Inconsciente (às vezes chamado também subconsciente) é um termo psicológico com dois significados distintos. Em um sentido amplo, mais genérico, é o conjunto dos processos mentais que se desenvolvem sem intervenção da consciência. O segundo significado, mais específico, provém da teoria psicanalítica e designa uma forma específica de como o inconsciente (em sentido amplo) funciona. Enquanto a maior parte dos pesquisadores empíricos está de acordo em admitir a existência de processos mentais inconscientes (ou seja, do inconsciente em sentido amplo), o modelo psicanalítico tem sido alvo de muitas críticas, sobretudo de pesquisadores da psicologia cognitiva[1]. Para evitar a confusão entre os significados, alguns autores preferem utilizar o adjetivo "não-consciente" no primeiro significado, reservando o adjetivo "inconsciente" para o significado psicanalítico.
1. Modelos do inconsciente
O inconsciente define um complexo psíquico (conjunto de fatos e processos psíquicos) de natureza praticamente insondável, misteriosa, obscura, de onde brotariam as paixões, o medo, a criatividade e a própria vida e morte.
O conceito de inconsciente de Carl Gustav Jung se contrapõe ao conceito de subconsciente ou pré-consciente de Freud. O pré-consciente seria o conjunto de processos psíquicos latentes, prontos a emergirem para se tornarem objetos da consciência. Assim, o subconsciente poderia ser explicado pelos conteúdos que fossem aptos a se tornarem conscientes (determinismo psíquico). Já o inconsciente seria uma esfera ainda mais profunda e insondável. Haveria níveis no inconsciente mesmo inatingíveis.
O inconsciente não se confunde com o id[3].[4]. Este é em pequena parte consciente, enquanto o ego e o superego possuem porções inconscientes.
Jung separou o inconsciente pessoal do inconsciente coletivo. Hoje, não existe consenso sobre se realmente existe um inconsciente coletivo, igual ou distribuído igualmente entre todas as culturas e povos. Mas os estudos de mitologia/religião comparada, de todos os povos e de todas as épocas da humanidade, dão fortes indícios e força a esse modelo. Cabe aqui citar um grande nome nessa área, Joseph Campbell, autor do livro The Power of Myth (O Poder do Mito). Seus estudos reforçam o modelo de inconsciente coletivo de Jung.
2. Comentários sobre a necessidade de um inconsciente
Nota: a Wikipédia não recohece nesta seção caráter científico, mas sim especulativo.
A noção de um inconsciente. pode estar atrelada firmemente à crença em um tempo físico e objetivo, inviolável e inalterável. Devido à experiência subjetiva da "flecha do tempo" ou à impossibilidade de revertermos a direção que nossas ações tomam no tempo - mesmo que o mesmo seja um construto - tornar-se-ia necessária a especulação de uma região indefinida e incognoscível, rotulada dualisticamente de inconsciente, como contraposição à experiência da autoconsciência. Essa necessidade seria praticamente uma exigência da manutenção da linearidade causal. Se a mesma não fosse necessária, ou se dispuséssemos de outros modelos igualmente explicativos, não seria necessário o modelo do inconsciente.
Atualmente, a física quântica aparentemente está questionando a existência de algo fora da atualidade atemporal do observador, devido ao seu tratamento probabilístico daquilo que simplificadamente se intitula de realidade. Diversos fenômenos mentais, tais como sonhos, intuições, processos criativos e mesmo cognitivos podem, talvez, ser muito mais facilmente compreendidos se a linearidade causal não for uma necessidade.
Eventualmente o próprio tempo seria apenas um construto dependente da forma pela qual o cérebro-mente organiza diversas experiências em uma linha dita causal. Isso pode ser observado em pessoas portadoras de transtornos das mais variadas espécies, que apresentam ordenações, nesse construto, nem sempre lineares, o que as leva a serem qualificadas como patológicas em diversos níveis. Em crianças de tenra idade, é possível também observar que as mesmas se comportam como se a sua linearidade ainda estivesse em processo de construção.
Assim, e então como exigência de consistência nesse modelo de tempo físico e irreversível, torna-se-ia necessária a construção da ideia de um inconsciente. Uma solução interessante para contornar a exigência de linearidade desse construto é a mudança de domínio do tempo para o domínio da frequência.
Uma vez que o observador (autoconsciência, eu - não o ego -, self, ou a própria experiência da ciência como o estado de estar ciente ) passasse a organizar suas percepções pelo critério da frequência e não do tempo, muitos fenômenos mentais tornariam-se mais facilmente compreensíveis. Mas, por outro lado, as noções de tempo e espaço seriam então necessariamente colocadas em segundo plano. O inconsciente deixaria de ter necessidade de existir porque o tempo que o limita deixaria de ser um fator significativo.
Tornaria-se mais interessante, mais consequente e mais consistente então falar de um não-consciente em contraposição à concepção nebulosa de um inconsciente misterioso, inacessível, incógnito, indecifrável, verdadeira cornucópia de soluções, na maioria das vezes absurdas para as mais diferentes mazelas provenientes de uma crença na causalidade absoluta e da incapacidade de conceber o tempo - e sua sequela, o espaço - como construtos mentais humanos e não como realidades físicas independentes do observador.
O ser humano poderia passar então a viver mais na atualidade, colocando acessos a outros tempos e espaços (eventos) como igualmente construtos, mas não determinismos, principalmente de um inconsciente, seja ele pessoal ou coletivo, mas sempre nebuloso.
SUBCONSCIENTE
O termo subconsciência ou subconsciente (lit. abaixo da consciência), é utilizado em psicologia muitas vezes para descrever "qualquer tipo de conteúdo da mente existente ou operante fora da consciência"[1].
Apesar de ser um termo pouco usado na terminologia científica, é muito difundido na cultura popular (cf. o livro O Poder do Subconsciente), onde é utilizado ora como sinônimo de "inconsciente" ou de "pré-consciente" (termos da teoria psicanalítica), ora, quando não se deseja fazer referência à obra de Sigmund Freud, para indicar de maneira geral todo o conteúdo da mente que não é accessivel à consciência.
Neste sentido mais amplo o subconsciente é, assim, a parte da mente não diretamente acessível ao indivíduo, mas alcançável através de técnicas diversas como a hipnose, a psicoterapia, as mensagens subliminares etc.
Subconsciente foi utilizado pela primeira vez pelo psiquiatra francês Pierre Janet, contemporâneo de Freud, para indicar os conteúdos da mente que se encontram em um nível inferior de consciência.
Janet desenvolveu uma complexa teoria da mente, baseada nos conceitos de subconsciente e de dissociação, e foi o primeiro a propor que os conteúdos subconscientes dissociados (o reprimodos) estjam na origem de alguns sintomas de tipo neurótico[2]. o mesmo termo foi utilizado por Sigmund Freud em seus primeiros trabalhos, mas foi logo abandonado por causa da sua ambiguidade e substituioo por "inconsciente".
Fonte:
Wapedia
http://wapedia.mobi/pt/Inconsciente
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