sábado, 20 de abril de 2013

A PSICOLOGIA DE JUNG - José Raimundo Gomes -


     A Psicologia de Jung 1 - José Raimundo Gomes 9:30
  A Psicologia de Jung 2- José Raimundo Gomes
 
Jung-José Raimundo Gomes - A inveja - 15'
Jung -Psicoterapia - José Raimundo Gomes -8'
 
 Jung -Sombra - José Raimundo Gomes 

 
Jung - José Raimundo Gomes -Curso de Psicomitologia 3'
 O Deus de Jung - José  Raimundo Gomes - 5'
JUNG-Mitos e Fadas- José Raimundo Gomes   4'
JUNG- A Arte de Curar - José Raimundo Gomes - 9'
 JUNG-O Inconsciente Coletivo - José Raimundo Gomes -5'
Jung- Sobre o Nascer e o Viver - José Raimundo Gomes - 2'
Sobre o Nascer: 
Nascimento-Angústia-Trauma -José Raimundo Gomes 4:37
Psicoterapia e O Sendido de Vida - José Raimundo Gomes. 3'
 Sobre o Nascer e o Viver - JoséRaimundoGomes -2'

Identificação Projetiva- JoséRaimundoGomes - 14'
O Sentido da Solidão II-JoséRaimundoGomes -7'

Carl Jung - El Mundo Interior

 
Carl Jung - El Mundo Interior-81'

JUNG E O ESPIRITUALISMO Imprimir E-mail





Autor: Ricardo Chioro






Em diversos sites esotéricos e espiritualistas, vemos artigos de Carl Gustav Jung e da Psicologia Junguiana. No ramo do Espiritualismo, Jung é muito conhecido, inclusive livros de e sobre Jung e sua Psicologia são muito indicados em palestras e estudos espiritualistas.

Vamos ver neste texto o uso, o estudo e as descobertas de Jung com meios Espiritualistas e espirituais como o I-Ching, a Alquimia, os Símbolos, a Intuição, as Mandalas e o Budismo e também algumas de suas vivencias. Jung fez publicações sobre todos esses meios, e na maioria deles, Jung estudou durante muitos anos.

Intuição
Um tema que é espiritual entrou para a Psicologia de Jung, e este tema é a Intuição. Jung falava que a intuição é quando sabemos de algo, sem que aquele saber passe pelos nossos pensamentos; você simplesmente sabe, mas não existe um raciocínio que o leve a conclusão daquilo que você sabe.

No Espiritualismo a intuição está associada ao Chakra Ajna, que é o Chakra da intuição.  

Retorno para Deus
Jung dizia que na vida humana existe a busca de um sentido para ela, e que esta busca, é a busca do retorno ao Uno, a Deus. É o retorno, pois a alma saiu de Deus, que a criou, e tem que voltar para o mesmo, e ela clama por esse retorno.

Assim sendo, a psique, vivencia um processo que leva ao crescimento interno, a uma conscientização de ter uma finalidade na psique, que trás o ser humano ao autoconhecimento, chamado por Jung de individuação.

Carl G. J. dizia que para este processo há um arquétipo (uma estrutura psíquica dentro do inconsciente coletivo) centralizador e organizador de nossa vida psíquica, que se possui uma imagem do divino, que é o Self. “O Self é com freqüência figurado em sonhos ou imagens de forma impessoal - como um círculo, mandala, cristal ou pedra - ou pessoal como um casal real, uma criança divina, ou na forma de outro símbolo de Divindade.”( Fadiman e Frager, 2002, p. 56 na ed. Harbra)

Crescimento Espiritual
“Com suas pesquisas sobre mitos e simbolismo,Jundesenvolveu teorias próprias a respeito da individuação ou integração da personalidade. Mais tarde, ele se impressionou profundamente por diversas tradições orientais, que forneciam a primeira confirmação exterior de suas próprias idéias, em especial seu conceito de individuação.” ( Fadiman e Frager, 2002, p. 46 na ed. Harbra)

“Jung descobriu que as descrições orientais do crescimento espiritual, do desenvolvimento psíquico e da integração, correspondem rigorosamente ao processo de individuação que ele observou em seus pacientes ocidentais.” ( Fadiman e Frager, 2002, p. 46 na ed. Harbra)

Com esse trabalho de Jung na tradição oriental, abriram-se muitas portas, para estas tradições aqui no Ocidente; elas foram mais faladas e mais comentadas, existiram observações científicas, por uma pessoa muito famosa e conceituada, o Jung.

Muitas pessoas da ciência e psicólogos, que não são espiritualistas, acreditam na validade de práticas orientais, como as da Yôga, Meditação e outras, graças a esse trabalho.

O Crescimento espiritual é a pessoa, enxergar seus defeitos, e mudar para não tê-los, enxergar suas qualidades, e mudar, se valorizando e gostando mais de si e enxergar quem os outros são e se modificar para lidar melhor com eles. Para crescer espiritualmente você pode enxergar estas coisas e com isso obter as auto-modificações propostas. Um psicólogo atua para que as pessoas tenham este descobrimento, e as técnicas do Yôga, do Budismo e do I-Ching, estudadas por Jung, levam a isso também.  

Carl escreveu o livro: "Psicologia da Religião Oriental e Ocidental" no qual além de abordar o fenômeno religioso, também trata da religiosidade no Oriente e no Ocidente.

Símbolos 
Jung descobriu que o inconsciente se expressa através de símbolos. Ele viu que existem símbolos no inconsciente coletivo (dentro de nós), símbolos religiosos tais como o símbolo do dharma budista, a cruz, a estrela de David entre muitos outros.

Eu procurei a Psicóloga Junguiana Dra. Maria Aparecida Diniz Bressani para me esclarecer sobre este tópico e ela disse: “Para Jung, cada pessoa que nasce, traz consigo como que uma "herança ancestral" de toda a história da humanidade codificada em símbolos.

O ser humano vive, na verdade, simbolicamente, porém, com seu racional desenvolvido (principalmente aqui no ocidente), acabou se afastando do ser divino que há em si (que se expressa por meio de símbolos) e é por isso que ele, atualmente, não consegue compreender a linguagem dos símbolos. 

É preciso saber "ouvir" os símbolos!”.

Obrigado Dra. Maria!

Carl escreveu o livro: "Homem e seus Símbolos". Outro livro dele que também trata de de símbolos é o "Tipos Psicológicos" além de falar sobre religião, mitologia e filosofia.

Mandalas  
Jung estudou a mandala e utilizou em seu consultório, assim pode constatar que seus pacientes melhoravam ou relaxavam com o uso da mesma. Ele dizia que a mandala poderiam trabalhar a Psique, atuando para o processo de autoconhecimento do cliente.

Mas claro que existem mandalas especificar para este trabalho, outras atuam em áreas diferentes.

Jung descobriu que as mandalas expressavam conteúdos interiores do ser humano, e no seu estudo das manifestações do inconsciente, seus analisados produziam de forma espontânea desenhos de mandalas, sem saber o que ela é ou o que estavam fazendo, e ele dizia, que isso tende a acontecer com pessoas que possuem um progresso muito grande na sua individuação.

Jung ficou muito interessado no símbolo mandálico taoísta chamado A Flor de Ouro, e dizia que era um material trazido frequentemente por seus pacientes.

A Flor de Ouro é desenhada tanto como um ornamento geométrico regular, ou de cima, ou um borrão crescendo de uma planta. A planta com freqüência nasce da escuridão, possui cores ardentes e tem um botão de luz no topo.

Jung publicou um livro chamado “O Segredo da Flor de Ouro”, junto com Richard Wilhelm.

I-Ching – O Livro das Mutações 
 
Quando Carl G. J. entrou em contato com o I-Ching encontrou relações entre este livro e seus próprios pensamentos.

O I-Ching é um livro usado para respostas de um oráculo, onde se faz uma pergunta e se usa uma técnica com varetas ou moedas com um calculo, que vai indicar aonde no livro a está a resposta para sua questão.

Jung usava este oráculo com seus pacientes. Teve um caso que Jung estava tratando um jovem com complexo de Édipo e o I-Ching respondeu que a jovem é poderosa e não se deve casar com ela.

Através do I-Ching, Jung formulou a teoria da sincronicidade, que diz que paralelos ocorrem entre o mundo mental e material.

Jung também escreveu uma introdução para o I-Ching.
Ele teve uma excelente relação com este oráculo.

Budismo  
Jung se interessou pelo Budismo no seu aspecto de lidar com o sofrimento.

No seu trabalho como médico, ele lhe dava com a dor dos outros, e o Budismo lhe serviu para que pudesse lidar melhor com isso já que fala muito no sofrimento.

Carl mostrava um respeito muito grande pelo Budismo e também estudou símbolos e mandalas Budistas, além de que trouxe uma idéia que é muito similar ao Budismo: Que o ego no processo de autoconhecimento, até a pessoa atingir o nirvana, vai entender sua relatividade, e de que é na realidade uma ilusão.

Alquimia  
As pessoas em geral tendem a ver a alquimia como algo pseudo-científico e sem validade. Jung não, ele encontrou nesta tradição ocidental uma maneira simbólica de descrever o crescimento pessoal.

Ele via nas escrituras de metamorfoses mágicas e químicas representações do processo de auto-transformação e auto-conhecimento. A transformação do metal comum em ouro, era para Jung, uma mudança interior, para uma consciência e atitudes melhores.

Com isso Jung também conseguiu muito mais aceitação por parte das pessoas pela Alquimia, que a consideravam uma bobagem.

Muitas pessoas que lêem a Alquimia por Jung acham que a interpretação da simbologia como processo de individuação, substitui como processo de transformação do metal em ouro, mas eu não acredito nisso, acho que ela pode ser tanto a transformação do metal em ouro, como no autoconhecimento; acredito que as duas são verdadeiras.

Jung escreveu os seguintes livros de alquimia: "Psicologia e Alquimia", "Estudos Alquímicos", "Mysterium Coniunctionis I" e "Mysterium Coniunctionis II". Estes dois últimos, contendo estudos avançados.

Experiências Espirituais de Jung  
Os pais de Jung eram pastores luteranos e desde cedo ele era afetado profundamente por questões espirituais e religiosas.

Quando tinha doze anos de idade, saiu da escola, “viu o sol cintilando no telhado do Catedral, refletiu sobre a beleza do mundo, o esplendor da igreja e a majestade de Deus sentado no alto do firmamento, num trono de ouro” (Fadiman e Frager, 2002, p. 43 na ed. Harbra). Logo em seguida o rumo que seus pensamentos iam tomando era uma linha considerada altamente sacrilegiosa, e no âmbito de repressão religiosa da época eles eram impensáveis, por isso foi algo aterrorizante.

Por vários dias Carl tentou suprimir o pensamento proibido, até que então, se permitiu continuar a sua linha de pensamento, e viu de lá do alto do trono de ouro de Deus sair um coco enorme que caiu em cima do teto da igreja e a despedaçou. Com isso sentiu um aliviou enorme e um estado de graça.

“Interpretou a experiência como uma prova enviada por Deus para mostrar-lhe que cumprir seu desejo pode fazer com que a pessoa vá contra a igreja e contra as mais sagradas tradições”. (Fadiman e Frager, 2002, p. 43 na ed. Harbra)

Quando Carl tinha sessenta e nove anos, passou por uma extraordinária experiência, ele quase morreu no hospital por um ataque no coração e se viu flutuando no alto em cima da terra, e ele, então, entrou em um grande bloco de pedra que também flutuava, havia lá um templo escavado e à medida que subia os degraus da entrada do templo, viu que deixava para trás sua história e viu também que era uma grande matriz histórica, que nunca tinha percebido antes.

Mas antes de entrar no templo foi chamado pelo seu médico dizendo que não tinha o direito de morrer.

É interessante, que já vi algumas pinturas sobre Plano Astral Superior, que é o Céu, que alias fica em cima da terra, e essas pinturas pareciam templos e cidades flutuando.

Quando Jung se recuperava do ataque cardíaco, se sentia deprimido e fraco durante o dia. Durante a noite acordava com sentimentos de profundo êxtase, tinha visões noturnas que duravam cerca de uma hora, e, essas visões deram-lhe coragem para formular algumas de suas idéias mais originais.

Quando Jung se curou, entrou em um período muito produtivo, onde escreveu uns de seus trabalhos mais importantes.

“Estas experiências mudaram também a perspectiva pessoal de Jung para uma atitude mais profundamente afirmativa em relação ao seu próprio destino”. (Fadiman e Frager, 2002, p. 44 na ed. Harbra)

Aqui vai uma deixa para aquela idéia espiritualista que as coisas não acontecem por acaso, elas acontecem para aprendermos algo.

Indicações  
Para assuntos correlatos indico o livro “Carl Gustav Jung e os Fenômenos Psíquicos”, de Carlos Antonio Fragoso Guimarães e da Editora Madras. Para saber mais sobre os assuntos descritos neste artigo, indicamos os sites da Bibliografia e o indicado no tópico de Alquimia.  


Bibliografia 

Fadiman, James & Frager, Robert. Teorias da Personalidade, Editora Harbra, São Paulo, 2002.

Revista Superinteressante. Ano 20, edição 235, pagina 48. Janeiro 2007.

Na pagina da internet Anseios da Alma e Destino Humanohttp://www.meiodoceu.com/Jung_1.htm, Claudia Araújo.

Na pagina da internet Mandala http://www.pipa.com.br/mandala/index2.asp, Maria Angela Guerra Barreto e Elsio Van Meegroot.


Na pagina da internet Carl Gustav Junghttp://www.artesdecura.com.br/revista/arte_curadores/carl_jung.htm, Brenda Gottlieb.

Na pagina da internet Obras Completas de Carl. G. Junghttp://www.salves.com.br/jb-jung.htm, Sérgio Pereira Alves.


Escrito por RICARDO CHIORO  
Ter, 29 de Setembro de 2009 08:48
Autor: Ricardo Chioro
email:  richard_c@uol.com.b
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Mais informações sobre Jung e a Alquimia na pagina:
http://www.symbolon.com.br/artigos/jungeameta.htm





Publicado em 19/04/2012- licença padrão do YioTube
 Sejam felizes todos os seres. Vivam em paz todos os seres. 
Sejam abençoados todos os seres.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

BLAISE PASCAL - AGOSTINHO E TOMAZ DE AQUINO - Videos - Hora da Coruja


 
A Ciência como a Ciência do Sagrado-35:21


Agostinho e Tomaz de Aquino - Hora da Coruja 24m



A Ciência como a Ciência do Sagrado


Enviado em 08/06/2011
 
Trabalho apresentado na UFRJ por ocasião do Seminário "O Estágio atual da ciência e as novas fronteiras do conhecimento", organizado pelo Centro de Tecnologia da UFRJ (2010). Relaciona a ciência deste novo século com a essência do sagrado. 

O universo necessita ser visto como uma obra de arte. Não basta compreendê-lo pela razão. 

 Torna-se necessário emocionar-se com ele, ou indignar-se, até, ante os casos de violência e injustiças. É o coração que nos permite perceber a vida e o universo como uma espécie de poema cósmico, onde o solo, os rios, a água, o ar que respiramos e a própria vida aparecem como partes de um todo sagrado e em perfeito equilíbrio.

 Nem a razão tecnicista da ciência do século passado, nem os antigos dogmas de fé possibilitaram esta solução, que passa por reaprender a olhar para este universo e para a vida como expressões de algo sagrado, holístico e ecológico (Z Rubens Turci).

 Licença de atribuição Creative Commons (reutilização permitida)


Pascal - Um gênio assustador



Um gênio assustador! Precoce, Pascal demonstrou suas habilidades quando, aos 18 anos de idade, inventou a calculadora. Como matemático e físico, ele se converteu ao Jansenismo e se retirou para Port-Royal. Denunciou em “Les Provinciales” a moral liberal dos Jesuítas.

Mas foi em “Os Pensamentos” que fez sua defesa da religião cristã, destinada a tocar os libertinos (pessoas que negam toda religião revelada, a qual se deve demonstrar) e os céticos (que colocam tudo em dúvida). Segundo Pascal, o homem é um ser miserável, um “nada do ponto de vista do infinito universo, um tudo do ponto de vista do nada, isto é, um meio-termo entre o nada e o tudo”. Ele é incapaz de atingir a verdade, pois a razão humana é constantemente enganada pela imaginação ou outras “potências enganadoras”. Sua única esperança é Deus: ele tem tudo a ganhar apostando na existência Dele. É o famoso argumento da aposta.

Tocado pela cura miraculosa de sua sobrinha, em 24 de março de 1656, Pascal engajou-se em uma reflexão sobre a significação dos milagres, iniciando pela luta dos jansenistas contra os jesuítas e, em seguida, no debate entre cristãos e ateus. Pouco a pouco, formou-se o projeto de uma apologia da religião cristã que, em seu primeiro momento, visava apresentar os milagres como fundamento da religião. O filósofo renuncia, pois, esta argumentação no ano seguinte para trabalhar em um projeto que funda a religião sobre a Sagrada Escritura e sua interpretação simbólica. As grandes linhas desse projeto são apresentadas em uma conferência em Port-Royal em 1658. Nessa data, numerosos fragmentos foram já redigidos. Gravemente doente a partir de 1659, Pascal retomou seu trabalho apenas no outono de 1660.

Basta abrir os olhos para constatar que o comportamento dos homens é quase sempre incoerente. Nosso julgamento é inconstante, o exercício de nossa razão é perturbado pela imaginação, nós vivemos no passado e no futuro, jamais no presente e nossas mais belas ações têm por causa motivos irrisórios. O mais espantoso dessa constatação é que ela seja realizada por tão poucas pessoas. Há incoerência em nossos desejos e em nossa forma de julgar o que é o bom ou o mau para nós. Não podemos gozar de um bem até que sua perda nos torne infelizes. Nós buscamos a satisfação por meios falsos, por exemplo, querendo ser obedecidos porque nós somos belos (vaidade)! Nós somos tão incapazes de determinar o justo e o injusto que nossa sabedoria aceita a lei e os costumes de um país, em tudo o que ela tem de arbitrário.

A ideia geral do Jansenismo é a de que o homem não pode salvar a si próprio. Após o pecado original, ele pode somente esperar a graça de Deus, concedida a um pequeno número de eleitos, dom absolutamente gratuito como prova da soberana liberdade divina. Ela se opõe, assim, às ideias desenvolvidas pela Companhia de Jesus, inspiradas no teólogo espanhol Molina, segundo as quais o homem poderia realizar sua salvação no mundo, pois a assistência de Deus é concedida a cada um no momento da tentação. 

Essa concepção teológica permitiria, na vida moral, numerosos acomodamentos com os preceitos religiosos. Ela conciliaria, em todo caso, vida profana e vida religiosa. Ao contrário, os jansenistas são partidários do rigor, da austeridade, da retirada das armadilhas ilusórias e dos falsos pretextos do século.

Dessa forma, conforme Pascal, os filósofos que se contentam em denunciar a miséria do homem – os céticos ou pirrônicos – estão enganados; o homem possui também uma grandeza, e seria somente por isso que ele reconheceria a sua miséria e que há uma ideia de verdade. Se nossa razão é impotente para compreender os dois extremos (tudo ou nada) ela pode conhecer o meio, algumas verdades no domínio científico; nisto ela é ajudada pelo coração, que nos dá as intuições fundamentais sobre as quais ela constrói, em seguida, suas demonstrações. Não se trata de certezas inabaláveis. Também só ela não pode nos dar a fé em Deus. Somente aqueles a quem Deus deu a religião por sentimento do coração que são bem-aventurados e legitimamente persuadidos, mas aqueles que não o têm, nós não podemos dá-lo, senão pela razão. O que significa dar a fé pela razão?

Conduzir o homem a tomar consciência de sua contradição e da impotência das filosofias, já que nelas se afirma e se nega de tudo, e admitir que somente a religião pode fornecer respostas satisfatórias para nossos anseios. Mas o princípio sobre o qual repousa estas respostas – o pecado original – é incompreensível pela razão. É preciso aceitar como um mistério inacessível. “O coração tem razões que a própria razão desconhece”.

Por João Francisco P. Cabral
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP



Paulo Ghiraldelli Jr.
Paulo Ghiraldelli Jr. compartilhou um link "Hora da Coruja":

 "TUDO SOBRE O HORA DA CORUJA AQUI Ó http://horadacoruja.com.br/"
Hora da Coruja
horadacoruja.com.br
A filosofia de Pascal – Hora da Coruja – JustTV – 16/04/13 -Posted on17/04/2013 03:49byFrancielle Chies CommentOs filósofos Francielle e Paulo Ghiraldelli conversam com o filósofo Andrei Martins, especialista em Pascal e professor na cidade de São Paulo.Categories:Uncategorized

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