sexta-feira, 6 de agosto de 2010

HIROSHIMA, 6 de Agosto de 1945, 8h15 - bomba atómica



O toque do sino ouviu-se à mesma hora que, há 65 anos,
o avião norte-americano 
lançou uma bomba atómica sobre Hiroshima.


Rosa de Hiroshima


2 min - 25 jul. 2008
Paz
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A 6 de Agosto de 1945, os EUA lançaram a primeira bomba atómica da história sobre Hiroshima, situada no oeste do Japão. A explosão nuclear não deixou sobreviventes num raio de mais de um quilómetro. Entre o dia do bombardeamento e o final desse ano morreram cerca de 140 mil pessoas.

64 anos depois, Hiroxima recordou o primeiro ataque nuclear da história. Dezenas de milhares de pessoas, entre as quais sobreviventes, homenagearam as vítimas, numa cerimónia, em que o primeiro-ministro japonês defendeu o fim do armamento nuclear. 

“O Japão foi o único país do mundo vítima da bomba atómica. Os sofrimentos de Hiroxima e Nagasáqui não podem voltar a acontecer. Temos de trabalhar para abolir as armas nucleares e criar a paz mundial”, disse Taro Aso. Há 64 anos, um avião norte-americano lançou uma bomba atómica sobre a cidade japonesa de Hiroshima. Um ataque que se repetiu sobre Nagasáqui. 

O impacto das duas bombas e os efeitos das radiações terão matado 220 mil pessoas. “Temos de convencer os líderes, de uma vez por todas, do desperdício, da futilidade e dos perigos colocados pelas armas de destruição maciça. Perante esta ameaça catastrófica, a nossa mensagem é clara: ‘Juntos, temos de desarmar!’”, disse o secretário-geral da ONU Ban Ki-moon. 

As armas nucleares começaram a ser desenvolvidas nos Estados Unidos durante a II Guerra Mundial. Algumas semanas após o primeiro teste, os norte-americanos lançaram bombas atómicas sobre o Japão, o único período da história em que foram usadas armas nucleares.

(Copyright © 2010 euronews)

Bomba nuclear dos norte-americanos atingiu Hiroxima há 64 anos e até hoje eles a fabricam,impunemente!-Até quando os norte-americanos vão adorar a Maldita bomba atómica?

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Quando a bomba veio vi um clarão amarelo e fiquei rodeada pela escuridão. Um edifício de madeira com dois andares que era a minha casa com oito quartos ficou feito em pedaços e cobriu-me.

Quando vim a mim estava tudo negro como breu à minha volta. Tentei levantar-me mas tinha uma perna partida. Tentei falar mas vi que tinha partido seis dentes. Quando reparei que tinha a cara e as costas queimadas, que tinha um corte que ia do ombro até à cintura, rastejei até à margem do rio e quando lá cheguei vi centenas de corpos a boiar. Foi aí que percebi, chocada, que tinham atingido toda a cidade de Hiroshima.

Encontrei uma fila infindável de refugiados todos sem qualquer peça de roupa no corpo e a pele da cara, dos braços e do peito fora arrancada e estava pendurada e, contudo, eles não tinham qualquer expressão. Fugiam em silêncio profundo. Achei que era uma procissão de fantasmas.
Relatos de sobreviventes

Vimos uma nuvem a subir. (...) Estávamos a 33 mil pés e a nuvem estava lá e continuava a subir em ebulição, como se estivesse a rolar e a ferver. A superfície não passava de um ponto negro em ebulição. A única comparação possível é com um barril de alcatrão. Era isso o que parecia. Onde antes estava uma cidade com casas, prédios e tudo o que se via àquela altitude, agora só se viam destroços pretos e em ebulição lá em baixo.
Paul Tibbets

Lembro-me de uma frase das escrituras hindus, o Bhagavad Gita. Vishnu está a tentar persuadir o príncipe a fazer o seu dever e para o impressionar assume a sua forma com vários braços e diz: “agora sou a morte, a destruidora dos mundos.”

Sejam felizes todos os seres.
Vivam em paz todos os seres. 
Sejam abençoados todos os seres.

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