sábado, 21 de julho de 2012

A ORIGEM DA VIDA NA TERRA - CLASSICAL MUSIC - 6:56:55



Vídeo :Transmitido ao vivo em 21/07/2012 por

Origem da vida na Terra

De moléculas orgânicas simples a indivíduos pluricelulares

Maria Sílvia Abrão*

 Pedagogia ; Comunicação

Divulgação/Universidade Complutense de Madrid
Microbactéria fóssil (ampliação colorizada)

Todos os seres vivos possuem um código genético.  Ao tomar como verdadeira essa afirmação, a maioria dos biólogos também acredita que toda a vida existente na Terra descende de um único ancestral, um ancestral representativo de todos os seres vivos e que pode ser chamado de o último antepassado comum universal.

Para confirmar essa tese, podemos  recorrer à anatomia comparada para observar características comuns entre os organismos vivos, e entre esses organismos e os fósseis. Ou seja, ao estudar a forma e a estrutura dos seres vivos, percebemos que existem estruturas aparentemente diferentes, que desempenham funções distintas, mas com estruturas internas similares. Essas ocorrências são conhecidas como estruturas homólogas, e os membros dos vertebrados são um bom exemplo disso.

Padrão básico
Podemos comparar os membros superiores do ser humano com as nadadeiras anteriores de uma baleia, as patas anteriores do cavalo e as asas de um morcego. Ao observar a estrutura óssea desses membros, percebemos que todos possuem um padrão básico, apesar de desempenharem diferentes funções: segurar as coisas, nadar, correr e voar. Os órgãos diferentes desses organismos que compartilham de uma estrutura básica indicam que há um ancestral comum a todos eles.

Existem também estruturas superficialmente semelhantes que desenvolvem uma mesma função (as asas de uma borboleta e as asas de uma águia são bons exemplos); essas estruturas são conhecidas como análogas, o que indica que existem “vários caminhos” para resolver um mesmo problema.

Parentesco evolutivo
Ao observar o desenvolvimento embrionário dos vertebrados podemos constatar que todos têm um padrão básico de desenvolvimento, o que é mais um indício do parentesco evolutivo existente entre eles.
E se quisermos fundamentar um pouco mais essa linha de raciocínio, basta lembrar que as modernas pesquisas na área da genética tornaram possível observar a semelhança molecular entre os seres vivos, traçar histórias evolutivas das espécies e estabelecer relações de parentescos entre as espécies de seres vivos.

A vida na Terra
Nosso planeta teve origem há cerca de 4,6 bilhões de anos e a existência da Terra está dividida em eras geológicas. O período desde a formação do planeta até 570 milhões de anos atrás é conhecido como era Pré-cambriana e foi no início desse período que surgiram moléculas com capacidade de autoduplicação, responsáveis por anunciar a origem vida.
A atmosfera terrestre possuía uma composição diferente da atual. Acredita-se que era composta pelos gases metano, amoníacohidrogênio e vapor de água. As fortes descargas de relâmpagos e os raios ultravioleta irradiados pelo sol teriam promovido uma grande variedade de reações químicas na atmosfera, levando ao aparecimento, entre outras, de moléculas orgânicas simples, como alcoóis, aminoácidos e açúcares.

Tais moléculas teriam sido arrastadas pelas chuvas da atmosfera até os mares. Nesse novo ambiente, teriam se reunido e formado moléculas orgânicas mais complexas, as chamadas proteínas. Estas, por sua vez, convivendo em meio ácido formaram aglomerados hoje conhecidos como coacervados ou, estimuladas pela variação da temperatura, reuniram-se, formando pequenas gotas conhecidas como microsferas.

Tanto os coacervados como as microsferas são detentores de proteínas enzimáticas associadas a um tipo de molécula originada nas atmosferas primitivas, o ácido nucléico. Esses aglomerados podem ser considerados o primeiro exemplo de ser vivo, pois se acredita que teriam capacidade de se metabolizar, se reproduzir e transmitir hereditariedade, desenvolvendo com isso a aptidão para evoluir.

Várias teorias
Outras explicações sobre a origem da vida também são aceitas. Para alguns cientistas, as moléculas precursoras da vida foram formadas no fundo dos mares, em regiões de água aquecida pela lava das erupções vulcânicas. Essa água, rica em gás sulfídrico, é utilizada por um tipo de bactéria para produzir alimento. Além disso, ao se reproduzir nesse meio, tais moléculas estariam protegidas das intempéries, dos meteoros e dos efeitos da evaporação.
Podemos, ainda, acreditar que as primeiras moléculas orgânicas tenham caído na Terra a bordo de cometas e meteoros. Assim, uma parte da comunidade científica acredita que as moléculas orgânicas teriam ficado grudadas à argila, formando concentrados de moléculas que em interação produziram novas moléculas orgânicas capazes de se duplicar.

Da análise desse quadro, pode-se concluir que os primeiros seres vivos deveriam ser bastante simples e, na verdade, existem ainda hoje algumas bactérias denominadas arqueobactérias (arqueanas) que são capazes de viver em locais ermos como fontes de água quente, lagos salgados e pântanos. Acredita-se que as arqueanas seriam os seres que mais se assemelham aos primeiros seres vivos, embora sejam bem mais complexos que estes. Esses seres primevos cresciam e partiam-se em pedaços capazes de manter as características originais, perpetuando assim sua linhagem e conseguindo se reproduzir.

Alguns cientistas acreditam que os primeiros seres vivos, que se alimentavam das próprias substâncias orgânicas que lhe propiciavam formação, eram seres heterótrofos, pois não conseguiam produzir seu próprio alimento. Outros pesquisadores acreditam que eles obtinham energia a partir de reações químicas, fabricando suas próprias substâncias a partir das substâncias inorgânicas.

Atualmente, existem seres capazes de sobreviver em regiões inóspitas como fontes de águas quentes e vulcões submarinos, que igualmente utilizam o processo citado para obtenção de energia, são os seres quimiolitoautótrofos.

O papel da fotossíntese
O aparecimento da fotossíntese, a produção de alimento a partir de substâncias inorgânicas simples utilizando-se da energia radiante (luminosa), foi um passo importante e decisivo na história da vida na Terra. Acredita-se que inicialmente a fotossíntese tinha como reagentes o gás carbônico e o sulfeto de hidrogênio, como ocorre nas sulfobactérias atualmente.
Na presença da luz, as sulfobactérias primitivas eram capazes de transformar o gás carbônico e o sulfeto de hidrogênio em glicose, enxofre e água. Posteriormente, surgiram seres capazes de aproveitar a água nesse processo, eles seriam os ancestrais das cianobactérias.

Quando isso ocorria, a fotossíntese se processava tal como na maioria dos casos hoje, ou seja, na presença da luz esses seres eram capazes de transformar gás carbônico e água em glicose e gás oxigênio. Como a Terra possuía uma grande disponibilidade de água, esses ancestrais das cianobactérias puderam se espalhar pelo planeta.

Essa proliferação foi tão grande que a atmosfera terrestre foi modificada em razão do acumulo do gás oxigênio produzido nessa reação. Outras condições do ambiente terrestre também foram modificadas. O oxigênio reagiu com os gases da atmosfera, que oxidou os metais, os quais passaram a se depositar no fundo dos mares e rios, e reagiu também com os compostos orgânicos degradando-os, causando um grande impacto ambiental.

Oxigênio e oxidação
Apesar do efeito destruidor do oxigênio, determinadas formas de vida foram capazes de sobreviver. Algumas espécies haviam desenvolvido a capacidade de se proteger contra a oxidação promovida pelo oxigênio. Alguns seres adaptaram-se às novas condições e passaram a utilizar a oxidação como uma forma de desmontar, de quebrar as moléculas orgânicas de alimento.
O controle da oxidação da matéria orgânica garantia a obtenção de energia e assim surgiu a respiração celular. A respiração celular é uma reação química, inversa à reação de fotossíntese, que ocorre na grande maioria dos seres vivos atuais.

O gás oxigênio presente na atmosfera também sofreu transformação formando o gás ozônio, que deu origem à formação da camada de ozônio, responsável pela redução da passagem de raios ultravioleta, nocivos aos seres vivos.

Procariontes e eucariontes
Os primeiros seres vivos eram provavelmente muito simples e assemelhavam-se aos procariontes atuais (seres unicelulares de estrutura mais simples, com material genético livre no citoplasma, sem um núcleo individualizado). Depois, com o passar do tempo, surgiram os seres eucariontes (indivíduos que possuem estruturas celulares mais complexas, com material genético separado do citoplasma por uma membrana nuclear, formando um núcleo verdadeiro).

Acredita-se que esse tipo de célula surgiu a partir das células procariontes por intermédio de determinados processos, enquanto outras, chamadas de organelas celulares, como a mitocôndria e o cloroplasto, surgiram a partir da invasão e consequente permanência de bactérias no interior das células primitivas.

Por sua vez, as células eucariontes podem ter passado a viver reunidas em colônias, formando os primeiros indivíduos formados por múltiplas células, os chamados pluricelulares. Os seres que viviam nessas colônias começaram a dividir “o trabalho” de realização das funções vitais e, dessa forma, aparecem as diferenciações dos tecidos celulares.

História geológica e seleção natural
Do que foi dito até agora, podemos observar que as moléculas orgânicas se organizaram dando origem às células, que em conjunto formaram os tecidos, responsáveis pela constituição dos órgãos, que, por sua vez, se reúnem para desempenhar uma função.

Já os diferentes conjuntos de órgão desempenham as várias funções vitais necessárias à sobrevivência de um organismo, de um individuo de uma determinada espécie, enquanto a junção de vários organismos de uma mesma espécie formam uma população.

Na mesma sequência, o conjunto formado pela parte inanimada do ambiente (solo, água, atmosfera) e pelos seres vivos das diferentes populações que ali habitam recebe o nome de ecossistema. Por seu turno, o conjunto de todos os ecossistemas é conhecido como biosfera, a parte do planeta ocupada pelos seres vivos.

De tudo isso, podemos afirmar que a história da vida na Terra está intimamente ligada à sua própria história geológica, pois ocorreram diversas alterações ambientais que favoreceram alguns seres em detrimento de outros, processo que se convencionou chamar de seleção natural.

*Maria Sílvia Abrão  é bióloga,
pós-graduada em fisiologia pela Universidade de São Paulo
e professora de ciências da Escola Vera Cruz
(Associação Universitária Interamericana).

Transmitido ao vivo em 21/07/2012 por
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Aceleração e Depressão - Maria Rita Kehl no Café Filosófico - 1:26:59

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Sejam felizes todos os seres.Vivam em paz todos os seres.
Sejam abençoados todos os seres.


Mário Sérgio Cortella: "Gestão, Liderança e Ética"

Publicado em 18/05/2012 por
 
Palestra no Superior Tribunal Militar (STM)
proferida pelo filósofo Mário Sérgio Cortella
durante o Seminário "Gestão Estratégica e Liderança",
 em 16/04/2012.
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Publicado em 18/05/2012 por

Wolfgang Amadeus Mozart - DIE ZAUBERFLÖTE - Salzburger Festspiele 2:56:01




Enviado por em 24/12/2011
Oper in 2 Akten
Libretto: Emanuel Schikaneder

Wiener Philharmoniker
Leitung: Ricardo Muti

SARASTRO (Bass) René Pape
TAMINO (Tenor) Paul Groves
SPRECHER (Bass) /
ERSTER PRIESTER (Tenor) Franz Grundheber
ZWEITER PRIESTER (Bass) Xavier Mas
DRITTER PRIESTER (Sprechrolle) Michael Autenrieth
KÖNIGIN DER NACHT (Sopran) Diana Damrau
PAMINA, ihre Tochter (Sopran) Genia Kühmeier
ERSTE DAME (Sopran) Inga Kalna
ZWEITE DAME (Sopran) Karine Deshayes
DRITTE DAME (Alt) Ekaterina Gubanova
ERSTER KNABE (Sopran) Mitglieder
ZWEITER KNABE (Sopran) der
DRITTER KNABE (Alt) Wiener Sängerknaben
PAPAGENO (Bariton) Christian Gerhaher
PAPAGENA (Sopran) Irena Bespalovaite
MONOSTATOS, ein Mohr (Tenor) Burkhard Ulrich
ERSTER GEHARNISCHTER (Tenor) Simon O'Neill
ZWEITER GEHARNISCHTER (Bass) Peter Loehle

CHOR Konzertvereinigung Wiener Staatsopernchor
Synopsis: http://www.opera-guide.ch/opera.php?id=254&uilang=de
"Wolfgang Amadeus Mozart" "DIE ZAUBERFLÖTE" "Salzburger Festspiele" "Wiener Philharmoniker" "THE MAGIC FLUTE" "Salzburg Festival" "Vienna Philharmonic" «La flûte enchantée" "Festival de Salzbourg" "Philharmonique de Vienne" "IL FLAUTO MAGICO" "Festival di Salisburgo" "Wiener Philharmoniker" "A Flauta Mágica" "Festival de Salzburgo" "Filarmônica de Viena" "Sihirli Flüt" "Salzburg Festivali" "Viyana Filarmoni" "Вольфганг Амадей Моцарт" "Волшебная флейта" "Зальцбургский фестиваль" «Венская филармония» "モーツァルト"、"魔笛""ザルツブルク音楽祭"
"ウィーンフィルハーモニー管弦楽団" "Ο Μαγικός Αυλός" «Φιλαρμονική της Βιέννης" "莫扎特" "魔笛" "萨尔茨堡节" "维也纳爱乐乐团


 Li-Sol-30
 Enviado por em 24/12/2011
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The Magic Flute (Die Zauberflöte) - 2:43:31 - English Subtitles



Mozart, Wolfgang Amadeus : Die Zauberflote, K 620

Performers * Franz-Joseph Selig (Bass) * Dorothea Roschmann (Soprano) * Diana Damrau (Soprano) * Simon Keenlyside (Baritone) * Will Hartmann (Tenor)

Conductor * Colin Davis

Ensembles *
 Royal Opera House Covent Garden Chorus 
* Royal Opera House Covent Garden Orchestra

Composer *
 Wolfgang Amadeus Mozart (1756 - 1791)
 Li-Sol-30
Enviado por em 14/11/2011
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sexta-feira, 20 de julho de 2012

J.S. Bach Magnificat Ton Koopman BWV 243 Full album Lyrics - 33:44




 
ArcaDellaMemoria: Video. Ton Koopman J. S. Bach 
Magnificat BWV 243 Amsterdam Baroque Orchestra and Choir - Full album Lyrics 
 ArcaDellaMemoria J.S. Bach Magnificat BWV 243 Complete 33:44 min. 

Live Music" Concerto Orchestra Bach 
"Classical Music" "Johann Sebastian Bach" 
ArcaDellaMemoria - Musica dal Tempo "J.S. Bach
" Magnificat "BWV 243" BWV 243 ArcaDellaMemoria
"Live Music" Concerto Orchestra Bach 
"Classical Music" "Johann Sebastian Bach"
 


A Cantata de Bach preferida de Ratzinger

É a do último domingo do ano litúrgico luterano, que tem a parábola das virgens prudentes e das virgens insensatas no centro. Todos os detalhes de uma lembrança pessoal do papa Bento, às vésperas de sua viagem à Alemanha.

A reportagem é de Sandro Magister e está publicada no sítio Chiesa, 05-09-2011. A tradução é do Cepat.

Na audiência da quarta-feira passada, Bento XVI falou, aos peregrinos e aos fiéis reunidos na pequena praça de Castel Gandolfo, sobre a beleza da arte como "verdadeiro caminho para Deus, a Beleza suprema".

Não é a primeira vez que o papa Joseph Ratzinger indica na arte e na música "a maior apologia de nossa fé". Assim como na "esteira luminosa" deixada pelos santos e mais que os argumentos relevantes da razão.
Mas, desta vez o Papa acrescentou uma lembrança pessoal:

"Lembro-me de um concerto de música de Johann Sebastian Bach, em Munique, dirigido por Leonard Bernstein. Ao término do último trecho, uma das Cantatas, eu senti, não pelo raciocínio, mas no profundo do coração, que aquilo que eu havia ouvido tinha me transmitido verdade, verdade do supremo compositor, e me impelia a agradecer a Deus. Ao meu lado estava o bispo luterano de Munique, e eu lhe disse espontaneamente:

 "Ouvindo isso se entende:
 é verdade; é verdadeira a fé tão forte,
 e a beleza que expressa irresistivelmente
 a presença da verdade de Deus’".
 
Qual foi a Cantata de Bach 
 que atingiu tão profundamente o coração do futuro Papa?

Foi a que Bach compôs para a Missa do 27º domingo 
depois da Trindade, a última antes do Advento
 no ano litúrgico luterano.

Entre as quase 200 Cantatas que Bach nos deixou, 
aquela é a que leva o número BWV 140.
 
As Cantatas eram verdadeira e propriamente música litúrgica. Enchiam o espaço entre as leituras da Missa e a homilia. Com Lutero eram um simples hino. Mas no século XVI se desenvolveram na forma que depois foi a de Bach: com órgão e orquestra, com coro e solistas, com corais, recitativos e duetos.
O texto da Cantata tomava ideias das leituras da Missa do dia, especialmente do Evangelho, fazendo-se objeto de íntima meditação espiritual, algumas vezes com passagens poéticas. Às vezes, a homilia não era feita no final, mas na metade da Cantata.

Os fiéis a ouviam em silêncio. E às vezes o texto de toda a composição era distribuído aos presentes para que pudessem acompanhá-la melhor.
No 27º domingo depois da Trindade – em que se cantava a versão da Cantata dirigida por Bernstein que tanto emocionou Joseph Ratzinger – as leituras tinham um caráter escatológico, referidos aos últimos tempos.

A primeira leitura era tomada da Segunda Carta aos Coríntios (5, 1-10) ou da Primeira Carta aos Tessalonicenses (5, 1-11), ao passo que o Evangelho era o de Mateus (25, 1-13), com a parábola das virgens prudentes e das virgens insensatas:

"Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do noivo. Cinco delas eram insensatas, e cinco prudentes. Ora, as insensatas, tomando as lâmpadas, não levaram azeite consigo. As prudentes, porém, levaram azeite em suas vasilhas, juntamente com as lâmpadas. E tardando o noivo, cochilaram todas, e dormiram. Mas à meia-noite ouviu-se um grito: Eis o noivo! Saí-lhe ao encontro! 

Então todas aquelas virgens se levantaram, e prepararam as suas lâmpadas. E as insensatas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão se apagando. Mas as prudentes responderam: não; pois de certo não chegaria para nós e para vós; ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vós. E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o noivo; e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta. Depois vieram também as outras virgens, e disseram: Senhor, Senhor, abre-nos a porta. Ele, porém, respondeu:

 Em verdade vos digo,
 não vos conheço. 
Vigiai pois, porque não sabeis
nem o dia nem a hora."
O autor do texto da Cantata, Philipp Nocolai, se inspirou no ano 1559 justamente nesta parábola para desenvolver sua meditação, com referências líricas ao Cântico dos Cânticos e aos símbolos esponsais.

Como no recitativo que segue ao coral inicial:

"Ele está vindo, ele está vindo,
O noivo está vindo!
Saí, ó filhas de Sião!
Ele vem correndo do alto
para a casa de vossa mãe.
O noivo está vindo, tal como um corço,
Tal como um jovem cervo
A saltar pelas colinas
Trazendo a ceia matrimonial.

Despertai,
Alegrai-vos para receber o noivo
Ali, vede, ele está chegando!"
Ou no posterior dueto entre soprano e baixo:

Soprano: Quando chegarás, minha Salvação?
Baixo: Estou chegando, pois parti de ti eu sou.

Soprano: Espero com queima de óleo.
Abra o salão para o banquete celestial
Baixo: Eu abro a sala para o banquete celestial

Soprano: Vem, Jesus!
Baixo: Vem, alma doce!
 
É sobre este texto que Bach compôs música em Leipzig sobre uma de suas Cantatas merecidamente mais célebres. Ela extrai o seu nome, como todas, das primeiras palavras do coral introdutório: "Wachet auf, ruft uns die Stimme". [Despertai, chama-nos a voz.]

A escolha desta Cantata tipicamente escatológica, que termina com a visão da Jerusalém celestial, não foi casual para o concerto que Bernstein dirigiu em Munique, estando Joseph Ratzinger na plateia.

Isso foi em 1981. Ratzinger era arcebispo de Munique desde quatro anos antes. E em 15 de fevereiro morreu imprevistamente, na capital da Baviera, um dos maiores intérpretes da música de Bach, tanto como organista e cravista, assim como regente: Karl Richter.

Esse concerto foi realizado em memória de Richter, com a Bach-Orquestra e o Bach-Choir de Munique. Tudo com música de Bach, nesta ordem:
– o coral "Wenn ich einmal soll scheiden" da Paixão Segundo São Mateus (BWV 244);

– o concerto de Brandeburgo n. 3, em Sol Maior (BWV 1048);

– a Cantata "Wachet auf, ruft uns die Stimme" (BWV 140).
E depois do intervalo:

– o Magnificat, em Ré Maior (BWV 243).

Como se pode ver, a Cantata que tanto emocionou o futuro Papa concluiu, precisamente, não todo o concerto, mas sua primeira parte.
O bispo luterano que se sentou ao seu lado, a quem Ratzinger confiou seus pensamentos, era Johannes Hanselmann, que morreu em 2002, figura de grande relevo no diálogo ecumênico que levou à Declaração conjunta sobre a Doutrina da Justificação, assinada em 1999 pela Igreja Católica e pela Federação Luterana Mundial.

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Os Mistérios de Delfos

Conhece-te a ti mesmo
 – e conhecerás o Universo e os Deuses.

Inscrição do templo de Delfos
O Sono, o Sonho e o Êxtase 
são as três portas para o Além, 
de onde nos vêm a ciência da alma 
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A Evolução é a lei da Vida.
O Número é a lei do Universo.
A Unidade é a lei de Deus.
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Li-Sol-30
Fonte:
 http://www.arcadellamemoria.blogspot.com
 http://www.arcadellamemoria.blogspot.com/2011/12/video-ton-koopman-j-s-bach-m...
 Enviado por em 03/12/2011
 http://www.ihu.unisinos.br/noticias/500659-a-cantata-de-bach-preferida-de-ratzinger
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