domingo, 21 de abril de 2013

NOOSFERA




Gÿorgy Ligeti - Lontano - 10 min.

Noosfera


A Noosfera pode ser vista como a "esfera do pensamento humano", sendo uma definição derivada da palavra grega νους (nous, "mente") em um sentido semelhante à atmosfera e biosfera.

Na teoria original de Vernadsky, a noosfera seria a terceira etapa no desenvolvimento da Terra, depois da geosfera (matéria inanimada) e da biosfera (vida biológica). Assim como o surgimento da vida transformou significativamente a geosfera, o surgimento da conhecimento humano, e os conseqüentes efeitos das ciências aplicadas sobre a natureza, alterou igualmente a biosfera.


Noogênese (do grego Νους e Γένεσιςé)
 é o termo utilizado pelo teólogo, filósofo e
 para descrever o nascimento e a evolução da mente humana.


No Conceito da Noosfera do filósofo francês Teilhard de Chardin, assim como há a atmosfera, existe também o mundo das idéias, formado por produtos culturais, pelo espírito, linguagens, teorias e conhecimentos. Seguindo esse pensamento, alimentamos a Noosfera quando pensamos e nos comunicamos. 

A partir de então, o conceito de Noosfera foi revisto e consequentemente sendo previsto como o próximo degrau evolutivo de nosso mundo, após sua passagem pelas posteriores transformações de "Geosfera", "Biosfera", "Tecnosfera" (temporária e em andamento) e então Noosfera. A transição da biosfera de uma ordem inconsciente de instinto para a ordem superconsciente de telepatia é uma função da Lei do Tempo e é denominada transição biosfera–noosfera.

 A transição biosfera-noosfera é o resultado direto do aumento exponencial de complexidade biogeoquímica e a conseqüente liberação de “energia livre” devido à aceleração da transformação termo-químico-nuclear dos elementos.

A evolução do "Cérebro Galáctico" segue um processo estritamente regulado no qual a transição da consciência instintiva para a consciência telepática contínua é inevitável e representa a derradeira crise no desenvolvimento da biosfera. 

Essa mudança, caracterizaria então a próxima era Geológica denominada Era "Psicozóica", definida como a seqüência normativa da evolução do superconsciente hiperorgânico da noosfera unificada telepaticamente. No séc XXI, M.Mocatino deu origem a uma vertente de pensamento sem nome e mutável (fazendo referência ao universo), a qual detinha como intuito também "traduzir" a Noosfera. 

Essa vertente, não se baseia em conceitos mas sim em idéias que são refutadas e transformadas (quase como um programa "open-source"), seguindo uma lógica de pensamento baseada em hipóteses e probabilidades levando em consideração o princípio da incerteza, assim como o modelo universal. Essa vertente de pensamento possibilita à mente humana a capacidade de esboçar em seu sub-consciente um cenário da Noosfera, diferente do modelo relativamente "estático" a que estamos acostumados em nosso cotidiano. 

Um dos indícios de noosfera é traduzido pelo crescente aumento de pessoas tendo a mesma idéia praticamente ao mesmo tempo, mesmo estando isoladas. Seguindo Leis físicas, a explicação para isso seria dada por uma relatividade divergente de velocidade presente entre a matéria e a energia, ou entre o cérebro e a noogênese, na qual as informações acessadas já estariam dispostas na Noosfera, mesmo que de forma primordial. 

Algumas das idéias usadas de base para isso estão concentradas em temas como "Agnosticismo", "Cosmologia" e "Cultura Maia" entre outros povos, os quais detinham um conceito sobre o tempo diferente das sociedades ocidentais e dominavam a Matemática e Mapeamento Astral...

Noogênese (do grego Νους e Γένεσιςé) é o termo utilizado pelo teólogo, filósofo e cientista francês Teilhard de Chardin para descrever o nascimento e a evolução da mente humana.

 Infosfera é um neologismo criado pelo filósofo da informação Luciano Floridi e que faz referência a um complexo ambiente informacional constituído por todas as entidades informacionais, suas propriedades, interações, processos e demais relações. Este termo é, também, muito conhecido devido à wiki de Futurama, The Infosphere.

Ideosfera

Ideosfera é um neologismo criado por Aaron Lynch e Douglas Hofstadter na década de 80. De forma semelhante à biosfera, onde se processa a evolução biológica, na ideosfera ocorreria a evolução mimética, com a criação, a evolução e a seleção natural de pensamentos, teorias e idéias.

Características

A ideosfera não considerada como sendo um espaço físico, mas se encontrando “no interior das mentes” de todos os seres humanos. Também é aceito que a Internet, os livros e outras mídias podem ser consideradas como parte da ideosfera.

De acordo com o filósofo japonês Yasuhiko Kimura, no momento atual a ideosfera estaria na forma de uma "ideosfera concêntrica”, com as idéias sendo geradas por algumas poucas pessoas e as demais unicamente recebendo e aceitando-as por serem provindas daquelas “autoridades externas”. Kimura defende a criação de uma “ideosfera omnicêntrica” (omnicentric ideosphere), na qual todos os indivíduos participem de forma efetiva, criando novas idéias e interagindo entre si na condição de “auto-autoridades” (self-authorities).

Blogosfera -  "logosfera". "Logo" significa muitas coisas, principalmente "palavra", e "esfera" pode ser interpretado como "mundo", resultando em "o mundo das palavras", o universo do discurso. O termo também se aproxima na pronúncia e no significado do termo "noosfera", o mundo do pensamento.


Consciência Coletiva, de acordo com o sociólogo francês Émile Durkheim, é um conjunto cultural de ideias morais e normativas, a crença em que o mundo social existe até certo ponto à parte e externo à vida psicológica do indivíduo.



Conjunto das crenças e dos sentimentos comuns à média dos membros de uma mesma sociedade que forma um sistema determinado com vida própria



 — Durkheim, Émile. Da divisão do trabalho social. pag 342

Toda a teoria sociológica de Durkheim pretende demonstrar que os fatos sociais têm existência própria e independem daquilo que pensa e faz cada indivíduo em particular. Embora todos possuam sua "consciência individual", seu modo próprio de se comportar e interpretar a vida, podem-se notar, no interior de qualquer grupo ou sociedade, formas padronizadas de conduta e pensamento. Essa constatação está na base da que Durkheim chamou de consciência coletiva.

Segundo Durkheim "para que exista o fato social é preciso que pelo menos vários indivíduos tenham misturado sua ações e que dessa combinação tenha surgido um produto novo". Esse produto novo, constituído por formas coletivas de agir e pensar, se manifesta como uma realidade externa às pessoas. Ele é dotado de vida própria, não depende de um indivíduo ou outro.

"Mas, dirão, um fenômeno só pode ser coletivo se for comum a todos os membros da sociedade ou, pelo menos, à maior parte deles, portanto, se for geral. Certamente, mas, se ele é geral, é porque é coletivo (isto é, mais ou menos obrigatório), o que é bem diferente de ser coletivo por ser geral. Esse fenômeno é um estado do grupo, que se repete nos indivíduos porque se impõe a eles. Ele está em cada parte porque está no todo, o que é diferente de estar no todo por estar nas partes[...]". (As regras do método sociológico, p.09)

Inconsciente Cole(c)tivo, segundo o conceito de psicologia analítica criado pelo psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, é a camada mais profunda da psique. Ele é constituído pelos materiais que foram herdados, e é nele que residem os traços funcionais, tais como imagens virtuais, que seriam comuns a todos os seres humanos. O inconsciente coletivo também tem sido compreendido como um arcabouço de arquétipos cujas influências se expandem para além da psique humana.

Características

A existência do inconsciente coletivo não é derivada de experiências individuais, tal como o inconsciente pessoal, trabalhado por Freud, embora precise de experiências reais para poder se manifestar. Tais traços funcionais do inconsciente coletivo foram chamados por Jung de arquétipos, que não seriam observáveis em si, mas apenas através das imagens que eles proporcionam. Jung chamou a atenção para o fato de que o inconsciente coletivo retém informações arquetípicas e impessoais, e seus conteúdos podem se manifestar nos indivíduos da mesma forma que também migraram dos indivíduos ao longo do processo de desenvolvimento da vida.

O psicanalista Erich Fromm apresenta outra posição a respeito. É denominada de "inconsciente social", que seria a parte específica da experiência dos seres humanos que a sociedade repressiva não permite que chegue à consciência dos mesmos. Já o sociólogo e filósofo Nildo Viana concebe o inconsciente coletivo como o conjunto das necessidades e potencialidades reprimidas de um conjunto de indivíduos, grupos, classes ou toda a sociedade.

O inconsciente coletivo complementa o inconsciente pessoal, e muitas vezes se manifesta igualmente na produção de sonhos. Desta forma, enquanto alguns dos sonhos têm caráter pessoal e podem ser explicados pela própria experiência individual, outros apresentam imagens impessoais e estranhas, que não são associáveis a conteúdos da história do indivíduo. Esses sonhos são então produtos do inconsciente coletivo, que nesse caso atua como um depósito de imagens e símbolos, que Jung denomina arquétipos. Dele também se originam os mitos. No entanto, sendo o inconsciente coletivo algo que foi e está sendo continuamente elaborado a partir das experiências obtidas pelos seres, o acesso individual às informações contidas no inconsciente coletivo pode ser uma forma de explicar o mecanismo de operação de alguns dos fenômenos psíquicos incomuns que foram considerados desde o princípio da psicologia junguiana. Por outro lado, isso corresponde a introduzir mais do que arquétipos nesta estrutura psíquica universal, que pode conter igualmente dados fundamentais de operação dos fenômenos naturais, que se manifestam como leis das descrições químicas e físicas da natureza (ver mais), além, é claro, da biologia. Em síntese, o inconsciente coletivo da psicologia analítica pode ser um modelo adequado para a compreensão dos fenômenos mentais.


Super-Heróis e Inconsciente Coletivo

Por NILDO VIANA


Especialista em Filosofia pela Universidade Católica de Brasília (UCB), Mestre em Filosofia pela Universidade Federal de Goiás (UFG); Mestre e Doutor em Sociologia pela UnB. Professor da Universidade Estadual de Goiás e autor de diversos livros e artigos 

Em um texto anterior discutimos a relação entre super-heróis e axiologia [1] . No presente texto, continuamos tratando da temática da super-aventura, mas passando da discussão sobre os aspectos axiológicos e conservadores da super-aventura para a análise da super-aventura como manifestação do inconsciente coletivo. Isto é necessário devido ao fato de que o mundo dos super-heróis é um mundo de fantasia, produzido pela imaginação, e por isso mesmo é locus de manifestação do inconsciente, tal como afirma a psicanálise. Porém, não trataremos aqui do inconsciente individual e sim do inconsciente coletivo, que definiremos mais adiante, pois não se trata de analisar obras de autores enquanto indivíduos e sim um gênero como um todo, o que leva a analisar a obra coletiva de uma infinidade de autores individuais.

Os super-heróis são seres sobre-humanos e que por isso mesmo superam as limitações humanas. Segundo Jacques Marny, “eles são personagens vivos, mágicos da ilusão e da fantasmagoria, mas também são mestres do sonho e símbolo do desejo de poder” [2] . É justamente aí que encontramos a relação entre super-heróis e inconsciente coletivo. Mas antes de tratar desta relação é preciso analisar o que é o inconsciente coletivo. Freud dizia que o universo mental (ou, segundo suas palavras, “aparelho psíquico”) do indivíduo era composto pela consciência e pelo inconsciente (inicialmente ele o dividia em dois componentes – princípio de prazer e princípio de realidade – e posteriormente em três – id, ego e superego –, embora um grande número de psicanalistas prefiram utilizar sua concepção inicial). O inconsciente era produto da repressão que a sociedade fazia aos instintos do indivíduo, o lugar onde vivem os desejos reprimidos.

Freud nunca usou a expressão “inconsciente coletivo”, considerando que não haveria nenhuma vantagem com sua utilização, embora aceitasse a idéia de um conteúdo coletivo para o inconsciente, tal como propôs Jung [3] . O primeiro a se referir a um inconsciente coletivo foi o seu colaborador e posteriormente dissidente, Carl Gustav Jung, que forneceu uma visão metafísica deste conceito, que representaria, segundo ele, arquétipos universais e imutáveis. A renovação ocorreu com Erich Fromm (embora ele fale de “inconsciente social” e não em “inconsciente coletivo”).

Erich Fromm define inconsciente social da seguinte maneira:


“A diferença entre a expressão de Jung, ‘inconsciente coletivo’, e o ‘inconsciente social’ aqui empregada é a seguinte: o ‘inconsciente coletivo’ indica diretamente a psique universal, grande parte da qual não pode nem mesmo tornar-se consciente. O conceito de inconsciente social parte da noção do caráter repressivo da sociedade e se refere àquela parte específica da experiência humana que uma determinada sociedade não permite que atinja a consciência” [4] .

Desta forma, o inconsciente coletivo é expressão de um desejo reprimido socialmente que atinge o conjunto da sociedade ou então grupos sociais no seu interior. A posição de Fromm, entretanto, é limitada, pois sua visão do inconsciente é puramente cultural, esquecendo que o processo psíquico é um processo energético. Além disso, Fromm considera que tudo o que é reprimido faz parte do inconsciente, o que é um equívoco [5] .


O inconsciente coletivo, do nosso ponto de vista, é o conjunto de necessidades/potencialidades reprimidas em todos os indivíduos que formam uma coletividade (grupo, classe etc.).

É no mundo da fantasia, dos sonhos, etc., que ele se manifesta mais constantemente. Os sonhos comuns em um grupo social ou na sociedade são geralmente inacessíveis mas a fantasia não. As aventuras dos super-heróis expressam uma fantasia que é expressão do inconsciente coletivo: o desejo de poder.

Ora, vivendo em uma sociedade dominada pela repressão, pela burocracia, etc., nada é mais natural do que buscar, na fantasia, ultrapassar este estado de coisas. Citemos dois exemplos colocados por Erich Fromm:

“Deve haver muitos comerciantes em nossas cidades grandes que tenham um cliente que precise muito, digamos, de um terno, de roupa, mas que não dispõe de dinheiro suficiente para comprar nem mesmo o mais barato. Entre comerciantes (especialmente os mais abastados), haverá uns poucos que sintam o impulso natural e humano de dar essa roupa ao cliente, pelo preço que este puder pagar. Mas quantos se permitirão adquirir consciência de tal impulso? Creio que serão poucos. A maioria o recalcará, e poderemos ver entre eles alguns que terão, na noite seguinte, um sonho que expressará o impulso reprimido, de uma forma ou de outra”.

“O moderno ‘homem de organização’ pode sentir que sua vida não tem sentido, que seu trabalho o aborrece, que tem pouca liberdade de fazer e pensar como quer, que está perseguindo uma ilusão de felicidade que jamais se torna verdade. Mas se ele tivesse consciência de tais sentimentos, seria muito prejudicado em sua atuação social. Sua consciência constituiria um perigo real para a sociedade tal como está organizada, e em conseqüência o sentimento é recalcado” [6] .

A partir destes dois exemplos, podemos observar que a falta de liberdade na sociedade contemporânea cria o desejo de liberdade, de poder (não no sentido de dominação e sim de potência). Entretanto, este desejo é reprimido e não se manifesta na consciência coletiva mas tão-somente no inconsciente individual e coletivo. 


O desejo reprimido de liberdade, de ser livre e superar os limites impostos pela sociedade repressiva, encontra no mundo dos super-heróis uma de suas formas de manifestação mais espetaculares. 

Estes rompem com os limites impostos, combatem a injustiça (embora a idéia de justiça que se passa é mais a ditada pela consciência do que pelo inconsciente), defendem os “fracos e oprimidos” – que são aqueles que continuam submetidos à opressão –, etc. Voar, por exemplo, é um símbolo de liberdade, de superação de limites, e muitos super-heróis possuem este poder. Desta forma, a super-aventura é, em parte, manifestação do inconsciente coletivo e é por isso que ela (e não só ela como também os heróis comuns) tem um público tão grande. Revela-se aí, o potencial emancipador das aventuras dos super-heróis ao manifestar o desejo reprimido de liberdade.

O processo de criação da super-aventura é um processo consciente no qual o criador envia uma mensagem na maioria das vezes axiológica. Porém, nenhuma produção cultural é somente consciente e junto com o processo consciente caminha o processo inconsciente. No caso da ficção isto é ainda mais forte. Na super-aventura a imaginação ganha autonomia na narrativa e isto permite uma manifestação mais forte do inconsciente. Porém, além do inconsciente individual derivado da repressão individual que se manifesta em cada obra individual, também se manifesta o inconsciente coletivo, derivado da repressão coletiva. Tal repressão coletiva é a do mundo burocrático e mercantil em que vivemos. 


Se lembrarmos que a produção da super-aventura é uma forma de manifestação da criatividade, que é uma potencialidade humana reprimida em nossa sociedade, então podemos supor que ela é, para os criadores, um momento de liberdade e de realização. Porém, devemos reconhecer que tal criatividade se manifesta mas de forma controlada. Os criadores de super-aventuras não são livres para produzirem o que quiserem e como quiserem. Eles estão submetidos às grandes empresas que controlam esta produção, seja a Marvel Comics, a DC, a Image, ou qualquer outra. Tais empresas são tão burocráticas e mercantis quanto qualquer outra. A partir disto se conclui que tal controle é um dos elementos que originam tal produção.

A vontade de liberdade inconsciente cria aventuras onde o ser humano rompe com seus limites (naturais e sociais). 

Essa ruptura com os limites faz dele um “super-homem”, um ser impotente diante da burocratização e da mercantilização que se torna um ser “poderoso”. Um ser que pode superar as injustiças fazendo justiça por suas próprias mãos, alguém destituído de poder e dominado no trabalho, na escola, na família, etc., que se levanta e passa por cima de tudo que lhe aprisiona e realiza os seus desejos de aventura e liberdade. O modelo exemplar, o Super-Homem, acompanhado por suas cópias, Capitão Marvel (Shazam), Homem-Aranha, Thor, Hulk, Batman, etc., são aqueles que fazem o que gostaríamos de fazer mas não fazemos: desafiar o mundo. Ser um super-herói significa ser sobre-humano, o que quer dizer ser mais do que um simples marionete da sociedade repressiva. A super-aventura significa a carta de alforria imaginária do ser humano escravizado no mundo da burocracia e da mercadoria.

O público leitor da super-aventura é composto em grande parte por crianças e jovens que ainda não estão envolvidos neste mundo institucional repressivo. Porém, estão submetidos à outras formas de repressão (familiar, escolar, entre outras) e se identificam com os atos heróicos que expressam seu desejo de liberdade. Por isso, surge um mercado consumidor bastante fiel da super-aventura. Mas, de qualquer forma, tanto os produtores quanto os consumidores da super-aventura manifestam o desejo inconsciente de liberdade em resposta ao mundo burocrático e mercantil fundamentado na repressão.

Porém, o inconsciente coletivo só se torna explosivo quando se torna consciente. O inconsciente coletivo tornar-se consciente (que só pode ser uma consciência coletiva, fruto de um processo coletivo), neste caso, significa o reconhecimento da necessidade de liberdade. Tal como Marx colocou, a consciência do que não é consciente é fundamental para o processo de libertação humana:


“É preciso tornar a opressão real mais opressiva, acrescentando-lhe a consciência da opressão; é preciso que a vergonha se torne ainda mais vergonhosa, apregoando-a. (...). É preciso mostrar e ensinar ao povo a assustar-se de si próprio, para infundir-lhe coragem” [7] .

Descobrir o inconsciente coletivo por detrás das produções axiológicas é, portanto, fundamental para o desenvolvimento desta consciência coletiva e tarefa essencial do pensamento marxista. É impossível para o marxismo contemporâneo desconhecer a importância da psicanálise para compreender as lutas sociais e, em especial, as produções axiológicas e imaginárias, tal como as histórias em quadrinhos.



Gÿorgy Ligeti - Atmosphères - Lux Aeterna 
Taipei Chamber Singers - Maestro: Chen Yun-Hung - 12 min.


PRIMEIRO CONGRESSO MUNDIAL DA NOOSFERA

I -  O QUE É A NOOSFERA?
O conceito de NOOSFERA é atribuído ao filósofo francês,
Teillard de Chardin. Segundo ele , assim como há a Atmosfera, a Geosfera
e a Biosfera também existe o mundo das idéias, formado por produtos
culturais, pela linguagem, teorias conhecimento e espírito – a NOOSFERA. 
Alimentamos a Noosfera quando pensamos e nos comunicamos.
A NOOSFERA é prevista como o próximo degrau evolutivo de nosso mundo, após a passagem pela “Tecnosfera”, nossa realidade atual.

Segundo o próprio Teillard de Chardin, a Noosfera começou a existir
como um resultado do pensamento humano. Quando o homem deu o
“Passo da Reflexão” um fenômeno muito especial começou a ser
produzido, o nascimento de uma nova esfera planetária acima da
Biosfera. A esse processo de dar origem a uma nova esfera planetária,
formada totalmente pelo conjunto do pensamento humano chamou -se “noogênese”.
 
A NOOSFERA é o resultado da noogenêse e está aberta a todo o
conhecimento humano, e abriga toda a consciência planetária.
É a conseqüência inevitável do pensamento humano sobre o meio ambiente.
É, pois o psiquismo humano que vai “alimentar” esta esfera planetária universal.

II – O TEMPO ESTÁ SE ACELERANDO....
Todo mundo está de acordo.
E aonde vamos tão rápido? 
Nos dirigimos a NOOSFERA, a Esfera Planetária da Mente que é o próximo passo de nossa evolução. 

Como uma nova era geológica, a NOOSFERA substituirá todas as
considerações econômicas. Este acontecimento será um chamado para
uma nova era de cooperação humana e um avançado desenvolvimento
mental que transcende a política e a economia.

Só assim a humanidade avançará 
até uma correta reorganização
 da vida na Terra. 

 A NOOSFERA é um evento cósmico, porque o papel do homem na
Terra é de alcance cósmico transformativo. O aquecimento global e as
mudanças climáticas que experimentamos hoje em dia são o resultado
dos pensamentos humanos em forma de máquinas e consumo industrial de energia. Nos últimos 200 anos esta atividade altamente acelerada mudou a geologia do planeta. Este comportamento é sem precedentes em qualquer espécie da história da Biosfera.

Para compreender aonde iremos,devemos entender primeiro a atual
situação global. Estamos sofrendo a transição da Biosfera-Noosfera
.
Neste processo a Tecnosfera é o período intermediário no qual se produz a transição Biosfera-Noosfera. A Tecnosfera é o conjunto dos pensamentos humanos que se projetam através das máquinas e a conseqüente vida mecanizada, como uma força geológica, que muda a forma do meio ambiente vivo da Terra, a Biosfera.

Em essência o efeito total da Tecnosfera é o fator causador da mudança
climática global, do esgotamento dos recursos naturais ,do caos social e muito mais.

Com a crise do petróleo e o atual fracasso econômico mundial estamos
presenciando os limites da Tecnosfera.Em sua critica fase final, a Tecnosfera gerou uma rede de comunicação invisível –a Ciberesfera –através da qual qualquer pessoa pode comunicar -se com outra em qualquer lugar do planeta. Praticamente esta rede – Internet - é também um meio através do qual toda a informação acumulada na história humana está dispo nível a todos e para todos. 

O efeito da Ciberesfera é também sem precedentes: ela está derrubando todas as barreiras mentais. Isto é o prelúdio da manifestação da NOOSFERA que depende para sua plena instalação destes dois fatores: o colapso da Tecnosfera e a instalação de uma Rede eletrônica de comunicação mundial.
Como respondemos a crise meio-ambiental global e ao mesmo tempo como utilizamos e aprendemos com a Ciberesfera é de suma importância

III - TEMPO É ARTE
O sistema de valores que criou a atual crise global já não é viável. Este
sistema de valores pode ser resumido com a máxima “Tempo é dinheiro”. No novo sistema de valores da NOOSFERA mudamos para TEMPO É ARTE.
Isto é uma profunda mudança de valores e do modo que pensamos sobre nós mesmos e como vivemos nossas vidas. 

Este sistema de valores antigo sem que “Tempo é Dinheiro” tem sido
mantido em seu lugar através de dois instrumentos de medida do tempo:
o calendário gregoriano e o relógio mecânico.

Estas são medidas de dias e horas da semana de trabalho e de todo o
sistema tecnológico atual, através dos quais nossas vidas são trocadas por dinheiro para que assim possamos comprar coisas que para outras
espécies estão disponíveis sem nenhum custo.

Este estilo de vida: “Tempo é Dinheiro” produziu consumismo,
globalização, políticas monetárias, degradação do meio ambiente e
terrorismo. O Tempo é Dinheiro é um desvio da norma cósmica.
O tempo que nos resta e o dinheiro que nos resta deveriam ser
empregados antes de 2012 para estabelecer as bases da NOOSFERA.
Uma destas bases é uma forma de vida baseada nos valores de TEMPO
É ARTE. E também estabelecer uma rede telepática que substitua a “Ciberesfera (que se desmantelará quando o campo eletromagnético
do planeta experimentar uma maior interrupção). 

A NOOSFERA é um reflexo da ordem natural do universo. O
universo opera sob leis de ordem harmônica. Como “a esfera
planetária da mente” a noosfera é uma função desta ordem universal
que opera com os códigos do tempo natural.

Neste novo sistema de valores da NOOSFERA em que vivenciamos o principio de que TEMPO É ARTE só pode estar enraizado numa freqüência de tempo natural que reflita a ordem harmônica do Universo. Este é o
significado do retorno ao tempo natural através do Calendário de 13Luas de 28 dias. No tempo natural tudo é uma função de ordem harmônica. Esta
ordem harmônica é a base da Arte. O Universo em si mesmo é uma
obra de Arte. Nós também o somos e potencialmente tudo o que  fazemos. 

IV – UM NOVO MANDATO
Um mandato para o novo tempo é necessário. O velho tempo acabou.
Um tempo novo e melhor está a ponto de nascer: a NOOSFERA.
Temos que atuar AGORA. Devemos visualizar um mundo novo, um
mundo onde a própria Terra é uma Obra de Arte. Comecemos
reunindo gênios criativos em uma confederação de artistas, cientistas e
visionários atuando em nome da NOOSFERA. 

Um novo tempo está nascendo. Estamos nos movendo do antigo paradigma “Tempo é Dinheiro” para um novo paradigma onde TEMPO É ARTE. Neste novo paradigma, nosso propósito humano  nossa relação com a Terra são redefinidos. Somos uma cultura planetária de PAZ, convertendo a Terra numa obra de arte.

Nossa missão é definir e exemplificar os princípios de uma cultura
planetária de paz genuína baseada no mandato do novo tempo. Este
mandato é realizado através do Calendário de 13 Luas/28 dias, o
estandarte harmônico do Tempo Natural que nos transportará a uma
nova era evolutiva, a NOOSFERA. 

A Arte é um meio de evolução cósmica. É tempo de todos os que são
capazes de abraçar incondicionalmente o “novo’ se fazerem
jogadores conscientes do mesmo jogo. O novo tempo é a estrutura mítica
universal que pode envolver a todos. Sua chegada é inevitável. A mente
humana unificada num novo tempo é a base da NOOSFERA. Esta é
uma revolução da consciência que nos permitirá identificar as ações
que nos levarão a novos modelos de comportamento dentro de uma
realidade pós tecnosférica.

Precisamos idealizar meios e métodos para comunicar a toda a
humanidade o significado da NOOSFERA.
.
Declaremos todos que
EU SOU UM COM A TERRA
A TERRA E EU SOMOS UMA SÓ MENTE

LI-Sol-30
 Wikipédia
http://www.sincronariodapaz.org/altera/noosfera/_arquivos.pdf
 http://www.espacoacademico.com.br/025/25cviana.htm
Sejam felizes todos os seres. Vivam em paz todos os seres.
 Sejam abençoados todos os seres.

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