sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

EMMANUEL FIEL INSTRUTOR


Emmanuel


.EMMANUEL


Por volta de 79 a.C. viveu Públio Lentulus Sura, um cônsul, um homem de muito poder e impiedoso. Sura foi contemporâneo de Caio Júlio César, Marco Túlio Cícero, além de aliado político do temível Sérgio Lúcius Catilina. A personalidade do cônsul aparece claramente como a de um homem que se acreditava destinado a governar Roma e que o teria feito se tivesse sido vitorioso na famosa rebelião que participou como figura exponencial.
Enganado por uma profecia sobre três Cornelius governando Roma, imaginou-se como sucessor de seus parentes distantes. Um pouco mais tarde, Tertuliano o condenou a morte, estrangulado, em 5 de dezembro do ano de 63 a.C.

Depois de se passarem aproximadamente 94 anos reencarna como senador do Império Romano, agora como Públio Lentulus Cornelius, bisneto de Públio Lentulus Sura, sua reencarnação anterior. Públio Lentulus era um homem orgulhoso, mas nobre. Casou-se com uma excepcional mulher, Lívia, que ele tanto amou, mas que também, trouxe-lhe grande revolta e sofrimento por haver abraçado o Cristianismo. Tinham dois filhos, Flávia Lentúlia e Marcus. Sua filha fora atacada pelo mal da lepra, Hoje conhecido como hanseníase. Como Flávia estava muito doente, Públio Lentulus recebeu do Imperador Tibério a designação para alto cargo público na Palestina, onde havia um clima muito mais ameno para que a menina pudesse de alguma forma se restabelecer.

Foi desta forma que ele teve a grande oportunidade de encontrar Jesus. Sua esposa Lívia, que já houvera ouvido falar do Nazareno, implorou-lhe que pudesse procurar o profeta na esperança de uma cura definitiva para a pequenina, visto o grande número de comentários do povo naquela época sobre as curas operadas por Jesus. O senador aquiesceu ao pedido da esposa amada, dizendo-lhe, porém, que iria à procura do Messias, mas que não chegaria ao cúmulo de abordá-lo pessoalmente.

Na cidade de Cafarnaum, na Galiléia,quando as horas mais movimentadas do dia se escoram e o crepúsculo começou a se fazer visível,o senador então se colocou a caminho indo em direção a um lago da cidade. Depois de mais de uma hora de expectativa, deu-se então o encontro de Públio Lentulus com Jesus. Diante de seus olhos ansiosos, estava uma personalidade inconfundível e única.

Lágrimas ardentes rolaram-lhe dos olhos, que raras vezes haviam chorado, e força misteriosa e invencível fê-lo ajoelhar-se na relva lavada em luar. Desejou falar, mas tinha o peito sufocado e opresso. Foi quando, então, num gesto doce e de soberana bondade, o meigo Nazareno caminhou para ele, era como se aquela visão fosse a visão concretizada de um dos deuses de suas antigas crenças, e, pousando carinhosamente a destra em sua fronte, exclamou em linguagem encantadora, que Públio entendeu perfeitamente, dando-lhe inesquecível impressão de que a palavra era de espírito para espírito, de coração para coração. O senador quis falar, mas a voz estava embargada pela emoção e por profundos sentimentos. Desejou retirar-se, porém, nesse momento, notou que o Profeta de Nazaré se transfigurava de olhos fixos no céu.. Aquele lago, o Lago de Genesaré, deveria ser um santuário de Suas meditações e de Suas preces, no coração perfumado da natureza. Lágrimas copiosas Lhe lavaram o rosto, banhado, então por uma claridade branda, evidenciando a Sua beleza serena e indefinível melancolia…


Quais conseqüências desse encontro com o Divino Mestre? 
A cura de sua filha, Flávia. Lívia, esposa do senador, que era uma dama patrícia, torna-se cristã. E ele, que fora convidado pelo mestre a segui-lo, entre as opções que lhe foram apresentadas, de servir Deus ou a Mamon, escolheu servir a Mamon, ao mundo. Retornou às lides políticas e recusou-se a admitir ser Jesus o autor do restabelecimento da menina. No dia em que Jesus foi julgado e condenado à morte o patrício romano esteve ao lado de Pôncio Pilatos, mas nada disse ou fez em benefício do nazareno. Somente mais tarde, Públio Lentulus viera a compreender e aceitar o Evangelho de Jesus nos derradeiros tempos de sua romagem terrestre, quando regressou de Jerusalém para sua residência em Pompéia. Após anos de cegueira, ele desencarnou na polvorosa erupção do Vesúvio, em agosto do ano 79 da nossa era, entre chuvas de cinza e pedra, explosões ensurdecedoras, relâmpagos, ondas de lama, num espetáculo de horror..

No prefácio do livro “Há dois mil anos” ele escreve: ”Para mim essas recordações têm sido muito suaves, mas também muito amargas. Suaves pela rememoração das lembranças amigas, mas profundamente dolorosas, considerando meu coração empedernido, que não soube aproveitar o minuto radioso que soara no relógio da minha vida de Espírito, há dois mil anos”. Em 20 de dezembro de 1971, no canal 4, da extinta TV Tupi, no programa Pinga Fogo, Francisco Cândido Xavier confirmou que Emmanuel fora o Padre Manoel da Nóbrega, o admirável padre que antes de reencarnar, visitou em espírito o Brasil recém descoberto; contemplou as florestas, apiedou-se dos indígenas e amou a Terra de Santa Cruz. Prepara-se para a grande missão que Deus lhe reservara. Emmanuel, este é o nome de uma das mais luminosas entidades espirituais a figurais nos arraiais espiritistas.

Quando citamos o nome do Mentor, nos lembramos sempre do espírito humilde, generoso, de personalidade, cujas características demonstram uma evolução intelecto-moral equilibrada. Todavia, a participação do nobre espírito junto ao Espiritismo antecede o transplante do Consolador para as plagas brasileiras, pois existe uma página de sua autoria espiritual em “o Evangelho segundo o Espiritismo”, no capítulo XI, ”Amar o próximo como a si mesmo”, no item 11, intitulada “O egoísmo”. Ele escreveu essa mensagem em Paris, em 1861.

Dentre as várias obras que Emmanuel psicografou por Chico, seria impossível deixar de citar os cinco romances produzidos nas décadas de 40 e 50: “Há dois mil anos, Cinqüenta anos depois, Ave, Cristo!,Paulo e Estevão e Renúncia,relatando alguns deles,algumas de suas experiências reencarnatórias. É considerado no meio espírita como quinto evangelista pela superior interpretação do pensamento de Jesus,analisando os sublimes textos do Evangelho nos seus livros,principalmente em:Caminho,Verdade e Vida; Pão Nosso;Vinha de Luz;Fonte Viva e Palavras de vida Eterna.

Durante toda a elaboração da extensa obra mediúnica de Chico Xavier,Emmanuel deu incontestáveis e intermináveis atendimentos;nas memoráveis reuniões psicográficas de consolo,atendendo a familiares deste e do outro mundo;durante os trabalhos assistenciais de todos os matizes;nas sessões de desobsessão e assistência aos espíritos sofredores;nas apresentações públicas do médium e,sobretudo,nos episódios em que foram desferidos os mais sarcásticos ataques ao tutelado e à causa espírita. Jamais o amoroso Mentor de Chico deixou de representar a presença marcante da proteção e da Assistência Divina,atestando sua obra imbatível que frutifica e ainda muito frutificará,pois tem por alicerce a mensagem rediviva do próprio Cristo de Deus
Texto do livro
Emmanuel Responde
Psicografia de Chico Xavier e Wagner Gomes da Paixão
Ed.União Espírita Mineira





Emmanuel
por 
Alberto André Delpino Filho

Chico Xavier e Delpino
diante do esboço do quadro de Emmanuel
(Pedro Leopoldo - MG - década  de 50 ?)


Emmanuel,  inesquecível guia 
e apóstolo mediúnico, é autor de mais de uma centena
de livros psicografados por Chico Xavier


Embora Chico tenha se iniciado no Espiritismo aos 17 anos, em 7 de maio de 1927, só a partir de 1931 Emmanuel passou a guiar as suas mãos, “um viajante muito educado procurando domar um animal freado e irrequieto, afim de realizar uma longa excursão”, segundo palavras do próprio Chico Xavier.

A seguir, publicamos alguns pensamentos de Emmanuel registrados em suas edificantes e abençoadas obras.


“A cólera não resolve os problemas evolutivos
e nada mais significa que um traço de recordação
dos primórdios da vida humana
em suas expressões mais grosseiras”.
Do livro O Consolador.
 
“É imprescindível vigiar a boca, 
porque o verbo cria, insinua, inclina,
modifica, renova ou destrói, por dilatação viva 
de nossa personalidade”.
Do livro Vinha de Luz
 
“A queixa é um vício 
imperceptível que distrai pessoas
bem-intencionadas da execução do dever justo”.
Do livro Vinha de Luz
 
“Quem se preocupa 
em transpor diversas portas,
em movimento simultâneo,
acaba sem atravessar porta alguma”.
Do livro Pão Nosso
” A inatividade costuma induzir-nos 
a falsas apreciações dos desígnios de Deus,
a impaciências, a desesperações e rebeldias”.
Do livro Renúncia
 
” Toda modificação 
para melhor reclama luta, 
tanto quanto qualquer ascensão exige esforço “.
Do livro Vinha de Luz
 
” Cada homem 
é uma casa espiritual que deve estar, 
por deliberação e esforço do morador, 
em contínua modificação para melhor “
Do livro Vinha de Luz
 
” Só uma lei existe e sobreviverá
aos escombros da inquietação do homem 
— a lei do amor, instituída por meu Pai, 
desde o princípio da Criação … “
Do livro Há 2000 anos
 
“As portas do Céu
permanecem abertas. Nunca foram cerradas. 
Todavia, para que o homem se eleve até lá,
precisa de asas de amor e sabedoria.”
Do livro Pão Nosso
 
“O Determinismo do amor
e do bem é a lei de todo o Universo 
e a alma humana emerge de todas as catástrofes 
em busca de uma vida melhor.”
Do livro A Caminho da Luz
 
Devagar, mas sempre.”
Do livro Fonte Viva
“Toda crise é fonte sublime 
de espírito renovador para os que sabem
ter esperança.
Confiança ”
Do livro Vinha de Luz
O dinheiro é sempre bom 
quando com ele podemos adquirir
a simpatia ou a misericórdia dos homens”.
Do livro Paulo e Estevão
 
“Saber não é tudo.
 É necessário fazer. E para bem fazer, 
homem algum dispensará a calma e a serenidade, 
imprescindíveis ao êxito, nem desdenhará a cooperação, 
que é a companheira dileta do amor”.
Do livro Vinha de Luz
 
“Nosso corpo espiritual, 
em qualquer parte, refletirá a luz ou a treva, 
o céu ou o inferno que trazemos em nós mesmos”.
Do livro Roteiro
 
“O pão do corpo 
é uma esmola pela qual sempre receberá 
a justa recompensa, mas o sorriso amigo, 
é uma bênção para a eternidade”.
Do livro Pão Nosso
 
“Não creias em salvadores
que não demonstrem ações que confirmem
a salvação de si mesmos”.
Do livro Caminho, Verdade e Vida

Tributo e Honra


“A quem tributo,tributo… a quem honra,honra”
Paulo.
(Romanos, 13:7)


Carlos Alberto Braga Costa

Neste 2010 de tantas festividades, como as do aniversário de 50 anos de Brasília, e do Centenário de Chico Xavier, humildemente desejamos prestar um preito de carinho e gratidão ao inesquecível Apóstolo do Brasil, o Padre Manoel da Nóbrega, ao ensejo dos 440 anos de sua desencarnação.


Manoel da Nóbrega foi sem dúvida um grande evangelista do Brasil e merece tributo e honra. O Homem de Deus, na definição do historiador Serafim Leite,Manoel da Nóbrega foi uma das mais importantes encarnações do venerando Emmanuel, guia espiritual de Francisco Cândido Xavier.


Esta revelação sobre Manoel da Nóbrega, regada de humildade, fê-la o próprio Emmanuel em mensagem recebida por Chico Xavier em 12 de janeiro de 1949. O inesquecível Clóvis Tavares divulga-a no belo livro Amor e sabedoria de Emmanuel ¹, escrito com o objetivo de mostrar aos estudiosos da Doutrina Espírita o árduo e transcendente caminho de auto-iluminação percorrido por esse valoroso Espírito. Vejamo-la:


“O trabalho de cristianização do Brasil,
irradiando sob novos aspectos, 
não é novidade para nós.


“Eu havia abandonado o corpo físico em dolorosos compromissos, no século VX, na Península, onde nos devotávamos ao “crê ou morre”, quando compreendi a grandeza do País que nos acolhe agora. Tinha meu espírito entediado de mandar e querer sem o Cristo. As experiências do dinheiro e da autoridade me haviam deixado a alma em profunda exaustão. Quinze séculos haviam decorrido sem que eu pudesse imolar-me por amor do Cordeiro Divino, como o fizera, um dia, em Roma, a companheira do coração ².


“Vi a floresta a perder-se de vista e patrimônio extenso entregue ao desperdício, exigindo o retorno à humanidade civilizada e, entendendo, as dificuldades do silvícola relegado à própria sorte, nos azares e aventuras da terra dadivosa que parecia sem fim, aceitei a sotaina, de novo e por Padre Nóbrega conheci, de perto, as angústias dos simples e as aflições dos degredados. Intentava o sacrifício pessoal para esquecer o fastígio mundano e o desencanto de mim mesmo, todavia, quis o Senhor que, desde então, o serviço americano e, muito particularmente, o serviço ao Brasil não me saísse do coração.


“A tarefa evangelizadora continua. A permuta de nomes não importa.”

Como se infere da leitura, Emmanuel, após encarnação como clérigo, em que se envolvera com a Inquisição, é levado a contemplar a “floresta a perder-se de vista” e sentir  “as dificuldades do silvícola” do nosso imenso Brasil,para aceitar novo mergulho na carne,quando receberia o nome de Manoel da Nóbrega.


Naquele período do Brasil – colônia, já com a sotaina de jesuíta,enfrentou todas as dificuldades para auxiliar na implantação do Evangelho no coração dos homens que por ali viviam,legando grande folha de serviço ao movimento de colonização das terras de Santa Cruz.


Nascido em Entre- Douro-e- Minho, Portugal, a 18 de outubro de 1517, aos tempos de Rei Dom Manuel, o venturoso, Manoel da Nóbrega estudou nas Universidades de Salamanca e Coimbra, bacharelando-se em direito canônico e filosofia na de Coimbra em 1541, sendo ordenado pela Companhia de Jesus em 1544.


Cinco anos depois recebeu o mandato que veio marcar sua trajetória espiritual. Após exaustivo preparo nas escolas lusitanas, recebeu de Dom João III a responsabilidade de seguir Tomé de Souza na direção do Novo Mundo.

Trazendo estes importantes vultos da história brasileira, as naus portuguesas atracaram no Brasil em março de 1549, para que eles, em missão administrativa, política e religiosa participassem, como marco inicial, da fundação de Salvador, na Bahia.


Considerado por Simão de Vasconcelos ³, o Primeiro Apóstolo do Brasil, o padre Manoel da Nóbrega lutou sem reservas na conversão do gentio e na pacificação dos colonizadores. O seu amor e abnegação na causa do Evangelho repercutiram uma autoridade singular, não só nas Terras de Santa Cruz, como também em países portenhos, tendo suas virtudes singrado os mares bravios na direção do velho mundo europeu.

“Bom jurista,
administrador de energia e clarividência, 
e homem de Deus”4 

Manoel da Nóbrega tornou-se conselheiro de Mem de Sá na luta contra os franceses, estimulou a conquista do interior do país, transpondo a Serra do mar, adquiriu respeito pelas constantes viagens pela costa brasileira, de São Vicente a Pernambuco. Ao lado de Estácio de Sá, participou da fundação da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, onde veio a desencarnar no dia 18 de outubro de 1570, quando completava exatos 53 anos de idade.


Vale recordar a importante presença de Paulo de Tarso na caminhada de Manoel da Nóbrega, auxiliando-o na árdua tarefa de vencer as inibições físicas, como a doença nos pulmões, a dificuldade em discursar, por ser gago, e a força mediúnica necessária para o desiderato de formar corações e mentes voltadas para o bem.


Como afirmara o Espírito Emmanuel para alguns amigos, em reunião particular na cidade de Pedro Leopoldo, o apóstolo Paulo houvera-se comprometido, no Mundo Espiritual, a auxiliar as grandes inteligências afastadas do Cristo. Por esta razão o Convertido de damasco assumiu o compromisso de acompanhar a colonização do Brasil, inspirando o padre Manoel da Nóbrega a fundar a maior cidade da América do Sul, dando a ela, como sinal de reconhecimento e devoção, o nome de São Paulo, o Amigo da Gentilidade.


A influência espiritual de Paulo de tarso sobre Manoel da Nóbrega é ressaltada por Chico Xavier no discurso que reproduzimos parcialmente, pronunciado na solenidade em que recebeu o título de cidadão paulistano no Ginásio Municipal do Pacaembu, São Paulo, em 30 de agosto de 1972.

(…) “Queridos amigos de São Paulo,
de início, desejo fixar a minha imensa gratidão
pelo acolhimento da augusta Câmara Municipal de São Paulo 
à nossa presença humilde, a generosidade
da comunidade paulistana, comparecendo a esta solenidade
e a saudação imerecida por mim (…)
 

“Ao ensejo, rogo-vos permissão para reportar-nos, ainda que superficialmente, aos seus fundamentos místicos: conta-se que ao celebrar a primeira missa, na manhã de 29 de agosto de 1553, no alto do Ianambussu do Sul, hoje o Pátio do Colégio, nesta Capital, o eminente padre Dr. Manoel da Nóbrega, fundador de São Paulo, considerada, hoje, a cidade mais importante do hemisfério sul do Planeta, foi visitado pelo apóstolo São Paulo que lhe apareceu nimbado de intensa luz; redivivo, o amigo da gentilidade apontou-lhe as campinas circunjacentes e lhe pediu que fundasse no planalto piratiningano uma cidade em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, que estabelecesse sobre as quatro colunas básicas do Cristianismo: amor, fé, trabalho e instrução. Desde esse dia, entre Tamanduateí e o Anhangabaú, Padre Nóbrega dá-se pressa na fundação do real Colégio de Piratininga, distribui cargos e responsabilidades, entregando, ao inesquecível e nobre José de Anchieta, o magistério no setor das humanidades.


“Nóbrega, impressionado,pensa e pensa,recorda o encontro de Nosso Senhor Jesus Cristo com o mesmo apóstolo São Paulo, às portas de Damasco, e delibera inaugurar as obras do Real Colégio de Piratininga na data da conversão do apóstolo, 25 de janeiro, o que sucede a 25 de janeiro de 1554, com o estabelecimento definitivo da grande instituição.


“Lembrando, ainda, a revelação de que fora objeto, entrega o ofício da missa ao reverendo padre Manoel de Paiva; solicita de Anchieta fosse ele o acólito na grande solenidade e ele mesmo ora e espera visões novas, buscando ganhar forças para trabalhar incessantemente na grande fundação”.



Dentre as realizações do Benfeitor do Brasil, nos áureos tempos da colonização brasileira, lembramos as cartas informativas sobre o Brasil escritas na Bahia em 1549, e o Diálogo sobre a Conversão do Gentio, de 1554, o primeiro livro escrito no Brasil, consoante afirma Antonio Soares Amora em sua História da Literatura Brasileira. Obras como o Caso de Consciência sobre a Liberdade dos Índios, de 1567,Informação da Terra do Brasil de 1549, Informação das coisas da Terra eNecessidade que há para Bem Proceder Nela, de 1558, e o Tratado Contra a Antropofagia, de 1559, retratam um pouco da vida deste grande homem.


Apoiados em informações recolhidas pelo nosso querido Arnaldo Rocha junto ao médium Chico Xavier, o Benfeitor se apresentou para Chico em 1931, como nomeEmmanuel por um motivo muito justo: agradecer aos Benfeitores Espirituais pela belíssima oportunidade de trabalhar no Brasil e pelo Brasil, no século XVI, retornando no século XX para iniciar novo empreendimento com Jesus, através do Espiritismo Evangélico.


Interessante notar que, nas assinaturas, em lugar de padre Manoel, aparece a assinatura Ermano, abreviada, como se vê na assinatura “E. Manoel”.

Manoel da Nóbrega preferia a designação de ermano, como escreve o biógrafo José de Anchieta, pois os índios tinham imensa dificuldade de pronunciar o vocábulo padre, e o foco da atenção do evangelista eram estes novos “gentios”, os indígenas. No caso ,a palavra irmão aproximava-o não só pela designação,mas acima de tudo pelo coração.


Maestria e nobreza no ensino e difusão da mensagem do Consolador Prometido por Jesus, eis o Espiritismo na sua feição evangélica, a caracterizar o retorno do venerando Manoel da Nóbrega, agora na figura de Emmanuel.


1-Clóvis Tavares, Amor e Sabedoria de Emmanuel. Edit.IDE. 7ª edição 1987

2-Referência a Lívia, esposa do senador Públio Lentulus. Em Há Dois Mil Anos. FEB


3-Crônicas da Companhia de Jesus, IV, págs. 137,138.

4-Serafim Leite, S.I, “Histórias da Companhia de Jesus no Brasil. Instituto Nacional do Livro, Rio, vol.IX, pag.3.

Chico, Diálogos e Recordações …


CARLOS ALBERTO BRAGA COSTA – ESCRITOR,
EXPOSITOR E MÉDIUM ESPÍRITA
Autor do livro: Chico, Diálogos e Recordações 

- Editora UEM e dos livros: Para o Reino de Deus 
- no prelo e Prefácios e Sabedoria de Emmanuel
- também no prelo.
Nasceu em 14 de Setembro de 1966, na cidade de Belo Horizonte MG.
Iniciou no Espiritismo 1987, através da frequência ao Grupo Scheilla, em Belo Horizonte, onde viu aflorar sua mediunidade.

Trabalhou nesta Casa de Bênçãos por 10 anos, dedicando-se com seriedade ao estudo aprofundado da Doutrina e do Evangelho,e na prática da mediunidade evangelizante no Atendimento Espiritual da Casa Espírita.
Concomitamente aos trabalhos no Grupo Scheilla, militou também no Grupo Espírita André Luiz, no Grupo Emmanuel, e no Maria de Nazaré, na capital mineira.

Durante treze anos trabalhou no Grupo da Fraternidade Irmão Wernner, participando inclusive do seu corpo diretivo.
Já no ano de 1995 foi convidado a integrar o quadro de trabalhadores da União Espírita Mineira, Federativa Estadual, através da exposição do Espiritismo e da preparação de facilitadores para a divulgação da Doutrina Espírita em âmbito estadual.

Por fim, no ano de 2008, junto a um grupo de amigos, fundou a FEEAK - Fraternidade de Estudos Espíritas Allan Kardec.
A Casa de Kardec, como é carinhosamente chamada pelos frequentadores, fundamenta-se no Estudo aprofundado da Doutrina Espírita e da Bíblia e na prática do Evangelho.

A FEEAK mantém os blogs www.chico-xavier.com e www.feeak.com, contribuindo na divulgação da Doutrina Espírita através de matérias e palestras em áudio e vídeo.
Li

Fonts:
http://chico-xavier.com/palavras-de-emmanuel/
Sejam felizes todos os seres. Vivam em paz todos os seres.
Sejam abençoados todos os seres.

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