CAPÍTULO XII
BASES TERAPÊUTICAS DA LUZ, DA COR E DO SOM
Cada vez que meditamos nessas três palavras, nos banhamos em
uma fonte espiritual de profundidade insondável e cada vez que repetimos esta
meditação, mais mergulhamos na profundeza divina e mais nos aproximamos do nosso
Pai que está nos céus.
Cada ano que passa, com a ajuda dos mais potentes telescópios
que o engenho e a habilidade mecânica do homem foram capazes de construir para
penetrar nas profundezas do espaço, torna-se mais evidente que a Luz é infinita
porque Deus de onde ela provém, também é infinito.
Verdadeiramente
Deus é Uno e indivisível.
Desenvolve
dentro do Seu Ser tudo quanto existe,
assim como a Luz branca contém todas as
cores.
Mas aparece tríplice em manifestação, da mesma maneira que a luz branca é
refratada nas três cores primárias: Azul, Amarelo e Vermelho. Seja onde for que
virmos estas três cores, elas são símbolos do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Os raios primários da vida divina se difundem ou irradiam do Sol e produzem a
Vida, a Consciência e a Forma em cada um dos portadores de luz, os planetas,
chamados "os Sete Espíritos ante o Trono". Seus nomes são: Mercúrio, Vênus,
Terra, Marte, Júpiter, Saturno e Urano.
Cada um dos 7 Planetas recebe a luz Solar de maneira diferente
de acordo com sua proximidade da órbita central e a constituição da sua
atmosfera e dos seres em cada um deles e conforme o estado de seu
desenvolvimento, havendo afinidade por alguns raios solares. Absorvem a cor ou
as cores que lhes são afins e refletem o resto sobre os demais planetas. Estes
raios refletidos levam em si o impulso da natureza dos seres com que estiveram
em contato.
Assim a luz e a vida divinas entram em contato com cada
planeta, seja provindo diretamente do Sol, ou, seja refletida de algum dos
outros seis planetas irmãos e da mesma maneira que a brisa do verão que passou
pelos campos floridos, leva consigo a fragrância combinada de todas as flores,
assim também as sutis influências do Jardim de Deus nos trazem os impulsos
combinados de todos os Espíritos e nessa luz multicolorida vivemos, nos movemos
e temos o nosso ser.
Os raios que procedem diretamente do Sol produzem iluminação
espiritual, ao passo que os raios refletidos pelos demais planetas aumentam a
consciência e o desenvolvimento moral, enquanto que os raios refletidos pela Lua
produzem crescimento físico.
Mas assim como cada planeta só pode absorver certa quantidade
de uma ou mais cores, de acordo com o estado geral da Evolução que nele haja,
assim também cada ser que há na terra, seja mineral, vegetal, animal ou humano,
pode absorver e aproveitar só certa quantidade dos vários raios que se projetam
sobre a Terra. O resto não os afeta nem lhes produz sensação, de maneira análoga
ao que ocorre com os cegos que não tem consciência da luz nem da cor que existem
ao seu redor.
A Luz Branca do Sol contém as sete cores do espectro. O
ocultista, porém, vê até doze cores existindo cinco entre o vermelho e o
violeta, além do vermelho, laranja, amarelo, verde, etc., do espectro visível.
Quatro dessas cores são totalmente indescritíveis, mas a quinta - isto é, a que
se encontra no meio das cinco - tem a cor da flor do pessegueiro recém aberta.
Esta é a cor do corpo vital. Os clarividentes treinados que a descrevem como
azul acinzentado ou vermelho acinzentado, etc., estão tentando descrever uma cor
que não tem equivalente no Mundo Físico, pelo que se vêem obrigados a usar o
símile que lhes parece mais aproximado na nossa linguagem.
Quando se misturam as três cores primárias aparecem quatro
cores adicionais; as três cores secundárias: laranja, verde e púrpura, cada uma
resultante da mistura de duas cores primárias e uma cor (o índigo) que contém
toda a gama das cores, formando assim as sete cores do espectro. (Vermelho e
amarelo dão o alaranjado; azul e amarelo dão o verde; azul e vermelho formam a
púrpura.)
A cor de Marte é vermelha; a de Vênus, amarela; a de Mercúrio,
violeta; a da Lua, verde; a do Sol, alaranjada; a de Júpiter, azul; a de
Saturno, índigo; e a de Urano, amarela. Podemos combinar estas cores para obter
delas o efeito desejado. Na realidade, é a cor complementar que se vê no Mundo
do Desejo que produz o efeito das cores físicas. Se desejamos restringir alguém
em quem Marte predomine demais, devemos utilizar as pedras, as cores e os metais
de Saturno, que serão úteis, mas se queremos ajudar alguém que seja melancólico
e taciturno, lançaremos mão das pedras, cores e metais de Marte para
favorecê-lo.
No Mundo Físico o vermelho tende a excitar e dar energia,
enquanto que o verde tem efeito calmante e refrescante, mas sucede o contrário
quando vemos o assunto do ponto de vista do Mundo do Desejo. Lá, a cor ativa é a
complementar e é a que tem, sobre nossos desejos e emoções, o mesmo efeito que
atribuímos à cor física. Falamos do ciúme, gerado pelo amor impuro, como de um
monstro de olhos verdes.
Observando a aura das pessoas, o clarividente desenvolvido
observa a cor vermelha da ira, o cinzento do medo, o azul escuro da preocupação,
o vermelho sombrio do ódio, o véu negro do desespero, etc. Um matiz azul celeste
suave indica esperança, otimismo, o despertar do sentimento religioso. A cor
azul mostra o tipo de espiritualidade mais elevada, mas esta cor não aparece
fora do corpo denso a não ser nos homens de elevada santidade. Usualmente só o
amarelo é visível.
Nas raças menos evoluídas a cor básica da aura é o vermelho
sombrio, como o do fogo que arde devagar, indicando a natureza apaixonada e
emocional delas. Se examinarmos outras pessoas que se encontram em uma etapa
mais elevada da evolução, veremos que a cor básica irradiada por elas é de matiz
alaranjado, mistura do amarelo do intelecto com o vermelho da paixão. A cor
dourada natural é o raio do Cristo que busca sua expressão química no oxigênio,
um elemento solar e, conforme avançamos no caminho da Evolução, os que não sejam
religiosos fanáticos, adquirirão um matiz dourado em suas auras, devido aos
impulsos altruísticos que são comuns no Ocidente.
Existe íntima conexão entre a cor e o som. Quando se toca certa
nota aparece simultaneamente certa cor. No mundo celeste a cor e o som estão
sempre presentes, mas o som é que dá origem à cor. Pitágoras falava da harmonia
das esferas, mas não usava essa expressão como simples frase poética. Existe,
realmente, essa harmonia. São João nos diz que "No princípio era o Verbo ... e
sem Ele, nada do que foi feito se faria." Este foi o Fiat criador que deu
existência ao mundo. Ouvimos também falar da música celestial, porque do ponto
de vista do Mundo Celeste, tudo se cria primeiramente em termos de sons que
modelam depois a matéria concreta na multiplicidade de formas que vemos ao nosso
redor.
O som rítmico ordenado
é o criador de tudo quanto existe:
- o criador e sustentador de todas as formas.
é o criador de tudo quanto existe:
- o criador e sustentador de todas as formas.
Na visão esotérica do ocultismo, todo o Sistema Solar é um
imenso instrumento musical, citado na mitologia grega como sendo a "Lira de Sete
Cordas de Apolo, o Radiante Deus Solar". Existem doze semitons na escala
cromática, o mesmo número que encontramos nos céus nos signos do Zodíaco. E como
temos as sete notas fundamentais no teclado do piano, temos também os sete
planetas.
Os signos do Zodíaco podem ser considerados como a caixa sonora da harpa cósmica e os sete planetas são as cordas; emitem sons diferentes conforme passam pelos diversos signos e, portanto, influenciam a humanidade de diferentes maneiras. Se essa harmonia falhasse por um só instante ou se se produzisse a menor discordância nessa orquestra celestial, todo o Universo seria destruído pois a música pode destruir bem como construir. Isto tem sido demonstrado pelos grandes músicos. Por exemplo o neto do imortal Félix Mendelssohn esteve experimentando o poder do som nesse sentido durante vários anos. E chegou à conclusão de que uma vez que encontremos a nota chave de um edifício, ponte ou qualquer estrutura, podemos arrasá-los fazendo ressoar essa nota de forma suficientemente forte e demorada.
Os signos do Zodíaco podem ser considerados como a caixa sonora da harpa cósmica e os sete planetas são as cordas; emitem sons diferentes conforme passam pelos diversos signos e, portanto, influenciam a humanidade de diferentes maneiras. Se essa harmonia falhasse por um só instante ou se se produzisse a menor discordância nessa orquestra celestial, todo o Universo seria destruído pois a música pode destruir bem como construir. Isto tem sido demonstrado pelos grandes músicos. Por exemplo o neto do imortal Félix Mendelssohn esteve experimentando o poder do som nesse sentido durante vários anos. E chegou à conclusão de que uma vez que encontremos a nota chave de um edifício, ponte ou qualquer estrutura, podemos arrasá-los fazendo ressoar essa nota de forma suficientemente forte e demorada.
Nosso sorriso de dúvida quando ouvimos a história de Josué e
das muralhas de Jericó, não tem mais razão de ser. O som do chifre de carneiro,
sem dúvida, era a nota-chave daquelas muralhas que foram abaladas pelo passo
rítmico do exército que se preparava para o clímax final. A marcha ritmada de
muitos pés, pode destruir qualquer ponte e por esse motivo se ordena aos
soldados marcharem sem cadência quando atravessarem pontes.
Assim, pois, vemos que cada planeta tem uma nota-chave que é a
soma total dos ruídos que nele se produzem, combinados e harmonizados pelo
Espírito Planetário interno. Esse som pode ser distinguido pelo ouvido
espiritual.
Como disse Goethe:
Como disse Goethe:
"O Sol entoa sua antiga canção,
Canto rival entre esferas irmãs;
Segue ao longo do seu curso prescrito,
Em caminhos trovejantes, através dos anos."
"Ressoa aos ouvidos do espírito proclamando que chegou o novo
dia,
Com grande barulho rangem os pétreos portões,
E surge o carro de Febo, suas rodas girando, cantando,
Que som intenso trás a luz".
As vibrações sonoras invisíveis têm grande poder sobre a
matéria concreta. Tanto constróem como destróem. Se se coloca uma pequena
quantidade de pó fino sobre um prato de bronze ou de vidro e se passa um arco de
violino pela sua borda, as vibrações que se produzem farão com que o pó forme
formosas figuras geométricas. A voz humana também pode produzir essas figuras,
sempre as mesmas para a mesma nota ou som.
Se tocarmos uma nota depois de outra em um instrumento musical
- um piano, ou preferivelmente um violino, pois deste se pode obter maior número
de gradações - obteremos afinal um som que fará com que a pessoa que o escute
sinta uma vibração distinta na parte inferior da cabeça. Toda vez que se tocar
essa nota, será sentida essa vibração. E essa nota ou som constitui a nota-chave
da pessoa assim afetada. E se for tocada de forma intensa, alto e demoradamente,
pode matar como se fôra um tiro. Se, por outro lado, for tocada lenta e
suavemente, restaurará e descansará o corpo, tonificará os nervos e
restabelecerá a saúde.
Li-Sol-30
Fontes:
http://www.fraternidaderosacruz.org/mh_podsec_cap12.htm
Publicado em 23/09/2012 por TheGravicembalo
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