sexta-feira, 2 de março de 2012

REFLEXÕES SOBRE A VIDA - Amor Próprio





 
Lótus sagrada

   
    por Purushatraya Swami
       
    Amor Próprio
       
    “Amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a ti mesmo” é a injunção  do Decálogo.

 Para realizar esse mandamento em sua completude, temos que
    entender o que significa “amor próprio”. Pessoas piedosas enaltecem o “amor  ao próximo”, pessoas religiosas o “amor a Deus”, mas quem realmente
    compreende o “amar-se”?
       
    No ato de amar desejamos o melhor para o objeto de nosso amor. Sendo o
    próprio eu o objeto do amor, como posso amar-me? Amor próprio significa
    buscar aquilo que é o melhor para nós. Nos Vedas, isso se chama
    shreya-uttamam, o summum bonum. A melhor coisa que eu posso oferecer à minha própria vida é empenhar-me em expandir e purificar minha consciência.


 O  resultado desse empenho é a obtenção de um estado de paz, conhecimento e  satisfação permanente.
       
    Muitos pensam que amar a si mesmo é adular o ego corpóreo com objetos e
    prazeres. Grave engano. Estimulam assim uma mentalidade egocêntrica e
    interesseira. Esquecem-se da alma, o ego verdadeiro, a essência espiritual
    eterna. Dessa maneira, não conseguem apropriadamente se amar.
    Consequentemente, não são capazes de verdadeiramente amar o próximo, e o que  dizer amar a Deus.
       
    Sanidade Espiritual
   
    Espiritualidade sã implica em ter os olhos abertos à realidade. Não é uma
    fuga da realidade, nem fantasia ou delírios. É estar plenamente lúcido. É
    saber muito bem onde se está pisando e não se deixar iludir. O propósito da
    vida fica bem nítido. Não se engana ninguém nem se deixa enganar.
    Espiritualidade genuína implica em conhecimento perfeito do eu, do mundo em  que vivemos e da Transcendência. Não é algo meramente caprichoso ou
    sentimental. [Cuidado! Existem muitos produtos de imitação no mercado...]
   

        A essência da espiritualidade é a conexão entre a alma individual e a Alma  Suprema, Deus. Isso é o que de fato podemos chamar de “espiritual”.
[Existem  muitas mercadorias com o rótulo “espiritual”, mas estão longe dessa
    essência. Esteja alerta!] Estando assim conscientes da realidade que nos
    cerca e em comunhão com Deus, experimenta-se naturalmente autoconfiança, paz  interior e felicidade plena, mesmo em meio a este mundo caótico.
    
        Semeando e Colhendo
       
    Mesmo se você não aceita os conceitos do conhecimento védico de karma e
    renascimento, considere: “Colhemos o que semeamos”. O que hoje somos, já é nossa colheita. Agora está na hora de semear para a próxima safra. De fato,temos o destino em nossas mãos.
       
    O agricultor sensato separa os melhores grãos para serem usados como
    sementes no próximo plantio. Temos, portanto, que extrair as ervas daninhas  e preparar bem o terreno (purificação da consciência), adubar bem a terra  com um bom fertilizante (conhecimento espiritual) e regar regularmente
    (práticas espirituais). A boa safra está garantida. Boa colheita para todos!
   

        Partindo Bem
       
    Uma grande fonte de sofrimento neste mundo são os apegos materiais. É
    natural sentirmo-nos apegados àquilo que gostamos. O problema está quando o  apego torna-se neurótico ou passa dos limites.
   

        A cultura védica da Índia milenar é, por excelência, uma cultura do
    desapego. Existe hora de se apegar e a hora certa de se desapegar. Por outro lado, nossa cultura ocidental não dá a devida importância a isso e,
    inclusive, estimula o apego numa hora em que o ideal seria o desapego. No
    decurso da velhice, as forças e virilidade da pessoa vão se esvaindo.
    Compensa-se isso com o apego aos bens, à família, aos status, etc.

         Na inevitável hora da separação, a ruptura torna-se então extremamente
    traumática. É muito choro, muita dor, tanto para quem vai quanto para         quem fica.
       
    As lições da vida nos ensinam que todos têm a oportunidade de aposentar-se.

    Nesse ponto deve-se seriamente começar o processo de desapego. Depois de ter dedicado maior parte da vida às coisas deste mundo, prepara-te agora para a  tua partida. Vai tirando, gradualmente, tua exclusiva atenção às coisas
    referentes a teu corpo – negócios, vida social, entretenimentos, futilidades
    – e concentra-te no espírito. Recicla tua relação com Deus. Desliga a TV.

Dá  tempo para meditação. 

Ocupa-te em práticas espirituais e parte bem – solto, satisfeito por ter feito o melhor para ti, em paz com a consciência.
    
    
    Não saias como a maioria, perdida na perplexidade, torturada pelo medo,
    depressão, frustração e desespero. Segue confiante. Tu não te sentirás
    sozinho!
        
    Amor a Deus
        
    Todas as religiões genuínas proclamam o amor a Deus, mas quem sabe realmente o que isso significa? Nas ruas, vemos muitos carros com adesivos “Deus é fiel”. Ele é fiel, mas e você? Ele te ama, não há dúvida, mas para onde está  canalizada tua energia de amor? Para teu clube de futebol? Para tua
    namorada? Para teu cachorrinho? Para teu carro zero?
    
    A consciência de Krishna
é um processo genuíno de despertar o natural
    sentimento de amor a Deus.

Esse sentimento está, na verdade, sempre presente  no coração de todos, mas, para uma grande maioria, encontra-se latente e  adormecido.

O maha-mantra Hare Krishna funciona como o despertador.




 Grupo do Google devotos.


Hare Krisna Hare Krisna
Krisna Krisna  Rare Rare
Rare Rama   Rare Rama
   Rama Rama   Rare Rare...
"Giridhari Das" <gd@pandavas.org.br> Mar 02 11:11AM -0300  


Artigo da 1ª edição brasileira da revista Volta ao Supremo. A revista
integral pode ser adquirida neste link:
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Cortesia BBT Brasil.
Li
Fonte:
devotos@googlegroups.com


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Sejam felizes todos os seres. Vivam em paz todos os seres.
Sejam abençoados todos os seres.

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