sábado, 16 de fevereiro de 2013

A VIDA E OS CICLOS ao som de J.S. BACH - CANTATAS BWV 143,144,145,146



 J.S. BACH
  CANTATAS BWV 143,144,145,146,
Leonhardt & Harnoncourt

Teria você vivido anteriormente?

Como pode haver igualdade de criaturas 
desigualdade desde o nascimento?!
 
 Se Deus é o Pai que ama,
 igualmente a todos os seus filhos, 
como diz S, Mateus, que Pai é este, 
que tão desigualmente repartiu entre os seus filhos a herança da vida?
 O caminho para a blasfêmia fica aberto, assim...

TERIA VOCÊ VIVIDO ANTERIORMENTE? 


Mario R. de Luna 



Acima de qualquer espírito dogmático, é forcoso reconhecer que a hipótese de vidas anteriores satisfaz perfeitamente a ansia de justica, inata no coração do homem. Quem nasce em uma familia de deserdados ou de criminosos, cego, ou com taras hereditárias, como não ha de queixar-se a Deus, ou à fatalidade, da injustiça do seu nascimento, Injustiça que colocou a outros em lugare superiores, com saúde perfeita em um meio ambiente mais apto para todo o progresso o progresso e felicidade? 


O rugido de feras das eternas questões sociais não têm, sem dúvida, outras causas além das desigualdades de nascimento que falam, mais que de um "pecado original" comum a todos, de um "pecado originado na vida anterior de cada qual", e com o qual viemos a um mundo que logo nos fala, pomposamente, de igualdade diante da lei.

Como pode haver igualdade de criaturas desigualdade desde o nascimento?! Se Deus é o Pai que ama, igualmente a todos os seus filhos, como diz S, Mateus, que Pai é este, que tão desigualmente repartiu entre os seus filhos a herança da vida? O caminho para a blasfêmia fica aberto, assim... Talvez, por isso, Orígenes, Tertuliano e outros doutores cristãos primitivos foram partidários de algumas "vidas anteriores", das quais a vida atual, com suas qualidades e suas taras, fosse o prêmio ou o castigo. 

Assim, na vida evolutiva da grande "floresta" humana, todas as humanas árvores seriam da mesma espécie: porém, umas, as "almas jovens" ou com poucas existências prévias, não podem dar frutos bons por falta de experiências, que noutras almas, "mais velhas" vem atezourando em grande número, por efeito de quedas e de dores. Aquelas, como as crianças abandonadas a si mesmo, não podem fazer senão o mal, que é um bem imperfeito. Estas, ao contrário, já conhecedoras de que todo o mal tem sua sanção em uma ou outra vida (Karma ou retribuição da Lei natural), não podem senão fazer o bem, que, experimentalmente, se encontra mais de acordo com sua natureza. 

Quem antes se suicidou, hoje suportará, heroicamente, as contrariedades que na vida anterior o arremessaram à loucura fatal, pois alguém definiu muito acertadamente a experiência como um "escudo formado por todas as armas que nos feriram". 

O viciado de outra vida será santo na atual, o que é perfeitamente lógico quando se considera que, no lapso de uma mesma vida, grandes pecadores, como Madalena ou Sto. Agostinho, conseguiram se tornar santos. Como pedir à anzinha de três anos o mesmo fruto que à arvore corpulenta de três séculos? Deus é justo, não dá cousa alguma a ninguém, senão o direito de conquistar. 

Tudo isto é extraordinariamente convincente. Porém, o espírito comum que, de momento aceita a teoria da reencarnação, tão elementarmente exposta, pode mais tarde levantar-se severo contra tal idéia. Se vivemos em outras ocasiões porque não nos recordamos disso? Porque, então, nascemos algumas vezes com um sexo e outras com outro? A malícia farisíaca também propôs a Jesus o caso do marido sucessivo das sete mulheres, perguntando de qual das sete seria ele o verdadeiro esposo no céu, ou seja, em uma vida ulterior, ao que o Mestre divino replicou, fazendo a mesma alusão aos "mistérios do Reino de Deus", mistérios esotéricos ou para os poucos, de que em ocasião análoga fala o capitulo X III, versículos 11 a 13, do Evangelho de S. Mateus.


 A reencarnação era o primeiro daqueles mistérios, porque, de fato, segundo ela seja interpretada, pode conduzir-nos a uma verdade sublime ou a um perigoso, ridículo, perigoso, sim, porque com o eterno problema do sexo, essa doutrina poderá levar-nos à das "damas e cavalheiros" de antigamente, em que uma era a mulher verdadeira e a outra "a dama dos pensamentos", mulher verdadeira talvez em outra vida anterior. Disso resultaram vários casos lamentáveis entre inocentes espiritualistas. 

A funesta doutrina das "almas gêmeas", que se vêm conhecendo e amando ao longo de múltiplas existências, à maneira de Manon Lescout e o cavalheiro Des Grieux, e através das mais novelescas tragicomédias, é formidável empecilho contra o qual se oporá sempre a idéia simples da reencarnação. Isso sem contar com a inevitável vaidade de crermo-nos a reencarnação, nunca de criminosos, sempre de grandes homens: assim, em nossa grande experiência de filosofia oriental, temos conhecido dois "Cervantes", três "Alcehiades" e vários "Dantes" e "Abelardos", com suas "Eloisas", que... valha-nos Deus! 


Assim colocados ante um problema, de que o mundo já se apoderou, sobretudo pela dor do corte cruel de milhões de vidas em flor na Grande Guerra, tem-se que dizer toda a verdade, não a funesta meia verdade, sempre pior que a própria mentira. Para evitar más compreensões é que foi tornada secreta, antigamente, a tradicional verdade de que reencarnamos. 


As línguas sábias (o latim a última) sempre diferenciaram no homem a "personalidade" inferior da "individualidade" interna. Aquela é mera "máscara" ou envoltura ("personna"), e esta equivale à "apoteosis" dos "dois em um", ou seja, aquilo que na doutrina oriental arcaica (ou Sabedoria Tradicional das Idades, ou Teosofia) se denomina "divina Tríade", que preside a cada "quaternário inferior", ou o homem de barro, de paixões, de idéias, e sentimentos concretos ou egoístas. A personalidade nasce ou morre aqui, com um sexo ou outro, sem jamais reencarnar, pelo que a pessoa de Fulano de Tal, "com tal máscara ou envoltura", nada foi antes dessa vida e nada será depois dela. Não há para ela "Alcebíades", nem "Cervantes", que a justifiquem como "prolongamento" ante o "post mortem". 


Ao contrário, a Individualidade "superior" ou "Tríade", preside a cada existência individual, reencarnando, ou seja, tomando corpo ou Instrumento de carne em diversas "personalidades", as quais "pessoas" são sempre diferentes umas das outras, como os números de uma mesma dezena, os dias de um mesmo ano e as pulsações de um mesmo coração. Pelo fato de haver um "cérebro distinto", em cada reencarnação, não é possível a recordação; porém, existe a reminiscência daquelas abstrações ou qualidades, libertadas pela grande "Abelha" da "Tríade" divina, nas flores efêmeras das sucessivas personalidades em que reencarnou, e que jazem latentes em nosso subconsciente, em forma de aptidões ou repugnâncias, de virtudes e de vícios. 

Exemplos? O postilhão que ia montando sucessivos cavalos, nos antigos postos de "postos de encilhamento", era sempre o mesmo e percorria assim grandes distâncias; porém, os cavalos em que sucessivamente ia montando eram distintos uns dos outros. As contas de um colar são todas diferentes entre si e, no entanto, graças ao "fio conector", constituem o colar propriamente dito. Imagem fiel, a conta, de uma rotação ou dia da Terra, e o colar inteiro, a sua translação ou ano. Um eterno anel, mudando de "pedra" cada vez!... 


O Homem, a "tríplice maravilha" de Hermés o Trismegisto, é "Anjo", "Pensador" e "Besta" em uma só peça. Como Anjo é um raio divino do Logos Demiúrgico ou "anima-Mundi", como diria Platão, e tão eterno é perdurável como o sistema planetário animado pelo Sol, donde provém. Pela centelha de Pensamento que o reveste, é algo amoroso e volitivo, que reencarna, que atravessa com seu fio de ouro e sem sexo, vidas sucessivas ou seriadas, diversas bestas corporais e terrestres, nas quais reencarnam, para "desencarnar" depois, mil e uma vezes através de séculos incalculáveis... 


Alexandre, César, Napoleão, foram, sem duvida, seres humanos distintos, de épocas distintas; porém, sua Tríade superior, sua Tônica única ao concerto humano, poderia ter sido a mesma através de suas correspondentes personalidades, e presidir assim as tremendas obras destruidoras e reformadoras do "Karma" ou missão de cada uma delas, através dos tempos. As diferentes personagens da História nascem, vivem e morrem como flores de um dia. Suas pessoas ou "máscaras" são distintas, porém presididas, ao longo de suas respectivas vidas, aqui em baixo, por um Pensamento coordenador. 

Plutarco, em suas célebres "Vidas Paralelas", ajuntou aos pares diversos personagens gregos e latinos, dotados de características análogas, cousa que se poderia fazer com muitos outros, bastando comparar os discutidos ciclos de Vico, com os que a História parece repetir, senão em ciclos fechados, pelo menos em curvas de espiral. Porém, o grande discípulo de Platão teve o cuidado de não dizer que uns eram a reencarnação dos outros, assim como cada escala do plano não é a reencarnação, senão a continuação serial de quantas a antecedem ou a seguem. E, se grandes seres dizem recordar suas vidas anteriores, havemos de entender que nunca operaram tais recordações com o cérebro físico, senão com a sublime intuição que é uma das características da Tríade. Cousa notável, por certo, é Sanchoniathon, Moisés, Budha, Jesus, Mahoma, S. Francisco de Assis e Beethoven, o mártir apareceu cronologicamente seriados a distâncias respectivas de uns seis séculos. 


Por isso sempre encarei um relógio como algo sagrado. Nele sempre existe um volante ou um pêndulo, coração vital do instrumento, que marca os segundos com as suas pulsações. Cada pulsação é como um ato ou um pensamento nosso que faz avançar, no relógio, um dente na roda dos segundos. 


Urna rotação completa desta roda e um minuto, ou o avanço de um dente da roda dos minutos, com o que as rodas avançam pouco a pouco até as vinte e quatro de um dia. Relógios complicadíssimos temos conhecido, que marcam os dias os meses os anos e poderiam marcar, se o desejasse, os séculos, os milênios, as yugas, as eternidades... porque "eternidade" não significa "sempre", em hebreu, senão um tempo muito grande, cuja indefinida duração escapa à nossa compreensão. Pois bem, através dos diferentes segundos, o minuto "reencarna" ou se manifesta, e assim por diante. Isto é, assim como na numeração, às custas de unidades se compõe as centenas, etc. etc. e cada unidade superior vai se mani-festando através das anteriores, nada, em realidade, "reencarna", senão que a Força Inteligente do Cosmos, ou Harmonia, vai se manifestando em cada caso concreto e adquirindo nele "estados de consciência". 

Nossa vida sobre a Terra não é, pois, senão um dos infinitos estado de "consciência física", de alguma cousa superior, celeste, Angélica, mística, razão pela qual tem sido repetido, no Oriente, que a doutrina dos que crêem que enquanto o homem desenvolve aqui em baixo, sua alma está nas estrelas é uma doutrina eminentemente ocultista.

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Texto retirado da revista O Luzeiro – 1952 - compilado por Bruno R.
Artigo do Dr. Mario Roso de Luna, pubicado originalmente (em castelhano) na revista Dhârânâ N º 29, para a qual foi especialmente escrito.

Os Ciclos

Cada momento de nossa vida, 
cada ciclo de 1/10, 1/100, 1/1000 
ou talvez menos de um segundo,
 encerra um estado particular do nosso Eu. 
 
Modificamo-nos a cada instante,
 e os acontecimentos se sucedem em nosso organismo
 e em nossa mente...


 


















 Por Henrique José de Souza


Dizia Michelet que os acontecimentos políticos da Inglaterra, os bons ou maus governos dependem dos ventos que sopram da Índia. Conforme estes, tal é o tempo, e o tempo influe sobre as culturas e colheitas de algodão. E se estas são maiores, ou menores, progridem ou regridem as atividades têxteis de Manchester, movimenta-se o mercado de valores, há ou não pânicos de bolsa.

Daí, maior ou menor riqueza, progresso ou retardamento. De tudo isso deriva a política, com as suas lutas e perturbações. 

A nossa Terra não é uma entidade sideral separada do resto do Cosmos por uma campânula isolante. E nós, muito menos do chão que pisamos, do ar que respiramos, das energias que nos envolvem, que não encontram obstáculos materiais que não atravessem, e sobre os quais não influam.


As enchentes ou as secas, aqui ou ali, provocadas por manchas solares, por conjunções planetárias, por posições desse ou daquele astro no céu; marés extraordinárias de tais ou quais, tipos; enfim, uma série de influências marcam períodos de riqueza ou de miséria. Em fases de riqueza os governos são “bons” e os governantes exaltados pela posteridade de períodos mais magros. A intuição popular sabe que se devem semear certas plantas em determinadas luas ( a própria ciência já constatou isso); pôr pintos de acordo com as fases desse planeta. E a medicina já verificou, por observação, que as manchas solares, periódicas e cíclicas, afetam o estado patológico, particularmente dos doentes mentais. Verificou-se também que as mesmas coincidem com as fases de nervosismo e agitação que se objetivam em atividades políticas e dissídios nacionais e internacionais.


A Característica mais típica do metabolismo feminino coincide, em média, exatamente com as fases da lua. Os cometas produzem na terra perturbações electromagnéticas que trazem portanto, política, social e moral.


Toda essa interdependência das entidades siderais é reconhecida pela ciência positiva e verificada objetivamente.

Sabemos que a analogia e a indução constituem processos de conhecimento. Por que, então, analogias, coincidências, ou, melhor, causalidades e induções perfeitas, não são aceitas por certos setores da própria ciência e pela religião, conquanto sejam
verificáveis a cada passo? Só talvez por que são proclamadas pela Teosofia, pela Tradição Oculta, pela Sabedoria Iniciática das Idades?

O ano de Vênus, que equivale a oito anos da Terra, é o tempo que responde estatisticamente ao período da gestação humana. Da mesma maneira, à fase da puberdade média relaciona-se o ano de Júpiter. Por que negar a autenticidade destas  observações? Por que negar a astrologia, a assinatura dos astros na personalidade por ocasião do seu nascimento, assinatura que lhe imprime caracteres, maneiras de ser, aspectos exteriores e interiores, ciência que consiste em analisar o indivíduo pela posição do céu no momento em que ele veia à luz, predizendo-lhe, inclusive o futuro:Serão, por ventura, neutros os corpos siderais? Serão, por acaso, sem qualquer expressão no que nos diz respeito? Enfeites no céu para galardão da nossa vista nas noites de luar? “ Bibelots” inermes?

Todas as coisas do Universo estão unidas entre si, e se afetam reciprocamente.Não há vácuo, não há solução de continuidade, não há separação; tudo é contínuo em todas as direções. As distâncias existem apenas entre aspectos diferenciados de
substância única em locais do espaço pleno. Por que não admitir a evidência dessa simbiose cósmica?

O grande vidente do século passado, Emanuel Swedenborg já escrevera: “A lei mais essencial da Natureza é a da vibração. Um ponto morto, um ponto imóvel, é absolutamente impossível dentro de nosso sistema. Os movimentos sutis que chamamos vibrações ou ondas; os mais vigorosos, que denominamos ondulações; as trajetórias dos planetas, que designamos por órbitas; as épocas da história, que conhecemos como ciclos; tudo é movimento ondulatório, cíclico, de ondas no ar, no éter, na água, na terra, por nebulosas, pensamentos, emoções, e tudo quanto é imaginado.”

Ora , vemos que os corpos siderais se movimentam numa ritmo perfeito. Ritmos e ritmos se entremesclam nos confins do Ovo sem limites do Universo. A nossa terra gira em torno de seu eixo num período aproximado de 24 horas, metade de 12 horas de luz e metade de 12 horas de trevas. De dia, a vida na terra caracteriza-se por umas tantas atividades da Natureza diferentes das que têm lugar durante o período de obscurecimento. O homem vive, durante o dia, em estado de vigília, com seu corpo ativo, criando objetivamente e, de noite, dormindo, com a vida de relação recolhida, mas em grande atividade psíquica. 

Á noite, a Lua exerce suas influências mais diretamente – as paixões se reacendem nas almas, os cães lhe ladram e as corujas piam como maus augúrios. Um movimento cíclico... Medimos daí o tempo, e como o tempo não passa de uma “sucessão panorâmica de estados de consciência”, e como cada panorama sucede ao anterior com uma rapidez quase instantânea, dividimos o ciclo de 24 horas em partes cada vez menores. Desejamos chegar a um termo que pudéssemos isolar momentaneamente, agarrar um desses panoramas, e capturarmos o presente, no nosso estado, sempre fugidio, pois ao tentarmos visiona-lo, já ele descambou para o passado, e o momento imediato se atualizou. E assim, o presente para nós é apenas a intercessão entre o futuro e a reminiscência. 

Tomemos uma fração de tempo para desenvolvermos o nosso raciocínio: o décimo de segundo. Um décimo de segundo é um pequeno ciclo de nossa vida. Que pensamentos nos brotam na mente? Ora de esperanças, ora de desespero; ora de atrevimento, ora de timidez; decisões num instante, tergiversações imediatamente. È um ciclo pequeno, e no entanto, fundamental em nossa existência. Um só pensamento quantas vezes não decide de toda uma vida? Quem o pode negar? Quão importante é ele!

 A soma total de ciclos 
de 1/10, 1/100 e 1/1000 de segundo,
 não constituí toda uma vida? 
Humana ou de um Universo?

Dez ciclos de 1/10 de segundo formam um maior, de um segundo. Sessenta segundos, um minuto; sessenta minutos, uma hora, e doze horas, um dia; e mais doze horas, ou vinte e quatro horas, um dia e uma noite, ou um dia completo. Um minuto tem sessenta segundos, uma hora, sessenta minutos, e portanto, 3.600 segundos; e um dia de doze horas, 43.200 segundos. E aí encontramos um nódulo básico da cronologia brahmânica, com a qual se medem os ciclos cósmicos, o nódulo 432. Este é um número “sagrado” um número chave para o segredo da lei dos ciclos, lei que a ciência positiva não aceita, não sabemos porque, pois ela é matemática.365 dias formam um ano de doze meses; cem anos, um século. 

Dez séculos, mil anos. 2160 anos,
 o tempo médio aproximadamente em que o ponto vernal,
 ou equinócio da primavera coincide 
com uma determinada constelação zodiacal.
Estas constelações influenciam ou não a vida da terra? Não marcam a primavera, fenômeno visível e perceptível pelos nossos órgãos dos sentidos em contato com a Natureza, que nessa ocasião desabrocha ciclicamente? E por que não aceitar outras influências não percebidas pela consciência desatenta, provindas de cada uma dessas constelações?
A indução, por ventura, repetimos, não é uma lei do conhecimento, e não serve como tal, quando se não possuem elementos de observação empírica? E quando alguém possui, por que negá-lo? Enquanto os óticos ainda não haviam descoberto o microscópio, quem ousava falar em micróbios? E contudo eles sempre existiram, e os Adeptos da Sabedoria Iniciática das Idades deles já falavam, porque sabiam da sua existência como “devatas”.

Doze voltas completas, ou seja a passagem dos doze signos zodiacais pelo ponto vernal, marcando a primavera, constituem um ciclo cósmico maior, de 25.920 anos, mas que verdadeiramente é de 27.000 anos, segundo ensinam as tradições esotéricas. É o ciclo da precessão dos equinócios, o ano trópico.

Quatro desses ciclos, ou 108.000 anos, correspondem ao ciclo do periélio, e quatro ciclos do periélio formam outro muito maior de 432.000 anos, onde aparece pujante o nódulo 432, marcando uma “Kaly-Yuga”, ou Idade Negra segundo a cronologia bramânica.

A base desse nódulo 432, cujos algarismos somados dão o número 9, que no Taro simboliza o homem perfeito, o desvendador de todos os segredos da Natureza, o Adepto, ou iluminado, descobrem-se os ciclos da referida cronologia, que nesta mensagem deixamos de desenvolver, conduzindo o leitor à “Doutrina Secreta” ( H. P. Blavatsky) ou a Mario Roso de Luna (Conferências Teosóficas na América do Sul).Os ciclos podem ser medidos com um relógio, feito com peças de metal. Sãoirrefragáveis, pois representam tempos certos e marcados dentro de uma Eternidade.

Cada momento de nossa vida, cada ciclo de 1/10, 1/100, 1/1000 ou talvez menos de um segundo, encerra um estado particular do nosso Eu. Modificamo-nos a cada instante, e os acontecimentos se sucedem em nosso organismo e em nossa mente. Em 7 anos nosso corpo já é outro, com outras células; em 1/1o de segundo, a nossa mente já fulgura ou se entenebrece com novos pensamentos. Manifestam-se, portanto, entidades novas. Uma célula é uma entidade biológica. Um pensamento é uma entidade psicomental.

E o progresso da Humanidade, a sua evolução, se processa assim, por ciclos de1/10 ou menos de segundo, até milhões, bilhões e trilhões de anos; até o término de 100 anos de Brahmã, um Grande Manvantara, ou período de manifestação de um sistema solar.

Este movimento evolutivo não para, e de acordo com a Lei dos Ciclos, surgem períodos de levantamento e rebaixamento, de progresso e retrocesso, num desenvolvimento que se simboliza pela espira, onde em cada volta há uma fase de ascensão e outra de descenso, indo, porém, sempre o conjunto para cima. A evolução humana e de toda natureza obedece, pois, a uma lei cíclica.

Cíclica é nossa vida; gestação , nascimento, infância e puberdade, juventude, mocidade, madureza, velhice e morte. Na primeira, infância, desabrocham os sentidos cria-se, pouco a pouco, a mente, onde cada pensamento, cada imagem é uma entidade viva que se manifesta dentro de nós, mente que jamais cessa sua elaboração, porque estamos continuamente criando formas mentais, sejam elas boas ou más.

 Na puberdade, adquirimos o poder de procriar e novas entidades físicas e psíquicas se apresentam. O homem é, então, completamente diferente do ciclo anterior. Até na sua morfologia. Na juventude, as faculdades internas se desenvolvem ainda mais, para que na madureza atinjamos a plenitude da consciência; na velhice, essas mesmas faculdades se vão debilitando, em função do enfraquecimento da sua base física, ate que pela morte são libertadas do corpo, perdendo seu poderoso e estupendo órgão de ação e experiência no mundo terreno em que vivemos.

Da mesma forma cíclica se processa a história da Humanidade. Correntes filosóficas e religiosas revolucionam as consciências e os Estados. Aparecem as guerras, as revoluções e os cataclismos sociais e telúricos. Há períodos de atraso e fases de avanço. E se remontarmos ao passado mais longínquo, revelado pelos Livros Sagrados que a Augusta Fraternidade Branca conserva em segredo – porque em mãos profanas seriam instrumentos de maldade pelo mau emprego dos seus ensinamentos e talvez destruídos, como foram em certa época de nossa história, quando os ocidentais derrocaram monumentos, queimaram, roubaram e esconderam papiros, livros e escrituras antigas, num afã iconoclasta e egoísta que não pode, por mais que se queira, riscar da história, onde ficam como um libelo irrefragável, como um “carma” que pesa inflexivelmente sobre os culpados – verificamos que cada ciclo corresponde à passagem de uma nova constelação do zodíaco pelo ponto vernal, marcando o início da Primavera, a uma era nova bem definida, após um período de sofrimentos.

E cada ciclo desses caracteriza pelo aparecimento de um Grande Ser, um Avatara,como aconteceu com Ram, Krishna e Jesus Cristo.

Publicado originalmente em Dhâranâ n º 136 – Ano XXIII

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 Li-Sol-30
  • Fontes
    Publicado em 02/02/2013
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     http://site.eubiose.org.br/index.php?do=site:conteudo

ORDEM DO SANTO GRAAL,SER DE AGARTHA NA TERRA


Ordem do Santo Graal

 - Representante da Agartha na Face da Terra

Na Maçonaria agartina
 dos TACHUS-MARUTAS (ou Marus),
 as 3 referidas Colunas tinham os nomes: 
AGNAIN, ASGARDIM (para o Grão-Mestre) e AGAMIM,
 nomes estes derivados dos termos:
 ASGARD, AGARTHA, etc.
 A Taça da Vida - O Santo Graal
Radeir- ost. 143x153cm -2006

ORDEM DO SANTO GRAAL

Representante da
AGARTHA NA FACE DA TERRA


Grão Mestre da Ordem do Santo Graal – Prof. Henrique José de Souza, ao lado de sua Exma. Esposa D. Helena Jefferson de Souza, G.M. da Ordem das “Filhas de Allahmirah”, ambos tendo por Colunas seus na razão das Duas Colunas do Templo de Salomão, mais conhecidas nos ritos maçônico do Gr.:. Or.:. pelos nomes Jakim e Bohaz. E nos do antigo EGITO, pelos de MEMFIS-MAISIM, sendo que ao centro o próprio Grão-Mestre, MISRAIM. 

À mesma pertenciam os dois misteriosos Personagens conhecidos pelos nomes de Conde de São Germano e Cagliostro.
Na Maçonaria agartina dos TACHUS-MARUTAS (ou Marus), as 3 referidas Colunas tinham os nomes: AGNAIN, ASGARDIM (para o Grão-Mestre) e AGAMIM, nomes estes derivados dos termos: ASGARD, AGARTHA, etc.

Era Chefe ou Dirigente da referida Maçonaria na Face da Terra, o último ou 13° Dalai-Lama da Série dos Representantes do Rei do mundo (conhecido pelo nome de “Senhor de ERDEMI” nas tradições transhimalaias, do mesmo modo que AKDORGE, etc., o mesmo que nas do Ocidente, inclusive na Bíblia, já trazia o precioso nome de “Rei Melki-Tsedeck”, para o vulgo, simplesmente Melquisedeque, ou “Senhor de Glória e Justiça”, por isso mesmo, representando, ao mesmo tempo, o Poder Temporal e o Espiritual sobre todos os seres da Terra).

Tendo terminado o ciclo espiritual do Oriente em 1924, passou tal governo ou direção ao Ocidente.

Podemos afirmar, com a responsabilidade espiritual que nos cabe, e isto, de acordo tanto com o Vishnu-Purana, como um dos mais antigos livros do mundo, do mesmo modo que a própria Blavatsky, ao dizerem que "quando os mlekshas (estrangeiros) invadissem o Tibete, o papel espiritual do Oriente estaria terminado”.

Por tudo isso, foi que surgiu, com a nossa Obra, o Grande Ocidente Brasileiro, e que hoje é a parte esotérica da Sociedade Brasileira de Eubiose (antes, S.T.B.).

Como consta dos seus Estatutos, a primeira parte cuida da educação da infância para fazer jus ao nosso lema desde o começo SPES MESSIS IN SEMINE, “a esperança da colheita reside na Semente”.

E a segunda, da reeducação dos adultos, cuja comprovada inteligência possa sujeitar-se à uma Iniciação de acordo com o novo Ciclo, mais conhecido pelo nome de ERA DO AQUÁRIO.

De fato “o Brasil é o Santuário da iniciação do gênero humano a caminho da sociedade (ou civilização) futura”.

Não foi para outro fim que o Grande INICIADO, que se chamou Pedro Álvares Cabral, o descobriu. Sim, desde o começo de nosso Cultural e Espiritual Movimento, que o aclamávamos como Ex-Occidente Lux! Pois, de direito e de fato, substituía o Ex-Oriente Lux! De Emmanuel Swedenborg.

Finalmente, os dois emblemas ou condecorações que figuram tanto no pescoço do Grão-Mestre da Ordem do Santo Graal como da G.M. da Ordem das Filhas de Allahmirah (composta esta Ordem apenas de senhoras) tem a seguinte alegoria: uma Pomba de prata (a Ave de Hansa, segundo as escrituras teosóficas e ocultistas) desce sobre um Cálice de Ouro (o mesmo que figura no Altar de Nosso Templo), cercado este pelos raios de um Sol também de ouro.
Tanto nas lendas do Rei Artus e de Lohengrin, como de outros Cavaleiros que vem de um país maravilhoso situado no seio da Terra (Agarta, Shamballah, etc.) se fala nesse cálice, “e na pomba que todos os anos desce do céu para renovar o mistério contido no referido cálice...”

A fita donde prende o emblema do Gr. Mestre é de cor vermelha, correspondendo a Tejas (o Fogo), mas também ao poder KUNDALINI, e a de sua contraparte ou “aspecto feminino”, verde, correspondendo a Vayu (o Ar), mas também à força complementar entre as duas que se encontram em sentido de descida e subida, isto é Fohat.

No discípulo, quando as mesmas se encontram (Fohat vindo da cabeça ou chacra Sahasrara, Brahmananda, etc. e Kundalini do Muladhara, chacra situado no cóccix), isto é no chacra umbilical (metade do corpo) ou Manipura, o mesmo se torna um ADEPTO ou “Homem Perfeito”.

E logo, duas pétalas das mesmas cores se apresentam no coração ou chacra cardíaco, isto é, passando este de 12 pétalas para 14, na razão dos 14 pedaços de Osíris das tradições egípcias, mas que até hoje ninguém as soube interpretar, porque em
verdade servem de alegoria ao mistério dos avataras, por sua vez representados nos 12 signos do Zodíaco e mais dois... ocultos.
O chacra cardíaco, como os demais em língua sânscrita, tem o nome de Anahata. Os chacras em número de sete, como os astros ou planetas, como o espectro solar, etc., não são mais de que “as forças sutis da natureza”. 

Para os conhecer e manejar é preciso ser um Adepto.

E no Vishnú-Purana, “os dois esperados Deva-Pis portadores dos oito poderes da Ioga”, que deveriam vir para implantar uma nova vida sobre a Terra, melhor dito, uma nova civilização como é aquela para a qual trabalha a mesma Eubiose desde o ano de 1924, senão muito antes, pelos dois referidos seres...

Como fecho (broche, etc.) na capa de ambos (na do homem, amarela e na da mulher, azul) se vê a cabeça de um Leão, símbolo de Leo ou signo do Sol sob cuja égide nasceu a nossa obra (fundação material aos 10 de agosto de 1924, e num domingo, por sua vez, dia do Sol).

O mapa do Brasil apresenta visivelmente a cabeça de um Leão. E sua boca é justamente a capital baiana, que passa por ser a terra do nascimento do homem em questão... A ilha de Itaparica, que lhe fica fronteiriça, além de berço da civilização brasileira, também foi o lugar onde nossa obra fez a sua eclosão espiritual, qual loto sagrado nascido das águas. Itaparica, em língua tupi, quer dizer: Ita (pedra ou pedras) Parica, anteparas, nesse caso, como “anteparas de pedras”, forma um aquário ou signo da Nova Era, para o de Piscis ou Peixe, dentro do qual os mesmos vivem ou se acham.

Peixes foi o ciclo anterior, que se concluiu com o aparecimento do avatara Cristo...Com vistas às suas palavras quando lhe apresentam a mulher faltosa: “Aquele que estiver isento deste (e não apenas de pecado), que lhe atire a primeira pedra”, isto é, aquele que, em meu ciclo estiver isento deste pecado, etc. A interpretação de que fosse Ele pescador, é das mais absurdas, a menos que fosse, como “pescador de almas”, do mesmo modo que o de “pastor”, como ao próprio Papa se dá, aos sacerdotes de outras religiões, inclusive a protestante.

Gotama, o Buda, outro avatara da mesma essência divina, tem por significado: Gotama, “condutor de gado, pastor, vaqueiro, etc.”.

Quanto ao termo “pontífice”, quer dizer: “construtor de pontes”, como se se dissesse que é aquele que constrói a ponte que deve conduzir as almas de um lado para o outro, isto é, da Terra para o Céu... Resta saber onde está esse céu! O mesmo acontecia com a “barca de Osíris”, o Sol, que conduzia as almas de um lado para outro.

Voltando à boca do Leão geográfico, não foi aí o berço daquele que nasceu cercado de poderes que assombravam todo mundo, inclusive os médicos da família Drs. Nina Rodrigues, Alfredo Brito, Diretor da Faculdade de Medicina, etc.? Nesse caso, a Boca, como órgão da palavra, indica que “Ele é o portador do verbo solar, por isso mesmo o único capaz de construir pontes, e de conduzir o gado humano ao seu destino celeste.

Sim, “porque viemos da divindade e a ela havemos de ir (ou voltar)”, segundo Sto. Agostinho, mas daquela outra Boca, “Deus dividido em homens. E homens unificados em Deus”. Razão pela qual – como filhos de um Pai Comum, ou da mesma origem, jamais os homens deveriam viver em lutas uns contra os outros. Trabalhar pela paz universal é dom dos homens INTELIGENTES e DIGNOS. Como tal, verdadeiros Adeptos ou Homens Perfeitos.

Quanto ao Leão, ainda, da capa dos dois, o do homem é de ouro (metal do Sol) e o da mulher de prata (ou Lua).

Abres-e uma nova página, tanto na História do Mundo, como de nossa própria Obra, pois que a mesma “é o pivô em torno do qual se processa a evolução espiritual da Humanidade”.

Publicado originalmente em Dhâranâ nº 01 - Ano XXII

 Cálice de Vila Velha (PR)

Desde a mais remota antiguidade,
 que se perde na noite dos milênios,
 a Taça ou o Cálice tem presidido aos "mistérios"
 mais velados de todo o "esoterismo", transparecendo
nas religiões como um símbolo objeto de veneração.
 
O CÁLICE DE VILA VELHA

por 
Prof. Henrique José de Souza



Desde a mais remota antiguidade, que se perde na noite dos milênios, a Taça ou oCálice tem presidido aos "mistérios" mais velados de todo o "esoterismo", transparecendonas religiões como um símbolo objeto de veneração.

É sempre a Taça Mística pela qual o iniciado bebia o licor de Shukra ou de Vênus,reverenciado e cantado nos Vedas pelo Rishi, que o clava a beber ao candidato, Brâmanepor casta espiritual, quando chegado era o momento de sua alma se embeber da luz doSupremo Akasha, a Quinta-Essência das coisas.

Se no esoterismo mais secreto o cálice e o licor eram, como são, uma realidade,no simbolismo religioso as massas os veneram.

E assim é que a Tradição se refere aocálice em que foi recolhido o Sangue de Cristo, quando o centurião romano, Longinus, oferiu com sua lança. O sangue foi levado por José de Arimatéia e Nicodemus para a Irlanda, a famosa e antiga e mui misteriosa terra do arcaico povo chamado de Duat deDananda.

Revivescia, assim, no novo ciclo que havia de durar exatamente e apenas 2.000 anos, a tradição do Santo Graal.
A Igreja durante todo esse tempo, manteve para seus fiéis a tradição da Eucaristia, usando o cálice. Se esta ficou com o simbolismo, a Ordem do Santo Graal manteve a Verdade em todo seu fulgor.

A Taça ou Cálice é símbolo, contudo muito mais antigo. Na gravura ao lado aparece um dos monolitos gigantescos que constituem as vetustas ruínas da ciclópica cidade que existiu onde hoje fica a localidade de Vila Velha, no estado do Paraná, um dos locais mais "misteriosos" do Brasil, ligado a antigas e fulgurante civilizações que aqui medraram em ciclos pré-históricos.

Ostenta a forma de um cálice. Caprichos daNatureza... Sim, conforme as opiniões ligeiras dos que não querem de forma alguma entender o sentido que se guarda por traz das aparências enganosas de tudo quanto senos apresenta na vida. Para eles também a Pedra da Gávea e outros monumentos, da opinião de alguns sábios conspícuos da ciência positiva, são caprichos...

Mesmo que deles resultasse o monumento cuja gravura ilustra esta página, as causalidades que regem o ritmo da vida e das coisas, teriam levado a Natureza em seus "caprichos" a corroer com o hálito que dela emana, essa rocha gigantesca, dando-lhe aforma que se vê como o testemunho gritante o imorredouro de uma realidade.

Publicado originalmente em Dhâranâ nº 137 – Janeiro de 1949

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A MINHA SOMBRA

Ei-la que se move,
 agita os braços ou corcova diante de mim,
 como o espectro fatal da morte.

 Por Henrique José de Souza

Ei-la que se move, agita os braços ou corcova diante de mim, como o espectro fatal da morte.
Se acabrunhado pelas grandes tempestades da alma, sofro e choro, ei-la que seagita a balbuciar palavras incoerentes, como se fora o meu reflexo diante de um espelho.Forma nevoenta e sombria, ela parece ser movida pelas ondas mentais do meucérebro, imitando todos os meus gestos e sentimentos.

De vida em vida, ela me acompanha, como sombra que é de minha própria criação, desde a raça mãe dos Atlantes, através dos Rmoahal, dos Tlavaltlis, dos Toltecas, dos Turanianos, dos Semitas, dos Akkadianos, dos Mongóis, passando de raça em raça até chegar aos nossos dias. À medida que me ergo do lodaçal imundo da matéria, ela vai perdendo os seus contornos, chegando ao que hoje é: farrapo humano, sombra fugidia e maldita, reminiscência de um passado funesto e horrível, embora da grandiosidade incomparável daquela raça misteriosa.A primeira vez que a divulguei nesta vida, era tão horrenda que não a conheci àprimeira vista, pensando tratar-se de uma visão ou delírio febril. 

Mas... desgraçadamente, era ela, sempre ela, a minha sombra de todos os tempos!Penalizado, procurei reanimá-la, como se fora um escultor que quisesse retocar asua obra estragada pela mão inexorável do tempo. Ergui-lhe um altar no santuário do meu lar; tratei-a e zelei-a tal como se faz com as coisas reais ou valiosas.

Um dia, ela, já possuidora de vida própria, reconheceu-me e desceu do altar,fugindo do templo... E, desde então, renovou a sua perseguição de sempre. Fujo dela; porém, ela, embora de movimentos lentos e viscosos, como uma lesma que se move sobre o solo, está sempre ao meu lado, a rir estupidamente, já não mais imitando os meus gestos e sentimentos.Que horrível e flagrante contraste! Como pode a minha sombra, já não mais imitar,nem obedecer todos os meus desejos? Será que o “Magno poder do Karma” concedeu-lhe o direito de tornar-se verdugo do seu próprio senhor? Talvez.

Creio que vós, amado leitor, não a podeis divulgar nas trevas em que ela vive. Mas eu a vejo sempre. Ei-la ali bem à frente, a mover-se na sua miséria de contornos, como um ser involuído que é. “Camafeu ridículo, mirrado e morrente, semivivo, meio defunto e meio sombra de gente”, cético e triste, como se tivera uma mente, arrastando-se cheio de dores para um túmulo precocemente aberto, pelas suas inconscientes orgias, lá se vai ela, a minha sombra na sua via crucis maldita, a rir de mim, estupidamente como se ela tivera o mesmo direito de toda a gente, de saber se eu sofro ou gozo com as suas parvoíces de invólucro vazio, sombra que se esvai aos poucos, encolhendo-se para o sarcófago frio da morte.Fantasma de uma múmia vingadora, lembra-te do passado; não sou eu a quemprocuras, mas a ti mesma, sombra maldita de outrora!Sonho aterrador, visão macabra! Foge de mim, ante o ígneo poder que semanifesta, como no passado, quando de mim quiseste fazer sombra tua.

Que pensareis vós de mim, leitor amigo, vós que não tendes sombras, senãoquando os raios brilhantes do astro rei desenham no solo a vossa silhueta humana, sombra sim, mas divina quando souberdes da minha dor perene, por não poder eu aniquilar a minha sombra, senão quando sombra jamais se fizer no meu caminho?

Publicado originalmente em Dhâranâ nºs 13 a 17 Janeiro a Maio – Abril de 1927

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O Santo Graal e a Arca da Aliança

Publicado por Redação em 08/10/2010 às 16h26
Descubra por que esses objetos mitológicos, duas das mais fascinantes lendas que percorrem a história da humanidade, estão diretamente relacionadas aos Templários
Texto • Isis Gabriel


 




 











 
Vestidos com armaduras, empunhando espadas e cavalgando sobre cavalos treinados especialmente para a guerra santa, os cavaleiros medievais não mediam esforços para alcançar seus objetivos. Saques, pilhagens, destruição e sangue foram os rastros das Cruzadas.

Estas expedições guerreiras legitimadas pela Igreja tinham a meta de reconquistar a Terra Santa e levar a fé cristã aos incrédulos. Mas, por trás desse objetivo, desenvolvia-se uma verdadeira corrida por tesouros escondidos que movimentavam hordas de soldados com a cruz estampada no peito e uma espada sempre à mão. Dois desses tesouros misturam estes elementos como nenhum outro: o Santo Graal e a Arca da Aliança, que eram perseguidos em nome da fé e do poder que seria conferido a quem tivesse a posse deles.

Segundo a história oficial, não há nenhuma prova concreta da existência destes objetos. Talvez por isso, tantas lendas surgiram sobre a origem e paradeiro destas relíquias sagradas. E os templários são protagonistas de grande parte delas. Segundo essas histórias, foram eles que em uma pilhagem descobriram o cálice e a Arca Sagrada.

Fatos e mitos

Conta-se que, por volta do ano 1000 a.C., o rei Davi levou para Jerusalém a Arca da Aliança, o que teria ajudado a transformar a cidade no centro político e religioso dos hebreus e ainda unificar as tribos de Israel. Tempos depois, Salomão mandou construir o Primeiro Templo justamente para abrigar a Arca. Quando a Primeira Cruzada tomou Jerusalém, nove cavaleiros ganharam um lote de terra em cima dos escombros do antigo Templo de Salomão e montaram lá sua sede.

Esses nove cavaleiros fizeram votos de pobreza e passaram a ser chamados de Os Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, ou simplesmente Cavaleiros Templários. Durante os nove anos que ali permaneceram, eles escavaram o local e, segundo a lenda, encontraram muitos documentos e tesouros, entre eles o Santo Graal e a Arca da Aliança.
 


 
Apesar de alguns pesquisadores contestarem tal possibilidade afirmando que, quando Herodes reconstruiu o Segundo Templo em cima dos escombros do Templo de Salomão, fez importantes reformas e escavações de tal forma que, se houvesse algum tesouro embaixo, com certeza ele teria achado, a versão lendária tem outros argumentos a favor, como a maldição do último templário.

Depois de passar sete anos na prisão, o último grão-mestre templário Jacques De Molay foi condenado à morte na fogueira. Na hora de sua execução, amaldiçoou seus perseguidores dizendo-lhes que no prazo de um ano todos estariam mortos. Menos de um ano depois, o rei Filipe, o Belo, o papa Clemente V e seu executor faleceram. A maldição não parou por aí. Nenhum dos filhos de Filipe conseguiu se manter no trono, a dinastia dos Capetos acabou, o que deu origem a uma crise sucessória e desestabilizou a França, e abriu caminho para a Guerra dos Cem Anos. Há quem diga que uma maldição tão poderosa só teria uma explicação: a Arca e o Graal. Acredite se quiser.

Você sabia?

Há mais de 800 anos, todo dia 19 de janeiro, na Etiópia, sacerdotes com túnicas e turbantes brancos segurando um crucifixo em uma das mãos e um cajado na outra saem às ruas para celebrar um dos maiores tesouros e mistérios da cristandade: a Arca da Aliança. Nas localidades onde estão as mais de 20 mil igrejas cristãs coptas ortodoxas desse país da costa leste da África, multidões entoam em coro cânticos sagrados nessa grande festa em homenagem ao objeto que um dia guardou as tábuas dos Dez Mandamentos. Conduzindo os fiéis vão as autoridades eclesiásticas, que dançam sob o som dos tambores, sinos e vozes – como um dia fez o rei Davi na presença da Arca. E, quando a última luz do sol se esvai, a exaltação e a festa dão lugar ao silêncio e às rezas contidas em frente a uma tenda armada como no tempo de Moisés – é a vigília que segue noite adentro.

Para os coptas ortodoxos da Etiópia, a cerimônia, chamada de Timkat, tem um significado todo especial que vai além da compreensão dos outros cristãos. Para esse povo, a Arca da Aliança não é um mito ou uma busca arqueológica, mas uma relíquia que eles acreditam que está sob seu poder. A arca, segundo eles, não está perdida, e sim guardada na igreja de Santa Maria de Zion da cidade de Axum, vigiada pelos olhos atentos de um guardião-sacerdote escolhido por Deus. Segundo a lenda etíope, Menelik, filho de Salomão e da rainha de Sabá, teria fugido com a Arca antes da tomada de Jerusalém pelos babilônicos e se refugiado na Etiópia, daí a história da Arca em Axum e de toda a festa em sua homenagem.





 Li-Sol-30


 Fonte:
 http://site.eubiose.org.br/index.php?do=site:conteudo:
http://www.triada.com.br/cultura/sociedades-secretas/aq180-242-1182-1-o-santo-graal-e-a-arca-da-alianca.html

A ETERNA VOZ DO ESPÍRITO DA VERDADE e o BRASIL FENÍCIO





A Eterna Voz do Espírito de Verdade

Hiram, Kunaton, Cristian Rosenkreutz, São Germano;
 pouco importa o nome, pois que ele já veio 
e vós não o reconhecestes. Mas em breve ele voltará
para sua santa morada, fazendo jus 
à antiga palavra franco-maçônica VITRIOL...
A ETERNA VOZ DO ESPÍRITO DE VERDADE



Sem véus nem “maias”, para todos os povos,
em diversos idiomas, eras e latitudes longínquas ou próximas,
porém sempre a mesma verdade.
 

De GAUTAMA, O BUDA:
 Ó irmãos! É preciso assimilar as quatro verdades, as quatro nobres verdades. Reconhecerei que já temos perdido muito tempo peregrinando demais pelo caminho das reencarnações, em busca da Verdade. Praticai a meditação profunda a que vos habituei. Persisti na luta contra o pecado. Mantende-vos firmes na senda da santidade. Que vossos sentidos espirituais estejam limpos. E se as sete luzes da Sabedoria iluminarem vossa mente, estareis na Óctupla senda, que conduz ao Nirvana. Sabei, ó irmãos, que não tardará extinguir-se a Personalidadedo Tatágata. Assim, exorto-vos e digo-vos: Tudo quanto é composto e complexo tem de envelhecer e morrer. Buscai o real, o eterno. Esforçai-vos ardorosamente pela vossa salvação. (In Yogi Kharishnanda – “O Evangelho de Buda”)

De RAMAKRIHSNA:
 Pratiquei todas as religiões: a Hindu, a do Islã, o cristianismo. Percorri o caminhodas diferentes seitas. E terminei por compreender que todas se dirigiam ao mesmo Deus.Os homens que O disputam em nome de suas religiões, detenham-se para pensar que Aquele a quem chamam Krishna, se chama também Shiva, que ele tem os nomes de Energia primitiva, de Jesus, de Alá. Um Rama só, com muitos nomes. Pretendemos que “água” não é “jal”, mas “passi”, ou “water”? Que ridículo! A Substância é una, com vários nomes. Todos buscam a mesma substância. Só variam o clima, o caráter e o nome. (in Romai, Rolland –“A Vida de Ramakrisna”)

DE S. PAULO:
 Os deveres espirituais Lembrai-vos dos vossos guias, os quais vos pregaram a palavra de Deus. Imitai a fé que tiveram. Não vos deixeis envolver por doutrinas várias e estranhas, porquanto o que vale é estar o coração confirmado com graça, e não com alimentos, pois nunca tiveram proveito os que com isto se preocuparam. (Hebreus XIII, 7, 9).

De LAURENTUS:
Maçons do Brasil!! Maçons de toda parte! Quem vos dirige a palavra é hojeteósofo, para dizer-vos que Hiram, o Filho da Viúva ressuscitou. E traz consigo o mais precioso de todos os símbolos, o do excelso Tetragramaton, como expressão ideoplástica do Homem Cósmico, que é Jeová.Hiram, Kunaton, Cristian Rosenkreutz, São Germano; pouco importa o nome, pois que ele já veio e vós não o reconhecestes. Mas em breve ele voltará para sua santa morada, fazendo jus à antiga palavra franco-maçônica VITRIOL... Palavra de passe cujo sentido real até hoje não foi decifrado senão por aqueles que tem o direito de penetrar no mais sublime de todos os Tabernáculos. (in Laurentus – “Ocultismo e Teosofia”)

Falsas Igrejas
O grande número de falsas igrejas confirma a verdadeira religião. A literatura, apoesia e a ciência são as homenagens aos segredos insondáveis, em relação aos quais nenhum homem pode afetar indiferença ou falta de curiosidade. (Emerson)

Dever de Servir
Reflito muitas vezes como a minha vida, interior e exterior, se construiu pelo trabalho de outros homens, vivos e mortos, e considero que devo dar na mesma medidaque deles recebi e estou recebendo. (Einstein)

Perdoar e condenar
Erra por certo aquele que hesita em perdoar. Erra, entretanto, muito mais ainda aos olhos de deus aquele que condena sem hesitar. (Confúcio)

Instruir-se e difundir a Instrução
Quem procura instruir-se é mais amado de Deus doque o devoto que combatenuma guerra santa.Aquele que educa e proporciona instrução aos ignorantes é como um vivo entremortos.(Provérbios árabes)

Gêmeos Espirituais
Duas almas irmãs, mônadas que se amam e compreendem, sabem que esse amor consciente, lógico, evolucional e, portanto, dentro da Lei, exige a prole, a família, o santuário do ar, que é tudo na vida.(In Laurentus – “Ocultismo e Teosofia”)


Publicado originalmente em Dhâranâ nº 30 - Ano XLII


Brasil Fenício

Os Tupis não podiam voltar; sua pátria fora vítima da fúria do mar. Procuravam uma nova pátria, uma Terra da Promissão, destinada para eles por Tupã, como disseram seus sacerdotes...
 
BRASIL  FENÍCIO
por HERNANI M. PORTELLA

A nomeada dos Fenícios como intrépidos navegadores, é um dos axiomas dahistória antiga. Eles empreenderam longas viagens no interesse de seu comércio, nos diz Diodoro de Sicília; estabeleceram numerosas colônias na Europa, na África e não temeram mesmo transpor as colunas de Hércules e navegaram sobre o grande Oceano.


Não é pois de admirar que estas frotas abordassem as Índias e as praias da América. Conheceram então as ilhas da América Central, as Antilhas, quer dizer,“Atlantilhas” (as pequenas Atlântidas).

Mil anos antes de Cristo, essas ilhas eram ainda maiores, e no lugar onde hoje está o mar Caríbico, havia ainda um grande pedaço de terra firme, chamada “Caraíba” (isto é, Terra dos Carás ou Caris). Nessa Caraiba e nas ilhas em redor viviam naquela época as sete tribos da nação tupi, que foram refugiados da desmoronada Atlântida.
Chamaram-se Caris, e eram ligados aos Povos Carios, do mar Mediterrâneo.

Os sacerdotes deram-lhe o nome “tupi” que significa filho de Tupã.
O país Caraíba porém teve a mesma sorte que a Atlântida. Todos os anos desligava-se em pedaços, até que desapareceu inteiramente, afundando no mar. Os Tupis salvaram-se em pequenos botes, rumando para o continente, onde está hoje a República da Venezuela. O nome da capital CARACAS prende-se a esta origem.

Os fenícios, tiveram conhecimento dessa região e resolveram levar os Tupis em seus navios para o norte do Brasil. Quando chegaram os primeiros padres contaram-lhes os piagas aqueles acontecimentos do passado. Disseram que a metade da população das ilhas, ameaçadas pelo mar, retirou-se em pequenos navios para a Venezuela, mas que morreram aos milhares, na travessia. A outra metade, foi levada em grandes navios para o sul, onde encontraram terras novas e firmes.
Varnhagen, Visconde de Porto Seguro, confirma, na sua “História Brasileira” que essa tradição, a respeito da integração dos Caris (Tupis de Caraiba), para o norte do continente sul-americano, vive ainda entre o povo indígena da Venezuela.

O padre Antonio Vieira, o grande apóstolo dos indígenas brasileiros, assevera em diversos pontos de seus livros, que os Tupis-Nambás, como os Tabajaras, contaram-lhe que os povos Tupis imigraram para o norte do Brasil, pelo mar, vindos de um país que não existia mais.

Os Tabajaras diziam-se o povo mais antigo do Brasil. E explica, o erudito historiador Schwennhagen, qual o fim desejado pelos Fenícios com a imigração dos Tupis para o Brasil. Um povo auxiliador para sua grande empresa; um povo inteiro que assim identificou os seus interesses nacionais com os interesses da pátria.

Os outros que chegaram do Mediterrâneo, permaneceram sempre estrangeiros; ficaram em relação com a sua antiga pátria e pensavam voltar para a mesma, logo fosse possível.

Os Tupis não podiam voltar; sua pátria fora vítima da fúria do mar. Procuravam uma nova pátria, uma Terra da Promissão, destinada para eles por Tupã, como disseram seus sacerdotes.

Os Fenícios tinham simpatia pelos Tupis, que eram da mesma estirpe dos povos Cários; entenderam sua língua geral “do bom andamento”; eram brancos, um pouco amarelados, como todos os povos do sul da Europa e da Ásia Menor, e tinham uma religião com sacerdotes, semelhante à organização religiosa dos Fenícios.

Além disso eram agricultores e tinham um caráter guerreiro. Um tal povo, transferido para o continente brasileiro e nele domiciliado com o auxílio dos Fenícios poderia tornar-se um bom aliado desses.

Os antigos historiadores citam diversos outros exemplos de imigração de povos, com o auxílio e os navios dos Fenícios. Isso foi um dos meios eficazes de que se serviam para assegurar as suas espalhadas colônias.
Colocada a fundação de Cartago no espaço de 850 a 840 antes de Cristo e acolônia fenícia de Byrsa em 1240 antes de Cristo, verificamos que esta ficou bem fortificada para poder servir como um ponto estratégico da estrada marítima que liga a Bacia Orienta do Mar Mediterrâneo à sua Bacia Ocidental.

Nesse sentido ganhou a pequena cidade de Byrsa uma certa importância no movimento marítimo.

No ano 800 antes de Cristo deu-se uma tragédia na família real de Tyro, mas não conhecemos exatamente nem os fatos nem os nomes dos implicados, diz textualmente o ilustre historiador. Schwennagen.
O grande Champollion brasileiro que teve o nome de Bernardo Silva Ramos, como o mais estudioso da pré-história brasileira, decifrou, na Pedra da Gávea, “naquelas simples ranhuras do tempo” o seguinte: 

“TYRO FENICIA BADEZIR YETBAAL” E o leitor inteligente, que conhece as inscrições da Pedra da Gávea, isto é, TYRO FENÍCIA YETBAAL PRIMOGÊNITO DE BADEZIR, conforme interpretou o Dirigente da Sociedade Teosófica Brasileira(EUBIOSE), professor Henrique José de Souza, com justa razão pensará que a mesma se acha estreitamente ligada com tudo quanto acabamos de transcrever, da valiosa obra do eminente historiador e filósofo Ludovico Scwennhagen.

Em 1839, no reinado de D. João VI, visando a obtenção da tradução de inscriçõesrupestres existentes na Pedra da Gávea, foi nela efetuada uma exploração por mestre frei Custódio Alves Serrão, padre da Ordem do Carmo, e formado em Teologia na Universidade de Coimbra.
Mestre frei Custódio, após visto e compilado as inscrições gravadas na Pedra da Gávea, afora estar carcomida pelo tempo, classificou-a possivelmente, como fenícia, em sua memória e estudo, organizado após acuradas investigações ali realizadas.

Esta memória que a crônica antiga registrou, foi entregue à Secretaria do Estado, no Reinado de d. João VI. Desapareceu lamentavelmente, no meio das “papeladas oficiais”.

Diz Schwennhagen em suas obras que a Restinga de Marambaia é uma obra ciclópica dos Fenícios, contando com mais de 16 quilômetros de comprimento,constituindo uma grande paliçada formada por uma linha de pedras, tentando ligar a península de Guaratiba com a linha do Pico.
O objetivo dos Fenícios com a restinga era a formação de um enorme viveiro de conchas margaritíferas.

Todos estes depoimentos, são para que o leitor não tenha dúvidas quanto à estada dos Fenícios no Brasil. Mas aquele fato citado por Schwennhagen que no ano 800 antes de Cristo deu-se uma tragédia na família real de Tyro, dele não conhecemos exatamente nem os fatos nem os nomes dos implicados.

Quanto a esta parte transcrevemos o artigo do Dirigente da Sociedade Teosófica Brasileira(EUBIOSE), o prof. Henrique José de Souza e que já foi publicado em numero anterior desta revista e que diz: “Tyro era a capital da Fenícia. Nela estava firmada a Corte do rei Badezir, então viúvo. Do seu consórcio nasceram oito filhos. O primogênito, como bem decifrou Bernardo Ramos, chamava-se YETBAAL (o deus branco).
Os outros sete irmãos o odiavam por ter sido aquele a quem Badezir mais amava seja pelos seus dotes espirituais, seja pela sua alta inteligência, por isso mesmo o seu melhor conselheiro. Os próprios sacerdotes e respeitavam e muito o queriam.

Entretanto, já de certo tempo, se tramava na corte a expulsão do Imperador (pai) e de seus dois filhos, pois que o primogênito não era mais do que uma parelha de seres irmãos gêmeos.
Finalmente, eis que chega o momento da expulsão que, diga-se de passagem, não foi levada a efeito pelo sangue de irmãos, nempelo próprio povo que antipatizava com os sete filhos de Badezir, amando e respeitando os dois primeiros, assim como ao próprio Imperador, pela sua virtude e obediência às coisas divinas.

Com essa revolta, insuflada por alguns elementos das castas militar e religiosa, o País passou de Império a República. A flotilha que foi armada para trazer o rei, os príncipes, escravos, sacerdotes e alguns e elementos do povo que ficaram fiéis aos mesmos, era composta de SEIS NAVIOS; no primeiro vinham Badezir, os dois filhos, oito sacerdotes, cujo primeiro ou oitavo, como Sumo Sacerdote, tinham o nome Baal-Zin (o deus da Luz ou do Fogo), dois escravos núbios fiéis aos seus dois senhores, e a marinhagem, acompanhada de soldados que deveriam voltar depois ao antigo Império fenício... Nos outros navios, além de gente do povo, vinham mais 49 militares, tambémexpulsos do País, por terem ficado ao lado do rei Badezir e seus dois filhos mais velhos... E mais 222 que, a bem dizer, era a elite do povo fenício.

E assim, vieram em demanda às novas plagas cujo nome BRASIL, não se originada cor de brasa da madeira que tem esse nome (pau brasil) e, sim, do nome do Rei fenício BADEZIR (Basil ou Brasil).
Vieram esses novos habitantes por força de Lei preparar o Brasil-Fenício para o Brasil-Íbero-Ameríndio, descoberto por Cabral,secundando Colombo. Duas cortes ficaram então constituídas: a temporal, pelo rei Badezir, pelos sacerdotes, etc. etc., e que ocupavam toda a região que vem do Amazonas até Salvador (Bahia).

E desta região até onde é hoje o Rio Grande do Sul, ficava a corte espiritual, dirigida por YETBAAL, na sua forma dual, acompanhado pelos dois escravos núbios, pelos 222 elementos da elite fenícia... e alguma outras pessoas que não vem ao caso apontar.Ilustração:Gravura “Pedra da Gávea”

As forças de involução, que incessantemente preparam ciladas para obstaculizara marcha heróica da mônada e o triunfo da Lei e as realizações da evolução, interferiram e os divinos irmãos foram sacrificados.


Quem se der ao prazer de ler a magnífica obra “Aquém da Atlântida”, do ilustre acadêmico patrício, Dr. Gustavo Barroso, encontrará uma passagem muito interessante que fala numa “ilha Brasil”, em cuja entrada da barra havia uma certa Mano Satanias que fazia soçobrar as embarcações que ousassem atravessar a barra.

Tal passagem possui maior amplitude interpretativa quando se souber que dentro da PEDRA DA GÁVEA, além de duas múmias colocadas uma junto à outra sobre uma mesa de pedra nos pés também se acham duas outras dos dois escravos núbios aos quais nos referimos anteriormente, sendo que na cabeceira se encontram dois jarrõescontendo flores em parafina, etc.

E dos lados, em dois vasos canópicos, como outrora nos túmulos faraônicos do velho Egito, os manes das duas referidas múmias... E mais adiante, depois de uma rampa que vai dar ao mar, pela parte traseira da mesma pedra – como esfinge fenícia a que é – uma barquinha de teto esmaltado de azul, movida por uma roda que ia ter à pequena hélice, na popa, sendo acionada pelo referido escravo núbio.Pelo que se vê, o “casal”, cujas múmias se acham sobre as duas mesas de pedra,outras não são senão “a parelha primogênita de Badezir”, do mesmo modo que o escravo (pois a escrava morrei alguns anos depois) que movia a barquinha, e que soçobraram na baia que hoje tem o nome de Guanabara, cujo trabalho seria a tessitura da outrora chamada NISH-TAO-RAM (Nictheroy ou o Caminho Iluminado pelo Sol) com o Rio de Janeiro de hoje, como se dissesse que preparavam o alicerce da mais excelsa obra que deveria tomar forma na referida região.

Quando Badezir veio a saber da morte de seus dois filhos, correu pressuroso, em companhia do Sumo Sacerdote Baal-Zin e de um mago (médico e mumificador), chegando, infelizmente, muitos dias depois.O choque moral e sua própria idade, concorreram para que ele durasse poucotempo. Mas, antes de morrer, pediu ao supracitado sacerdote que, “logo isso acontecesse, mumificasse o seu corpo, deixando-o ao lado dos dois filhos durante sete anos, findo os quais, deveria ser transportado para certa região do Amazonas”, onde até hoje se acha, num pequeno santuário oculto nas referidas selvas”.

Os Tamoios chamavam a “Pedra da Gávea” de METACARANGA, fazendoreferência à “cabeça coroada”. A inscrição da “Pedra da Gávea”, é uma das muito e enigmáticas inscrições rupestres – litogrifos em linguagem erudita ou itacotiara, em língua indígena e a própria pedra, sugere uma esfinge fenícia, com corpo de bovino, asas que se levantam dos flancos e cabeça de um homem barbado com um barrete alto e que é ao mesmo tempo um TEMPLO e um TÚMULO.



O templo foi dedicado a Badezir 
e o túmulo a seus filhos gêmeos YETBAAL.
Terminou a tragédia e a tentativa milenar da implantação de um reino divino em nossas terras.


Para então começar uma nova era,
 Brasil, berço do Avatara! 


Publicado originalmente em Dhâranâ nº 09 e 10 - Ano XXXIV


 
 Li-Sol-30
Fonte:
http://site.eubiose.org.br/
Sejam felizes todos os seres. Vivam em paz todos os seres.
 Sejam abençoados todos os seres.