segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O SER E O NADA - em Bergson




Bergsonismo,
 ou o ser e o nada na história da filosofia. 
 
Criação, de creare: etimologicamente, "retirar do nada"... etimologia dúbia, porém; um filósofo transcendente mostrará na obra de um artista, no objeto criado, como que retirado do nada, em um universal golpe de magia teísta, a precedência do vazio sobre o ser (logicamente, "antes era o nada, depois veio o ser."); 
 
um filósofo da imanência, entretanto, dirá, com um sorriso demoníaco nos lábios: “Mas não é precisamente essa a tarefa da filosofia: criar, ‘retirar do nada’? Não é tarefa da filosofa mostrar que o nada, que nos representamos, já é mais que o ser?”. 
 
 O nada supõe a sua representação consciente como o todo do ser mais a sua total supressão; isso não é o mesmo que dizer o todo, porém na presença da própria ausência representada a uma consciência? 
 
Por isso, Bergson dizia: “o nada não passa de um falso problema”. 
 
O nada é a representação sempre relativa a uma consciência que não se interessa senão pela presença de um objeto determinado que, no entanto, está ausente.


Sejam felizes todos os seres. 
Vivam em paz todos os seres.
Sejam abençoados todos os seres.

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