as transformam no ouro espiritual do Tao.
Embora, como foi descrito, a magia Taoísta pareça existir em vários níveis, é prudente recordarmos que tal diferenciação provém do pensamento de molde ocidental, não Taoísta. Para o verdadeiro adepto, que se recusa a fazer qualquer separação real entre uma coisa e outra, todas as variedades de magia são essencialmente uma. Em última análise, é impossível separar os mágicos de aldeia, com seus encantamentos e prestigiações, do praticante da variedade de magia sexual, mais intelectualmente sutil, ou mesmo do majestático filósofo Taoísta, que nada mais faz além de meditar nas palavras sublimes do Tao-te-Ching e seus comentários.
Para ilustrar esta recusa Taoísta em dividir a realidade, nada melhor do que o I Ching o livro das mutações chinês, um livro - oráculo - isto é, um livro que fornece respostas às perguntas - hoje largamente conhecido na Europa e América, em especial graças a tradução apresentada pelo eminente psicólogo C. G. Jung.
O mundo já teve muitos livros oráculares e quase todas as escrituras religiosas foram, por vezes, empregadas como tal; por exemplo, é uma prática cristã comum abrir-se a Bíblia ao acaso, deixar o dedo apontar ou cair sobre um texto e, se este texto contiver significado, aplicá-lo como uma resposta à pergunta que se deseja fazer.
O I Ching difere de todos os livros oraculares, no entanto, porque ao invés de considerar o presente e o futuro como fixos imutáveis, fornecendo instruções "faça isto" ou "faça aquilo", encara tanto o passado como o presente de maneira dinâmica, fluente, nunca sendo os mesmos em um e outro momento. Desta forma, ao invés de impor um curso definido de ação, o I Ching indica possibilidades - se você fizer assim - assim, isto provocará tal-e-tal resultado. Um relacionamento similar com o dinamismo e mutação pode ser visto na acupuntura, um tradicional sistema de Medicina chinesa, derivado do Taoísmo.
Antes menosprezada no Ocidente, mas agora sendo investigada* seriamente por cientistas médicos, a acupuntura difere da Medicina ortodoxa, não apenas nos métodos que emprega-a inserção ampla de agulhas de ouro ou de prata na pele do paciente - mas também pela maneira como considera o ser humano individualmente.
No conceito do médico ortodoxo, o indivíduo efêmero é visto como uma máquina biológica, inteiramente separada do restante do universo. Assim sendo, ele sente que existe alguma espécie de avaria mecânica, a qual é corrigida pelas drogas ou através da cirurgia. Por outro lado, o acupunturista encara seu paciente como um aspecto da realidade subjacente, em que sua enfermidade não consiste em outra coisa senão uma artificial separação das energias do universo, abundantes e fornecedoras de vida.
Então, necessário se torna restaurar a harmonia e conexão dessas energias com as correntes de idênticas energias no indivíduo. Se esta crença é falsa ou verdadeira, se a acupuntura é ou não eficiente, está claro que sua filosofia subjacente é sem dúvida Taoísta e, como tal, alheia ao método do pensamento ocidental.
Hoje em dia, o Taoísmo é tolerado nominalmente na China. Entretanto, na prática ele tem sido submetido a sérias perseguições. Seus templos e outros lugares sagrados foram transformados em museus, locais para armazenagem e celeiros, sendo até derrubados. Seus adeptos e magos foram forçados ao "trabalho útil" em lavouras ou fábricas. Por vezes muitas cópias de suas estruturas foram destruídas como "contra revolucionárias".
Paradoxalmente, no entanto, muitas das técnicas práticas derivadas do Taoísmo são ativamente encorajadas. Assim, o T’ai Chi, um sistema Taoísta de cultura física é praticado por milhões de chineses, a acupuntura é empregada em alguns dos mais modernos hospitais da China e as ervas medicinais do curandeiros Taoístas estão começando a ser investigada cientificamente.
No Ocidente também há um amplo interesse por tais técnicas mas, neste caso, a atenção aos aspectos práticos do Taoísmo é acompanhada por um aumento de curiosidade sobre as idéias religiosas e filosóficas que os geraram.
O I Ching
O I Ching é um dos mais antigos e respeitados oráculos do mundo. Em sua forma presente, pode ser pesquisado até há três mil anos e, mesmo assim, já era antigo nessa época, estando baseado em oráculos mais primitivos.
O I Ching sobreviveu intacto através dos séculos, porque sábios de todas as épocas os mantivera em alto apreço, como fonte de profunda sabedoria e precioso guia, tanto para a busca da iluminação espiritual, como para a conduta de assuntos materiais.
O I Ching sobreviveu intacto através dos séculos, porque sábios de todas as épocas os mantivera em alto apreço, como fonte de profunda sabedoria e precioso guia, tanto para a busca da iluminação espiritual, como para a conduta de assuntos materiais.
Sua magia impalpável fascinou algumas das maiores mentes que o mundo já conheceu, desde Confúcio, a pedra angular da tradicional sociedade chinesa, a C. G. Jung. Hoje em dia, o I Ching é provavelmente mais conhecido e consultado por pessoas de todas as condições sociais do que em qualquer época anterior.
O I Ching é montado em torno de 64 figuras de seis linhas, chamadas hexagramas. Estes são formados por todas as permutações possíveis de uma linha cheia ou divididas em combinações de seis. Todos os fenômenos são o resultado da interação das forças yang, positivistas, criativas, masculinas, e as forças yin, negativas, passivas, femininas. Yang é representado pelas linhas indivisas e yin pelas linhas divididas que compõem cada hexagrama. Assim, pode-se dizer que os 64 hexagramas simbolizam, entre si, todos os estágios de mutação e fluxo operando no universo, com os textos do I Ching descrevendo tais mutações e aplicando-as às inquietações da humanidade.
O primeiro deles , denominado O Julgamento é o mais antigo. Foi composto pelo Rei Wen, fundador da dinastia Chu, após ter sido aprisionado por Chu Hsin, o último Imperador Shang.
O segundo texto, o Comentário, é uma das interpretações posteriores atribuídas a Confúcio.
O terceiro texto, A Imagem, é outro comentário de Confúcio. Tenta explicar como a pessoa sensata que seguir o conselho ditado pelo I Ching - em geral referida como o "homem superior"- agirá em tal momento.
O grupo final de textos, um para cada uma das seis linhas do hexagrama, foi composto pelo filho do Rei Wen. Essas linhas, curtas e freqüentemente enigmáticas, foram escritas cerca de quarenta anos após o texto do Rei Wen.
Fonte:
* Texto escrito antes da aprovação da acupuntura
* Texto escrito antes da aprovação da acupuntura
como especialidade médica no brasileiro ocidente.(1998)
http://swaramadra.sites.uol.com.br/swaramadra-taoismo.htm
Sejam felizes todos os seres.
Vivam em paz todos os seres.
Sejam abençoados todos os seres.