segunda-feira, 4 de maio de 2015

NOVA ALVORADA DO BRASIL


Documentário Brasília - Projeto Capital - 41 min.

A história do surgimento de Brasília- 5 min.

Portal Brasil 



E o sol amanheceu muitas vezes. Até que o sonho profético de São João Bosco se fizesse verdade no Planalto Central brasileiro". Assista ao vídeo sobre a história de Brasília, com imagens do Arquivo Público do Distrito Federal
5 min.

Brasília :
 A Construção de um Sonho - 42 min.

A verdadeira História de Brasília - 14 min.
(Quanta asneira -  ele inverte todos os valores)


Pré história de Brasília - 55 min.

Inauguração de Brasília - 2 min.

Profecia de Dom Bosco - Nova Civilização - 4 min.

Brasilia: J. K, Akhenaton e o Egito …

Posted by Thoth3126 on 21/04/2015

BRASIL, o EGITO,

Juscelino Kubitscheck,  Akhenaton e BRASILIA 

A fundação de Brasília, no inicio dos anos sessenta, no século passado, após duas grandes guerras mundiais, trouxe uma mensagem positiva e pacífica para a Humanidade.  


A mensagem de Brasília é tão forte e atual que,

 em data de 7 de Dezembro de 1987, a Unesco a reconheceu como Patrimônio Cultural da Humanidade, é a primeira cidade moderna do mundo a receber tal título!  
Por Thoth3126@gmail.com


Inaugurada em 21 de abril de 1960, pelo então presidente  Juscelino Kubitschek de Oliveira,  Brasília é a terceira capital do Brasil, após Salvador e o Rio de Janeiro. A transferência dos principais órgãos da administração federal para a nova capital foi progressiva, com a mudança das sedes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário federal. 

O surgimento de Brasilia marcou o princípio do período final de nossa civilização e o começo de uma nova era, quando uma nova raça humana, mais evoluída, surgirá no Planalto central brasileiro… mas esta é outra história.

No século XIV a.C., na XVIII Dinastia, no reinado do Faraó Akhenaton, anteriormente conhecido por Amenhotep IV (Amenóphis IV, em grego), o primeiro monoteísmo da história foi implantado no Egito, o culto a Aton (o Disco Solar) para, depois de cumprir com seu propósito, poucos anos mais tarde desaparecer nas névoas do tempo.



O Olho “Esquerdo” de Hórus, (Filho de ÍSIS e OSÍRIS) símbolo da escola iniciática FEMININA no antigo Egito.



Akhenaton, o Faraó que foi um verdadeiro Príncipe da Paz, deixou-nos um importante legado espiritual, plenamente válido e precioso para a Humanidade no século XXI, que já enfrenta sérios problemas de ordem planetária. Talvez os seus ensinamentos possibilitem aos seres humanos o resgate das suas Raízes Solares, espirituais e físicas, auxiliando cada um de nós a encontrar o seu verdadeiro lugar no Universo, objetivo principal de nossa existência neste planeta. 

E este é um personagem que merece um esforço maior de nossa parte no sentido de estudarmos com mais profundidade quem “realmente” foi o Faraó Akhenaton/Amenhotep IV. Seja curioso (a) e pesquise a respeito… Akhenaton criou um hino dedicado ao único deus em que ele acreditava, chamado de

O Hino a ATON: 


Tu és belíssimo sobre o horizonte,
 Ó radioso Aton, fonte de Vida!
Quando te ergues no oriente do céu, 
teu esplendor abraça todas as terras. 
Tu és belo, tu és grande, radiante és tu. 

Teus raios envolvem todas as terras que criaste, 

Todas as terras se unem pelos raios de teu amor.  

Tão longe estás, mas seus raios tocam o chão; 
Tão alto estás, mas teus pés se movem sobre o pó.  

Tu és vida, por ti é que vivemos, 
Os olhos voltados para tua glória,
 até a hora em que, imenso, te recolhes… 

Criaste as estações para renascer todas as tuas obras. 

Criaste o distante céu, para nele ascender. 

A Terra está nas tuas mãos, 

como aos homens criaste.
Se tu nasceres eles vivem, 
se te pões eles morrem. 

Tu és propriamente a duração da vida, e vive-se unicamente através de ti!
O Disco solar representando ATON, segurando a cruz Ansata (o Sagrado ANKH dos egípcios) nas mãos de Aton, o DOADOR DA VIDA.
Akhenaton declarou-se o seu único sacerdote e profeta, escrevendo um hino no qual proclamava a grandeza do SOL como criador de todas as coisas, e a igualdade entre todos os homens. 

A semelhança desse hino com o Salmo 104, do Antigo Testamento, faz pensar que ambas as religiões compartilharam as suas idéias sobre o monoteísmo em um momento de sincretismo.
 Um busto de Akhenaton, Amenhotep IV, o patrocinador, 
entre outras coisas, da Ordem RosaCruz. 

O Hino a Aton foi encontrado escrito nas paredes de vários túmulos de funcionários de Akhenaton, na nova capital fundada pelo faraó na atual Tell el-Amarna, antiga Akhetaton. A cópia mais completa foi descoberta no túmulo de Ay, funcionário de Akhenaton e sucessor de Tutankhamon como rei. Assim como o disco solar, o templo dedicado a ATON era aberto, com um grande pátio onde recebia os raios solares.


A fundação de Brasília, no dia 21 de abril de 1960, não significou apenas a construção de mais uma cidade planejada. Todo o projeto do plano-piloto continha um significado profundamente místico e cuja origem era claramente egípcia. O Presidente Juscelino Kubitschek é considerado por alguns místicos, esotéricos e ocultistas como um “faraó do século XX”, que projetou seu sonho grandioso na construção de Brasília, atendendo a um anseio profundamente enraizado em sua alma. Para esses místicos, ele seria a reencarnação do próprio Faraó Akhenaton…


 

A bela Nefertite, a esposa ( e “irmã”) de Akhenaton. 
 Quanto à hipotética reencarnação, o mais correto seria imaginarmos que Juscelino Kubitschek foi “impregnado” pela atmosfera mística de Akhetaton. Isso, anos mais tarde, foi determinante para a fundação de Brasília. Inegável que Brasília é, portanto, uma nova Akhetaton, a cidade sagrada de Aton, o deus Sol. A “Cidade do ( significado do nome Akhetaton) Horizonte de Aton”, ou seja, do nascer e pôr-do-sol, do Deus vivo e presente na vida de todas as pessoas.

Tell el-Amarna é o nome atual em árabe de uma antiga cidade construída por Akhenaton para funcionar como a nova capital do Antigo Egito durante o reinado do faraó  Akhenaton (também conhecido como Amenhotep IV ou Amenófis IV), que naqueles tempos era chamada de Akhetaton (“O Horizonte de Aton”) em homenagem a ATON, a principal divindade adorada pelo faraó. Está situada na margem oriental (Leste) do rio Nilo na província egípcia de Al Minya, a cerca de 312 quilômetros a sul da cidade do Cairo.

As ruínas da cidade de Akhetaton, hoje Tell el Amarna, o projeto de um pássaro com as asas abertas, voltado para o Leste, para o local do nascimento da LUZ, do SOL, de ATON exatamente como Brasilia, também voltada para o Leste, onde surge o Sol e com traçado semelhante a um pássaro de asas abertas, como o traçado de Akhetaton.

Abaixo e à esquerda: O projeto/desenho de Brasilia (desenho de um pássaro voltado para o leste, para o nascer do sol, como a cidade de Akhenaton.) também reproduz o símbolo máximo que representa a Alma humana, um pássaro, como a Fênix mitológica que renasce das cinzas.

Os brasileiros, em geral, desconhecem o verdadeiro significado (inclusive da sua própria existência pessoal) místico que envolve a construção de nossa Capital Federal, Brasilia. Existiriam mistérios e segredos, véus a serem desvelados? Quais teriam sido os fatores determinantes para a construção de Brasília?


O “pássaro de Brasilia”, 
voltado para o nascer do Sol, 
o Leste, projeto semelhante ao de Akhetaton

Brasília, através de sua bela arquitetura, é um livro aberto para todos nós. Mas somente aqueles que conseguirem entender o que existe oculto nas entrelinhas, onde estão as mensagens ocultas, encontrarão um grande e inestimável tesouro. 

Descobrirão, também, que um dos mais significativos acontecimentos históricos do século XX, embora nem todos pensem dessa forma, foi a construção, em pleno Planalto Central, da nova Capital do Brasil: Brasília.

A fundação de Brasília, na década de 1960, após duas grandes guerras mundiais, trouxe uma mensagem positiva e pacífica para a Humanidade. A mensagem de Brasília é tão forte que, em data de 7 de Dezembro de 1987, a Unesco a reconheceu como Patrimônio Cultural da Humanidade, é a primeira cidade moderna do mundo a receber tal título!

Por volta de 1930, Juscelino, quando ainda era um jovem estudante, viajou pelo Mediterrâneo e visitou a cidade deTell El-Amarna, a Akhetaton. Essa visita definiria parte da história de nosso País. Ali, em meio às areias quentes do deserto, surgiu a semente da cidade que, um dia, seria chamada de Brasília.

“Levado pela admiração 
que tinha por esse autocrata visionário,  Akhenaton, cuja existência quase lendária eu surpreendera através das minhas leituras em Diamantina, aproveitei minha estada no Egito para fazer uma excursão até o local, onde existira Tell El-Amarna/Akhetaton.” 


 J.K. em capa da revista norte americana TIME, significativamente COM UM SOL, no canto superior direito, sendo saudado por um indígena (raça vermelha), de fevereiro de 1956.
“…vi os alicerces da que havia sido a capital do Médio Império do Egito. A cidade media oito quilômetros de comprimento por dois de largura. À margem leste do Nilo, jardins verdejantes haviam sido plantados e, atrás deles, subindo a encosta da rocha, erguera-se o palácio do Faraó, ladeado pelo grande templo”. 

“…tudo ruínas! O grande sonho do Faraó-Herege convertido num imenso montão de pedras, semi-enterrado na areia!”  (Palavras de Juscelino em Meu Caminho para Brasília, J K, p.111)
São explicações que poucos compreenderam até agora, pois, para entendê-las, é necessário conhecer a fascinante história do próprio Faraó Akhenaton. Conhecer os fatos ocorridos no Egito há mais de três milênios. Da história da XVIII Dinastia!… Sem entendermos a história e a mensagem de Akhenaton, certas decisões de Juscelino Kubitschek ficarão envolvidas em profundo mistério.

O livro “Brasília Secreta” da egiptóloga Iara Kerns e do empresário Ernani Figueras Pimentel, publicado pela Editora Pórtico, mostra claramente essas intrigantes relações entre Akhenaton e Juscelino, bem como entre Akhetaton (a cidade sagrada) e Brasília.

“Segundo especialistas esotéricos, Juscelino e Brasília vieram nos dias atuais para iniciar um período final de consolidação da história humana, o final de um grande ciclo, ao que Akhenaton e a cidade de Akhetaton deram o início. Tanto Juscelino quanto Akhenaton construíram para o futuro, apesar de os outros faraós terem construído para os mortos, na própria visão de Juscelino.” Mas Brasilia hoje é o nosso presente e em breve assumira o seu papel no final do ciclo dessa civilização, que foi aberto por Akhenaton, há quase quatro mil anos.

Livro Brasilia Secreta
São João Melchior Bosco, em italiano Giovanni Melchior Bosco, mais conhecido como “Dom Bosco”, nasceu em 1815, na Itália, e faleceu em 1888. Ordenado pela Igreja Católica, foi canonizado em 1934.

Em 30 de agosto de 1883, Dom Bosco teve uma visão profética a respeito de uma cidade que seria construída entre os paralelos 15º e 20º, que muitos entendem como sendo Brasília: “…entre os paralelos 15º e 20º graus, havia uma enseada bastante extensa e bastante larga, partindo de um ponto onde se formava um lago…”


Nessa terra, conforme a visão de Dom Bosco, surgiria uma grande civilização, na qual jorraria leite e mel. Essas palavras proféticas influenciaram a decisão final quanto ao local onde seria instalada a nova Capital Federal do Brasil.  Mas há quem diga que a proposta de construir Brasília no interior do País teria partido de José Bonifácio de Andrada e Silva, que, em carta à Corte, em Lisboa, sugere: “Criar uma cidade central no interior do Brasil, para assento da Regência que poderá ser em 15° de latitude, em sítio sadio, ameno, fértil, e junto a algum rio navegável…”  Em 1822, a ideia de José Bonifácio de Andrada e Silva é aprovada pelos deputados brasileiros e o nome “Brasília” é sugerido por ele próprio, anonimamente um ano mais tarde.

Imagem dos dois eixos (reprodução da letra grega Chi=X equivalente ao CH, a letra inicial da palavra Cristo) de Brasilia tirada pelo fotógrafo Mário Fontenelle a bordo de um monomotor. Brasília, 1957. (Foto de Mario Fontenelle, Arquivo Público do Distrito Federal).

Juscelino decidiu realizar, no dia 4 de abril de 1955, o seu primeiro comício como candidato à Presidência da República, na ainda pequena cidade goiana de Jataí. Nessa ocasião, foi inquirido por um popular.


Uma pergunta que entrou para a História… A pergunta foi direta: era sua intenção cumprir a Constituição de 1891 e transferir a Capital do Brasil para o interior do País? Sua resposta foi dada de imediato. Em poucas palavras, o destino do Brasil e de Brasilia foi traçado…


“Cumprirei em toda a sua profundidade a Constituição e as leis. A Constituição consagra a transferência. É necessário que alguém ouse iniciar o empreendimento – e eu o farei!”

Esse foi um momento histórico para o País, pois a promessa foi cumprida à risca e no curtíssimo prazo de quatro anos. O autor da pergunta, que também passou a fazer parte da história de Brasília, foi um jovem, Antônio Soares Neto, que ficou conhecido como “Toniquinho J K”. Antônio Soares Neto, o “Toniquinho J K”, advogado. Foi agraciado com o título de “Cidadão Honorário de Brasília”.

A homenagem a “Toniquinho JK” foi justa, pois a sua pergunta teve o dom de despertar Juscelino Kubitschek para aquela que seria a grande obra de sua vida. Coincidência ou não, também quatro anos foram necessários para que Akhenaton mudasse o governo da cidade de Tebas para Akhetaton, que também foi planejada e construída em tempo recorde.


Hoje existe, em uma praça na cidade de Jataí, um memorial a Juscelino, em homenagem a esse fato histórico e decisivo para o surgimento de Brasília. Para alguns, se Juscelino é o “pai” de Brasília, Jataí, como resultado da pergunta de “Toniquinho J K”, seria a sua “mãe”.


O que Juscelino não contou para quem aplaudiu as suas palavras, naquele memorável comício em Jataí, realizado numa oficina mecânica e cuja platéia não passava de 500 pessoas, … é que ele tentaria ressuscitar a milenar Tell El-Amarna, a Cidade Sagrada do Faraó Akhenaton, e implantá-la em pleno coração do Brasil!  Brasília, a nova “Capital do Sol, de ATON”, teria a Luz brilhando no firmamento e no coração das pessoas. A “Mensagem Solar” seria transmitida através de sua ousada arquitetura. Sua posse, no cargo de Presidente da República, ocorreu em data de 31/01/1956. Começava a “era de 

Akhenaton” em solo brasileiro.

Prédio da CEB em Brasilia,
 uma pirâmide truncada (sem o topo) perfeita.

Com o início da “era de Akhenaton”, estariam à disposição dos brasileiros os fundamentos e princípios da religião Solar, que teve o seu apogeu na Cidade Sagrada de Akhetaton. Um chamamento para os “Filhos do Sol”!  A construção de Brasília, fruto da visita de Juscelino às ruínas de Tell El-Amarna, marcou, de forma consciente ou não, o início desse notável período de nossa história.

Juscelino, com certeza, foi o instrumento adequado para dar início a um projeto que começa a se tornar mais e mais compreensível nos dias atuais. Com a eleição de Juscelino Kubitschek à Presidência da República, o arquiteto Oscar Niemeyer foi convidado para projetar a nova Capital do País. Niemeyer aceitou desenhar os edifícios governamentais, mas sugeriu um concurso nacional para traçar os planos urbanísticos de Brasília, que foi vencido por Lúcio Costa.

Entre os edifícios de Brasília desenhados por Niemeyer estão: o Congresso Nacional, os Palácios da Alvorada, da Justiça e do Planalto, a Catedral, a Universidade de Brasília, o Teatro Nacional e o Memorial J K. O arquiteto Lúcio Costa nasceu em Toulon, França, em 27 de fevereiro de 1902, filho de brasileiros em serviço no exterior. Após retornar ao Brasil, em 1917, estudou pintura e arquitetura na Escola Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro, diplomando-se em 1924.


Cristal do topo e do centro da Pirâmide da LBV em Brasilia.
Em 1957, venceu o concurso nacional para a elaboração do Plano Piloto de Brasília, tendo em mente uma cidade que seria, intencionalmente, uma obra de arte. Os primeiros esboços de Lúcio Costa. O Plano Piloto de Brasília deveria partir de uma cruz – o “sinal da Cruz”. Segundo historiadores, essa cruz deveria corresponder a um ato de posse da terra.

Conforme havia prometido, Juscelino Kubitschek diz à Nação em data de 21 de abril de 1960: “Neste dia – 21 de abril – consagrado ao alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, ao centésimo trigésimo oitavo ano da independência e septuagésimo primeiro da República, declaro, sob a proteção de Deus, inaugurada a cidade de Brasília, Capital dos Estados Unidos do Brasil“.


A simplicidade dos esboços de Brasilia feitos por Lúcio Costa e que venceu o concurso do projeto.

Todas essas pessoas, Juscelino Kubitschek, Dom Bosco, José Bonifácio, Tiradentes, Lúcio Costa, Oscar Niemeyer e aquele jovem de Jataí, Antônio Soares Neto (Toniquinho J K), foram instrumentos para a realização do grandioso sonho: a criação de uma Capital do Sol, Brasília.

Uma Capital dedicada ao Sol, solar… É isto que, na verdade, a Capital do Brasil representa. Tudo nela foi projetado em função das Tradições Solares do Antigo Egito.  A primeira fonte a ser examinada é Ísis, esposa do deus Osíris. Ísis foi a mais amada de todas as divindades femininas do Egito.

Além disso, no plano arquetipal, é de um simbolismo poderoso. Das asas de Ísis poderia ter surgido a inspiração para as duas asas de Brasília, cujo eixo está alinhado com o nascer (leste) e pôr-do-sol (oeste). O eixo central de Brasília é uma linha que divide a América do Sul em duas partes iguais.

  Carlos Alves denominou o desenho de Brasília como o “Grande Pássaro da Paz”. O eixo de Brasília seria a “Linha de força para o rumo no vôo do Grande Pássaro”. “A figura do ‘Grande Pássaro‘ ou mesmo Nave, como muitos mencionam, é moldada pela geometria do Lago Paranoá. A silhueta do lago é o forno, uma espécie de útero que cria e dá forma à Nave. O ninho criador.”

Abaixo à esquerda, imagem  da Grande (Padroeira) e Mãe do Egito, a ÍSIS NEGRA, a Grande Mãe (da Luz e de todos os sóis) Cósmica e Mãe de Hórus (ÍSIS, é o principio gerador- o Santo Graal – feminino  da divindade e também era adorada pelos Cavaleiros Templários). 

Ao seu lado imagem de  uma estátua de UMA MULHER também NEGRA, da Padroeira e Protetora do Brasil,  N. Senhora Aparecida.

Notar em ÍSIS a figura do triângulo com base para cima e o vértice para baixo formado pelas mãos de ÍSIS: o Símbolo do Triângulo equilátero feminino da energia da Deusa, com o ponto central de LUZ (energia que vela pelas terras brasileiras) E DA GERAÇÃO DA LUX, A ENERGIA QUE É A MATRIX da luz, do universo e do nosso planeta Terra. 

ÍSIS (em egípcio: Auset): foi uma deusa da mitologia egípcia, cuja adoração se estendeu por todas as partes do mundo greco-romano. Foi cultuada como modelo da mãe e da esposa ideais, protetora da natureza e da magia e a  FONTE REAL DO PODER DO FARAÓ. Era a amiga dos escravos, pescadores, dos artesãos, dos oprimidos, assim como a que escutava as preces dos opulentos, das donzelas, aristocratas e governantes. Ísis é a deusa da maternidade e da fertilidade.

Brasilia, a Fênix, o pássaro de asas abertas em voo que simboliza a Alma imortal em evolução dos seres humanos.



Carlos Alves. O “Grande Pássaro da Paz”, “ÍSIS Alada, a Grande Mãe” ou o seu filho, Hórus, o “Deus-Falcão”, são diferentes denominações para um mesmo desenho no coração do Brasil.

Esta seria uma poderosa mensagem de paz e esperança não só para os brasileiros, mas para toda a Humanidade, pois o “Grande Pássaro da Paz” circunda, com seu voo, a Terra.
O simbolismo de Brasília revela muitas facetas enigmáticas. Mas uma é clara e evidente: o Solstício de Verão do hemisfério Sul, a grande Festa Solar.“O Solstício de Verão (SV) ocorre nas proximidades do Natal, entre os dias 21 e 22 de dezembro. O hemisfério sul recebe uma grande insolação (dia mais longo do ano) nesse dia do ano e é o começo da estação do verão.”

No Solstício de Verão, no Hemisfério Sul, o Sol posiciona-se exatamente sobre o trópico de Capricórnio. A arquitetura do Congresso Nacional com seus dois pratos mostra em um a captação da energia telúrica da mãe Terra/Gaia e no outro a captação da energia cósmica e SOLAR de Aton (VER FOTO DO CONGRESSO E SEUS DOIS “PRATOS” abaixo). A rampa é uma forte herança dos palácios egípcios. O que vemos aqui é uma simbologia esotérica, claramente reconhecível por qualquer pesquisador.

O Templo de Deir Al-Bahari.


O Templo mortuário de Deir Al-Bahari, da Rainha Hatshepsut, em Tebas, a cidade de Amon, hoje conhecida como Luxor. As suas rampas e colunas frontais teriam servido de modelo para a fachada do Congresso Nacional?

O Sol nasce entre os dois edifícios a cada aniversário da cidade, em 21 de abril, mostrando um exato alinhamento astronômico no sentido Leste/Oeste do Eixo Monumental que foi calculado minuciosamente. Mas o Sol se põe, diariamente, no lado oposto, atrás do Memorial de Juscelino. O alinhamento com o Sol e estrelas era essencial na construção das pirâmides e catedrais da Idade Média, assim como é encontrado em todas as construções sagradas do mundo antigo, em todas as culturas. Não foi diferente em Brasília.

O Congresso Nacional em Brasilia e suas duas torres que lembram o formato da “letra H” (símbolo do elemento Hidrogênio…), os dois “pratos”, um captando a energia cósmica e o outro a energia telúrica, duas forças que em breve atuarão com muito maior intensidade no país.


Outra fonte de inspiração: o Templo de Luxor, Karnak. Os dois obeliscos teriam inspirado os arquitetos para construir as duas torres do Congresso Nacional? Alameda no Templo de Luxor. As estátuas guardiãs (pequenas esfinges) teriam servido de modelo para o posicionamento dos ministérios ao longo do Eixo Monumental e com o Congresso Nacional, com o “Templo do Sol e da Lua”, ao fundo? 


 
 As Esfinges de Luxor 

A arquitetura do Teatro Nacional, idealizado por Oscar Niemeyer, mostra, com clareza, as formas de uma pirâmide truncada. 
Teatro Nacional de Brasilia, uma Pirâmide Truncada

O Palácio da Alvorada, que poderia ser chamado de “Palácio do Sol Nascente”, é a residência oficial do Presidente da República. 

A residência do presidente do Brasil o Palácio da Alvorada
Tantos significados de natureza mística e esotérica só podem nos levar à uma outra conclusão: Lúcio Costa e Oscar Niemeyer teriam de saber perfeitamente a verdadeira motivação de Juscelino. Foi, em realidade, um sonho compartilhado entre as Almas desses três personagens da história de Brasília.

Hoje, podemos perceber que o sonho faraônico de Juscelino Kubitschek concretizou-se. Até mesmo uma pirâmide mortuária foi construída para acolher seus restos mortais – a sua “múmia”. Seu túmulo, na mais pura tradição faraônica, fica acima do solo, inteiramente talhado em pedra.

 Para concluir, a seguir vê-se um segmento de uma espiral do ADN humano, a base da vida material. Um dos mais recentes símbolos de Brasilia é uma nova ponte, a Ponte J.K. que inclusive já foi eleita como a mais bela ponte do planeta e que também é carregada de simbolismo de uma nova era, de um renascimento da raça humana, do surgimento de uma RAÇA DOURADA, dos Filhos do Sol, da LUZ, solar por natureza, por tantos profetizada nos últimos milênios e que deverá surgir justamente no planalto Central do Brasil cuja cidade principal é Brasilia.

 Segmento da hélice do DNA humano,
Esse novo símbolo de Brasilia, essa ponte nada mais é do que uma cópia de um segmento do ADN humano, “com suas fundações dentro da água”, e no útero da Mãe Terra/Gaia que vai gerar esta nova raça.

Se olharmos esta ponte utilizando imagens do Google Earth veremos que ela esta posicionada exatamente no bico de um pássaro gigantesco desenhado pelo solo da cidade às margens do Lago Paranoá, mais um outro simbolismo…

A seguir, a Ponte J.K. e seus Três segmentos de ADN, imersos na “ÁGUA”. O último símbolo do surgimento de uma nova raça humana, a sétima raça raiz, a raça dourada, solar, dos Filhos da Luz, da Grande Mãe Cósmica ÍSIS, que surge no Brasil, centrada no Planalto Central e região Centro Oeste, sendo Brasilia uma cidade predestinada a ser um farol para a humanidade, assim que estiver liberta de um bando de corruptos que teimam em resistir à evolução e em breve serão “removidos”. 

ALGUMAS PROFECIAS SOBRE A PREDESTINAÇÃO do BRASIL:
Uma Profecia Tibetana feita à +/- 1200 anos

“Quando o pássaro de ferro voar e os cavalos correrem sobre rodas, os tibetanos serão espalhados como formigas através do mundo e o Dharma (A Lei Divina) chegará à terra do Homem Vermelho.”(os índios sul-americanos e do Brasil, a raça vermelha)
Padma Sambhava, mestre indiano do Século VIII, que levou o budismo ao Tibet, fundador do primeiro mosteiro tibetano.

A visão de João Belchior Bosco (DOM BOSCO) que nasceu ao norte da Itália, em 1815. Em 1841 é ordenado sacerdote, iniciando-se uma bela careira, tendo sido ele o fundador da Ordem dos Salesianos. Faleceu em Turim aos 72 anos de idade. Em 1934 é canonizado pelo Papa Pio XI. Vários foram os sonhos proféticos de Dom Bosco, que por diversas vezes previu a morte de personalidades. Em 1883 Dom Bosco teve um sonho profético, devidamente registrado em suas anotações. Neste, ele viajava por toda a América do Sul. Mas o principal desta profecia é o que seria referente ao planalto central brasileiro:

… “Eu enxergava nas vísceras das montanhas e nas profundas da planície. Tinha, sob os olhos, as riquezas incomparáveis dessas regiões, as quais, um dia, serão descobertas. Eu via numerosos minérios de metais preciosos, jazidas inesgotáveis de carvão de pedra, de depósitos de petróleo tão abundantes, como jamais se acharam noutros lugares. Mas não era tudo. Entre os graus 15° e 20°, existia um seio de terra bastante largo e longo, que partia de um ponto onde se formava um lago (Lago Paranoá em BRASILIA). E então uma voz me disse, repetidamente:

 ‘Quando vierem escavar os minerais ocultos no meio destes montes, 
surgirá aqui a Terra da Promissão, fluente de leite e mel.
 Será uma riqueza inconcebível’.”
Observa-se que entre os graus 15° e 20°, na América do Sul, há pequenos trechos de terra do Peru e do Chile, algo da Bolívia e grande extensão de terra brasileira, onde se encontra Brasília e o LAGO PARANOÁ. A tradução acima desta profecia foi de Monteiro Lobato.

Profecia do Maha Chohan do RAIO AZUL,  El Morya Khan (um Mestre Ascencionado)
“Os peregrinos que buscam o caminho e a iluminação espiritual serão doravante conduzidos para a América do Sul, como foram anteriormente para o Oriente.“
Profecia proferida em 1957 por El Moria Khan, um dos Mestres Espirituais da Grande Fraternidade Branca, que orientou H.P.Blavatski, Fundadora do moderno Movimento Teosófico.
Profecia do 13º Dalai Lama Tibetano:
“No Ano do Tigre e da Terra (1950) a religião e a administração secular do Tibete serão atacadas pelas forças da Fênix Vermelha (O Tibet foi invadido pela China comunista em 1950). O 14º  Dalai Lama e o Panchen Lama serão vencidos pelos invasores. As terras,as propriedades dos mosteiros lamaístas serão distribuídas. 

Os nobres e as altas personalidades do estado terão suas terras e seus bens confiscados e serão obrigados a servir às forças invasoras. Contudo a grande luz espiritual que há séculos brilha sobre o Tibete não se apagará. Ela aumentará, difundir-se-á e resplandecerá nas Terras da América do Sul e principalmente nas Terras de O Fu Sang ( o BRASIL), onde será iniciado um novo ciclo de progresso com a nova sétima raça dourada.”  

A profecia foi feita e registrada antes de 1924, ano do falecimento do Dalai Lama.

SOBRE O ATUAL SISTEMA POLÍTICO EXISTENTE:
“Estes líderes corruptos cairão. Vocês terão uma liderança política nova se desenvolvendo lentamente, chegando até vocês por toda a Terra, onde há uma nova energia de consideração com o público. “Isto é muito para pedir na política, Kryon.” 
Mas observem isto. Este é apenas o início desta última fase. Assim muitas coisas estão chegando. O próximo está relacionado a isto, pois um país enfermo não pode sustentar uma liderança de elevada consciência. Há muita oportunidade para o poder e a ganância“-  KRYON.

- Cavaleiros da Cruz Solar até os portões do inferno
 lutará este homem para do universo conservar a ordem ?
- Certamente. É um Cavaleiro da Cruz Solar !
- Pode ele usar um emblema sobre o coração a nos contar a todos que venceu a provação ?
- Ele tem o direito. É um Cavaleiro da Cruz Solar !
- Será seu cálculo preciso para pilotar sua nave rumo ao paraíso ?
- Um anjo escoltará seu voo. É um Cavaleiro da Cruz Solar ! 
(O que vivifica o Espírito não tem homem como autor.)  
"Brasília é construída na linha do horizonte. Brasília é artificial. Tão artificial como devia ter sido o mundo quando foi criado. Quando o mundo foi criado, foi preciso criar um homem especialmente para aquele mundo... A criação não é uma compreensão, é um novo mistério... Olho Brasília como olho Roma: Brasília começou com uma simplificação final de ruínas. A hera ainda não cresceu." (Clarice Lispector, Os primeiros começos de Brasília, 1962)



As emoções de Clarice Lispector ao visitar Brasília em seus inícios – uma cidade constituída em tempo real, ainda uma maquete em tamanho natural – nos conduzem para uma reflexão peculiar: o nascimento de uma nova cidade. Mas seria Brasília ainda hoje uma cidade nova? Ou, caso aceitemos como parâmetro os atributos propostos por Ricardo Trevisan para caracterizar uma “cidade nova”, será que ela se enquadra nesta classificação? Diante das dúvidas, melhor apresentar logo tais atributos, tentar explicar suas conexões, ver como se articulam naquilo que se poderia chamar o “DNA das cidades novas”. Então, vejamos...
Em sua tese de doutorado, dedicada à discussão de uma base conceitual para abordar a questão, Trevisan estabelece seis atributos, ou genes, que qualificariam uma cidade como um espécime desta tipologia urbanística. Atributos que levam à criação de uma cidade em um dado contexto político, econômico, social e/ou cultural. Para ele, devem ser considerados “cidades novas” aqueles núcleos urbanos: 1) criados pela vontade do poder público ou da iniciativa privada, graças a ações específicas;2) para atender, ao menos em intenção e de início, a uma ou mais funções essenciais;3) implantados em sítio previamente escolhido;4) a partir de um projeto urbanístico; 5) de autoria de agentes definidos, eventualmente profissionais especializados; e, por fim,6) construídos em parcela significativa num limite temporal, implicando inclusive em um momento de fundação razoavelmente preciso (2).
Desejo, razão de ser, lugar, agentes, projeto e tempo, seis genes inseparáveis, por sua vez articulados, em cada episódio, à longa duração do tempo maior da urbanização. Um desses episódios, sujeito a circunstâncias e contingências próprias, talvez seja a cinquentenária Brasília. Examinemos nosso espécime sob tal lupa.

Esquema do DNA de uma CN: seis genes (desejo, função, lugar, profissional, projeto e tempo) alinhavados pelo tempo histórico

[fonte: TREVISAN, Ricardo. Cidades Novas. Tese de doutorado: FAU-UnB, 2009]
O desejo
Muitos são os interessados possíveis na gênese de uma cidade nova, em um leque que vai da esfera pública aos negócios privados. Não há como negar que Brasília contou com a vontade, para além da impessoalidade do poder público, de uma personalidade em posição de autoridade empenhada em sua concretização. Embora sonhada desde há muito, embora muito trabalho anterior já executado com vistas à sua construção, foi Juscelino Kubitschek de Oliveira que, em sua campanha presidencial, em 1955, estabeleceu a transferência da capital federal para uma nova sede no interior do país como um compromisso central de seu programa de governo, o Plano de Metas. Empossado Presidente da República no ano seguinte, logo agiu no sentido de garantir instrumentos para cumprir o compromisso – no caso, a sua aprovação política e a criação do braço executivo do empreendimento, a Novacap. Pela maior parte de seu mandato nele esteve engajado; e pode, ainda, ter o privilégio de inaugurar Brasília e dela dirigir a nação no último ano do seu governo.
A razão de ser
Inúmeras motivações podem levar à criação de um núcleo urbano ex nihilo, as mais óbvias sendo necessidades administrativas, de defesa, de colonização, de exploração ou de relocação. Há ainda infindáveis porquês fortuitos, isolados ou em conjunto, como a adequação de uma barra para se tornar um porto ou de uma margem de rio para a implantação de uma indústria, as qualidades balneárias ou paisagísticas de um sítio, a extensão de uma rede ferroviária ou rodoviária, a previsão de crescimento de uma metrópole por meio de expansões satélites, e assim por diante.
Uma cidade criada com um único propósito geopolítico, a ocupação mais equilibrada do território do país. Assim foi com Brasília, pensada para abrigar a sede governamental da Nação, a ser transferida de sua antiga base litorânea, o Rio de Janeiro. Função dominante rebatida no plano urbanístico por espaços diferenciados, pensados sob medida para receber uma arquitetura representativa desse status de excepcionalidade. E aqui, ainda que nova, seus eixos e sua esplanada magna se valem de artifícios imemoriais, quase atemporais, para a expressão do poder.
O sítio previamente escolhido
No caso do nosso exemplar, a escolha de seu sítio tem história curiosa. Ainda nos tempos coloniais, o Marquês de Pombal já vislumbrava o Brasil como possível sede do império português, Portugal tão escasso em suas dimensões e recursos. A colônia se tornaria a metrópole, e a sua capital deveria ter a centralidade que as estratégias de defesa de então recomendavam. Daí em diante, por uns bons dois séculos, com maior ou menor ardor, o debate esteve focado sobre onde ficaria este propício local. Uma escolha mais ponderada começa a ser feita em 1892, quando uma equipe de cientistas e técnicos chefiados pelo astrônomo Luiz Cruls, daí seu nome – Missão Cruls, é encarregada de delimitar a área do futuro Distrito Federal no centro geográfico do território brasileiro, em pleno planalto central (3). Isso feito, um dos membros, o botânico Auguste François Marie Glaziou, em 1893 descreveu para seu chefe qual, no interior da extensa área, a seu ver seria o melhor sítio: “um vastíssimo vale banhado pelos rios Torto, Gama, Vicente Pires, Riacho Fundo, Bananal e outros...” (4)

Quadrilátero Cruls, com Retângulo Belcher e Distrito Federal definitivo

[fonte: Relatório Cruls]
Aos poucos, contudo, a sugestão foi sendo esquecida. Voltando à pauta a transferência da capital no segundo pós-guerra, na década de 1950 é retomada a questão premente e específica do sítio da futura capital. Estudos sofisticados de foto-interpretação, feitos a partir de igualmente sofisticado levantamento aerofotogramétrico da região – isto, evidentemente, considerando-se os recursos técnicos de então – vão levar à escolha definitiva em 1955: “o extenso chapadão, circundado, a nordeste, pelos vales do Rio Torto e do Córrego Bananal e, a sudeste, pelo Ribeirão do Gama e Riacho Fundo” (5). Mais de meio século depois, o mesmo sítio... O que, apesar de novelesco, não deixa de ser também garantia de uma boa escolha!
A sua posse seria simbolicamente marcada pela cruz riscada no chão pelo urbanista, a pouca distância do que viriam a ser as margens de um lago artificial, o Paranoá, formado pelo represamento dos rios da região. Mais um esquecido conselho poético e acertado de Glaziou  na mesma carta lá de 1893: “Além da utilidade de navegação, o cunho de aformoseamento que essas belas águas correntes haviam de dar à nova Capital, despertariam certamente a admiração de todas as nações.”

Planta de Planópolis
O projeto urbanístico e sua arquitetura

Razão de ser secularmente decidida, sítio duas vezes escolhido, vontade inquebrantável de um presidente, é chegada a hora da materialização. E entre aquelas circunstâncias muito particulares do nosso exemplar, mais uma curiosidade: Brasília teve arquiteto antes de ter urbanista, teve palácio antes de ter plano (6). A exitosa associação de Juscelino Kubitschek e Oscar Niemeyer nos leva mesmo a imaginar que talvez o aspirante a presidente tenha se comprometido com a aventura pela confiança que depositava em seu parceiro de longa data. Diante da recusa do arquiteto de se responsabilizar pelo todo do empreendimento, em 1956 foi aberto concurso para a escolha do projeto urbano da cidade. No ano seguinte, insigne júri internacional selecionou a proposta de Lúcio Costa.
A até então apenas vislumbrada Brasília passava a contar com um projeto urbanístico todo próprio, o seu “plano piloto”, do consagrado arquiteto e urbanista Lúcio Marçal Ferreira Ribeiro Lima Costa. Formado pela Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro em 1923, quando lá estava no auge o tradicionalismo, movimento propugnador do estilo neocolonial, a ele se afiliou como mostram seus primeiros trabalhos. No entanto, poucos anos depois Costa seria protagonista na constituição de uma arquitetura moderna brasileira, tais reviravoltas de sua trajetória em muito auxiliando para um entendimento de seu projeto para Brasília.
E este pode ser entendido como fruto dos recursos da composição monumental e, simultaneamente, um campo de experimentação para as mais avançadas teorias urbanísticas então em voga. Tradicional e modernista, um plano invulgar que marcou época, que por sua vez influenciou outras “cidades novas”, precocemente reconhecido como de valor universal.
Mas não só de urbanismo se faz uma cidade. A sua arquitetura mais excelsa ficou a cargo de Oscar Niemeyer Soares Filho, cuja trajetória profissional também é elucidativa da sua produção brasiliense. Igualmente formado na Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, todavia lá estudou em momento muito diferente, quando a adoção dos fundamentos do movimento moderno já ia avançando, mesmo que permanecesse muito dos valores acadêmicos. Não há oscilações em sua carreira: começou modernista em 1934, assim era em 1956. E no cerne do modernismo, sempre foi seduzido pela plástica das formas, inclinação nada contraproducente dada a tarefa de que havia sido encarregado: aquelas edificações expressivas do poder em uma sede de governo, os seus palácios e os seus mais importantes prédios administrativos. É a ele – tendo a seu lado o engenheiro calculista Joaquim Cardozo – que Brasília deve a maior parte de seus cartões postais: o Palácio da Alvorada; a Praça dos Três Poderes – e nela o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal; os edifícios ministeriais – com destaque para o Ministério das Relações Exteriores e o da Justiça; a Catedral Metropolitana. Trabalhador incansável, não se restringiu aos programas nobres; fez de tudo, casinhas e mansões, escolas, cinemas, superquadras, um sem fim de projetos em um mísero punhado de anos.
Muitos atores
Urbanismo e arquitetura em tal quantidade, com tal qualidade e em tão pouco tempo só foi possível graças a outros abnegados e indispensáveis agentes. Na urbanística, sob a coordenação de Augusto Guimarães, trabalham Jaime Zettel, Adeildo Viegas, Sérgio Porto, Maria Elisa Costa e Harry Cale. Na arquitetura, sob a supervisão de Nauro Esteves, vamos encontrar Ítalo Campofiorito, Sabino Barroso, Glauco Campello, Glauss Estelita, Sérgio Porto, José de Sousa Reis. E tantos mais, como Ana Maria de Niemeyer Soares, Stélio Seabra, Flávio d'Aquino, Paulo Magalhães, Gladson da Rocha, Cezar Barney, Helio Uchoa, Milton Ramos, Elvin Dubugras, Carlos Magalhães, José Zanine Caldas, João Filgueiras Lima, Eduardo Nigri, João Henrique Rocha, Ney Fontes Gonçalves e Carlos Vasconcelos Naves. No paisagismo, lembremos apenas Roberto Burle Marx. E quantos artistas! Mas sejamos breves, concentrando a memória em Athos Bulcão.
Para além desses, há muitos outros personagens igualmente importantes para o enredo. A crônica não esqueceu heróis desbravadores, como Bernardo Sayão, ou administradores de destaque, como Israel Pinheiro e Ernesto Silva. Ou empresas construtoras, como a Rabello, Civilsan, Coenge, Engemac, Empresa Brasileira de Engenharia, Pederneiras, e seus também incansáveis engenheiros. Por fim, há aqueles que deveriam ser lembrados em primeiro lugar, antes de todos: a multidão de trabalhadores – não meros figurantes, porém os verdadeiros construtores da cidade –, os quais ficaram, como de praxe, quase sempre anônimos.
Listas são incompletas e seguramente injustas; deixemos a responsabilidade para um emérito historiador de Brasília, Adirson de Vasconcelos, que se encarregou do assunto nas mais de mil páginas do seu Os pioneiros da construção de Brasília (7).
Um tempo exórdio
Se a cidade natural, espontânea, é fruto de uma formação lenta, ao sabor de eventos favoráveis ou adversos, à sorte de variadas conjunturas, a “cidade nova” surge como que repentinamente, em um momento relativamente preciso frente à extensão que poderá vir a ter a sua história. E mesmo que seu definitivo processo de sedimentação dure anos ou séculos, o preâmbulo de uma cidade nova é sempre a expressão de circunstâncias imperativas em uma situação crucial, não podendo deixar de marcá-la ao menos por um período expressivo de sua existência.
Em Brasília identificamos tal tempo mesurado – dependendo de como se faz a contabilidade, meros quatro anos, no máximo uma década: a gestação das primeiras infraestruturas e da escolha de seu plano até a sua razoável implantação e mínima ocupação; a inauguração oficial a 21 de abril de 1960, por mais precárias que fossem então as suas condições; e aqueles primeiros passos de vida, ainda incertos, quando começa a ser de fato Capital.
A longa duração
Se ficam assim revelados em Brasília aqueles atributos que entendemos qualificar as “cidades novas”, podemos argumentar que o nosso espécime é uma cidade duplamente nova – nova por seus genes e nova por ter apenas cinquenta anos de existência, o que é pouco em termos de urbanização. Contudo, enquanto anseio e imaginação, há um antes. Pelo avesso, Brasília é também uma velha cidade, pensada e repensada por mais de três séculos, algumas vezes até mesmo desenhada – com planos mais ou menos viáveis, planos marcados pela diversidade de formulações e interpretações antes de seu risco definitivo.
Cidade política por excelência, os seus primeiros anos foram instáveis, quase virou uma ruína de sua incompletude. Porque, se há um antes, há também um depois em uma “cidade nova”, um desenvolvimento que pode ou não ocorrer, uma maturidade com identidade própria que pode ou não ser alcançada. Um depois auspicioso, um futuro modesto ou mesmo um total fracasso.
Até aqui, em sua curtíssima longa duração, o que é certo, o que está aí para ser verificado, é a sua condição inquestionável de Capital do Brasil, é a sua contribuição para a integração do território nacional dada a sua centralidade, é a sua posição entre as principais metrópoles do país. E é o fato de que hoje é bem mais do que aquela “cidade nova” de 1960, aquele experimento urbanístico e arquitetônico planejado para a perfeição.notas

1

Nossos agradecimentos para os estudiosos das coisas brasilienses de cujos labores nos valemos, entre eles Aldo Paviani, Frederico de Holanda, Conceição Freitas e os parceiros Geraldo Nogueira Batista, Dionísio França, Chico Leitão, Jeferson Cristiano Tavares, Ana Paula Barros de Ávila, Pedro Paulo Palazzo, Cristiana Garcia, Paulo Roberto Alves dos Santos, Andrey Schlee, Marília Pacheco Machado, Mara Souto Marquez, Jusselma Duarte de Brito e Jorge Guilherme Francisconi.

2

TREVISAN, Ricardo. Cidades novas. Brasília: Tese de doutoramento, FAU UnB, 2009.

3

Para maiores informações sobre a Missão Cruls ver: CRULS, Luiz. Relatório da Comissão Exploradora do Planalto Central do Brazil. Rio de Janeiro: H. Lombaerts, 1894. (edição fac-símile, Brasília: Codeplan, 1987); COMISSÃO DE ESTUDOS DE ESTUDOS PARA A LOCALIZAÇÃO DA NOVA CAPITAL DO BRASIL. Relatório Técnico. Rio de Janeiro: sem ed., 1948. 4 v.; FICHER, Sylvia et alii. Brasilia: la historia de un planeamiento. In: Rodríguez i Villaescusa, Eduard, e Figueira, Cibele Vieira A (orgs.). Brasilia 1956 > 2006, de la fundación de una ciudad capita, al capital de la ciudad. Lleida: Milenio, 2006. p. 55-97.

4

GLAZIOU, Correspondência a Luiz Cruls, 1893. In: SILVA, Ernesto. História de Brasília: um sonho, uma esperança, uma realidade. Brasília: Linha Gráfica Editora, 1999. 4ª edição. pp. 295-96

5

ALBUQUERQUE, José Pessôa Cavalcanti de. Nova metrópole do Brasil: relatório geral de sua localização. Rio de Janeiro: Imprensa do Exército, 1958. p. 114.

6

O projeto do Palácio da Alvorada foi encomendado por Kubitschek diretamente a Niemeyer. O seu projeto definitivo é de dezembro de 1956; contudo, o edital do concurso, publicado em setembro daquele ano, já fazia menção à sua localização, às margens do Lago Paranoá. De fato, o edifício já estava em obras quando da divulgação do resultado do concurso, em março de 1957.

7

VASCONCELOS, Adirson. Os pioneiros da construção de Brasília. Brasília: Edição do Autor, 1992, 2 v.
sobre os autores
Sylvia Ficher, Profa. Dra. da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília
Ricardo Trevisan, Prof. Dr. do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Goiás
 Originalmente publico em Setembro de 2012.
Mais informações em: 
http://thoth3126.com.br/brasil-portugal-e-os-cavaleiros-templarios/
http://thoth3126.com.br/uma-visao-pessoal/
http://thoth3126.com.br/brasil-512-anos-de-misterios/
http://thoth3126.com.br/brasil-o-territorio-sagrado-para-a-deusa-e-seus-filhos/
http://thoth3126.com.br/brasil-e-o-mapa-de-piri-reis/
http://thoth3126.com.br/terra-de-ofir-o-rei-salomao-no-brasil/
Permitida a reprodução, desde que mantido no formato original e mencione as fontes.

Fontes
www.thoth3126.com.br
Portal Brasil 
Enviado em 12 de abr de 2010-Licença padrão do YouTube
Sejam felizes todos os seres Vivam em paz todos os seres.
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