Por Dentro dos Métodos de Controle Mental
que o Estado Islâmico Utiliza Para Recrutar Adolescentes
Ilustração por Imogen Reeve
Foi noticiado que pelo menos 1.600 pessoas do Reino Unido deixaram o país para se unir ao Estado Islâmico. Alguns são adolescentes e, entre os fugitivos mais famosos – como o trio da Bethnal Green Academy —, há também meninas, arrancadas de famílias felizes e equilibradas. Então o que leva esses recrutas a quererem deixar tudo isso para trás para se jogar em um mundo de conflito e violência?
Geralmente, a extrema dedicação ao califado parece repentina e surpreende amigos e familiares. No entanto, muitas vezes é atribuível a uma campanha de persuasão pela internet, mais longa do que se acredita a princípio. A lealdade tem menos a ver com uma adesão à vertente radical e apocalíptica da religião do Estado Islâmico e mais com técnicas avançadas de convencimento, parecidas com aquelas vistas em cultos como Children of God (os "Meninos de Deus"),Heaven's Gate e People's Temple (o Templo dos Povos).
Para entender isso melhor, conversei com Steven Hassan, ex-membro da Igreja da Unificação dos Estados Unidos e autor de Combating Cult Mind Control (Combatendo o Controle Mental dos Cultos, em tradução livre), sobre os métodos que o Estado Islâmicoutiliza para conquistar o controle absoluto sobre alguns jovens muçulmanos da Grã-Bretanha.
Soldados do Estado Islâmico na fronteira da Síria com o Iraque.
Tá.
O controle mental é muito mais sutil. É mais provável que você seja seduzido pelo recrutador – se não sexualmente, pelo emocional. Você o considera seu amigo ou mentor, ou alguém que admira. Então tem muito mais uma sensação do que chamo de ilusão da escolha, ou ilusão do controle. E, nesse sentido, a doutrinação é mais sutil e profunda, porque há mais uma sensação de posse compartilhada das novas crenças.
O que acontece quando falamos sobre o tipo de influência que o Estado Islâmico lança mão pela internet?
O ISIS inicialmente faz uma campanha sutil e sofisticada, o que chamamos de "período de sedução da persuasão", em que acontece um bombardeio de amor e adulação, do tipo "o que podemos fazer por você?". Mas assim que conseguem cativar [um recruta], ameaçam sua vida, ameaçam matar a família, e se você sair, "te matamos, vamos atrás da sua família e matamos toda ela também".
As meninas do Reino Unido que são recrutadas
muitas vezes são inteligentes e estudiosas.
Os métodos de controle mental não são afetados pela inteligência?
Um conceito chave é que não são escolhas esclarecidas. As pessoas não sabem exatamente com o que estão se envolvendo. Elas recebem o suficiente de informação para formular uma fantasia ou expectativa. Assim como o meu grupo [os "Moonies", seguidores do reverendo Moon] –, eu achava que acabaríamos com a pobreza, a guerra e a criminalidade e criaríamos um reino ideal do paraíso na Terra. Essa foi a fantasia que me venderam inicialmente. Não era um grupo religioso, de forma alguma. E em duas semanas, percebi que estávamos todos nos curvando diante de um altar, rezando para Deus ajudar o messias a dominar o mundo e falando em coreano. Só dois anos depois descobri que teríamos que matar todo mundo que não se convertesse – e é exatamente isso que o ISIS está fazendo.
"É fácil dizer que esses terroristas suicidas são doentes,
psicopatas, criminosos. Mas se você for ver quem eles eram antes de serem recrutados, muitos eram pessoas boas e éticas, vindas de bons lares e com boa educação."
Existe um estigma feroz com relação às pessoas que se radicalizaram. Isso é justo? Para quem está olhando de fora, parece que as pessoas estão tomando decisões muito ruins, ou que tem alguma coisa muito errada com elas para se envolverem com uma coisa que é obviamente estranha. Mas se você entra na mente de uma pessoa que está sendo recrutada, é a típica ciência da psicologia social – que botões se deve apertar para ativar a motivação, a curiosidade e o interesse delas. E o que esses grupos querem essencialmente são pessoas que têm vontade de ser melhores, ou de fazer do mundo um lugar melhor, de um jeito ou de outro.Qual é a sua experiência com táticas de doutrinação?
Quando fazia parte dos Moonies, eu era um grande recrutador e doutrinador. O modelo que me foi ensinado era o das quatro partes: as pessoas se dividem entre aquelas que pensam, sentem, fazem ou creem. Então, quando você fala com alguém que pretende converter, é preciso analisá-la. Porque, se for uma pessoa que pensa, você vai falar com ela de um jeito muito intelectualizado, envolvê-la de uma forma muito abstrata. Se for uma pessoa que sente, deve fazê-la se sentir amada, como parte de uma comunidade; é um discurso muito voltado para o emocional. Se for alguém muito focado na justiça, você fala sobre salvar vidas, proteger as crianças, lutar contra o mal e os inimigos que oprimem o nosso povo. Ou, se é alguém que crê – Deus escolheu você. Em um dado momento da sua vida, dependendo do contexto e quem está ao seu redor, um dos quatro ângulos pode abrir um caminho para você.
Certo. Então você usava o que aprendia sobre elas para personalizar a manipulação? É uma progressão incremental. Se conseguir controlar esses quatro componentes que acabei de mencionar, poderá remodelar a identidade de uma pessoa. Essa nova identidade será então dependente e obediente. E, no caso dos cultos islâmicos, chegam a literalmente mudar o seu nome – como um batismo na nova identidade. O doutrinado não pensa que está seguindo seres humanos, mas sim que está seguindo o divino.
Parece que, muitas vezes, essas pessoas são grandes vítimas. A população em geral opera no que a psicologia social se refere como erro fundamental de atribuição. É o princípio mais importante da psicologia social. Explicando de forma muito simples, refere-se a que, quando as pessoas tentam entender o que as outras estão fazendo, existe este erro, ou viés, de superestimar variáveis de personalidade e subestimar influências sociais e ambientais.
Soldados do Estado Islâmico em Raqqa.
Certo.
É fácil dizer que esses terroristas suicidas são doentes, psicopatas, criminosos. Mas se você for ver quem eles eram antes de serem recrutados, muitos eram pessoas boas e éticas, vindas de bons lares e com boa educação. Então é preciso entender que os recrutadores executam uma transformação deliberada nelas.
Como funciona o controle mental pela internet?
Grande parte disso é cativar uma pessoa para que ela volte a procurar cada vez mais a doutrinação, mas dar a ilusão de que é uma escolha dela. É o que chamamos de duplo vínculo, para usar um termo da hipnose. O duplo vínculo é quando o manipulador ou hipnotizador dá a ilusão da escolha. Mas independente do que a pessoa fizer, ela precisa fazer o que você quer que ela faça.
Tipo o uso da propaganda do Estado Islâmico.
Qual a sua avaliação do material criado por eles?
Eles claramente estudaram psicologia social, claramente estudaram os princípios da influência.
Como os doutrinadores fazem para evitar que a família e os amigos rompam com a influência?
Bom, muitas vezes estimulam as pessoas a não contarem para a família e para os amigos, e a não demonstrarem muito que mudaram, porque aprendem que as famílias vão reagir. Infelizmente, ao tentar convencer os jovens a não seguir por esse caminho, a maioria acaba contribuindo para que eles se envolvam ainda mais. Principalmente se os pais tentam usar de autoridade. É um grande erro.
É comum vermos pessoas convertidas para o Estado Islâmico promovendo com muita alegria seu novo estilo de vida nas redes sociais.
Isso é genuíno ou fachada?
Acho que essa é a identidade de culto deles, fazer o que é mandado. É um modelo de dupla identidade, em que há o verdadeiro eu e o eu do culto. E o eu do culto diz: "Você precisa cortar a cabeça de uma pessoa". E estão cercados de pessoas dizendo: "Isso! Corta!". Isso é normal, é esperado. É isso que será recompensado. É a realidade para eles.
ASSISTA: O Estado Islâmico
Putin explica como foi criado o Estado Islâmico -7 min.
Os novos recrutas do Estado Islâmico - 55 min.
Toda Verdade - Estado Islâmico - 53 min
O Verdadeiro estado Islâmico - 30 min.
CRIMINOSA FARSA:
Manipulação dos anglo-sionistas - "Islamismo quer a morte dos judeus "- 78 min
A propaganda de guerra cria e inverte a fé ,os costumes do Islã enquanto utiliza mercenários que encenam de fato as atrocidades perpetradas sob instruções da CIA
Líbia: História- Gaddafi - Estado Islâmico - 25 min.
O Estado Islâmico - Maratona de Atualidades - 19 min.
Novos Recrutas - Estado Islâmico - 55 min.
QUEM FINANCIA?
EUA Parceiros do Estado Islâmico - 4 min.
Bom, sim. Porque você é programado a não olhar a pessoa que vai matar como um ser humano com sentimentos e família. Você é programado a acreditar que é um agente do demônio e que você está simplesmente livrando o mundo de um demônio para torná-lo um lugar mais puro para que o novo estado islâmico regido pela sharia assuma o comando.
É.
As pessoas que morreram no Heaven's Gate em 1997 não achavam que estavam cometendo suicídio. Achavam que estavam saindo de seus receptáculos – termo que eles usavam para se referir ao corpo – para poderem se transportar para a espaçonave que disseram que estaria esperando para levá-los de volta para casa. Eles não eram humanos, eram de outro planeta.
Existe um momento em que não tem mais volta na doutrinação?
Se uma pessoa tinha uma identidade relativamente intacta antes de entrar para o culto, gosto de acreditar, com base em décadas de experiência, que, se pudermos prendê-la em um lugar de onde ela não possa fugir, podemos formular um jeito de ajudar quem quer que seja. Mas o problema é fugir. Da forma como a pessoa é programada, é melhor se matar do que sair do grupo.
Por fim, na sua opinião,
qual é a melhor forma de enfrentar o recrutamento do Estado Islâmico?
Parte disso é desenvolver mais a educação e um programa de inoculação, principalmente para ajudar os jovens a entender as técnicas de influência. Também é preciso haver a recuperação de ex-membros, para que, caso eles se desiludam, possam entender o que aconteceu, para que não voltem a ser uma ameaça. Algumas dessas pessoas podem ter potencial de se tornar porta-vozes no processo de inoculação, educação e intervenção.
EUA: O MAIOR TERRORISTA DO MUNDO
Ex-agente duplo conta como a CIA promove ‘guerras não violentas’ para implodir governos
Em entrevista ao Sul21, Raúl Capote conta essa experiência, relata como ela fracassou em Cuba e diz que ela já foi aplicada em países como Venezuela, Irã e Líbia e que segue sendo implementada em diversas regiões do mundo. “A ideia da guerra não violenta consiste em ir solapando os pilares de um governo até que ele imploda. O objetivo não é fazer com que um governo renuncie. Se isso acontecer, o projeto fracassou. A ideia é que o governo imploda e que isso cause caos. Com o país em caos, é possível recorrer a meios mais extremos”, assinala.
Raúl Capote veio a Porto Alegre a convite da Associação Cultural José Martí/RS para participar de uma série de encontros e debates. Ele mantém o blog El Adversário Cubano, onde conta outros detalhes sobre essa história e sobre outras “guerras não violentas” em curso no planeta.
Sul21: Como é que você começou a trabalhar com assuntos de segurança em Cuba e sob que circunstâncias se tornou um agente duplo, atuando infiltrado na CIA?
Raúl Capote: Isso começou em 1986. Eu era um jovem inquieto e rebelde que fazia parte de uma organização chamada Associação Hermanos Saiz, que agrupava jovens poetas, pintores e escritores. Esse espírito rebelde para nós era algo muito natural. Fomos ensinados a ser assim. Creio que os serviços especiais norte-americanos confundiram esse espírito de rebeldia com um espírito de possível oposição ao sistema. Eles começaram a se aproximar de nós. Eu vivia em Cienfuegos, no centro-sul de Cuba, uma cidade que tinha uma importância estratégica nesta época porque a revolução queria convertê-la num centro industrial para o país. Havia muitas obras em construção, entre elas uma central Eletronuclear e fábricas de todo tipo. Era uma cidade muito jovem e onde trabalhavam muitos cubanos que tinham se formado na União Soviética e em outros países do campo socialista. Creio que essa conjuntura de ser uma cidade jovem e industrial, com muitos jovens interessados em temas da cultura, da política e da economia, chamou a atenção da CIA.
Eles começaram a se aproximar de nós por meio de organizações não-governamentais. A primeira pessoa que veio falar conosco foi Denis Reichler, um jornalista freelancer da revista Paris Match, que para nós era uma espécie de ídolo do jornalismo esportivo. O que admirávamos nele era sua atuação como jornalista que havia estado na África e em muitos outros lugares. Era uma referência positiva para se aproximar de um grupo de jovens tão rebelde. Ele nos colocou em contato com organizações não-governamentais que, supostamente, estavam interessadas em financiar projetos artísticos em Cuba. Nos colocou em contato com pessoas que começaram a planejar ajuda econômica e a trabalhar conosco, em um processo de aproximação que buscava ganhar a nossa confiança. Éramos jovens e estávamos começando a fazer literatura ou artes plásticas. Ainda não tínhamos nenhuma obra, só tentativas.
Era um processo de aproximação feito com muita cautela e sem pressa. Neste período, a Segurança de Estado cubana entrou em contato comigo, me explicou o que estava acontecendo, que aquelas pessoas não pertenciam, de fato, a organizações não governamentais e quais eram as suas reais intenções. Isso me dava três possibilidades. A primeira era seguir trabalhando com eles. A segunda era interromper o trabalho e o contato com eles. E a terceira possibilidade, que me foi proposta pela segurança cubana, era seguir trabalhando com eles, converter-me em um agente da segurança cubana e tratar de decifrar quais eram os planos dessas pessoas no mundo da cultura e das artes, especialmente junto à juventude.
Sul21: Esse contato com a agência de segurança cubana e o trabalho que se seguiu daí aconteceram ainda em 1986?
Raúl Capote: Sim, em 1986. Para mim era algo extraordinário. Nos anos 80, existia na sociedade cubana toda uma mística sobre o trabalho da segurança cubana, que sempre foi muito popular. Havia uma história legendária sobre ela, que tinha frustrado planos da CIA contra Cuba. Pertencer a essa organização me pareceu algo maravilhoso. Não avaliava, então, o quão complicado seria o trabalho que eu teria que enfrentar nem a quantidade de renúncias que eu teria que fazer. Eu tinha 20 anos quando comecei esse trabalho. Foi um longo processo. Houve um momento em que ocorreu uma interrupção desse movimento de aproximação feito pelos inimigos de Cuba. Em 1987, houve uma grande denúncia pública. Mais de 30 agentes da segurança cubana expuseram o trabalho de quase 96 oficiais da CIA que estavam atuando dentro do país.
Isso fez com que a CIA se tornasse mais cautelosa e tomasse algumas precauções. Passaram-se então alguns anos de contato muito leve por meio de algum jornalista ou de um representante de uma ong. Em 1994 eu fui morar em Havana e passei a trabalhar como organizador do sindicato de trabalhadores da cultura na cidade. Era uma mudança radical em muitos sentidos. Até então eu trabalhava com um universo de 3 ou 4 mil jovens e passei a dirigir 40 mil trabalhadores da cultura. Isso me tornou um alvo ainda mais interessante para a CIA. Eu era líder de um sindicato onde estavam praticamente todos os trabalhadores da cultura – artistas, músicos, escritores. Era um sindicato muito forte. Aí os contatos voltaram.
Eles passaram a me visitar com um plano mais complicado. Começaram a falar em dar informações sobre como se movia esse mundo da cultura, sobre como os jovens viam a Revolução naquele momento, etc. Esse processo vai se incrementando com o passar dos anos até 2004. Neste período, entramos em contato com associações e fundações mais vinculadas com o governo dos Estados Unidos como a Usaid e a Fundação Panamericana para o Desenvolvimento. Em 2004 começou então o processo do meu recrutamento pela CIA. Neste ano, conheci muitos oficiais da agência, inclusive aquele que seria meu chefe mais tarde.
Sul21: Conheceu esses oficiais da CIA em Cuba mesmo?
Raúl Capote: Sim, em Cuba. Em 2004, então, eles me recrutam e eu me converto em um agente da CIA com uma tarefa muito específica. Minha tarefa não era fazer espionagem, até porque eu não tinha acesso mesmo a informações muito importantes, ou praticar ações encobertas ou atos terroristas, como normalmente faziam em Cuba. O meu trabalho era promover a guerra cultural, a guerra no terreno das ideias, que eles definem muito bem ao chamar de guerra cultural. Nós usamos expressões complicadas para isso como subversão político-ideológica ou algo do gênero. Eles simplificam. É guerra cultural mesmo. O que eu não imaginava era chegar a conhecer o quanto de verdade havia no controle real que a CIA tem sobre os meios de comunicação e a indústria cultural nos Estados Unidos e no mundo inteiro. Descobri que isso existe de fato, não é teoria da conspiração como alguns acreditam.
A CIA utiliza o cinema, as rádios, as televisões os jornais e outros canais a partir de um plano prévio. A agência criou um departamento que se especializou neste tipo de guerra cultural. Eu entrei neste mundo e conheci muitas pessoas que trabalhavam nele. Em 2005, eu me converti em chefe de um projeto específico da CIA em Cuba, chamado de Projeto Gênesis.
Sul21: Você chegou a ir aos Estados Unidos para fazer algum tipo de treinamento especial ou para reuniões?
Raúl Capote: Sim, tive contato direto com eles. O Gênesis era um projeto muito bem pensado e que me permitiu conhecer também como a CIA estava trabalhando na América Latina com a mesma ideia de guerra cultural. Esse projeto não foi uma novidade cubana, mas sim o resultado de um trabalho realizado pelos Estados Unidos em muitas regiões da América Latina. Ele começou a ser implementado no processo de transição democrática na América Latina, no Chile e em muitos outros lugares. Essa experiência partiu da constatação de que as universidades latino-americanas tinham sido nas últimas décadas um foco de insurreição e de formação de militantes de esquerda. Eles decidiram mudar isso e converter a universidade latino-americana em um centro de produção do pensamento da direita e não da esquerda. Eles pensavam que o fato de essas universidades terem atravessado um período de repressão muito grande, quando muitos professores e estudantes militantes de esquerda foram mortos, facilitava um pouco esse trabalho de conversão.
“A ideia era criar uma nova classe dirigente dentro das universidades e, por consequência, nos seus respectivos países”. (Foto: Guilherme Santos/Sul21)
Entre 2003 e 2004 se enviava, mensalmente, um grupo de dez estudantes com um professor para cursos de formação e liderança na antiga Iugoslávia, atual Sérvia, sob a coordenação do antigo grupo de resistência sérvio, onde estava Srdja Popovic e uma série de jovens que contavam a experiência da derrubada de Milosevic.Assim, começaram a implementar em toda a América Latina um milionário plano de integração acadêmica. Muitos estudantes e professores foram fazer esse intercâmbio nos Estados Unidos, onde realizaram diversos cursos, entre eles o famoso curso de liderança. A ideia era criar uma nova classe dirigente dentro das universidades e, por consequência, nos seus respectivos países. A quantidade de líderes mundiais hoje que são fruto desses programas é impressionante. Esse processo foi aplicado na Venezuela, por exemplo, com uma ênfase muito forte, a partir de 2009
Participavam desses cursos também o Instituto Albert Einstein, o Instituto de Luta pela Guerra Não Violenta, criado pelos sérvios, o multimilionário húngaro George Soros que colocou muito dinheiro neste projeto, e o Instituto Republicano Internacional que recebia fundos do governo norte-americano e o aplicavam nestes cursos. Aí se formaram muitos dos líderes da chamada Primavera Árabe e muitos líderes da oposição síria. Criou-se toda uma estrutura para fomentar o uso da chamada luta não violenta e do golpe suave. Estudantes venezuelanos, acompanhados de alguns professores, começaram a fazer esses cursos de forma periódica. O objetivo era repetir esse processo em Cuba, para formar ativistas especializados no manejo da guerra não violenta.
Eu recebi uma preparação intensa de como se organiza um golpe suave para derrubar um governo, quais são as medidas fundamentais para construir essa estratégia. É claro que, dentro de Cuba, seria muito mais difícil fazer essa formação. A alternativa encontrada foi usar o sistema de bolsas de estudo para promover o intercâmbio de estudantes. A ideia era propor, por exemplo, uma bolsa de estudos de seis meses ou mais em Jerusalém para um estudante de história ou ciências sociais. Ou então oferecer para uma jovem estudante de arte uma bolsa em Colônia, na Alemanha. Escolheu-se universidades muito pontuais, que não fossem norte-americanas e que pudessem ser atrativas para determinadas áreas de interesse. Mas os cursos oferecidos nestas universidades não eram exatamente sobre arte ou sobre história, mas sim sobre formação de lideranças, com cursos de inglês, cursos de táticas de guerra não convencional, sobre como funcionavam as organizações democráticas. O objetivo era que, mais tarde, esses estudantes se transformassem em elementos de mudança em Cuba.
Sul21: E os estudantes que recebiam essas bolsas, sabiam da real natureza desse intercâmbio?
Raúl Capote: Não sabiam. O truque da bolsa era que, em geral, oferecia um curso de seis meses. As pessoas supunham que o curso era relacionado com a sua especialidade. Por que não passar seis meses em Jerusalém, Colônia ou outro local, com tudo pago, recebendo um curso de inglês, entre outras coisas? – pensavam. A agência estimava que, se cada dez estudantes, um se convertesse em um futuro opositor, já seria um grande lucro.
Esse plano começou a ser implementado em Cuba com muita força a partir de 2005, 2006, sem muitos resultados. Para surpresa da CIA, não houve muitos interessados pelos cursos, que não tiveram o impacto esperado junto aos jovens cubanos. Além disso, eu é que estava dirigindo a operação…Era possível que não tivesse êxito…(risos). Outro plano envolvendo a minha atuação como agente era fazer com que eu ocupasse uma posição elevada dentro do Ministério da Educação. Pretendiam me dar todo o apoio possível para tanto, apoio acadêmico e inclusive monetário. A ideia era me converter em uma pessoa imprescindível no sistema de educação cubano por minhas relações e contatos no mundo acadêmico.
Uma das coisas mais importantes para eles nesta época era o tempo que lhes restava. Estavam muito preocupados com essa questão temporal, pois aguardavam o momento do desaparecimento de Fidel. Avaliavam que muitos dos líderes históricos da Revolução Cubana não estariam mais em condições de assumir o posto de comando quando isso acontecesse. Trabalhavam com um período de dez ou quinze anos, no qual se formaria em Cuba uma nova oposição, que não teria nada a ver com a oposição anterior, que eles próprios consideravam desprestigiada e sem base social. Queriam criar uma oposição de novo tipo.
Sul21: Como pretendiam fazer isso?
Raúl Capote: A estratégia utilizada em Cuba se diferenciou um pouco daquela usada em outros lugares. Eles queriam formar uma oposição de esquerda, pois avaliavam que uma oposição de direita não teria êxito em Cuba, pelo enraizamento da tradição e do pensamento revolucionário e também pelo fato que a direita nunca teve uma posição muito significativa junto ao povo cubano. Passaram a tentar criar, então, organizações que fossem supostamente de esquerda. Essa era a estratégia central do projeto Genesis. Para nos auxiliar nesta tarefa, nos deram acesso a modernos meios eletrônicos de comunicação que nos permitiram acessar a internet, as redes sociais e outros espaços. A ideia era nos dotar de uma grande capacidade de mobilização e começar a gerar conteúdo dentro do país. Isso tudo seria feito em segredo, em baixo perfil, nos treinando no uso dessas novas tecnologias.
“Em 2007, me entregaram um equipamento de comunicação que se conectava por satélite com o Departamento de Defesa e que não podia ser rastreado”. (Foto: Guilherme Santos/Sul21)
Essa rede começou a distribuir mensagens de texto principalmente e notícias relacionadas ao esporte, à cultura e às artes. A ideia era criar dentro do país um hábito de consultar essa rede e fazer com que as pessoas confiassem nela. Assim, no momento necessário, ela começaria a enviar mensagens para mobilizar ações contra a revolução. Fizeram alguns testes no país, em determinados momentos, que não deram resultado, mas seguiram implementando o projeto. Mais tarde, fizeram alguns aperfeiçoamentos e criaram outro sistema que se chamou Piramideo, parecido com o ZunZuneo, mas com alguns acréscimos fruto de experiências no Oriente Médio, especialmente no Irã, onde foi utilizado como ferramenta de mobilização em determinadas situações dentro do país.Em 2007, me entregaram um equipamento de comunicação que se conectava por satélite com o Departamento de Defesa e que não podia ser rastreado. Esse equipamento permitia que eu tivesse comunicação direta com meu chefe em Washington e também criar uma rede em Cuba indetectável. De forma concomitante com isso, se começou outro projeto por meio do qual começaram a introduzir telefones celulares no país. Em função do bloqueio imposto pelos Estados Unidos, Cuba não tinha muitos celulares. Eles começaram a distribuir celulares de maneira gratuita, por diferentes meios, e criaram o programa ZunZuneo, que pretendia ser uma espécie de twitter cubano.
Sul21: Qual foi o impacto dessas iniciativas na sociedade cubana, especialmente junto à juventude? Elas tiveram visibilidade?
Raúl Capote: Tudo era feito pensando em um determinado momento no futuro de Cuba onde deveria ocorrer uma mudança de governo. Eles pensavam que isso ocorreria entre 2015 e 2016, que é exatamente o momento que estamos vivendo agora. Neste momento, segundo o planejamento feito, já deveria estar formada uma oposição social de novo tipo, saída da universidade e integrada principalmente por estudantes e professores, mas também por artistas, pequenos comerciantes e representantes de outros setores que apoiassem essa ideia. O surgimento público desse novo movimento político se daria através do lançamento da organização Fundação Genesis para a Liberdade, que deveria se dar em um ano em que ocorressem eleições em Cuba (que ocorrem a cada cinco anos).
Essa organização até poderia ser considerada uma fundação, mas de “genesis” não tinha nada e de liberdade muito menos. Em primeiro lugar, porque o líder da organização, eu no caso, era um agente da CIA. Em segundo lugar, eu não podia tomar nenhuma decisão sem ouvir o grupo consultivo que era constituído por oficiais da CIA. Então, de liberdade não tinha nada. Por meio dessa fundação, se esperava criar um ou mais de um partido político supostamente de esquerda. O discurso desse novo partido consistiria em dizer que era preciso reformar e modernizar o socialismo cubano. A nossa principal palavra de ordem era esta: modernizar. “Precisamos colocar o socialismo à altura do tempo”, “a época heroica já passou”, “ninguém mais faz isso no mundo”…diríamos coisas assim.
“O nascimento da Fundação Genesis como organização seria acompanhado por uma grande campanha midiática”.(Foto: Guilherme Santos/Sul21)
Eles acreditavam que, com o desaparecimento de líderes históricos carismáticos da Revolução como Fidel, esse novo movimento político teria um grande impacto na sociedade cubana levando inclusive a uma fratura na unidade interna do país. O nascimento da Fundação Genesis como organização seria acompanhado por uma grande campanha midiática. Haveria uma coletiva de imprensa com alguns dos mais importantes meios de comunicação do mundo. O passo seguinte seria organizar ações de rua, manifestações, ocupação de espaços públicos de maneira pacífica com o objetivo de causar impacto na sociedade.
Sul21: Qual era a meta principal dessa tática?
Raúl Capote: Em resumo, aplicar a cartilha de Gene Sharp, teórico do golpe suave. A ideia da guerra não violenta consiste em ir solapando os pilares de um governo até que ele imploda. O objetivo não é fazer com que um governo renuncie. Se isso acontecer, o projeto fracassou. A ideia é que o governo imploda e que isso cause caos. Com o país em caos, é possível recorrer a meios mais extremos. A meta em Cuba era esta: causar um caos tal no país que fizesse desabar todos os pilares da revolução. Neste cenário, várias possibilidades eram consideradas, entre elas, uma “intervenção humanitária” dos Estados Unidos no país. Outra era a instalação de um governo de transição que levasse a um governo de direita.
O truque fundamental do projeto Genesis era que tinha supostamente um discurso de esquerda, mas as propostas reais que defendia consistiam em privatizar praticamente tudo, inclusive a saúde e a seguridade social. Era um socialismo anti-socialista e anti-social, com terríveis medidas de austeridade. Eles diziam para não nos preocuparmos, pois o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional e a comunidade cubana no exterior iriam apoiar a “reconstrução do país”. Mas esse projeto nunca conseguiu ter base social nem conseguiu formar estudantes como pretendia…
Sul21: E você, na condição de agente duplo, se esforçava na implantação do projeto ou trabalhava contra ele?
Raúl Capote: Fazia tudo o que podia para que não tivesse resultado. Era um jogo de xadrez muito interessante. Eu tinha que fazer com que eles acreditassem que estava funcionando e, na prática, fazer com que não funcionasse. Era bem difícil. Mas o projeto tinha muitos pontos débeis. Um deles era a crença de que a revolução dependia de uma única pessoa. Acreditar que a Revolução Cubana é Fidel é um erro. Outro erro era acreditar que os cubanos são pessoas ingênuas.
Em 2006, Fidel anunciou que estava se afastando de suas funções por problemas de saúde e que seria substituído por Raul (seu irmão, Raul Castro). Esse era um momento propício para aplicar a estratégia da Fundação Genesis e eles precipitaram um conjunto de ações. Acreditavam que poderia ocorrer um levante no centro de Havana.
Para tanto, usaram um médico chamado Darsi Ferrer, um contrarrevolucionário desconhecido. No dia 13 de agosto de 2006, data de aniversário de Fidel, ele deveria provocar um levante em Havana e convocar uma coletiva para dizer que o país estava mergulhado no caos, que havia militares sublevados e que a população não queria Raul no governo. Planejaram gravar em um estúdio, de modo muito parecido com o que fizeram na Líbia onde filmaram ações que, na verdade, não estavam acontecendo. O plano era filmar cenários de repressão como se os militares cubanos estivessem reprimindo a população, e transmitir essas imagens para todo o mundo. A mim me surpreendeu muito que um oficial da CIA em Cuba tivesse o poder de pautar e subordinar os mais importantes meios de comunicação do mundo. Era isso que estava se planejando ali.
Sul21: E qual era o seu papel neste plano?
Raúl Capote: Quando essas imagens do “caos” em Cuba tivessem sido transmitidas ao mundo, eu deveria convocar uma coletiva de imprensa e pedir uma intervenção militar dos Estados Unidos para conter as violações de direitos humanos. Eu não era um contrarrevolucionário ou opositor, mas um professor e acadêmico conhecido no país. A credibilidade da minha aparição seria maior. Fiquei com um grande conflito interno neste período. Eu jamais iria fazer aquele pedido de intervenção militar dos Estados Unidos.
Sul21: O que aconteceu, então?
Raúl Capote: As coisas começaram a dar errado para eles muito rapidamente. Depois do anúncio do afastamento de Fidel, passaram-se alguns dias e não houve nenhum caos no país, que seguiu funcionando normalmente. Não houve manifestações, protestos, nada. As pessoas seguiram com suas vidas. O outro problema que ocorreu é que o médico escolhido para desencadear o levante ficou sabendo que os principais canais de Miami estavam dizendo que um opositor cubano chamado Darsi Ferrer iria se imolar pela democracia. Aquilo foi uma surpresa total, pois não estava em seus planos colocar fogo no próprio corpo e morrer. Ele ficou convencido que iam matá-lo e, no dia 13 de agosto, ao invés de ir ao lugar escolhido para a execução do plano, sai de casa e inventa uma desculpa para não ir até lá. E o projeto fracassa.
Sul21: Quando você abandona a condição de agente duplo?
Raúl Capote: Em 2010, quando a Líbia entrou em situação de guerra civil, o governo cubano me pediu para participar de uma denúncia pública para que as pessoas ficassem sabendo como esse tipo de golpe é tramado. Era uma decisão muito difícil, pois trazia riscos para mim e para minha família. Mas aceitei a proposta e começamos a gravar um conjunto de programas chamado “As razões de Cuba”, onde um grupo de agentes como eu vai à televisão contar o que tinham vivenciado. O programa foi dividido em capítulos. O meu foi ao ar em 4 de abril de 2011, onde contei tudo isso na televisão.
Sul21: Fora de Cuba, se fala muito da situação de restrição de acesso à internet e às redes sociais na ilha, que haveria controle e a população não teria livre acesso à rede. Qual é mesmo a situação do acesso à internet em Cuba?
Raúl Capote: Sim, constantemente se acusa o governo cubano de não permitir o livre acesso à internet. É uma grande mentira. Se formos olhar os discursos de Fidel nos anos 90, veremos que a revolução cubana sempre defendeu o acesso livre à internet. O problema é que os donos da internet são os norte-americanos, Cuba está cercada de cabos submarinos de fibra ótica, mas não pode usá-los por causa do bloqueio. Cuba não tem acesso à tecnologia necessária para garantir o acesso à internet para todos os seus cidadãos por que as empresas são proibidas, pelos Estados Unidos, de negociar com Cuba. Em função desse quadro, o acesso à internet tornou-se muito caro para Cuba. E ela é lenta porque é preciso uma infraestrutura que garanta que o sinal chegue em todos os lugares do país. Nós acreditamos que a internet é uma ferramenta para defender e propagar a revolução. Os Estados Unidos não querem que Cuba tenha livre acesso à internet, porque sabem isso significaria que poderíamos divulgar muito mais nossas ideias também.
É impossível no mundo hoje que uma sociedade se desenvolva sem a internet. Nós temos a Universidade de Ciências Informáticas, que é uma das maiores da América Latina e forma todos os anos milhares de engenheiros criadores de softwares e técnicos nesta área. É uma universidade que se auto-financia com a venda desses softwares. Temos escolas técnicas em todas as províncias que formam milhares de jovens para o uso das redes sociais e das novas tecnologias. Apesar do alto custo que ainda representa, a acesso e uso da internet em Cuba tem aumentado enormemente, apesar de todos os bloqueios que ainda sofremos.
Exército de terror: como estava se tornando LIH
Foto Reuters TV
Como maior grupo terrorista do mundo usa as contradições entre os seus inimigos: um trecho do livro "Estado islâmico: o exército de terror"
A responsabilidade pelo ataque em 13 de Novembro em Paris assumiu o "Estado Islâmico" (IG LIH) - organização proibida na Rússia. LIH tornou-se uma das organizações terroristas mais perigosos da história humana. As execuções em massa, limpeza étnica, a destruição de monumentos históricos, o renascimento oficial da escravidão - uma lista dos crimes de militantes está longe de terminar. Repórteres Michael Weiss e Hassan Hassan mais de um ano foram notificados da Síria e do Iraque. Seu livro "Estado islâmico: o exército de terror". Foi escrito com base em experiência pessoal e dezenas de entrevistas com ex-militares e representantes das agências americanas de inteligência, diplomatas ocidentais, ativistas de direitos humanos sírios e iraquianos, militantes LIH, agentes, os imigrantes ilegais, bem como as pessoas comuns da região Forbes publica excertos edição russa do livro, que foi publicado pela editora "Alpina não-ficção." Eles contam sobre a formação de um império terrorista.
Prefácio
LIH - uma organização terrorista, mas não só.É também e máfias que exploram existentes há décadas "cinza" Mercados transnacionais comércio de petróleo e braços. E grupo armado constituído por soldados cuja capacidade de combate dos militares dos EUA atingiu. E a complexa organização da recolha de dados de informação que os empregados entrar na estrutura do inimigo antes de derrotá-lo na batalha e capturar território, recrutando seus altos funcionários. E máquina de propaganda hábil que efetivamente circular as mensagens oficiais geradas nas entranhas da organização, e com a ajuda das redes sociais recruta para as suas fileiras de novos recrutas. Além disso, LIH - herdeiro de uma longa inimigo ainda mais do que a "Al-Qaeda". A maioria de sua parte superior - aqueles que tomam as decisões - primeiro a ser servido tanto no exército ou os serviços de Saddam Hussein de segurança.Ba'athism "Secular" retornou ao Iraque, mas sob a forma de fundamentalismo islâmico, que uma análise mais aprofundada não se parece com uma contradição óbvia.
Mas o mais importante, LIH apresenta-se oprimida minoria sunita no Iraque e maioria sunita mais oprimidos na Síria como a última linha de defesa contra todos os seus inimigos ao mesmo tempo - os "infiéis" dos Estados Unidos;"Os Infiltrados", que são os estados árabes do Golfo Pérsico; Alauítas e ditadura xiita regimes sírio, um dos quais se instalaram no Irã, e outro em Bagdá.
Chão
"Em seguida, os muçulmanos, para o seu país. Sim, é seu país. Em seguida, porque a Síria não pertence a Síria e Iraque pertence aos iraquianos "- 28 de junho de 2014, o primeiro dia do Ramadã, Abu Bakr al-Baghdadi, que nessa época do califa Ibrahim, anunciou o fim da LIH, eo nascimento do Estado islâmico. Ele transmite a partir do púlpito da Grande Mesquita de Al-Nuri, em Mosul - uma cidade capturada há poucos dias, seus combatentes. Sendo um nativo iraquiano al-Baghdadi abolida cidadania.Segundo ele, não havia mais nenhum dos povos do Crescente Fértil, ou os povos do resto do mundo. Tudo foi substituído pelo estado islâmico. Além disso, toda a humanidade pode agora ser dividida em dois "campos". Os primeiros - "Camp muçulmanos e mujahideen [guerreiros sagrados]", e o segundo - "o acampamento dos judeus, os cruzados e seus aliados". Estando lá, vestida de preto, al-Baghdadi foi representado a si mesmo como o herdeiro de um califado medieval e a personificação do espírito de seu predecessor heróico Abu Musab al-Zarqawi. Ele expressou-se principalmente em termos do mesmo revolucionário e honrou a mesma mesquita, onde Abu Bakr al-Baghdadi anunciou que o processo de realização do plano de sua vaga de 11 anos, finalmente concluída.
Mais rico do que bin Laden
Em 2006, o governo dos EUA tem conhecimento de que, devido à AKI negócio criminoso ("Al-Qaeda no Iraque» -. Forbes) e outros grupos insurgentes sunitas anualmente recebe de US $ 70 a US $ 200 milhões, de acordo com o especialista em La Hitte Alhuri, ". Al- Qaeda ", trabalha na agência de notícias Flashpoint Partners, gangster passado Zarqawi ajudou-o claramente na sua carreira, o líder do grupo terrorista. "AKI ganhar dinheiro em todas as maneiras possíveis - desde o roubo de armas americanas e vendê-lo a outros grupos rebeldes de sequestro em troca de resgate. Eles atacaram as casas dos altos funcionários iraquianos e os interrogou. Ao mesmo tempo, eles exigiram: "Dêem-nos os nomes, endereços e números de telefone de outros militares de alta patente."Alguns desses sequestrados eram muito ricos, e as suas famílias foram pagos. Se não, "Al Qaeda" é simplesmente matá-los ".
Entre 2005 e 2010, concessões dos patrocinadores dos países do Golfo Árabe e os doadores questionáveis "caridade" do Oriente Médio responderam por não mais do que 5% do AKI orçamento. Que permite o agrupamento de al-Zarqawi para viver sem preocupações financeiras, é contrabandeada refinaria de petróleo em Baiji, na província de Salah al-Din.
Agência de Inteligência de Dados Ministério da Defesa dos Estados Unidos, em 2006, mostrou que: "Mesmo um estudo incompleto do fluxo de caixa vindo para os militantes, sugerindo que o seu rendimento é significativamente maior do que os custos." Na época, Aki recursos superiores aos possuía sua liderança, com base no Paquistão, e isso pôs bin Laden em uma posição desconfortável, já que ele foi forçado a pedir dinheiro a partir de seu subordinado, que mostrou nenhum desejo especial de participar com eles. (...)
Fontes:
Licença padrão do YouTube
http://www.forbes.ru/sobytiya/obshchestvo/305761-armiya-terrora-kak-proiskhodilo-stanovlenie-igil
http://www.forbes.ru/sobytiya/obshchestvo/305761-armiya-terrora-kak-proiskhodilo-stanovlenie-igil
http://www.vice.com/pt_br/read/por-dentro-dos-me4todos-de-controle-mental-que-o-estado-islamico-utiliza-para-recrutar-adolescentes?utm_source=vicefbbr
http://www.sul21.com.br/jornal/ex-agente-duplo-conta-como-a-cia-promove-guerras-nao-violentas-para-implodir-governos/
http://www.sul21.com.br/jornal/ex-agente-duplo-conta-como-a-cia-promove-guerras-nao-violentas-para-implodir-governos/
Sejam felizes todos os seres.
Vivam em paz todos os seres. Sejam abençoados todos os seres.
Nenhum comentário:
Postar um comentário