A Maiêutica Socrática
tem como significado "Dar a luz (Parto)" intelectual,
Sócrates
conduzia este parto em dois momentos: No primeiro, ele levava os seus
discípulos ou interlocutores a duvidar de seu próprio conhecimento a
respeito de um determinado assunto; no segundo, Sócrates os levava a
conceber, de si mesmos, uma nova idéia, uma nova opinião sobre o assunto
em questão. Por meio de questões simples, inseridas dentro de um
contexto determinado, a Maiêutica dá à luz idéias complexas. A maiêutica
baseia-se na idéia de que o conhecimento é latente na mente de todo ser
humano, podendo ser encontrado pelas respostas a perguntas propostas de
forma perspicaz.
A auto-reflexão,
expressa no nosce te ipsum -
que são o caminho para a prática do bem e da virtude.
A Maiêutica, criada por Sócrates no século IV a.C.,
tem seu nome inspirado na profissão de sua mãe, Fanerete, que era parteira.
Há certa divergência historiográfica sobre a utilização de tal método por Sócrates.[2]
Historiadores afirmam que a denominação e associação de tal método ao
filósofo decorre da narração, não necessariamente fiel, da vida de
Sócrates por Platão. Deve-se chamar, então, a instrumentação
argumentativa do filósofo de elenkhos.
“A Maiêutica de Sócrates
consiste em perguntar,em interrogar, em inquirir:
“O que é isto? O que significa?”
“O que é isto? O que significa?”
E isto ele faz andando pelas ruas, pelas praças, indagando das pessoas.
Ao general ateniense que encontra – ele está preocupado em averiguar o que é a coragem – diz para si:
”Aqui está: este é quem sabe o que é ser corajoso, visto que é o general, o chefe.” Aproxima-se e diz: “Você que é um general do exército ateniense, tem que saber o que é a coragem.” Então o outro lhe diz: “Mas é claro! Como não vou saber o que é coragem? Ela consiste em atacar o inimigo e nunca fugir.” Sócrates para, pensa, coça a cabeça e lhe diz: “Sua resposta não é totalmente satisfatória.” E faz ver ao general que muitas vezes é preferível retroceder para atrair o inimigo a uma posição mais favorável para destruí-lo. O general concorda e dá outra definição ou complementa a anterior. E Sócrates exerce, outra vez, sua crítica interrogativa e nunca está satisfeito com as respostas que vão sendo dadas.
Dessa forma, faz com que a definição inicial vá passando pelo crivo das indagações e aperfeiçoando-se por extensões e reduções até ficar o mais exata possível, mas nunca a ser definitiva. Para a Maiêutica, o conhecimento está latente no homem, só e necessário criar condições para que ele passe da potência ao ato, aflore, numa espécie de recordação, reminiscência. Educar no sentido verdadeiro e superior. Educação vem do latim educere, literalmente trazer para fora, sobressair, emergir do estado potencial para o estado de realidade manifestada.
Nos diálogos platônicos, que reproduzem cenas da atuação de Sócrates, nenhum deles chega a uma solução definitiva: todos se interrompem dando a entender que é preciso continuar perguntando, perguntando e continuar encontrando dificuldades, novos desafios e mistérios na última definição dada e que o assunto nunca se esgota. Esse método é típico de tudo que Platão nos deixou escrito nos diálogos socráticos.
Para Platão, quando não sabemos nada, ou aquilo que sabemos, o sabemos sem tê-lo procurado como a opinião, é um saber que não vale nada, mas quando queremos saber, aproximar-nos do conhecimento elevado, reflexivo, temos mais chances de compreender.
Opinião, crença, doxa em grego,
é o que pensamos que sabemos,
mas não fundado no conhecimento racional,
portanto, não é nada.
A Dialética platônica consiste exatamente na discussão de todos os aspectos, todos os prós e contras de um determinado tema até que possamos depurá-lo e chegar perto de seu verdadeiro significado, autêntico, real e que ele chama de epistéme, ciência.”
Pablo Picasso
Li-Sol-30
Fonte:Wikpédia
Sejam felizes todos os seres. Vivam em paz todos os seres.
Sejam abençoados todos os seres.
Sejam abençoados todos os seres.
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