terça-feira, 19 de janeiro de 2010

CONTATO - COSMOS - CARL SAGAN

 




Cosmos - Episódio 01: 
As Margens do Oceano Cósmico - (Dublado em Português)-60min.
 
 
 
Cosmos - Episódio 01: 
As Margens do Oceano Cósmico - (Dublado em Português)
 
 
 
Cosmo -Episódio 9 - A Vidas das Estrelas - 59min.
 
  
 
Cosmos - Carl Sagan - Episódio 7
A Espinha Dorsal da Noite - 59min.

 
Cosmos Carl Sagan - Episódio 13
Quem pode salvar a Terra - 
 
Início do Filme Contact -4min.
 
  
 
Carl Sagan
 Deus, o Universo e todo o resto - 52min


 CONTATO - COSMOS
CARL  SAGAN

Carl Sagan escreveu o livro ''Contato'' em 1985, quando já era mundialmente conhecido como um sério divulgador de ciência para o público não especializado.

Em sua cruzada contra o que chamava de ''ignorância científica'' e os perigos sociais que essa ignorância pode causar, Sagan lançou mão de todos os recursos oferecidos pela mídia, de livros e artigos em jornais e revistas até sua famosa série para televisão, ''Cosmos'' _que fascinou toda uma geração_, trazendo para a sala de estar a imensidão do Universo e a surpreendente criatividade da Natureza.

Mas cinema, em geral, é diferente. Como mostrar, de forma precisa, porém comercialmente rentável, um pouco do que é fazer ciência hoje em dia?

O mercado cinematográfico está cheio de filmes de ficção científica em que o que menos importa é o que os cientistas ''de verdade'' têm a dizer ou como a pesquisa científica realmente é feita. É o mundo dos estereótipos, do gênio louco com cara de Einstein, em geral com sotaque alemão, querendo destruir o mundo, ou pelo menos parte dele.

Ou então são seres extraterrestres, humanóides perversos, reflexos dos nossos próprios medos sociais, do que somos capazes de fazer com nós mesmos.

Foi então com tremendo alívio que soube que Hollywood resolveu dar uma chance para os cientistas sérios, com a versão cinematográfica do livro de Sagan, em que ele constrói um cenário plausível do que aconteceria se realmente recebêssemos sinais de rádio provenientes de outro planeta, no caso, localizado na constelação da Lira, a 26 anos-luz da Terra. (Ou seja, ondas eletromagnéticas _incluindo ondas de rádio_ provenientes de planetas em Lira, viajando a 300 mil km/seg, demoram 26 anos para chegar até nós.)

O resultado é surpreendentemente bom. Robert Zemeckis, dirigindo seu primeiro filme após ''Forrest Gump'', mais uma vez analisa as várias tensões que ditam a dinâmica da sociedade norte-americana, aqui abrangendo o fanatismo religioso, a hipocrisia dos políticos (e de certos cientistas), o poder do Estado sobre as descobertas científicas com possíveis implicações sociais, o problema do financiamento da pesquisa fundamental, disputas de poder entre cientistas e, talvez mais importante no contexto do filme, o debate entre ciência e religião.

Politicamente correto, o papel do cientista que desvenda os misteriosos sinais de rádio cabe a uma mulher, Eleanor Arroway (Jodie Foster), que representa a pureza do pensamento científico rigidamente firmado em regras racionais, a encarnação do próprio pensamento de Sagan.

Crença em Deus
Eleanor é sujeita a tremendas pressões para que aceite a necessidade de Deus e da fé, como ''85% da população mundial''. Em uma cena, um teólogo galã pergunta a Eleanor se ela acredita em Deus. Sua resposta é a esperada: ''Não, a menos que tenha alguma prova concreta de Sua existência''.

Sabendo da forte ligação entre Eleanor e seu pai, morto quando ela ainda era menina, o teólogo pergunta novamente: ''Você amava seu pai? Então prove''.
A narrativa deixa a critério de cada um a resolução desse aparente paradoxo entre ciência e fé.
Será que criamos Deus para não nos sentirmos tão sós na vastidão do cosmos? E o que acontece com essa fé se existe vida inteligente em outros planetas? Essas são algumas das perguntas levantadas.

A possibilidade de vida inteligente fora da Terra é, sem dúvida, extremamente fascinante. Caso eles sejam muito mais avançados do que nós, a premissa desse filme, imagine o quanto não poderíamos aprender. Quantos enigmas poderiam ser finalmente desvendados, quanta sabedoria poderia ser facilmente adquirida.

No filme, a superioridade moral e intelectual dos extraterrestres é, de certa forma, humilhante. Quando finalmente o ''contato'' é estabelecido, fica claro o quanto não estamos preparados para receber esse conhecimento superior, o quanto somos ainda imaturos, perdidos em nossas guerras de ambição e intolerância social.

A forma de contato escolhida pelos seres extraterrestres é a menos chocante possível, benevolente e familiar. Ironicamente, o ''contato'' assume dimensões religiosas, ficando claro o quanto ainda estamos despreparados para essa libertação espiritual.
Em termos das idéias científicas exploradas no filme, são detectáveis pequenos problemas, que não comprometem a narrativa.

Mas como viajar 26 anos-luz até Lira e voltar em apenas um filme? Para ser mais preciso, em 18 horas, segundo a narrativa. Aliás, aqui aparece um problema de roteiro. Aparentemente, Eleanor se esquece de usar esse tempo de duração de sua viagem quando está tentando convencer os parlamentares a acreditarem em sua história.
Buracos de verme

Dentro das exóticas possibilidades, o filme explora a existência de túneis na geometria do espaço chamados de ''wormholes'', buracos de verme, passagens quase imediatas entre pontos no Universo separados por vastas distâncias. Ao invés de termos que subir e descer uma montanha para chegarmos a uma vila, atravessamos a montanha diretamente por um túnel.
Apesar de aparentemente esotéricos, esses buracos são já parte do vocabulário de físicos em todas as partes do mundo.

Claro, fabricar pontes através do Universo com papel e lápis é infinitamente mais simples do que construí-las no espaço interestelar. Mas como as descobertas de hoje serão as invenções de amanhã, o que é impossível com a tecnologia atual pode vir a se tornar verdade no futuro.
Pelo menos essa fé, a de que continuaremos sempre a descobrir novos meios de ampliar nossas fronteiras no Universo, o cientista tem de se permitir. E quem sabe, teremos até a ajuda de algum E.T. para isso.



Episódio 1 - Os Limites do Oceano Cósmico - O 1° capítulo da série Cosmos. Partindo dos limites do grande oceano espacial, Carl Sagan embarca numa imensa viagem cósmica que começa a 8 bilhões de anos-luz da Terra. A bordo da nave espacial da sua imaginação, ele transporta-nos às maravilhas do Cosmos: quasares, galáxias em espiral, nebulosas, supernovas e pulsares. Deslizamos então para lá de Plutão, dos anéis de Urano, do majestoso sistema de saturno, e da luminosidade do lado noturno de Júpiter. Penetrando nas nuvens da Terra, encontramo-nos no Egito, onde Eratóstenes pela primeira vez mediu a Terra. O Dr. Sagan mostra-nos como isso foi feito. A Biblioteca de Alexandria, berço da aprendizagem da Antiguidade, ressuscita em toda a sua glória - para ilustrar a fragilidade do conhecimento. É então que, para nos fazer compreender a enormidade do tempo que passou desde o Big bang até hoje, Sagan nos apresenta o "Calendário Cósmico".  

Fontes:Mais informações: http://www.carlsagan.com/
sexta-feira, 19 de setembro de 1997
Hollywood dá uma chance à ciência
MARCELO GLEISER
especial para a Folha
Licença padrão do YouTube
Cosmos - Episódio 01: As Margens do Oceano Cósmico - (Dublado em Português)
1:00:24 - 1 ano atrás
http://video.google.com/videoplay?docid=-570682714735947986&hl=pt-BR#
Sejam felizes todos os seres. Vivam em paz todos os seres.
Sejam abençoados todos os seres

Nenhum comentário: