quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

ÁRABES


 ÁRABES

Árabes
(الشعب العربي)
Arab infobox.jpg

População total
aprox. 350 a 422 milhões
Regiões com população significativa
Crescente Fértil 40 a 50 milhões
Península Arábica aprox. 52.240.000
África Branca aprox. 164.039.266
Línguas
Árabe, Mehri
Religiões
A maioria é o Islão com uma minoria Cristã
Grupos étnicos relacionados
Línguas semíticas

Os árabes são os integrantes de um povo heterogêneo que habita principalmente o Oriente Médio e a África setentrional, originário da península Arábica constituída por regiões desérticas. As dificuldades de plantio e criação de animais fizeram com que seus habitantes se tornassem nômades, vagando pelo deserto em caravanas, em busca de água e de melhores condições de vida. A essas tribos do deserto dá-se o nome de beduínos.
Existem três fatores que podem ajudar, em graus diversos, na determinação se um indivíduo é considerado árabe ou não:
A importância relativa desses fatores é estimada diferentemente por diferentes grupos. Muitas pessoas que se consideram árabes o fazem com base na sobreposição da definição política e linguística, mas alguns membros de grupos que preenchem os dois critérios rejeitam essa identidade com base na definição genealógica. Não há muitas pessoas que se consideram árabes com base na definição política sem a linguística — assim, os curdos ou os berberes geralmente se identificam como não-árabes — mas alguns sim, por exemplo, alguns Berberes consideram-se Árabes e nacionalistas árabes consideram os Curdos como Árabes.
Segundo Habib Hassan Touma,[1] "A essência da cultura árabe envolve:
E assim, "Um árabe, no sentido moderno da palavra, é alguém que é cidadão de um estado árabe, conhece a língua árabe e possui um conhecimento básico da tradição árabe, isto é, dos usos, costumes e sistemas políticos e sociais da cultura."
Quando da sua formação em 1946, a Liga Árabe assim definiu um árabe
"Um árabe é uma pessoa cuja língua é o árabe, que vive em um país de língua árabe e que tem simpatia com as aspirações dos povos de língua árabe."
A definição genealógica foi largamente utilizada durante a Idade Média (Ibn Khaldun, por exemplo, não utiliza a palavra Árabe para se referir aos povos "arabizados", mas somente àqueles de ascendência arábica original), mas não é mais geralmente considerada particularmente significativa.

Embora pratiquem ou se interessem por outras religiões como o espiritismo e o candomblé, o árabe é essencialmente formado por muçulmanos, judeus e cristãos. Nesse sentido, a maior parte dos árabes, são seguidores do islã, religião surgida na Península Arábica no século VII e que se vê como uma restauração do monoteísmo original de Abraão que para eles, estaria corrompido pelo judaísmo e cristianismo. Os árabes cristãos são também muito numerosos; nos Estados Unidos, por exemplo, cerca de dois terços dos Árabes, particularmente os imigrantes da Síria, da Palestina, do Iraque e Líbano. No Brasil, Argentina, Chile, Venezuela e Colômbia a proporção de cristãos entre os imigrantes árabes é ainda maior mas só recentemente nesses países que a população islâmica evoluiu, sem necessariamente serem muçulmanos árabes. De modo geral todos os imigrantes espalhados pelo mundo "judeus ou cristãos" são uma consequência longínqua dos efeitos das cruzadas.

Durante os séculos VIII e IX, os árabes (especificamente os Omíadas, e mais tarde os Abássidas) construíram um império cujas fronteiras iam até o sul da França no oeste, China no leste, Ásia menor no norte e Sudão no sul. Este foi um dos maiores impérios terrestres da História. Através da maior parte dessa área, os Árabes espalharam a religião do Islã e a língua árabe (a língua do Qur'an) através da conversão e assimilação, respectivamente. Muitos grupos terminaram por ser conhecidos como "árabes" não pela ascendência, mas sim pela arabização.

 Assim, com o tempo, o termo "árabe" acabou tendo um significado mais largo do que o termo étnico original. Muitos Árabes do Sudão, Marrocos, Argélia e outros lugares tornaram-se árabes através da difusão cultural.

O nacionalismo árabe declara que os árabes estão unidos por uma história, cultura e língua comuns. Os nacionalistas árabes acreditam que a identidade árabe engloba mais do que características físicas, raça ou religião. Uma ideologia similar, o pan-arabismo, prega a união de todas as "terras árabes" em um Estado único. Nem todos os Árabes concordam com essas definições; os Maronitas libaneses, por exemplo, rejeitam geralmente a etiqueta "árabe" em favor de um nacionalismo maronita mais estreito, transformando o cristianismo que professam em sinal de diferença em relação aos muçulmanos que se consideram árabes (embora, em outros casos, o cristianismo seja o contrário; valor imutavelmente ligado à identidade árabe, a qual transcende a religião, sem negá-la, como é o dos melquitas, cujo Patriarca, Gregório III Laham, afirma "Nós somos a Igreja do Islam").

Genealogia tradicional

Nas tradições islâmica e judia, os árabes são um povo semita que tem sua ascendência de Ismael, um dos filhos do antigo patriarca Abraão. Genealogistas árabes medievais dividiram os árabes em dois grupos:
  • os "árabes " do sul da Arábia, descendentes de Qahtan (identificados com o Joktan bíblico). Supõe-se que os Qahtanitas migraram do Iêmen antes da destruição da barragem de Ma'rib (Sad Ma'rib). Os árabes qahtanitas foram os responsáveis pelas antigas civilizações do Iêmen, incluindo o renomado Sheba bíblico (um descendente de Qahtan).
  • Os "árabes " (musta`ribah) do norte da Arábia, descendentes de Adnan, este supostamente descendente de Ismael via Kedar. A língua árabe, como ela é falada hoje na sua forma qurânica clássica, foi o resultado de uma mistura entre a língua árabe original de Qahtan e o árabe setentrional, que assimilara palavras de outras línguas semíticas do Levante.

O termo "árabe" na História

Os árabes são mencionados pela primeira vez em uma inscrição assíria de 853 a.C., onde Shalmaneser III menciona um rei Gindibu de matu arbaai (terra árabe) como estando entre as pessoas que ele derrotou na batalha de Karkar.

O significado do termo "árabe"

Segundo uma explicação, a palavra "árabe" significa "claro"; claro como em compreensível, não como em puro. Os idosos beduínos ainda utilizam esse termo com o mesmo significado; àqueles cuja língua eles compreendem (p. ex., falantes árabes) eles chamam árabe, e àqueles cuja língua é desconhecida deles eles chamam ajam (ajam ou ajami). Na região do Golfo pérsico, o termo ajam é frequentemente empregado para se referir aos persas.
Outra explicação deriva a palavra Árabe de uma outra linha: `.R.B., com uma alternativa metastática `.B.R., ambas significando viajando pelas terras, isto é, nômade. Desta raiz derivam os termos árabe e hebreu, significando nomades.

SEMITA

O termo semita tem como principal designação o conjunto linguístico composto por uma família de vários povos, entre os quais se destacam os árabes e hebreus, que compartilham as mesmas origens culturais. A origem da palavra semita vem de uma expressão no Gênesis e referia-se a linhagem de descendentes de Sem, filho de Noé. Modernamente, as línguas semíticas estão incluídas na família camito-semítica.

Historicamente, esses povos tiveram grande influência cultural, pois as três grandes religiões monoteístas do mundo -judaísmo, cristianismo e islamismo- possuem raízes semitas.

Devido a diversas migrações, não podemos falar de um grupo étnico homogêneo. Portanto, muitas línguas compõem a família semítica, incluindo as seguintes: acadiano, ugarítico, fenício, hebraico, aramaico, árabe, etíope, egípcio, copta guanche, somali, gala, afar-saho, haúça, assírio e caldeu

Etimologia

Semítico é um adjectivo que se refere aos povos que tradicionalmente falaram línguas semíticas ou a coisas que lhes pertencem. A análise genética sugere que os povos semíticos partilham uma significativa ancestralidade comum, apesar de diferenças importantes e de contribuições de outros grupos. Esta comunidade genética, no entanto, é menos verdadeira no Corno de África, onde populações indígenas sem ligações com as do Médio Oriente podem ter adoptado ao longo dos anos língua(s) semítica(s) devido à influência cultural de imigrantes provenientes do Iémen

Existe muito debate acerca do âmbito do uso "racial" da palavra no contexto da genética de populações e da história, mas como termo linguístico está bem definida, referindo-se a uma família de línguas — quer antigas, quer modernas —, originárias na sua maioria do Médio Oriente, que inclui o acádio, o amárico, o árabe, o aramaico, o assírio, o hebraico, o maltês e o tigrínia. Os povos proto-semíticos, ancestrais dos semitas no Médio Oriente antes da fragmentação da hipotética língua proto-semítica original nas várias línguas semíticas modernas, terão sido, segundo se pensa, originários da Península Arábica.

A palavra "semítico" deriva de Sem, versão grega do nome hebraico Shem, um dos três filhos de Noé nas escrituras judaicas (Génesis 5:32); a forma nominativa que se refere a uma pessoa é semita. O adjectivo anti-semítico ou anti-semita é quase sempre usada como sinónimo de "antijudeu".

Origens

Existem tres hipóteses para a origem dos povos semitas:A primeira hipótese é de que esses povos teriam se originado na Etiópia e depois se estabelecido na Arábia e no Oriente Médio. A segunda é de que os Semitas seriam originários do sul da Mesopotâmia. E a terceira e a mais convincente é de que esses povos teriam surgido na Arábia e a partir de 3.500 a.C. teriam migrado para outras regiões em busca de terras férteis.
Entre os antigos povos semitas estão os Fenícios, Hebreus, Amoritas, Cananeus, Sírios, Arameus, Árabes e Hicsos.

Surgimento e expansão do judaísmo e islamismo

A primeira religião monoteísta do mundo, a religião judaica[carece de fontes], surgiu entre os hebreus antigos sendo Abraão considerado o primeiro judeu[carece de fontes] e depois com Moisés o judaismo foi formalizado[carece de fontes]. Após a morte de Moisés, sob a direção de Deus [carece de fontes], Josué lidera os judeus a se estabelecerem na terra onde hoje é Israel[carece de fontes]. Depois os hebreus sofreram diversas invasões e a religião se tornou o principal elo entre eles[carece de fontes]. No século I da era cristã, os judeus acabaram sendo dispersos pelos romanos, dando origem a diáspora.

Os judeus, depois da diáspora no século I, acabaram formando grandes grupos localizados em diversas regiões do mundo, passando por diferentes contatos culturais. Os grupos que ficaram na Ásia mantiveram melhor suas características originais. Os europeus se subdividiram ainda em dois subgrupos: sefarditas e asquenazitas. Os asquenazitas foram para países da Europa central e para países eslavos na Europa oriental. Os sefarditas migraram para a Espanha (Sefarad é o nome da Espanha em hebraico). Os sefarditas ainda sofreram outra dispersão em 1492 se estabelecendo então em países do norte da África, da Itália e da Europa Central.

Porém, a grande expansão semita ocorreu com o outro tronco cultural da família: o dos árabes, logo após a fundação do islamismo no século VII. Os povos árabes pré-islâmicos tiveram grande assimilação religiosa graças aos longos contatos com o judaísmo e com o cristianismo. Portanto, a propagação da religião muçulmana aconteceu de forma rápida, e o islamismo de Maomé uniu diversos povos que se lançaram a conquista do mundo, indo da Espanha até o oceano Pacífico.

No entanto, o vasto império se subdividiu em muitos estados. Em consequência dos ataques sofridos pelos cristãos, no Ocidente, e pelos turcos, no Oriente, os árabes acabaram sendo submetidos a diversos poderes. Apesar disso, outros povos ainda foram convertidos ao islã, como os próprios turcos e os persas.

Povos semitas na atualidade

O século XX foi marcado por diversos acontecimentos envolvendo dois povos semitas remanescentes: os árabes e os hebreus.
Com o fim da Primeira Guerra e o desmoronamento do Império Otomano, as regiões da Síria e do Líbano ficaram sob o domínio da França. As outras áreas, inclusive a Palestina, passaram para as mãos da Grã-Bretanha. O colonialismo da França e da Grã-Bretanha provocou fortes reações entre os árabes. Foi nesse contexto que surgiu no Egito a Irmandade Muçulmana, berço do fundamentalismo islâmico. A Síria só ganhou de fato seu reconhecimento em 17 de abril de 1946. O Líbano, em 22 de novembro de 1943.

À Inglaterra coube a Palestina (incluídos os territórios da atual Jordânia e de Israel), a Mesopotâmia (Iraque de hoje) e a Península Arábica, que é composta por Arábia Saudita, Catar, Kuweit, Barein, Emirados Árabes Unidos, Omã e Iêmen. França e Grã-Bretanha liberaram suas colônias, mas continuam a manobrar suas políticas externas. Seus governantes, a maioria reis, obtiveram assim áreas extremamente ricas em petróleo e ganharam meios econômicos para se desenvolver. No mesmo período, em [1948]], começa a fase de criação do estado de Israel em território Palestino. Começa então a divergência entre árabes e judeus. Desde então, aquela região é abalada por diversas guerras e se mantém num estado de permanente conflito.

Atualmente, as principais regiões de cultura árabe compreendem desde toda África Saariana até o Oriente Médio e regiões isoladas no Irã.
Além do estado de Israel, ainda existem muitas colônias judaicas, sendo as mais importantes nos Estados Unidos, na Rússia e nos demais países da Europa Oriental, no Reino Unido e na França.

Outras vertentes semitas são as dos amáricos e oromos localizada na Etiópia e na Eritréia e as dos arameus e assírios no Líbano e norte do Iraque.


ANTISEMITA

(pesquisar)

 SÍRIA

Síria (em árabe: سورية sūriyyaħ ou سوريا sūriyā), oficialmente República Árabe da Síria (em árabe: الجمهورية العربية السورية al-jumhūriyyaħ al-ʕarabiyyaħ as-sūriyyaħ), é um país árabe no Sudoeste Asiático, e faz fronteira com o Líbano e o Mar Mediterrâneo a oeste, Israel no sudoeste, Jordânia no sul, Iraque a leste, e Turquia no norte.

O nome Síria, antigamente compreendia toda a região do Levante, enquanto atualmente abrange os locais de antigos reinos e impérios, incluindo as civilizações de Ebla do III milênio a.C. Na era Islamica, sua capital, Damasco, foi a capital do Império Omíada e a capital provincial do Império Mameluco. Damasco é largamente reconhecida como uma das cidades mais antigas continuadamente habitadas do mundo.[3]

A Síria de hoje foi criada como mandato francês e obteve sua independência em Abril de 1946, como uma república parlamentar. O pós-independência foi instável, e um grande número de golpes militares e tentativas de golpe sacudiram o país no período entre 1949-1970. Síria esteve sob Estado de sítio desde 1962, que efetivamente suspendeu a maioria das proteções constitucionais aos cidadãos. O país vem sendo governado pelo Partido Baath desde 1963, embora o poder atual esteja concentrado na presidência e um pequeno grupo de políticos e militares autoritários. 

O atual presidente da Síria é Bashar al-Assad, filho de Hafez al-Assad, que governou de 1970 até sua morte em 2000.[4][5] Síria tem uma grande participação regional, particularmente através do seu papel central no conflito árabe com Israel, que desde 1967 ocupou as Colinas de Golã, e pelo envolvimento ativo nos assuntos libaneses e palestinos.

A população predominante é de muçulmanos sunitas, mas com uma significante população de Alauitas, Drusos e minorias cristãs. Desde a década de 1960, oficiais militares Alauitas tem dominado o cenário político do país. Etnicamente, cerca de 90% da população é árabe, e o estado é governado pelo Partido Baath de acordo com princípios nacionalistas árabes, dos quais aproximadamente 10% pertencem à minoria curda.



Li

Fonte:
Wikipédia
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81rabes
Sejam felizes todos os seres. Vivam em paz todos os seres.
Sejam abençoados todos os seres.


Nenhum comentário: