A origem do planeta terra - documentário COMPLETO
(Apresentada em 19 de Maio de 2004 ( v1) , última revisão 05 de janeiro de 2005 ( esta versão , v2) )
Formação da Lua
captura, propunha que a Lua era um pequeno planeta capturado pelo campo gravitacional da Terra.
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SiO2 .............. 49.9 43.5
A Lua é o segundo objecto mais brilhante nos céus. As suas dimensões
(diâmetro 3474 km - maior que Plutão), e composição (densidade 3.34
g/cm3 - da mesma ordem que Marte) principalmente se comparadas com as da
Terra, permitem-nos considerá-la um planeta telúrico. A tabela 1
mostra a comparação da composição química da Lua com a da Terra. Na
Tabela 2 podem ser encontrados outros dados de interesse.
Com os dados obtidos pela análise das rochas lunares, uma nova teoria foi desenvolvida e que é geralmente a mais aceite: a do impacto;
esta teoria parte da ideia que a Terra chocou com um objecto pelo menos
tão grande como Marte (designado por “Theia”, Halliday [2000]; Hartmann
and Davies [1975], Cameron and Ward [1976] and Cameron [1984]) e a Lua
formou-se a partir do material então resultante dessa colisão, como se
pode ver nas figuras. Neste evento, o planetesimal que atingiu a
Terra,atingiu-a tangencialmente no inicio da formação do Sistema Solar,
aproximadamente 50 Ma após a sua formação (Halliday, 2000) há cerca de
4500 Ma (4.5 Ga). Esta ideia baseia-se na evidência da similaridade da
composição de isótopos de oxigénio entre a Terra e a Lua (Clayton and
Mayeda, 1975), a qual sugere que a Terra e a Lua ter-se-ão formado a
partir da acreção de material original semelhante. Este evento ocorreu
no período em que os planetas terrestres (Mercúrio, Vénus, Terra e
Marte) estavam a ser formados ao longo do disco proto-planetário. Nessa
área do Sistema Solar houve um período contínuo de colisões entre
objectos, durante o período de crescimento por acreção do material, em
que os proto-planetas ficavam cada vez com maior tamanho, formando o
interior do sistema solar a uma distância de 0.5 a 1.5 AU.
Theia
Nota: Se procura a titânide, veja Teia (mitologia).
Se procura o rei dos Ostrogodos, veja Teia (rei).
Theia é o nome dado ao planeta que, de acordo com a teoria do Big Splash, colidiu com a Terra num impacto que deu origem à Lua. Segundo esta hipótese, Theia formou-se por acreção planetária dentro da mesma órbita da Terra, mas a 150 milhões de quilómetros, no ponto lagrangiano
L4. Theia permaneceu fixa nesta posição em harmonia com a Terra durante
cerca de 20 a 30 milhões de anos. No entanto, à medida que o planeta
crescia, as suas forças gravitacionais impeliam Theia para fora de L4.
Durante algum tempo o planeta descreveu uma órbita cíclica em ferradura, saindo de L4, mas logo puxado para trás pela força de Coriolis. A cada novo ciclo, Theia ganhava mais velocidade e alcançava uma distância maior de L4.
Finalmente, já depois de ter desenvolvido estratificação interna, Theia adquiriu massa e dimensão semelhante a Marte,
suficiente para escapar de L4 e entrou numa órbita caótica. A colisão
com a Terra tornou-se inevitável, visto que ambos os planetas ocupavam a
mesma órbita. Quando Theia chocou com a Terra a uma velocidade de 40
mil quilómetros por hora,
o impacto foi suficiente para vaporizar o planeta. Parte substancial do
seu núcleo ferroso afundou na Terra e integrou o núcleo terrestre. O
restante material foi projectado para o espaço. A acreção dos destroços
deu origem à Lua.
Animações
Referências
The Daily Galaxy Portal do AstrónomoHipótese do grande impacto
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Big Splash)
A Hipótese do grande impacto (em inglês Giant impact hypothesis ou Big Splash) é uma hipótese astronómica que postula a formação da Lua através do impacto de um planeta com aproximadamente o tamanho de Marte, conhecido como Theia, com a Terra.1 A teoria foi proposta pela primeira vez em 1975 por investigadores do Instituto de Ciências Planetárias de Tucson e do Instituto Harvard-Smithsonian de Astrofísica. Desde então diversos trabalhos de modelação numérica têm vindo a detalhar esta ideia, que é actualmente considerada consensual na comunidade científica.
Lua
Ver artigo principal: Lua
A Lua é o único satélite natural
da Terra e tem várias características em comum e contrárias ao nosso
planeta, postas em evidência depois da investigação das amostras
recolhidas pelas missões Apollo. Por um lado, a composição dos isótopos estáveis das rochas lunares de oxigénio
é idêntica à assinatura característica da Terra e bastante diferentes
de outros objetos siderais. Isto sugere que a Lua, ou o seu precursor,
tenha tido origem na mesma distância do Sol que a Terra, à data da
formação do sistema solar.
Esta descoberta pôs de parte teorias mais antigas que sugeriam a Lua
como um objeto capturado pela órbita da Terra, visto que se fosse esse o
caso, a Lua teria composições isotópicas distintas. A Terra é formada
por um núcleo interior de ferro e níquel, um manto composto por rochas silicatadas e a crosta terrestre constituída essencialmente por granito e basalto.
O núcleo ferroso representa cerca de trinta por cento da massa da
Terra. Pelo contrário, a Lua é composta essencialmente por rochas
silicadas equivalentes à do manto da Terra e tem um núcleo ferroso
mínimo, que compõe cerca de 8 por cento da sua massa. Esta disparidade
impede que a Lua tenha sido formada por acrecção tal como a Terra, pois
se tal tivesse sucedido, a proporção de ferro seria semelhante nos dois
astros.
Qualquer tentativa de explicação para a formação da Lua tem que ter
em conta estas duas características: a composição isotópica e a
proporção do núcleo de Ferro. A hipótese do Big Splash consegue
harmonizar estas duas perspectivas, mas levanta outra série de
problemas: o que é que colidiu com a Terra para formar a Lua, e de onde
surgiu este corpo?
Theia
Ver artigo principal: Theia
De acordo com a composição isotópica da Lua, o objecto que colidiu com a Terra, denominado Theia (Halliday 2000; Hartmann and Davies 1975, Cameron and Ward 1976 and Cameron 1984)
deve ter tido origem dentro da órbita terrestre. Inicialmente
pensava-se que a força gravítica da Terra agregou todo o material ao seu
alcance para formar o planeta. No entanto, conforme sugerido em 1772 pelo matemático Lagrange, existem cinco pontos na órbita da Terra nos quais os efeitos da gravidade do planeta se anulam em relação ao Sol. Dois dos pontos de Lagrange
– L4 e L5 – são considerados estáveis uma vez que qualquer material que
lá se encontre só pode ser libertado por colisão ou qualquer outro
evento catastrófico. L4 e L5, situados a 150 milhões de quilómetros da
Terra, são, portanto, zonas com potencial para permitir acrecção
planetária em competição com a Terra. Foi em L4 que se pensa que Theia
se terá começado a formar há 4,5 bilhões de anos atrás, no Hadeano.
Com o decurso da acrecção, Theia aumentou progressivamente de tamanho, atingindo uma dimensão comparável à de Marte.
Este crescimento tornou instável a sua posição em L4, a partir de 20 a
30 milhões de anos do seu aparecimento. Nesta altura, a força
gravitacional impulsionava Theia para fora do ponto lagrangiano, ao
mesmo tempo que a força de Coriolis puxava o planeta de volta para a origem (o tratamento mais preciso do problema é feito no contexto do problema dos três corpos da Mecânica celeste).
Esta combinação de forças levou ao desenvolvimento de uma órbita
cíclica em ferradura: Theia adquiria velocidade e escapava de L4 até um
determinado ponto, sendo depois puxada de volta. Num novo ciclo, o
planeta adquiria velocidade e alcançava um ponto mais distante até a
força de Coriolis ganhar o balanço de novo. Esta órbita em ferradura,
ilustrada na figura do meio, continuou até Theia adquirir massa
suficiente para escapar de vez a L4.
Big Splash – a formação da Lua
Enquanto Theia se encontrava presa nesta órbita cíclica, a Terra teve
tempo para se diferenciar na estrutura de núcleo e manto que
actualmente exibe. A crosta era apenas incipiente, visto que a
superfície estava ainda quente demais para permitir a formação de massas
continentais. Theia também deve ter desenvolvido alguma estratificação
durante a sua estadia em L4.
Quando Theia cresceu o suficiente para escapar do ponto lagrangiano
entrou numa órbita instável e a colisão com a Terra tornou-se
inevitável, visto que ambos os planetas ocupavam a mesma órbita. Os
investigadores acreditam que o impacto – o Big Splash – possa ter
acontecido escassas centenas de anos após o escape definitivo. A colisão
não foi frontal, mas sim de lado, e ocorreu a uma velocidade de 40,000 quilómetros por hora. Parte substancial do núcleo de Theia afundou-se na Terra e o seu material incorporou o núcleo terrestre.
O resto do planeta e parte da zona superficial da Terra foram
projetados para o espaço. O que sobrava do núcleo estabilizou a cerca de
22.000 km da Terra apenas 27 horas depois do impacto, segundo a
modelação utilizada pelos cientistas, num precursor do que seria a Lua.
Depois do Big Splash, o material resultante do impacto foi
acreccionado às sobras do núcleo de Theia e pouco a pouco a Lua como
satélite adquiriu consistência. As forças de maré
fizeram (e continuam fazendo) a Lua se afastar da Terra, sendo a
distância média atual de 385.000 km. Calcula-se que cerca de 90 por
cento do seu material seja originário dos destroços do planeta Theia. O
Big Splash explica as duas características da Lua que mais têm intrigado
os cientistas: a Lua tem a mesma composição isotópica das rochas da Terra porque o seu precursor (Theia) se desenvolveu na mesma distância relativa do Sol;2
tem uma proporção de núcleo ferroso bastante inferior porque a parte
principal do núcleo de Theia afundou na Terra na altura da colisão.
Esta teoria encontra hoje em dia bastante aceitação dentro da
comunidade científica embora persistam no entanto algumas dúvidas e
pontos por esclarecer. Um dos principais problemas é a posição e
existência dos pontos lagrangianos na época do Big Splash, que pode ser
afetada pelas condições do sistema solar há 4,5 bilhões de anos, que não
são conhecidas na sua totalidade.
Referências
Where Did The Moon vem?Edward Belbruno, J. Richard Gott III (Princeton)
(Apresentada em 19 de Maio de 2004 ( v1) , última revisão 05 de janeiro de 2005 ( esta versão , v2) )
A teoria padrão atual da origem da Lua é de que a Terra foi atingida por um pêndulo gigante do tamanho de Marte causando ejeção de ferro pobre pêndulo detritos manto que se uniram para formar a lua. Mas de onde veio este pêndulo do tamanho de Marte vem? Evidências isotópicas sugerem que ele veio de raio 1AU nas simulações nebulosa e computador solares são consistentes com ele se aproximando da Terra em uma trajetória parabólica de energia zero .
Mas como poderia uma tal forma grande objeto no disco de planetesimais em 1AU sem colidir com a Terra no início , antes de ter a chance de crescer grande ou antes do seu ou núcleo de ferro da Terra se formou ? Propomos que o pêndulo gigante poderia ter se formado em uma órbita estável entre os detritos em L4 da Terra Lagrange ponto (ou L5) . Mostramos tal configuração é estável, mesmo que por um pêndulo do tamanho de Marte .
Poderia crescer gradualmente por acreção em L4 (ou L5) , mas as interações gravitacionais , eventualmente, com outros planetesimais crescimento poderia chutá-la para fora em uma órbita rastejando caótico que mostramos provavelmente fazer com que ele atingisse a Terra em uma trajetória parabólica de energia zero . Este artigo argumenta que este cenário é possível e deve ser mais estudado. (Tradução Google)
Formação da Lua
Factos
Modelo da estrutura interna da Lua. Crédito: C. Hamilton
A Lua é o segundo objecto mais brilhante nos céus. As suas dimensões (diâmetro 3474 km - maior que Plutão), e composição (densidade 3.34 g/cm3 - da mesma ordem que Marte) principalmente se comparadas com as da Terra, permitem-nos considerá-la um planeta telúrico. A tabela 1 mostra a comparação da composição química da Lua com a da Terra. Na Tabela 2 podem ser encontrados outros dados de interesse.
Introdução
A Lua é o único planeta que tem uma influência directa sobre a Terra, sensível à escala humana. De facto, como se sabe, as marés são provocadas pela atracção da Lua sobre os oceanos; menos conhecido é que a Terra sólida também sofre o efeito de maré, com variações de altura que atingem dezenas de centímetros. A interacção gravitacional Terra-Lua tem outras consequências interessantes: o efeito de maré atrasa a rotação da Terra cerca de 1,5 mili-segundos por cada 100 anos e afasta a Lua da Terra cerca de 3,8 cm por ano; além disso, é esta interacção gravitacional a responsável por a rotação da Lua ser síncrona com a sua translação. Este facto tem como consequência vermos sempre a mesma face do nosso satélite. Na verdade, os complexos efeitos gravitacionais levam a que a Lua oscile um pouco na sua órbita (movimento de libração), o que nos permite ver cerca de 53% da sua superfície ao longo do ano (mais do que a metade).
Há dois tipos de terrenos predominantes: as “Terras Altas”, muito antigas (da ordem dos 4500 Ma [4.5 Ga]) e muito craterizadas, e os “Maria” (mares), mais jovens (da ordem dos 3000 Ma [3.0 Ga] ou ainda mais novos), que correspondem a enormes crateras de impacto, posteriormente preenchidas por escoadas de lavas basálticas. Note-se que as rochas terrestres com mais de 3.0 Ga são muito raras, pelo que a Lua nos dá informações preciosas sobre a história geológica do Sistema Solar.
Os maria são quase inexistentes no lado escondido da Lua. Isto deve-se provavelmente ao efeito gravitacional da Terra e à espessura da crosta no lado escondido da Lua ser superior ao lado visível, o que fez do lado próximo da Lua a localização preferencial para as erupções vulcânicas. A maior cratera do Sistema Solar é Aitken, junto ao pólo sul lunar, com 2250 km de diâmetro e 12 km de profundidade.
Tal como na Terra, a estrutura interna da Lua não é uniforme. A crosta, de composição essencialmente anortosítica, pode ter espessuras entre os cerca de 107 km, a norte da cratera Korolev no lado escondido, até ser quase inexistente sob o Mare Crisium. Segue-se o manto que, ao contrário do da Terra, é quase completamente sólido, e o núcleo metálico, com cerca de 680 km de diâmetro.
Missões
A proximidade da Lua à Terra (em média 384 400 km) fez com que fosse o primeiro alvo da exploração planetária. Foi o primeiro objecto extraterrestre onde pousou uma sonda (a sonda soviética Luna 2, em 1959) e, claro, o único a ter sido visitado por seres humanos (Apollo 11, em 1969, e mais cinco missões Apollo, até 1972 e três missões Luna até 1976, Tabela 3). Foi também o único objecto extraterrestre onde se colheram amostras de solos e rochas (um total de 382 kg), depois trazidas para a Terra para análise, onde, 30 anos depois, continuam a ser estudadas. Existem também amostras lunares colhidas na Terra. Trata-se dos meteoritos lunares, rochas arrancadas aquando de grandes impactos na Lua, tal como acontece com Marte. Estes meteoritos tem sido encontrados nos desertos quentes (Saara e Península Arábica) e frios (Antárctida) pois e mais fácil de detectar a existência deste tipo de material devido a pouca, se nenhuma, transformação da superfície pelos Humanos. Existem, de momento, cerca de 27 meteoritos diferentes (Tabela 4), apesar do número de pedras lunares encontradas ser superior (cerca de 51). O que sucede é que inicialmente algumas destas pedras faziam parte do mesmo meteoro que se partiu durante a entrada na atmosfera e queda na superfície da Terra.
Lado visivel da Lua. Imagem de http://www.lpi.usra.edu/research/cla/info/y842
Formação
Até recentemente, havia três teorias para a formação da Lua:
co-acreção, que propunha que a Lua se formou ao mesmo tempo que a Terra a partir da Nebulosa Proto-planetária Solar;
fissão, propunha que o material que forma a Lua se separou de uma Terra ainda em fusão por efeito da rotação;
captura, propunha que a Lua era um pequeno planeta capturado pelo campo gravitacional da Terra.
Imagens obtidas por modelo computacional do impacto e formação da Lua. Crédito: Cameron
Representação artística do momento de impacto da Terra e de 'Theia'.Crédito: William Hartmann
Com os dados obtidos pela análise das rochas lunares, uma nova teoria foi desenvolvida e que é geralmente a mais aceite: a do impacto; esta teoria parte da ideia que a Terra chocou com um objecto pelo menos tão grande como Marte (designado por “Theia”, Halliday [2000]; Hartmann and Davies [1975], Cameron and Ward [1976] and Cameron [1984]) e a Lua formou-se a partir do material então resultante dessa colisão, como se pode ver nas figuras. Neste evento, o planetesimal que atingiu a Terra,atingiu-a tangencialmente no inicio da formação do Sistema Solar, aproximadamente 50 Ma após a sua formação (Halliday, 2000) há cerca de 4500 Ma (4.5 Ga). Esta ideia baseia-se na evidência da similaridade da composição de isótopos de oxigénio entre a Terra e a Lua (Clayton and Mayeda, 1975), a qual sugere que a Terra e a Lua ter-se-ão formado a partir da acreção de material original semelhante. Este evento ocorreu no período em que os planetas terrestres (Mercúrio, Vénus, Terra e Marte) estavam a ser formados ao longo do disco proto-planetário. Nessa área do Sistema Solar houve um período contínuo de colisões entre objectos, durante o período de crescimento por acreção do material, em que os proto-planetas ficavam cada vez com maior tamanho, formando o interior do sistema solar a uma distância de 0.5 a 1.5 AU.
Nos últimos 30 anos, vários investigadores (ex. Goldreich and Ward [1973], Gaffey [1990], Cuzzi et al. [1993] and Canup and Agnor [1998]) têm sugerido que este período de acreção ocorreu em três partes:
O sistema começou inicialmente com grãos de pó envolvidos numa nébula rica em gás e termina com a formação de corpos, denominados planetésimos, com diâmetros de poucos kms.
Durante o período seguinte, os planetésimos aumentaram de tamanho devido à continuação de colisões (Greenberg et al. [1978], Wetherill and Stewart [1989 and 1993], Wetherill [1990 and 1992] and Weidenschilling et al. [1997]). Este período durou, possivelmente, 100 mil a 1 milhão de anos, finalizando com corpos de tamanho semelhante ao da Lua e denominados de embriões-planetários.
O período final é caracterizado por perturbações gravitacionais mútuas entre embriões-planetários que resultou em grandes impactos e na formação dos planetas terrestres depois de ~100 milhões de anos.
O período curto que separa o início da formação do Sistema Solar e o impacto que resultou na formação da Lua, sugerido pelo modelo computacional de Canup and Agnor (1998 and 2000) , que mostra rápida acreção, requer que a Lua inicialmente tenha ficado total ou parcialmente fundida. Estudos anteriores por Taylor (1982) tinham sugerido a existência de uma crosta feldspática primordial a qual se tinha formado devido a cristalização fraccionada e diferenciação do chamado “oceano magmático lunar” (“lunar magma ocean” [LMO]) o qual cobria o planeta por inteiro. No fundo do LMO, uma camada complementar de composição ultramáfica a dunítica (rica em minerais com elevado teor de Fe e Mg - olivinas e piroxinas) que mais tarde seria a região de onde se originariam os basaltos dos maria.
Tabela 1 - Comparação das composições químicas da Terra e da Lua. | ||
Oxido | Terra (wt%) | Lua (wt%) |
SiO2 | 49.9 | 43.5 |
TiO2 | 0.16 | 0.3 |
Al2O3 | 3.64 | 6.0 |
FeO | 8.0 | 13.0 |
MgO | 35.1 | 32.0 |
CaO | 2.89 | 4.5 |
Na2O | 0.34 | 0.09 |
K2O | 0.02 | 0.01 |
Tabela 1 - Comparação das composições químicas da Terra e da Lua.
Oxido Terra
(wt%) Lua
(wt%)
SiO2 .............. 49.9 43.5
TiO2 .............. 0.16 0.3
Al2O3 ............ 3.64 6.0
FeO ............... 8.0 13.0
MgO ............. 35.1 32.0
CaO ............... 2.89 4.5
Na2O.............. 0.34 0.09
K2O .............. 0.02 0.01
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Factos
Modelo da estrutura interna da Lua. Crédito: C. Hamilton |
Introdução
A Lua é o único planeta que tem uma influência
directa sobre a Terra, sensível à escala humana. De facto, como se sabe,
as marés são provocadas pela atracção da Lua sobre os oceanos; menos
conhecido é que a Terra sólida também sofre o efeito de maré, com
variações de altura que atingem dezenas de centímetros. A interacção
gravitacional Terra-Lua tem outras consequências interessantes: o efeito
de maré atrasa a rotação da Terra cerca de 1,5 mili-segundos por cada
100 anos e afasta a Lua da Terra cerca de 3,8 cm por ano; além disso, é
esta interacção gravitacional a responsável por a rotação da Lua ser
síncrona com a sua translação. Este facto tem como consequência vermos
sempre a mesma face do nosso satélite. Na verdade, os complexos efeitos
gravitacionais levam a que a Lua oscile um pouco na sua órbita
(movimento de libração), o que nos permite ver cerca de 53% da sua
superfície ao longo do ano (mais do que a metade).
Há dois tipos de terrenos predominantes: as
“Terras Altas”, muito antigas (da ordem dos 4500 Ma [4.5 Ga]) e muito
craterizadas, e os “Maria” (mares), mais jovens (da ordem dos 3000 Ma
[3.0 Ga] ou ainda mais novos), que correspondem a enormes crateras de
impacto, posteriormente preenchidas por escoadas de lavas basálticas.
Note-se que as rochas terrestres com mais de 3.0 Ga são muito raras,
pelo que a Lua nos dá informações preciosas sobre a história geológica
do Sistema Solar.
Os maria são quase inexistentes no lado escondido
da Lua. Isto deve-se provavelmente ao efeito gravitacional da Terra e à
espessura da crosta no lado escondido da Lua ser superior ao lado
visível, o que fez do lado próximo da Lua a localização preferencial
para as erupções vulcânicas. A maior cratera do Sistema Solar é Aitken,
junto ao pólo sul lunar, com 2250 km de diâmetro e 12 km de
profundidade.
Tal como na Terra, a estrutura interna da Lua não
é uniforme. A crosta, de composição essencialmente anortosítica, pode
ter espessuras entre os cerca de 107 km, a norte da cratera Korolev no
lado escondido, até ser quase inexistente sob o Mare Crisium. Segue-se o
manto que, ao contrário do da Terra, é quase completamente sólido, e o
núcleo metálico, com cerca de 680 km de diâmetro.
Missões
A proximidade da Lua à Terra (em média 384 400
km) fez com que fosse o primeiro alvo da exploração planetária. Foi o
primeiro objecto extraterrestre onde pousou uma sonda (a sonda soviética
Luna 2, em 1959) e, claro, o único a ter sido visitado por seres
humanos (Apollo 11, em 1969, e mais cinco missões Apollo, até 1972 e
três missões Luna até 1976, Tabela 3). Foi também o único objecto
extraterrestre onde se colheram amostras de solos e rochas (um total de
382 kg), depois trazidas para a Terra para análise, onde, 30 anos
depois, continuam a ser estudadas. Existem também amostras lunares
colhidas na Terra. Trata-se dos meteoritos lunares, rochas arrancadas
aquando de grandes impactos na Lua, tal como acontece com Marte. Estes
meteoritos tem sido encontrados nos desertos quentes (Saara e Península
Arábica) e frios (Antárctida) pois e mais fácil de detectar a existência
deste tipo de material devido a pouca, se nenhuma, transformação da
superfície pelos Humanos. Existem, de momento, cerca de 27 meteoritos
diferentes (Tabela 4), apesar do número de pedras lunares encontradas
ser superior (cerca de 51). O que sucede é que inicialmente algumas
destas pedras faziam parte do mesmo meteoro que se partiu durante a
entrada na atmosfera e queda na superfície da Terra.
Lado visivel da Lua. Imagem de http://www.lpi.usra.edu/research/cla/info/y842 |
Formação
Até recentemente, havia três teorias para a formação da Lua:
- co-acreção, que propunha que a Lua se formou ao mesmo tempo que a Terra a partir da Nebulosa Proto-planetária Solar;
- fissão, propunha que o material que forma a Lua se separou de uma Terra ainda em fusão por efeito da rotação;
- captura, propunha que a Lua era um pequeno planeta capturado pelo campo gravitacional da Terra.
Imagens obtidas por modelo computacional do impacto e formação da Lua. Crédito: Cameron |
Representação artística do momento de impacto da Terra e de 'Theia'. Crédito: William Hartmann |
Nos últimos 30 anos, vários investigadores (ex.
Goldreich and Ward [1973], Gaffey [1990], Cuzzi et al. [1993] and Canup
and Agnor [1998]) têm sugerido que este período de acreção ocorreu em
três partes:
- O sistema começou inicialmente com grãos de pó envolvidos numa nébula rica em gás e termina com a formação de corpos, denominados planetésimos, com diâmetros de poucos kms.
- Durante o período seguinte, os planetésimos aumentaram de tamanho devido à continuação de colisões (Greenberg et al. [1978], Wetherill and Stewart [1989 and 1993], Wetherill [1990 and 1992] and Weidenschilling et al. [1997]). Este período durou, possivelmente, 100 mil a 1 milhão de anos, finalizando com corpos de tamanho semelhante ao da Lua e denominados de embriões-planetários.
- O período final é caracterizado por perturbações gravitacionais mútuas entre embriões-planetários que resultou em grandes impactos e na formação dos planetas terrestres depois de ~100 milhões de anos.
O período curto que separa o início da formação
do Sistema Solar e o impacto que resultou na formação da Lua, sugerido
pelo modelo computacional de Canup and Agnor (1998 and 2000) , que
mostra rápida acreção, requer que a Lua inicialmente tenha ficado total
ou parcialmente fundida. Estudos anteriores por Taylor (1982) tinham
sugerido a existência de uma crosta feldspática primordial a qual se
tinha formado devido a cristalização fraccionada e diferenciação do
chamado “oceano magmático lunar” (“lunar magma ocean” [LMO]) o qual
cobria o planeta por inteiro. No fundo do LMO, uma camada complementar
de composição ultramáfica a dunítica (rica em minerais com elevado teor
de Fe e Mg - olivinas e piroxinas) que mais tarde seria a região de onde
se originariam os basaltos dos maria.
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http://arxiv.org/abs/astro-ph/0405372
Sejam felizes todos os seres.Vivam em paz todos os seres.
Sejam abençoados todos os seres.
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