A repórter Glória Maria
em matéria apresentada pelo Fantástico
- O Show da Vida, em 04/06/1989, sôbre Machu Picchu,
a cidade peruana do Império Inca descorberta em 1911
pelo explorador norte-americano Hiram Bingham.
Machu Picchu -TVGloboMinas-1 - 10min.
Machu Picchu -TVGloboMinas-2 - 10min.
Documentário "Machu Picchu Decodificada" (2010). Produzido pela NatGeo (canal da National Geographic) para comemorar os 100 anos da fascinante cidade inca pré-colombiana perdida.
O documentário aborda questões que vão desde a escolha do lugar, a forma e ferramentas usadas na construção, os possíveis usos dados ao local e a população que habitou Machu Picchu revelando ainda uma teoria para seu abandono e esquecimento por cerca de quatro séculos. Boa sessão.
Uma missao,pouca grana e muita coragem.
Na compania de um irmao de vida e muitas pessoas especias
ao longo da jornada. 25 dias, 14 cidades e muita historia.
Uma viagem onde os FRACOS NAO TEM VEZ!
-6min.
- 6min.
6min.
Assista a última parte do programa
Cidade da Gente,
série Caminhos Andinos sobre Machu Picchu.
Assista a
série completa e outros vídeos em
www.lucianakatahira.wordpress.com
Machu Pichu
Salcantay
Vale Sagrado
Georreferenciamento por Pedro Hauck e Maximo Kausch
Trajetos Disponíveis:
:: Para ver mais dicas, informações e fotos de Machu Picchu,
local? Entre em contato conosco!
Machu Picchu
Altitude Máxima: 2390 metros.
Altitude Mínima: 2000 em Aguas Calientes
Temporada ideal: Maio a Agosto
Outras montanhas do roteiro:
Mais informações sobre esta montanha:
É inacreditável como uma civilização que não conhecia a roda foi capaz de construir uma cidade de pedra, a 2.400 metros de altitude.
Machu Picchu é um lugar místico, rodeado por profundos cânions e montanhas cobertas de vegetação, que ficou perdida na história por quatro séculos. E, quando a conhecemos, não há como escapar das inúmeras e inexplicáveis perguntas que assolam nossas mentes.
A cidadela de pedra dos Incas é muito, mas muito mais do que a fama que ostenta. É daqueles lugares onde nada, nem mesmo fotos e filmes, pode traduzir um momento, uma sensação e, por isso mesmo, torna-se um dos locais preferidos para o turismo no Perú.
Mas estando lá, não tenha pressa. Admire cada ângulo das pedras perfeitamente talhadas e polidas. Observe atentamente sua redondeza e as inúmeras diferenças entre a Machu Picchu Inca e a Pré Inca.
E, para que isso seja possível, não há melhor época que o mês de julho, quando o céu peruano torna-se muito mais azul e o clima muito mais ameno e seco.
Não se sabe ao certo o real significado de Machu Picchu, mas acredita-se que o local tenha sido centro religioso e observatório astronômico. O fato é que foi abandonado. E redescoberto séculos mais tarde, em 1911, pelo explorador americano Hiram Bingham.
Para alcançar Machu Picchu hoje, os turistas têm três opções. As duas primeiras é caminhar durante quatro dias em trilhas antigamente usada pelos próprios incas. Quem não tiver tempo nem preparo físico para a jornada, também tem a opção do trem.
Re-explorando Machu Picchu
A primeira coisa que qualquer turista faz é tirar a clássica foto no cenário mais manjado de Machu Picchu. Mas a paisagem demora a aparecer. É preciso subir alguns metros pela trilha à esquerda. Aí, sim, a paisagem se apresenta como num quadro.
A mior dica que podemos passar é: Seja acompanhado por um guia, pois dentro deste refúgio da história, muitas e muitas informações que nos possibilitam entender a engenhosidade do povo inca passam desapercebidas.
Machu Picchu foi dividida em duas zonas. Na agrícola estão terraços para cultivo e armazéns. Na urbana, templos, praças, mirantes e relógios entalhados nas pedras.
São, ao todo, 216 construções. Entre as mais conhecidas está o Templo do Sol, semicircular e com janelas trapezoidais por onde passavam os raios solares. A posição dessa estrutura indica que os incas conheciam o solstício de verão e de inverno. Já o Templo de las Tres Ventanas impressiona pelos enormes poliedros unidos com milimétrica precisão.
Outro dado de cair o queixo é que uma falha geológica de 400 quilômetros atravessa Machu Picchu - e os incas sabiam disso. Eles usaram técnicas anti-sísmicas nas construções e, depois de séculos (e terremotos), parte da cidadela está intacta.
O grande segredo do Império Inca tornou-se Patrimônio Cultural e Natural da Humanidade e uma das sete maravilhas modernas do mundo. Machu Picchu recebe 700 mil turistas todos os anos.
Dicas para quem quer viajar
* Tome vacina contra a febre amarela pelo menos dez dias antes do embarque, para que o efeito seja garantido e a travessia na fronteira ocorra sem problemas.
* Troque seus reais por dólares no Brasil na cotação para turismo. Nas fronteiras, não faltam cambistas, que obviamente sobrevivem da margem que ganham na troca.
* Reserve o dia para passear e a noite para viajar. Combine o preço dos táxis antes de partir. Nem todos os veículos possuem taxímetro na Bolívia e no Peru.
* Não deixe sua bagagem solta em nenhum local. Se for vítima de furto, comunique a polícia o mais rápido possível. Guarde passaporte e dinheiro em bolsa reservada, presa ao corpo. Na carteira, deixe apenas alguns trocados para o lanche e a passagem.
* A viagem de São Paulo a Machu Picchu pode ser feita com menos de US$ 500.
Trilhas que acessam as ruínas
São duas as trilhas que chegam até as ruínas de Machu Pichu. Ambas oferecem trekkings imperdíveis.
A trilha mais visitada e mais cara é a que vem do Vale Sagrado. Para chegar no começo dela, você terá que pegar uma condução ou um trem que leva até este local que fica depois de Ollantaytambo. Ela leva no mínimo dois dias e alcança uma altitude de 4200 metros.
A outra trilha, menos conhecida e mais longa, é a trilha do Nevado Salcantay, que passa aos pés desta impressionante montanha de mais de seis mil metros. Ela começa na cidade de Mollepata, ao Norte de Cusco.
Além das trilhas, é possível chegar a Machu Picchu de Trem, até Aguas Calientes e de lá até as ruínas com uma Van.
É inacreditável como uma civilização que não conhecia a roda foi capaz de construir uma cidade de pedra, a 2.400 metros de altitude.
Machu Picchu é um lugar místico, rodeado por profundos cânions e montanhas cobertas de vegetação, que ficou perdida na história por quatro séculos. E, quando a conhecemos, não há como escapar das inúmeras e inexplicáveis perguntas que assolam nossas mentes.
A cidadela de pedra dos Incas é muito, mas muito mais do que a fama que ostenta. É daqueles lugares onde nada, nem mesmo fotos e filmes, pode traduzir um momento, uma sensação e, por isso mesmo, torna-se um dos locais preferidos para o turismo no Perú.
Mas estando lá, não tenha pressa. Admire cada ângulo das pedras perfeitamente talhadas e polidas. Observe atentamente sua redondeza e as inúmeras diferenças entre a Machu Picchu Inca e a Pré Inca.
E, para que isso seja possível, não há melhor época que o mês de julho, quando o céu peruano torna-se muito mais azul e o clima muito mais ameno e seco.
Não se sabe ao certo o real significado de Machu Picchu, mas acredita-se que o local tenha sido centro religioso e observatório astronômico. O fato é que foi abandonado. E redescoberto séculos mais tarde, em 1911, pelo explorador americano Hiram Bingham.
Para alcançar Machu Picchu hoje, os turistas têm três opções. As duas primeiras é caminhar durante quatro dias em trilhas antigamente usada pelos próprios incas. Quem não tiver tempo nem preparo físico para a jornada, também tem a opção do trem.
Re-explorando Machu Picchu
A primeira coisa que qualquer turista faz é tirar a clássica foto no cenário mais manjado de Machu Picchu. Mas a paisagem demora a aparecer. É preciso subir alguns metros pela trilha à esquerda. Aí, sim, a paisagem se apresenta como num quadro.
A mior dica que podemos passar é: Seja acompanhado por um guia, pois dentro deste refúgio da história, muitas e muitas informações que nos possibilitam entender a engenhosidade do povo inca passam desapercebidas.
Machu Picchu foi dividida em duas zonas. Na agrícola estão terraços para cultivo e armazéns. Na urbana, templos, praças, mirantes e relógios entalhados nas pedras.
São, ao todo, 216 construções. Entre as mais conhecidas está o Templo do Sol, semicircular e com janelas trapezoidais por onde passavam os raios solares. A posição dessa estrutura indica que os incas conheciam o solstício de verão e de inverno. Já o Templo de las Tres Ventanas impressiona pelos enormes poliedros unidos com milimétrica precisão.
Outro dado de cair o queixo é que uma falha geológica de 400 quilômetros atravessa Machu Picchu - e os incas sabiam disso. Eles usaram técnicas anti-sísmicas nas construções e, depois de séculos (e terremotos), parte da cidadela está intacta.
O grande segredo do Império Inca tornou-se Patrimônio Cultural e Natural da Humanidade e uma das sete maravilhas modernas do mundo. Machu Picchu recebe 700 mil turistas todos os anos.
Dicas para quem quer viajar
* Tome vacina contra a febre amarela pelo menos dez dias antes do embarque, para que o efeito seja garantido e a travessia na fronteira ocorra sem problemas.
* Troque seus reais por dólares no Brasil na cotação para turismo. Nas fronteiras, não faltam cambistas, que obviamente sobrevivem da margem que ganham na troca.
* Reserve o dia para passear e a noite para viajar. Combine o preço dos táxis antes de partir. Nem todos os veículos possuem taxímetro na Bolívia e no Peru.
* Não deixe sua bagagem solta em nenhum local. Se for vítima de furto, comunique a polícia o mais rápido possível. Guarde passaporte e dinheiro em bolsa reservada, presa ao corpo. Na carteira, deixe apenas alguns trocados para o lanche e a passagem.
* A viagem de São Paulo a Machu Picchu pode ser feita com menos de US$ 500.
Trilhas que acessam as ruínas
São duas as trilhas que chegam até as ruínas de Machu Pichu. Ambas oferecem trekkings imperdíveis.
A trilha mais visitada e mais cara é a que vem do Vale Sagrado. Para chegar no começo dela, você terá que pegar uma condução ou um trem que leva até este local que fica depois de Ollantaytambo. Ela leva no mínimo dois dias e alcança uma altitude de 4200 metros.
A outra trilha, menos conhecida e mais longa, é a trilha do Nevado Salcantay, que passa aos pés desta impressionante montanha de mais de seis mil metros. Ela começa na cidade de Mollepata, ao Norte de Cusco.
Além das trilhas, é possível chegar a Machu Picchu de Trem, até Aguas Calientes e de lá até as ruínas com uma Van.
Trajetos Disponíveis:
- Trilha Inca pela Vale Sagrado
- Trilha Inca pelo Nevado Salcantay
:: Para ver mais dicas, informações e fotos de Machu Picchu,
acesse nosso site em Roteiros Andinos
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- Georreferenciamento por Pedro Hauck e Maximo Kausch
Machu Picchu
|
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Património Mundial da UNESCO | ||||
|
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Machu Picchu
|
||||
País | Peru | |||
Tipo | ||||
Critérios | i, iii, vii, ix | |||
Referência | 274 | |||
Região** | América | |||
Histórico de inscrição | ||||
Inscrição | 1983 (7ª sessão) | |||
* Nome como inscrito na lista do Património Mundial. ** Região, segundo a classificação pela UNESCO. |
Machu Picchu (em quíchua Machu Pikchu, "velha montanha"), também chamada "cidade perdida dos Incas",[1] é uma cidade pré-colombiana bem conservada, localizada no topo de uma montanha, a 2400 metros de altitude, no vale do rio Urubamba, atual Peru. Foi construída no século XV, sob as ordens de Pachacuti.
O local é, provavelmente, o símbolo mais típico do Império Inca, quer devido à sua original localização e características geológicas, quer devido à sua descoberta tardia em 1911.
Apenas cerca de 30% da cidade é de construção original, o restante foi
reconstruído. As áreas reconstruídas são facilmente reconhecidas, pelo
encaixe entre as pedras. A construção original é formada por pedras
maiores, e com encaixes com pouco espaço entre as rochas.
Consta de duas grandes áreas: a agrícola formada principalmente por terraços e recintos de armazenagem de alimentos; e a outra urbana, na qual se destaca a zona sagrada com templos, praças e mausoléus reais.
A disposição dos prédios, a excelência do trabalho e o grande número
de terraços para agricultura são impressionantes, destacando a grande
capacidade daquela sociedade. No meio das montanhas, os templos, casas e
cemitérios estão distribuídos de maneira organizada, abrindo ruas e
aproveitando o espaço com escadarias. Segundo a história inca, tudo
planejado para a passagem do deus sol.
O lugar foi elevado à categoria de Património mundial da UNESCO, tendo sido alvo de preocupações devido à interação com o turismo por ser um dos pontos históricos mais visitados do Peru.
Há diversas teorias sobre a função de Machu Picchu, e a mais aceita afirma que foi um assentamento construído com o objetivo de supervisionar a economia das regiões conquistadas e com o propósito secreto de refugiar o soberano Inca e seu séquito mais próximo, no caso de ataque.
Pela obra humana e pela localização geográfica, Machu Picchu é considerada Patrimônio Mundial pela UNESCO.
História
Machu Picchu no século XIX
Em 1865, no curso de suas viagens de exploração pelo Peru, o naturalista italiano Antonio Raimondi
passou ao pé das ruínas sem sabê-lo e menciona o quão escassamente
povoada era a região na época. Porém, tudo indica que foi por esses anos
que a região começou a receber visitas por interesses distintos dos
meramente científicos.
De fato, uma investigação em curso divulgada recentemente[2][3] revela informação sobre um empresário alemão chamado Augusto Berns que em 1867
não só havia "descoberto" as ruínas mas também havia fundado uma
empresa "mineira" para explorar os presumidos "tesouros" que abrigavam
(a "Compañía Anónima Explotadora de las Huacas del Inca"). De acordo com esta fonte, entre 1867 e 1870 e com a aprovação do governo de José Balta, a companhia havia operado na zona e logo vendido "tudo o que encontrou" a colecionadores europeus e norte-americanos.[4]
Conectados ou não com esta suposta empresa (cuja existência espera
ser confirmada por outras fontes e autores) o certo é que nesta época
que os mapas de prospecções mineiras começam a mencionar Machu Picchu.
Assim, em 1870, o norte-americano Harry Singer coloca pela primeira vez
em um mapa a localização do Cerro Machu Picchu e se refere ao Huayna Picchu como "Punta Huaca del Inca". O nome revela uma inédita relação entre os incas e a montanha e inclusive sugere um caráter religioso (uma huaca nos Andes antigos era um lugar sagrado).[5]
Um segundo mapa de 1874, elaborado pelo alemão Herman Gohring, menciona e localiza em seu local exato ambas montanhas.[6]
Por fim, em 1880 o explorador francês Charles Wiener confirma a existência de restos arqueológicos no lugar (afirma "há ruínas na Machu Picchu"), embora não possa chegar ao local.[7]
Em qualquer caso está claro que a existência da suposta "cidade
perdida" não se havia esquecido, como se acreditava até há alguns anos.
Redescobrimento
Foi o professor norte-americano Hiram Bingham quem, à frente de uma expedição da Universidade de Yale, redescobriu e apresentou ao mundo Machu Picchu em 24 de julho de 1911.
Este antropólogo, historiador ou simplesmente, explorador aficcionado
da arqueologia, realizou uma investigação da zona depois de haver
iniciado os estudos arqueológicos.
Bingham criou o nome de "a Cidade
Perdida dos Incas" através de seu primeiro livro, Lost City of the Incas. Porém, naquela época, a meta de Bingham era outra: encontrar a legendária capital dos descendentes dos Incas, Vilcabamba, tida como baluarte da resistência contra os invasores espanhóis, entre 1536 e 1572. Ao penetrar pelo cânion do Urubamba,
Bingham, no desolado sítio de Mandorbamba, recebeu do camponês Melchor
Arteaga o relato que no alto de cerro Machu Picchu existiam abundantes
ruínas. Alcançá-las significava subir por uma empinada ladeira coberta
de vegetação.
Quando Bingham chegou à cidade pela primeira vez, obviamente
encontrou a cidade tomada por vegetação nativa e árvore. E também era
infestada de víboras.
Embora céptico, conhecedor dos muitos mitos que existem sobre as
cidades perdidas, Bingham insistiu em ser guiado ao lugar. Chegando ao
cume, um dos meninos das duas famílias de pastores que residiam no local
o conduziu aonde, efetivamente, apareciam imponentes construções
arqueológicas cobertas pelo manto verde da vegetação tropical e, em
evidente estado de abandono há muitos séculos. Enquanto inspecionava as
ruínas, Bingham, assombrado, anotou em seu diário:
Would anyone believe what I have found?" | (Acreditará alguém no que encontrei?) |
— Hiram Bingham
Depois desta expedição, Bingham voltou ao lugar em 1912 e, nos anos seguintes (1914 e 1915), diversos exploradores levantaram mapas e exploraram detalhadamente o local e os arredores.
Suas escavações, não muito ortodoxas, em diversos lugares de Machu
Picchu, permitiram-lhe reunir 555 vasos, aproximadamente 220 objetos de bronze, cobre, prata e de pedra, entre outros materiais. A cerâmica mostra expressões da arte inca e o mesmo deve dizer-se das peças de metal: braceletes, brincos e prendedores decorados, além de facas e machados. Ainda que não tenham sido encontrados objetos de ouro, o material identificado por Bingham era suficiente para inferir que Machu Picchu remonta aos tempos de esplendor inca, algo que já evidenciava seu estilo arquitetônico.
Bingham reconheceu também outros importantes grupos arqueológicos nas
imediações: Sayacmarca, Phuyupatamarca, a fortaleza de Vitcos e
importantes trechos de caminhos (Caminho Inca), todos eles interessantes exemplos da arquitetura
desse império. Tanto os restos encontrados como as evidências
arquitetônicas levam os investigadores a crer que a cidade de Machu
Picchu terminou de ser construída entre fim do século XV e início do século XVI.
A expedição de Bingham, patrocinada não somente pela Universidade de Yale como também pela National Geographic Society,
foi registrada em uma edição especial da revista, publicada em 1913,
contendo um total de 186 páginas, que incluía centenas de fotografias.
Geografia
Localização
Machu Picchu se encontra a 13º 9' 47" de latitude sul e 72º 32' 44" de longitude oeste. Faz parte do distrito de mesmo nome, na província de Urubamba, no Departamento de Cusco, no Peru. A cidade importante mais próxima é Cusco, atual capital regional e antiga capital dos incas, a 130 quilômetros dali.
A 2400 metros de altitude, Machu Picchu está situada no alto de uma montanha, cercada por outras montanhas e circundada pelo rio Urubamba, o que lhe proporciona uma atmosfera única de segurança e beleza
As montanhas Machu Picchu e Huayna Picchu são parte de uma grande formação orográfica conhecida como Batolito de Vilcabamba, na Cordilheira Central dos Andes peruanos. Encontram-se na margem esquerda do chamado Canyon do Urubamba, conhecido antigamente como Quebrada de Picchu.[8] Ao pé dos montes e praticamente rodeando-os, corre o rio Urubamba
(Vilcanota).
As ruínas incas encontram-se a meio caminho entre os picos
das duas montanha, a 450 metros acima do nível do vale e a 2.438 metros
acima do nível do mar. A superfície edificada tem aproximadamente 530
metros de comprimento por 200 de largura e contém 172 edifícios em sua
área urbana.
As ruínas, propriamente ditas, estão dentro de um território do Sistema Nacional de Áreas Naturais Protegidas pelo Estado (SINANPE),[9] chamado Santuário Histórico de Machu Picchu, que se estende sobre uma superfície de 32 592 hectares, (80 535 acres ou 325,92 km²) da bacia do rio Vilcanota-Urubamba (o Willka mayu ou "rio sagrado" dos incas). O Santuário Histórico protege uma série de espécies biológicas em perigo de extinção e vários estabelecimentos incas,[10] entre os quais Machu Picchu é considerado o principal.
Turismo
Machu Picchu recebe turistas do mundo todo. A infraestrutura completa para o turista está nas cidades vizinhas de Águas Calientes e Cusco.
Formas de acesso
- A partir da cidade de Cusco a viagem de trem leva três a quatro horas, até chegar ao povoado de Águas Calientes. Neste local há micro-ônibus frequentes, que levam cerca de 30 minutos para chegar a Machu Picchu, pela rodovia Hiram Bingham (que sobe a encosta do cerro Machu Picchu desde a estação ferroviária "Puente Ruinas", localizada no fundo do canion. A mencionada rodovia, porém, não está integrada à rede nacional de rodovias do Peru. Nasce no povoado de Águas Calientes que por sua vez só é acessível por ferrovia (3 a 4 horas desde Cusco). A ausência de uma rodovia direta a Machu Picchu é intencional e permite controlar o fluxo de visitantes à região, por ser uma reserva nacional. Isso, porém, não impediu o crescimento desordenado (criticado pelas autoridades culturais) de Águas Calientes, que vive do turismo e para o turismo, pois há hotéis e restaurantes de diferentes categorias no local.
- Seguindo o Caminho Inca em uma caminhada de quatro dias e chegar a Machu Picchu pela "porta do Sol". Para isso é necessário tomar o trem até o km 82 da ferrovia Cusco-Águas Calientes, de onde parte o caminho a pé.[11] Pode-se realizar a trilha completa, caminhando os 45 km em quatro dias com pernoites nos acampamentos com infra-estrutura, ou fazer a trilha curta, que pode ser realizada de duas maneiras: em dois dias, com pernoite no alojamento próximo às ruínas de Wina Wayna, chegando à Porta do Sol pela manhã ou caminhar os 12 km num único dia, chegando em Machu Picchu no final da tarde.
- A partir da cidade de Cusco, fazer o passeio do Vale Sagrado dos Incas até Ollantaytambo e aí tomar o trem até Aguas Calientes e daí em micro-ônibus.
- Também é acessível de helicóptero, em um voo de trinta minutos a partir de Cusco.
Divisões
A área edificada em Machu Picchu é de 530 metros de comprimento por
200 de largura e inclui ao menos 172 recintos. O complexo está
claramente dividido em duas grandes zonas: a zona agrícola, formada por
conjuntos de terraços de cultivo, que se encontra ao sul; e a zona
urbana, que é aquela onde viveram seus ocupantes e onde se desenvolviam
as principais atividades civis e religiosas. As duas zonas estão
separadas por um muro, um fosso e uma escadaria, elementos que correm
paralelos pela face leste da montanha.
Zona agrícola
Os terraços de cultivo de Machu Picchu aparecem como grandes
escadarias construídas sobre a ladeira. São estruturas formadas por um
muro de pedra e preenchidas com diferentes capas de material (pedras
grandes, pedras menores, cascalho, argila e terra de cultivo) que
facilitam a drenagem, evitando que a água crie poças (leve-se em conta a
grande pluviosidade da região) e desmorone sua estrutura. Este tipo de
construção permitiu que se cultivasse neles até a primeira década do século XX.
Outros terraços de menor largura se encontram na parte baixa de Machu
Picchu, ao redor de toda a cidade. Sua função não era agrícola, mas sim
servir como muros de contenção.
Cinco grandes construções localizam-se sobre os terraços ao leste do
caminho inca que chega a Machu Picchu pelo sul. Foram utilizados como
armazéns. A oeste do caminho encontram-se outros dois grandes conjuntos
de terraços: alguns concêntricos de corte semicircular e outros retos.
Zona urbana
Um muro de cerca de 400 metros de comprimento divide a cidade da área
agrícola. Paralelo ao muro corre um fosso usado como principal drenagem
da cidade. No alto do muro está a porta de Machu Picchu que contava com
um mecanismo de fechamento interno.
A zona urbana foi dividida pelos arqueólogos atuais em grupos de
edifícios denominados por números entre 1 e 18. Ainda está em vigência o
esquema proposto por Chavez Ballón em 1961
que divide a zona urbana em “setor hanan” (alto) e “setor hurin”
(baixo) conforme a tradicional bipartição da sociedade e da hierarquia
andina. O eixo físico dessa divisão é uma praça comprida, construída
sobre terraços em diferentes níveis, de acordo com o declive da
montanha.
O segundo eixo da cidade em importância forma uma cruz com o
anterior, atravessando praticamente toda a largura das ruínas de leste a
oeste. Consiste de dois elementos: uma larga e comprida escadaria que
faz a vez de “rua principal” e um conjunto de elaboradas fontes de água
que corre paralelo a ela.
Na intersecção dos dois eixos estão localizadas a residência do inca,
o templo observatório do torreão e a primeira e mais importante das
fontes de água.
Setor Hanan
- Conjunto 1
- Templo do Sol
O Templo do Sol é acessível por uma porta dupla, que permanecia
fechada (há restos de um mecanismo de segurança). A edificação principal
é conhecida como "Torreón", de blocos finamente lavrados. Foi usado para cerimônias relacionadas com o solstício de verão.[12]
Uma de suas janelas mostra sinais de ornamentos incrustados que foram
arrancados em algum momento da história de Machu Picchu, destruindo
parte de sua estrutura. Mostra também sinais de um grande incêndio no
lugar. O Torreón está construído sobre uma grande rocha sob a
qual há uma pequena cova que foi forrada completamente com argamassa
fina. Supõe-se que foi um mausoleo e que em seu interior haveria múmias.
Lumbreras também especula que há indícios para afirmar que pode ser o
mausoleo de Pachacutec e que sua múmia esteve ali até pouco depois da chegada dos espanhóis em Cusco.[13]
- Residência Real
Das construções destinadas a residência real, esta é a mais fina,
maior e melhor distribuída. Sua porta de acesso está frente à primeira
fonte da cidade e, atravessando a rua formada por uma grande escadaria,
ao Templo do Sol. Inclui duas peças de grandes monólitos de pedra bem
talhada. Uma dessa peças tem acesso a um quarto de serviço com canal de
deságue. O conjunto inclui um curral para llhamas e um terraço privado
com vista ao lado leste da cidade.
Zona sagrada
É chamado assim o conjunto de construções dispostas em torno de um
pátio quadrado. Todas as evidências indicam que o lugar estava destinado
a diferentes rituais. Inclui dois dos melhores edifícios de Machu
Picchu, que estám formados por rochas trabalhadas de grade tamanho: O Templo das Três Janelas, cujos muros de grandes blocos poligonais foram ensam postos como um quebra-cabeças, e o Templo Principal, de blocos mais regulares, que se crê que foi o principal recinto cerimonial da cidade. Junto com este último está a chamada casa do sacerdote, ou câmara dos ornamentos. Há indícios que sugerem que o conjunto geral não terminou de ser construído.
- Intihuatana
Trata-se de uma colina cujos lados foram convertidos em terraços,
tomando a forma de uma grande pirâmide de base poligonal. Inclui duas
largas escadas de acesso, ao norte e ao sul, sendo esta última
especialmente interessante por estar em largo trecho talhada em um só
rocha. No alto, rodeada de construções da elite, encontra-se a pedra Intihuatana
("onde se amarra o Sol"), um dos objetos mais estudados de Machu
Picchu, que foi relacionado com uma série de lugares considerados
sagrados a partir do qual se estabelecem claros alinhamentos entre
acontecimentos astronômicos e as montanha circundantes.[14]
Setor Urin
- Rocha sagrada
Chamam-se assim uma pedra de face plana colocada sobre um amplo
pedestal. É uma marcação que indica o extremo norte da cidade e é o
ponto de partida do caminha a Huayna Picchu.
- Grupo das três portas
É um amplo conjunto arquitetônico dominado por três grandes kanchas dispostas simetricamente e comunicadas entre si. Suas portas, de idêntico formato, dão para a zona central de Machu Picchu. [15]
Aspectos construtivos
Engenharia hidráulica e de solo
Uma cidade de pedra construída no alto de um istmo entre duas montanhas e entre duas falhas geológicas, em uma região submetida a constantes terremotos
e, sobretudo a constantes chuvas o ano todo apresenta um desafio para
qualquer construtor: evitar que todo o complexo se desmorone. Segundo
Alfredo Valencia e Keneth Wright "o segredo da longevidade de Machu Picchu é seu sistema de drenagem".[16] O solo das áreas não trabalhadas possui um sistema de drenagem
que consiste em capas de pedras trituradas e rochas para evitar o
empoçamento da água das chuvas. 129 canais de drenagem se estendem por
toda a área urbana, feitos para evitar a erosão,
desembocando em sua maior parte no fosso que separa a área urbana da
agrícula, que era na verdade o desague principal da cidade. Calcula-se
que 60% do esforço construtivo de Machu Picchu estava em fazer as
cimentações sobre terras que já sofreram terraplanagem com cascalho para
um bom dreno das águas em excesso.
Orientação das construções
Existem sólidas evidências de que os construtores tiveram em conta
critérios astronômicos e rituais para a construção de acordo com estudos
de Dearborn, White, Thomson e Reinhard, entre outros. Na verdade, o
alinhamento de alguns edifícios importantes coincide com o azimute solar durante os solstícios de maneira constante e com os pontos do nascer-do-sol e pôr-do-sol em determinadas épocas do ano, e com o topo das montanhas circundantes.[17][18]
Arquitetura
- Material
- Morfologia
- Quase todos os edifícios são de planta retangular. Há os de uma, duas e até oito portas, normalmente em apenas um dos lados maiores do retângulo. Existem poucas construções de planta curva e circular.
- São frequentes as construções chamadas huayranas. Estas só possuem três muros. Neste caso no espaço do "muro faltante" aparece uma coluna de pedra para sustentar uma viga de madeira que serve de suporte ao teto. Também existem os chamados masmas, duas huayranas unidas por um muro no meio.
- As construções normalmente seguem o esquema das kanchas, ou seja, quatro construções retangulares dispostas em torno de um pátio central unidos por um eixo de simetria transversal.[19] A este pátio dão todas as portas.
- Muros e paredes
Os muros e paredes de pedra eram basicamente de dois tipos:
- De pedra unida com argamassa de barro e outras substâncias. Há evidências de que estas construções, que são maioria em Machu Picchu, estiveram recobertas com uma camada de argila e pintadas (em amarelo e vermelho, ao menos), embora a desintegração precoce dos tetos as tornaram vulneráveis à chuva frequente da região e portanto não se conservara.
- De pedra cuidadosamente lavrada nas construções de elite. São blocos de granito, sem brilho e perfeitamente talhados em forma de prismas retangulares (paralelepípedos, como os tijolos) ou poligonais. Suas faces exteriores podem ser almofadadas, ou seja, com protuberâncias, ou perfeitamente lisas. Nesses casos, a união dos blocos parece perfeita e permite supor que não têm nenhum tipo de argamassa; porém de fato o tem: é uma fina capa de material aglutinante que se encontra entre pedra e pedra embora seja invisível por fora. O esforço dessas realizações em uma sociedade sem ferramentas de ferro (somente conheciam o bronze, muito menos rígido) é notável.
- Cobertura
Não se conservou nenhum teto original, porém há consenso em afirmar
que a maioria das construções o tinham, de duas ou quatro águas. Houve
um teto cônico sobre o torreón e era formado por uma armação de troncos de Alnus acuminata[20] amarrado e coberto por camadas de Stipa ichuun. A fragilidade desse tipo de palha e alta pluviosidade da região fez necessário que estes tetos tivesse inclinação de até 63º.[21] Assim a altura dos tetos muitas vezes duplicava a altura do resto do edifício.
- Portas, janelas e nichos
- Como é clássico na arquitetura inca, a maioria das portas, janelas e nichos (chamados falsas janelas) têm forma trapezoidal, mais larga na base que no topo. A trava superior podiam ser de madeira ou de pedra (às vezes um só grande bloco). As portas dos recintos mais importantes eram duplas e em alguns casos incluíam um mecanismo de fechamento interior.
- As paredes interiores de boa parte das construções têm nichos em forma trapezoidal, junto às janelas. Blocos cilíndricos ou retangulares sobressaem com frequência dos muros como grandes varandas, dispostos em forma simétrica com os nichos, quando existentes.
Galeria
Li-Sol-30
Publicado em 22/06/2012
Sejam felizes todos os seres.Vivam em paz todos os seres.
Sejam abençoados todos os seres.
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