terça-feira, 28 de dezembro de 2010

György Ligeti - Lontano


ElMiusikman | 4 de março de 2008 | pessoa gosta, 10 pessoas não gostam 
 
György Sándor Ligeti (pronunciado lígueti) fue un compositor húngaro judío (que residió en Austria y luego se naturalizó), ampliamente considerado como uno de los más grandes compositores de música clásica (sobre todo instrumental) del siglo XX.

Nació en Dicsőszentmárton (la actual Târnăveni en Rumania) el 28 de mayo de 1923 y falleció en Viena el 12 de junio de 2006.
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    Compositor famoso por ter sido utilizado em dois filmes de Kubrick - um deles 2001 -, tem esplêndida obra, resumida assim na Wikipedia:

    As primeiras obras de Ligeti são uma extensão da linguagem musical de seu compatriota Béla Bartók. Por exemplo, suas peças para piano Musica Ricercata (1951 - 53), foram comparadas com as do Mikrokosmos de Bartók . A coleção de Ligeti tem onze peças ao todo, A primeira usa somente uma nota “lá” executada em diversas oitavas. Só no fim da peça é possível escutar a segunda nota - “ré”. A segunda peça emprega três notas diferentes, a terceira emprega quatro, e assim até o fim, de tal forma que a décima-primeira peça usa todas as doze notas da escala cromática.

    Nessa primeira parte de sua carreira, Ligeti foi afetado pelo regime comunista da Hungria daquele tempo, que impunha a estética do realismo socialista. A décima peça da Musica Ricercata foi proibida pelas autoridades por considerarem-na “decadente”. Isto se deveu provavelmente ao uso muito livre dos intervalos de segunda menor. Devido à ousadia de suas intenções musicais, é fácil de supor a razão por ter decidido deixar a Hungria.

    Uma vez estabelecido em Colônia, começou a compor música electrónica junto a Karlheinz Stockhausen. Entretanto, suas obras para essa linguagem se resumem em três:, dentre as quais Glissandi (1957) e Artikulation (1958), antes de voltar à música instrumental e à vocal. 

    Suas composições, então, apareceram influenciadas por suas experiências eletrônicas e muitos dos efeitos sonoros que criou lembram outras obras eletrônicas. A obra Apparitions (1958-59) foi a primeira a atrair a tenção da crítica, mas foi sua obra seguinte, Atmosphères, a mais conhecida atualmente. Foi usada, junto com fragmentos de Lux aeterna e seu Réquiem como parte de la trilha sonora de 2001: Uma Odisséia no Espaço de Stanley Kubrick - sem a autorização do próprio Ligeti.

    Atmosphères (1961) é uma peça para uma grande orquesta sinfônica. É considerada peça-chave na produção de Ligeti e contém muitos dos recursos explorados durante a década de 60. Abandonou o foco na melodia, na harmonia e no ritmo, para se concentrar apenas no timbre dos sons, uma técnica conhecida como “massa de som. 

    Cada nota da escala cromática soa em cinco oitavas. A peça se desenvolve a partir desse acorde, com nuances sempre distintas.

    Ligeti cunhou o termo “micropolifonia” à técnica composicional que usou em Atmosphères, Apparitions e outras obras daquela época. Assim a definiu: “a complexa polifonia das partes individuais está fundida num fluxo harmônico-musical, no qual as harmonias não mudam subitamente; em vez disso, mesclam-se umas com as outras. É uma combinação de intervalos claramente reconhecível e que vai se tornando nebulosa. Nesta nebulosidade, pode-se distingüir uma nova combinação de intervalos se formando”.

    Da década de 70 em diante, Ligeti se afastou do cromatismo total e começou a se concentrar no ritmo. Interessou-se, particularmente, nos aspectos rítmicos da música africana, em especial na dos pigmeus. Em meados de 1970, escreveu a ópera “Le Grand Macabre”, com base no teatro do absurdo com muitas referências escatológicas. Sua música dos anos 80 e 90 deram ênfase a complexos mecanismos rítmicos, em uma linguagem menos densamente cromática (tendendo a favorecer as tríades maiores e menores deslocadas e estruturas polimodais).
    A última obra de Ligeti foi o Concerto de Hamburgo para trompa e orquestra de câmara 

    (1998-99, revisado em 2003).
    Ligeti - The Ligeti Project I-II-IV

ANÁLISE 

Análise de Lontano e Continuum de Gyorgy Ligeti aplicada à composição musical

O objetivo deste trabalho é destacar alguns aspectos das estratégias composicionais utilizadas pelo compositor húngaro Gyorgy Ligeti em suas obras Lontano e Continuum, e sua aplicação na prática composicional.
  • Texto Completo: PDF

    Ictus - Periódico do PPGMUS/UFBA, 

    Vol. 10, No 1 (2009)

    http://www.ictus.ufba.br/index.php/ictus/article/view/184

Um comentário:

Radeir disse...

Soube que "Lontano de Ligeti" foi trilha sonora de um filme- Música contemporânea e a Trilha sonora do filme "Ilha do Medo" (Shutter Island) . Pelo título, o medo devia imperar ao ritmo de 'Lontano.'

Mas tenho algo interesantíssimo a relatar sobre a minha primeiríssima audição desta Música:

Um amigo,Frederico de Leri,grande estudioso, especialista em Análise, querendo ampliar meu horizonte musical, preso em Mozart e Mahler disse:Você precisa aprender gostar da música eletrônica!Senta aí.

Sentei-me no carpete enquanto ele colocava o CD de Lontano e antes do primeiro acorde,fechei os olhos para sentir o som - de repente, num passe de mágica, me vi numa nave que deslizava ondulando entre cumes de várias montanhas pontiagudas,meio triangulares. Todo o ambiente era colorido de ocres,amarelos,alaranjados intensos - era outro planeta,sem dúvida e Lontano, que significa "ao longe" me transportou para a sua própria dimensão.

Ah, gente, não tomo droga,e foi assim a seco, que experimentei esta maravilhosa e inacreditável "visita " ao som da nave-Lontano.

Só tive outra experiência desta natureza com o Titã de Mahler, mas é outra história que virou Suite e talvez eu a conte outro dia.

É verdade, gente e a harmonia de Lontano, deslizando, abrindo universos serenos não combina com nenhuma espécie de medo,só deslumbramento absurdamente real.