terça-feira, 13 de dezembro de 2011

AL DEBARAN

Aldebarã

Aldebaran
A Constelação de Taurus, por Johannes Hevelius – Aldebarã aparece junto ao olho esquerdo do touro
 
Alpha Tauri (α Tau) 
conhecida como Aldebarã ou Aldebaran 
é a estrela mais brilhante da constelação Taurus.

 Aldebaran

É também designada 
pelos nomes de Cor Tauri;  
Parilicium ou ainda, pelos códigos 
HR 1457 e HD 29139

Na Grécia antiga
era conhecida como "tocha" ou "facho".

 Descrição e localização

Se imaginarmos a imagem sugerida para a constelação, a estrela ocupará sensivelmente a posição do olho esquerdo do Touro mítico. O seu nome provém da palavra árabe الدبران al-dabarān que significa "aquela que segue" – referência à forma como a estrela parece seguir o aglomerado estelar das Plêiades durante o seu movimento aparente ao longo do céu nocturno. 

Quase parece que Aldebarã pertence ao mais disperso dos enxames estelares (as Híades) que constitui, também, o aglomerado mais próximo da Terra. Contudo, a maior parte dos autores crê que, na verdade, está apenas localizada na mesma direcção da linha de visão entre a Terra e as Híades – sendo, portanto, uma estrela independente.

Aldebarã é uma das estrelas mais facilmente identificáveis no céu nocturno, tanto devido ao seu brilho como à sua localização em relação a uma das figuras estelares mais conhecidas do céu. Identificamo-la rapidamente se seguirmos a direcção das três estrelas centrais da constelação de Orion (designadas popularmente por “três Marias” ou “Três reis Magos”), da esquerda para a direita (no hemisfério norte) ou da direita para a esquerda, no hemisfério sul –

Aldebarã é a primeira das estrelas mais brilhantes que encontramos no seguimento dessa linha. Pode ser vista em Portugal (zona média do hemisfério norte) de Outubro a Março.

Comparação do tamanho relativo de Aldebaran e do Sol
 
Aldebarã é uma estrela de tipo espectral K5 III (é uma gigante vermelha), o que significa que tem cor alaranjada; tem grandes dimensões, e saiu da sequência principal do Diagrama de Hertzsprung-Russell depois de ter gasto todo o hidrogénio que constituía o seu “combustível”. Tem uma companheira menor (uma estrela mais pálida, tipo M2 anã que orbita a várias centenas de UA).

Actualmente, a sua energia 
provém apenas da fusão de hélio,
da qual resultam cinzas 

O corpo principal desta estrela expandiu-se para um diâmetro de aproximadamente 5,3 × 107 km, ou seja, cerca de 38 vezes maior que o Sol (outras fontes referem que é 50 vezes maior). 

As medições efectuadas pelo satélite Hipparcos localizam a estrela a 65,1 anos-luz da Terra, e permitem saber que a sua luminosidade é 150 vezes superior à do Sol, o que a torna a décima terceira estrela mais brilhante do céu (0,9 de magnitude). É ligeiramente variável, do tipo variável pulsante, apresentando uma variação de cerca de 0.2 de magnitude. 

Outras fontes [1] referem que se situa a 72 anos-luz da Terra e que é 360 vezes mais luminosa que o Sol (outras, ainda, referem apenas 100 vezes mais luminosa). Em 1997, uma equipa de astrónomos (incluindo Artie P. Hatzes e William D. Cochran) anunciou a descoberta de um corpo satélite que pode ser um grande planeta ou uma anã castanha que terá, no mínimo, 11 vezes a massa de Júpiter e que orbitaria a uma distância de 1.35 UA. A descoberta não foi, contudo, ainda confirmada por outros astrónomos, sendo referidas outras explicações para os dados apresentados.

Significados místicos e astrológicos

Em termos astrológicos,
Aldebarã é considerada uma estrela propícia,
portadora de honra e riqueza. 

Segundo Ptolomeu
é da natureza de Marte.
O astrólogo e alquimista Cornelius Agrippa escreveu que "o talismã feito sob Aldebarã com a imagem de um homem voando, confere honra e riqueza.
É uma das quatro “estrelas reais” (a guardiã do leste), assim designadas pelos Persas, cerca de 3000 a.C.

Também como guardiã do leste 
corresponde, na tradição, 
ao arcanjo Miguel ("o que é como Deus"), 
o Comandante dos Exércitos Celestes. 

Indicou o equinócio de outono
no hemisfério norte em uma fase inicial 
da história a que se referem escrituras védicas.

Para os cabalistas 
é associada à letra inicial
do alfabeto hebraico, Aleph, 
e portanto à primeira carta do Tarô, O Mago. 

Segundo a mitologia própria da Stregheria, ou bruxaria tradicional italiana, Aldebarã é um anjo caído que, durante o equinócio da Primavera, marca a posição de Guardião da porta oriental do céu.


Taurus (Touro) 
O genitivo, usado para formar nomes de estrelas, é Tauri

As estrelas mais brilhantes são: Aldebarã (Alfa do Touro) de magnitude aparente 0,85, Alnath (Beta do Touro) de magnitude aparente 1,65 e Hyadum I (Gama do Touro) de magnitude aparente 3,63

Próximo a Teta do Touro 
encontra-se uma célebre nebulosa

 
A constelação também é notável 
por possuir dois belos aglomerados:

As constelações vizinhas,
de acordo com as fronteiras modernas, 
são: Auriga
Cetus

História e Mitologia

Desenho feito por Johannes Hevelius da constelação do Touro.
 
este é o touro em que Zeus se transformou 
para seduzir Europa, uma princesa fenícia

A representação é formada apenas pela cabeça, ombros e membros anteriores do touro. Na literatura grega foi chamada o Busto, representando o touro que raptou Europa, e sua parte posterior estava submersa nas ondas. As estrelas são representadas como um touro em posição de ataque, os chifres enormes abaixados.

os dois aglomerados de estrelas 
da constelação do Touro, as Híades e as Plêiades
eram associados à chegada das chuvas.[3]

Referências

  1. a b The Astronomical Almanac (em Inglês). United States America: [s.n.].
  2. a b Mourão, R.R.F. Atlas Celeste. 3ª ed. Petrópolis: Vozes, 1981. 38 p.
  3. Mourão, Ronaldo Rogério de Freitas. Uranografia: descrição do céu. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1989. 287 p. ISBN 85-265-0174-7
  • Touro (astrologia)
  • Touro (astrologia)

    Touro ou Tauro é o segundo signo astrológico do zodíaco, situado entre Áries/Carneiro e Gêmeos/Gémeos e associado à constelação de Taurus. Seu símbolo é um boi. Forma com Virgem e Capricórnio a triplicidade dos signos da Terra. É também um dos quatro signos fixos, juntamente com Leão, Escorpião e Aquário. Com pequenas variações nas datas dependendo do ano, os taurinos são as pessoas nascidas entre 21 de Abril e 20 de Maio.

    era um deus da vegetação do Egito 
    e aparecia com uma cabeça de touro. 

    No Egito
    quando o touro sagrado morria,
    colocavam-lhe um disco de ouro entre os chifres 
    (símbolo do sol, a força da vida) 
    e era pranteado e mumificado.
    O voltear dos toureiros de hoje, entre os chifres do touro, lembra a dança em honra ao animal. Zeus apaixonou-se por Europa, que brincava na praia. Transformou-se num belo touro branco e aproximou-se ajoelhando-se aos pés dela. Europa não resistiu e trepou em cima do touro, que a transportou pelo mar até a Ilha de Creta, onde a fecundou. 

    só aparece a sua parte dianteira, 
    porque o resto ficou submerso no mar.
     
    Mais tarde, em Creta, Europa deu à luz ao futuro rei Minos; como rei tinha um belo rebanho de touros dedicados a Poseidon e disse-lhe que se o deus o fizesse rei dos Mares – símbolo da conquista marítima – ele lhe daria seu animal mais belo. Então Creta floresceu, tornando-se uma ilha forte, mas Minos era avarento e cobiçoso, não queria se desfazer daquilo que possuía e menos ainda, das melhores. Por isso resolveu enganar Poseidon oferecendo-lhe um touro de segunda categoria. Poseidon se aborreceu e pediu ajuda a Afrodite para vingar-se.

    Minos era casado com Pasifae e sua mulher apaixonou-se por um belo touro branco. Pasifae pediu ajuda a Dédalo, um arquiteto que vivia na corte, patrocinado pelo rei. Dédalo vendeu-se, colaborando contra seu benfeitor em troca de bens materiais, construindo uma espécie de vaca para Pasifae se disfarçar e poder se unir ao touro. Dessa união nasceu o Minotauro, um monstro metade homem, metade touro.

    O Minotauro representa o ser humano consumido pelos seus desejos e o conflito entre o lado humano e o bestial, existente em todos nós. O monstro precisava ser preso e o rei mandou Dédalo construir-lhe uma prisão: o labirinto.

    O labirinto foi, na verdade, um palácio complicado na Ilha de Creta, a fim de que não fosse invadido e, também, um mosaico desenhado no chão onde se dançava em honra dos deuses da fertilidade. Até hoje, ambos existem em Creta. Então, o Minotauro, preso no labirinto, exigia carne humana de atenienses, para comer de 9 em 9 anos. Representa o homem obcecado pelo seu apetite devorador e que nada lhe contém.

    Teseu, herdeiro do trono de Atenas, resolve ir dominar o Minotauro. Encontra Ariadne, filha do rei Minos que se apaixona pelo herói, e dá-lhe um novelo de linha, a fim de que pudesse entrar no labirinto sem se perder.

    O novelo simboliza 
    um plano e um propósito que os taurinos 
    devem ter para não entrarem cegamente
    numa empreitada de longo alcance.

    O labirinto
    é o emaranhado de desejos
    e sensações físicas e materiais do ser humano. 
    Teseu mata o Minotauro e volta para sua terra, abandonando Ariadne. Minos fica furioso e prende Dédalo dentro do labirinto criado por ele, significando isso o artista aprisionado pela sua obra porque fez concessões, criando conforme a exigência do seu patrocinador e sacrificando a independência da sua criatividade.
     
Planetas extra-solares da constelação de Taurus
Sistema solar.png
HD 37124 b · HD 37124 c · HD 37124 d
lista de sistemas planetários · sistema solar

Ver também

Fontes

  • Fixed Stars & Constellations in Astrology, Vivian Robson, 1923
  • Three books of occult philosophy, Heinrich Cornelius Agrippa, Book II

Ligações externas




 Origem:
Wikipédia, a enciclopédia livre.
 
Sejam felizes todos os seres. Vivam em paz todos os seres.
Sejam abençoados todos os seres.

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