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Hoje na História: 1882
- Reino Unido invade o Egito e dá início a 40 anos de controle
Em 28 de fevereiro de 1922, porém, o Reino Unido opta
por renunciar ao protetorado sob forte pressão do movimento independentista
Em 2 de agosto de 1882, os ingleses desembarcam em Alexandria, porto egípcio sobre o Mediterrâneo, sob o pretexto de restabelecer a ordem depois de distúrbios sangrentos. Tirando partido da incapacidade do soberano egípcio de reembolsar sua dívida externa, colocam o governo sob tutela. A intervenção põe fim à independência do Egito bem como à expansão da França no vale do Nilo.
Desde a época de Soliman o Magnífico, três séculos antes, o Egito se considerava fazendo parte do Império Otomano. Todavia, após a tomada do poder por Mehemet Ali em 1805, o khedive ou vice-rei, que o governava em nome do sultão, tornou-se independente de fato.
Desde a época de Soliman o Magnífico, três séculos antes, o Egito se considerava fazendo parte do Império Otomano. Todavia, após a tomada do poder por Mehemet Ali em 1805, o khedive ou vice-rei, que o governava em nome do sultão, tornou-se independente de fato.
[Mulheres em manifestação nacionalistas no Cairo, em 1919]
Sob o impulso de Mehemet Ali e de seus sucessores, o país se moderniza a passos largos, sustentando a ambição de se igualar à bvanguarda europeia. A população, essencialmente camponesa, se concentrava no Vale do Nilo desde a Alta Antiguidade. No curso do século 19, ela passa de 2,5 milhões para 10 milhões de habitantes (80 milhões no final do século 20).
Em 18 de janeiro de 1863, o trono é ocupado por Ismail Pacha, 32 anos, neto de Mehemet. O novo khédive investe a todo vapor na infraestrutura e para tanto subscreve maciços empréstimos no estrangeiro, notadamente a fim de permitir a conclusão dos trabalhos de escavação do Canal de Suez. A dívida pública passa de 4 a 80 milhões de libras esterlinas. A dívida custa muito caro, de um lado porque os credores ocidentais impuseram uma taxa de juros elevada sobre os chamados "valores à turbante" dos quais desconfiavam – 12 a 13% em vez dos 6 a 7% habituais; de outro porque os intermediarios retinham comissões exorbitantes da ordem de 30 a 50%.
Em 24 de novembro de 1875, o khedive cede à Inglaterra sua participação na Companhia do Suez a fim de tentar enxugar a dívida. Como a medida se mostrou por demais insuficiente, o Estado egípcio se declara em bancarrota em 8 de abril de 1876. Sem alternativas, o governo de Ismail Pacha é posto sob tutela de uma Caixa da Dívida. A direção da Caixa era composta de 2 britânicos, 2 franceses, um austríaco e um húngaro. Um controlador geral europeu ficou encarregado de gerir as receitas e um outro as despesas. Aos europeus foram confiados os ministérios de Finanças e Obras Públicas, com a missão de reduzir o salário dos funcionários públicos e dos militares. Outrossim, 2500 militares foram mandados para a reserva.
Ismail Pacha, submetido à pressão das ruas e do exército, demite os ministros europeus. Os credores, exasperados, consideram que nada mais podem esperar do khedive e o obrigam a abdicar em favor de seu filho Taufiq. Taufiq Pacha, 27 anos, não resistiu. Confiou a administração do país a um condomìnio franco-britânico. Contudo, o avassalamento do Egito não deixou seus habitantes indiferentes. Os oficiais se revoltam sob o comando do coronel Ahmed Arabi em 9 de setembro de 1881, obrigam o khedive a exonerar todo o seu gabinete e convocar uma nova Câmara de Delegados.
Em 18 de janeiro de 1863, o trono é ocupado por Ismail Pacha, 32 anos, neto de Mehemet. O novo khédive investe a todo vapor na infraestrutura e para tanto subscreve maciços empréstimos no estrangeiro, notadamente a fim de permitir a conclusão dos trabalhos de escavação do Canal de Suez. A dívida pública passa de 4 a 80 milhões de libras esterlinas. A dívida custa muito caro, de um lado porque os credores ocidentais impuseram uma taxa de juros elevada sobre os chamados "valores à turbante" dos quais desconfiavam – 12 a 13% em vez dos 6 a 7% habituais; de outro porque os intermediarios retinham comissões exorbitantes da ordem de 30 a 50%.
Em 24 de novembro de 1875, o khedive cede à Inglaterra sua participação na Companhia do Suez a fim de tentar enxugar a dívida. Como a medida se mostrou por demais insuficiente, o Estado egípcio se declara em bancarrota em 8 de abril de 1876. Sem alternativas, o governo de Ismail Pacha é posto sob tutela de uma Caixa da Dívida. A direção da Caixa era composta de 2 britânicos, 2 franceses, um austríaco e um húngaro. Um controlador geral europeu ficou encarregado de gerir as receitas e um outro as despesas. Aos europeus foram confiados os ministérios de Finanças e Obras Públicas, com a missão de reduzir o salário dos funcionários públicos e dos militares. Outrossim, 2500 militares foram mandados para a reserva.
Ismail Pacha, submetido à pressão das ruas e do exército, demite os ministros europeus. Os credores, exasperados, consideram que nada mais podem esperar do khedive e o obrigam a abdicar em favor de seu filho Taufiq. Taufiq Pacha, 27 anos, não resistiu. Confiou a administração do país a um condomìnio franco-britânico. Contudo, o avassalamento do Egito não deixou seus habitantes indiferentes. Os oficiais se revoltam sob o comando do coronel Ahmed Arabi em 9 de setembro de 1881, obrigam o khedive a exonerar todo o seu gabinete e convocar uma nova Câmara de Delegados.
Numa nota conjunta, o primeiro ministro britânico William Gladstone e o Presidente do Conselho francês Leon Gambetta manifestam apoio ao khedive e tentam impressionar os rebeldes, que veem a nota como uma provocação. Arabi é chamado ao governo em 29 de maio, obtém do khedive poderes ditatoriais e manda fortificar o porto de Alexandria e a costa. Um levante popular em Alexandria fornece a Gladstone pretexto para intervir. Exige que o governo desarme as baterias da cidade. Em 11 de julho de 1882, o almirante Beauchamp-Seymour recebe autorização de bombardear Alexandria. Na noite seguinte, vastos incêndios tomam conta da cidade e os saques se multiplicam.
Em 2 de agosto, por fim, tropas britânicas desembarcam em Alexandria. Em 13 de setembro, uma batalha decisiva tem lugar em Tel el-Kebir entre ingleses e egípcios, Estes são facilmente derrotados e Pacha, capturado, é enviado para o exílio no Ceilão. Gladstone coloca o governo do khedive sob sua proteção e todo o poder passa às mãos do cônsul-geral da rainha Victória, lorde Cromer. Cromer torna-se o verdadeiro chefe de governo. Remodela o exército e dá andamento à obra de modernização de Ismail Pacha, desenvolvendo a irrigação e a cultura do algodão.
Durante a Primeira Guerra Mundial caem as máscaras. O Egito rompe oficialmente com o Império Otomano, aliado das Potências Centrais (Alemanh e Austria-Hungria) e o país se transforme num mero protetorado britânico. Em 28 de fevereiro de 1922, porém, o Reino Unido opta por renunciar ao protetorado som forte pressão do movimento independentista. O sultão Fuad I se proclama diante da multidão rei do Egito – o título de rei sendo mais prestyigioso que o de sultão. Os britânicos, no entanto, conservam uma grande influência sobre os negócios do país até a derrocada de Faruk I, seu filho e sucessor, em 23 de julho de 1952, pelos jovens oficiais progressistas.
Em 2 de agosto, por fim, tropas britânicas desembarcam em Alexandria. Em 13 de setembro, uma batalha decisiva tem lugar em Tel el-Kebir entre ingleses e egípcios, Estes são facilmente derrotados e Pacha, capturado, é enviado para o exílio no Ceilão. Gladstone coloca o governo do khedive sob sua proteção e todo o poder passa às mãos do cônsul-geral da rainha Victória, lorde Cromer. Cromer torna-se o verdadeiro chefe de governo. Remodela o exército e dá andamento à obra de modernização de Ismail Pacha, desenvolvendo a irrigação e a cultura do algodão.
Durante a Primeira Guerra Mundial caem as máscaras. O Egito rompe oficialmente com o Império Otomano, aliado das Potências Centrais (Alemanh e Austria-Hungria) e o país se transforme num mero protetorado britânico. Em 28 de fevereiro de 1922, porém, o Reino Unido opta por renunciar ao protetorado som forte pressão do movimento independentista. O sultão Fuad I se proclama diante da multidão rei do Egito – o título de rei sendo mais prestyigioso que o de sultão. Os britânicos, no entanto, conservam uma grande influência sobre os negócios do país até a derrocada de Faruk I, seu filho e sucessor, em 23 de julho de 1952, pelos jovens oficiais progressistas.
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Sejam felizes todos os seres.
Vivam em paz todos os seres.
Sejam abençoados todos os seres.
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