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| Em
diversos sites esotéricos e espiritualistas, vemos artigos de Carl
Gustav Jung e da Psicologia Junguiana. No ramo do Espiritualismo, Jung é
muito conhecido, inclusive livros de e sobre Jung e sua Psicologia são
muito indicados em palestras e estudos espiritualistas.
Vamos
ver neste texto o uso, o estudo e as descobertas de Jung com meios
Espiritualistas e espirituais como o I-Ching, a Alquimia, os Símbolos, a
Intuição, as Mandalas e o Budismo e também algumas de suas vivencias.
Jung fez publicações sobre todos esses meios, e na maioria deles, Jung
estudou durante muitos anos.
Intuição
Um
tema que é espiritual entrou para a Psicologia de Jung, e este tema é a
Intuição. Jung falava que a intuição é quando sabemos de algo, sem que
aquele saber passe pelos nossos pensamentos; você simplesmente sabe, mas
não existe um raciocínio que o leve a conclusão daquilo que você sabe.
No Espiritualismo a intuição está associada ao Chakra Ajna, que é o Chakra da intuição.
Retorno para Deus
Jung
dizia que na vida humana existe a busca de um sentido para ela, e que
esta busca, é a busca do retorno ao Uno, a Deus. É o retorno, pois a
alma saiu de Deus, que a criou, e tem que voltar para o mesmo, e ela
clama por esse retorno.
Assim sendo, a psique, vivencia um
processo que leva ao crescimento interno, a uma conscientização de ter
uma finalidade na psique, que trás o ser humano ao autoconhecimento,
chamado por Jung de individuação.
Carl G. J. dizia que para este
processo há um arquétipo (uma estrutura psíquica dentro do inconsciente
coletivo) centralizador e organizador de nossa vida psíquica, que se
possui uma imagem do divino, que é o Self. “O Self é com freqüência
figurado em sonhos ou imagens de forma impessoal - como um círculo,
mandala, cristal ou pedra - ou pessoal como um casal real, uma criança
divina, ou na forma de outro símbolo de Divindade.”( Fadiman e Frager,
2002, p. 56 na ed. Harbra)
Crescimento Espiritual
“Com
suas pesquisas sobre mitos e simbolismo,Jundesenvolveu teorias próprias
a respeito da individuação ou integração da personalidade. Mais tarde,
ele se impressionou profundamente por diversas tradições orientais, que
forneciam a primeira confirmação exterior de suas próprias idéias, em
especial seu conceito de individuação.” ( Fadiman e Frager, 2002, p. 46
na ed. Harbra)
“Jung descobriu que as descrições orientais do
crescimento espiritual, do desenvolvimento psíquico e da integração,
correspondem rigorosamente ao processo de individuação que ele observou
em seus pacientes ocidentais.” ( Fadiman e Frager, 2002, p. 46 na ed.
Harbra)
Com esse trabalho de Jung na tradição oriental,
abriram-se muitas portas, para estas tradições aqui no Ocidente; elas
foram mais faladas e mais comentadas, existiram observações científicas,
por uma pessoa muito famosa e conceituada, o Jung.
Muitas
pessoas da ciência e psicólogos, que não são espiritualistas, acreditam
na validade de práticas orientais, como as da Yôga, Meditação e outras,
graças a esse trabalho.
O Crescimento espiritual é a pessoa,
enxergar seus defeitos, e mudar para não tê-los, enxergar suas
qualidades, e mudar, se valorizando e gostando mais de si e enxergar
quem os outros são e se modificar para lidar melhor com eles. Para
crescer espiritualmente você pode enxergar estas coisas e com isso obter
as auto-modificações propostas. Um psicólogo atua para que as pessoas
tenham este descobrimento, e as técnicas do Yôga, do Budismo e do
I-Ching, estudadas por Jung, levam a isso também.
Carl
escreveu o livro: "Psicologia da Religião Oriental e Ocidental" no qual
além de abordar o fenômeno religioso, também trata da religiosidade no
Oriente e no Ocidente.
Símbolos
Jung
descobriu que o inconsciente se expressa através de símbolos. Ele viu
que existem símbolos no inconsciente coletivo (dentro de nós), símbolos
religiosos tais como o símbolo do dharma budista, a cruz, a estrela de
David entre muitos outros.
Eu procurei a Psicóloga Junguiana Dra.
Maria Aparecida Diniz Bressani para me esclarecer sobre este tópico e
ela disse: “Para Jung, cada pessoa que nasce, traz consigo como que uma
"herança ancestral" de toda a história da humanidade codificada em
símbolos.
O ser humano vive, na verdade, simbolicamente, porém,
com seu racional desenvolvido (principalmente aqui no ocidente), acabou
se afastando do ser divino que há em si (que se expressa por meio de
símbolos) e é por isso que ele, atualmente, não consegue compreender a
linguagem dos símbolos.
É preciso saber "ouvir" os símbolos!”.
Obrigado Dra. Maria!
Carl
escreveu o livro: "Homem e seus Símbolos". Outro livro dele que também
trata de de símbolos é o "Tipos Psicológicos" além de falar sobre
religião, mitologia e filosofia.
Mandalas
Jung
estudou a mandala e utilizou em seu consultório, assim pode constatar
que seus pacientes melhoravam ou relaxavam com o uso da mesma. Ele dizia
que a mandala poderiam trabalhar a Psique, atuando para o processo de
autoconhecimento do cliente.
Mas claro que existem mandalas especificar para este trabalho, outras atuam em áreas diferentes.
Jung
descobriu que as mandalas expressavam conteúdos interiores do ser
humano, e no seu estudo das manifestações do inconsciente, seus
analisados produziam de forma espontânea desenhos de mandalas, sem saber
o que ela é ou o que estavam fazendo, e ele dizia, que isso tende a
acontecer com pessoas que possuem um progresso muito grande na sua
individuação.
Jung ficou muito interessado no símbolo mandálico
taoísta chamado A Flor de Ouro, e dizia que era um material trazido
frequentemente por seus pacientes.
A Flor de Ouro é desenhada
tanto como um ornamento geométrico regular, ou de cima, ou um borrão
crescendo de uma planta. A planta com freqüência nasce da escuridão,
possui cores ardentes e tem um botão de luz no topo.
Jung publicou um livro chamado “O Segredo da Flor de Ouro”, junto com Richard Wilhelm.
I-Ching – O Livro das Mutações
Quando Carl G. J. entrou em contato com o I-Ching encontrou relações entre este livro e seus próprios pensamentos.
O
I-Ching é um livro usado para respostas de um oráculo, onde se faz uma
pergunta e se usa uma técnica com varetas ou moedas com um calculo, que
vai indicar aonde no livro a está a resposta para sua questão.
Jung
usava este oráculo com seus pacientes. Teve um caso que Jung estava
tratando um jovem com complexo de Édipo e o I-Ching respondeu que a
jovem é poderosa e não se deve casar com ela.
Através do I-Ching, Jung formulou a teoria da sincronicidade, que diz que paralelos ocorrem entre o mundo mental e material.
Jung também escreveu uma introdução para o I-Ching.
Ele teve uma excelente relação com este oráculo.
Budismo
Jung se interessou pelo Budismo no seu aspecto de lidar com o sofrimento.
No
seu trabalho como médico, ele lhe dava com a dor dos outros, e o
Budismo lhe serviu para que pudesse lidar melhor com isso já que fala
muito no sofrimento.
Carl mostrava um respeito muito grande pelo
Budismo e também estudou símbolos e mandalas Budistas, além de que
trouxe uma idéia que é muito similar ao Budismo: Que o ego no processo
de autoconhecimento, até a pessoa atingir o nirvana, vai entender sua
relatividade, e de que é na realidade uma ilusão.
Alquimia
As
pessoas em geral tendem a ver a alquimia como algo pseudo-científico e
sem validade. Jung não, ele encontrou nesta tradição ocidental uma
maneira simbólica de descrever o crescimento pessoal.
Ele via
nas escrituras de metamorfoses mágicas e químicas representações do
processo de auto-transformação e auto-conhecimento. A transformação do
metal comum em ouro, era para Jung, uma mudança interior, para uma
consciência e atitudes melhores.
Com isso Jung também conseguiu muito mais aceitação por parte das pessoas pela Alquimia, que a consideravam uma bobagem.
Muitas
pessoas que lêem a Alquimia por Jung acham que a interpretação da
simbologia como processo de individuação, substitui como processo de
transformação do metal em ouro, mas eu não acredito nisso, acho que ela
pode ser tanto a transformação do metal em ouro, como no
autoconhecimento; acredito que as duas são verdadeiras.
Jung
escreveu os seguintes livros de alquimia: "Psicologia e Alquimia",
"Estudos Alquímicos", "Mysterium Coniunctionis I" e "Mysterium
Coniunctionis II". Estes dois últimos, contendo estudos avançados.
Experiências Espirituais de Jung
Os pais de Jung eram pastores luteranos e desde cedo ele era afetado profundamente por questões espirituais e religiosas.
Quando
tinha doze anos de idade, saiu da escola, “viu o sol cintilando no
telhado do Catedral, refletiu sobre a beleza do mundo, o esplendor da
igreja e a majestade de Deus sentado no alto do firmamento, num trono de
ouro” (Fadiman e Frager, 2002, p. 43 na ed. Harbra). Logo em seguida o
rumo que seus pensamentos iam tomando era uma linha considerada
altamente sacrilegiosa, e no âmbito de repressão religiosa da época eles
eram impensáveis, por isso foi algo aterrorizante.
Por vários
dias Carl tentou suprimir o pensamento proibido, até que então, se
permitiu continuar a sua linha de pensamento, e viu de lá do alto do
trono de ouro de Deus sair um coco enorme que caiu em cima do teto da
igreja e a despedaçou. Com isso sentiu um aliviou enorme e um estado de
graça.
“Interpretou a experiência como uma prova enviada por
Deus para mostrar-lhe que cumprir seu desejo pode fazer com que a pessoa
vá contra a igreja e contra as mais sagradas tradições”. (Fadiman e
Frager, 2002, p. 43 na ed. Harbra)
Quando Carl tinha sessenta e
nove anos, passou por uma extraordinária experiência, ele quase morreu
no hospital por um ataque no coração e se viu flutuando no alto em cima
da terra, e ele, então, entrou em um grande bloco de pedra que também
flutuava, havia lá um templo escavado e à medida que subia os degraus da
entrada do templo, viu que deixava para trás sua história e viu também
que era uma grande matriz histórica, que nunca tinha percebido antes.
Mas antes de entrar no templo foi chamado pelo seu médico dizendo que não tinha o direito de morrer.
É
interessante, que já vi algumas pinturas sobre Plano Astral Superior,
que é o Céu, que alias fica em cima da terra, e essas pinturas pareciam
templos e cidades flutuando.
Quando Jung se recuperava do ataque
cardíaco, se sentia deprimido e fraco durante o dia. Durante a noite
acordava com sentimentos de profundo êxtase, tinha visões noturnas que
duravam cerca de uma hora, e, essas visões deram-lhe coragem para
formular algumas de suas idéias mais originais.
Quando Jung se curou, entrou em um período muito produtivo, onde escreveu uns de seus trabalhos mais importantes.
“Estas
experiências mudaram também a perspectiva pessoal de Jung para uma
atitude mais profundamente afirmativa em relação ao seu próprio
destino”. (Fadiman e Frager, 2002, p. 44 na ed. Harbra)
Aqui vai
uma deixa para aquela idéia espiritualista que as coisas não acontecem
por acaso, elas acontecem para aprendermos algo.
Indicações
Para
assuntos correlatos indico o livro “Carl Gustav Jung e os Fenômenos
Psíquicos”, de Carlos Antonio Fragoso Guimarães e da Editora Madras.
Para saber mais sobre os assuntos descritos neste artigo, indicamos os
sites da Bibliografia e o indicado no tópico de Alquimia.
Bibliografia
Fadiman, James & Frager, Robert. Teorias da Personalidade, Editora Harbra, São Paulo, 2002.
Revista Superinteressante. Ano 20, edição 235, pagina 48. Janeiro 2007.
Na pagina da internet Anseios da Alma e Destino Humanohttp://www.meiodoceu.com/Jung_1.htm, Claudia Araújo.
Na pagina da internet Mandala http://www.pipa.com.br/mandala/index2.asp, Maria Angela Guerra Barreto e Elsio Van Meegroot.
Na pagina da internet Carl Gustav Junghttp://www.artesdecura.com.br/revista/arte_curadores/carl_jung.htm, Brenda Gottlieb.
Na pagina da internet Obras Completas de Carl. G. Junghttp://www.salves.com.br/jb-jung.htm, Sérgio Pereira Alves.
Escrito por RICARDO CHIORO Ter, 29 de Setembro de 2009 08:48 Autor: Ricardo Chioro email: richard_c@uol.com.br
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Mais informações sobre Jung e a Alquimia na pagina:
http://www.symbolon.com.br/artigos/jungeameta.htm |
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