Aquele
celeiro com uma torre de 27 metros de altura guardava segredos
incríveis. Pouco se sabia sobre o que estava acontecendo lá, mas uma
coisa era certa: era algo que beirava o sobrenatural.
Estamos em Colorado Springs, estado do Colorado, Estados Unidos. O
ano é 1899. A população de Colorado está curiosa sobre o que este grande
inventor está tramando, mas respeita os sinais ao redor do perímetro
onde está escrito: "MANTENHA A DISTÂNCIA - GRANDE PERIGO". Mesmo assim,
eles logo sentem os efeitos da experiência. Faíscas saem do chão
conforme eles andam pelas ruas, penetrando em seus pés pelos sapatos. A
grama ao redor do prédio de brilha com uma pálida luz azul. Objetos de
metal segurados próximos a hidrantes descarregam raios elétricos em
miniatura á vários centímetros de distância. Lâmpadas acendem
espontaneamente a quinze metros de sua torre sem nenhum contato com fios
e mesmo com interruptores desligados. É uma cena esquisitíssima!
Seus assistentes montaram um laboratório único nos arredores da
cidade, que parecia mais com um grande celeiro embaixo de uma torre.
Este era o "Transformador Amplificador", que dizem ser a maior de suas
invenções. Naquele momento estavam apenas sintonizando o equipamento.
Estes eram os efeitos colaterais do ajuste do transformador amplificador
à Terra. Uma vez que ele estava adequadamente calibrado, o cientista
estava pronto para conduzir a maior obra de sua carreira, usando todo o
planeta como cenário.
Numa noite de 1899, o cientista aciona sua máquina em força total na
esperança de produzir um fenômeno que ele chamará de "crescente
ressonante". Sua torre descarrega na Terra dez milhões de volts. A
corrente atravessa o planeta na velocidade da luz, forte o bastante para
não morrer antes do final. Quando ela chega ao lado oposto do planeta,
ela é rebatida de volta, como círculos de água voltando à sua origem. Ao
voltarem, a corrente está bem fraca, mas o cientista emite uma série de
pulsos que se reforçavam um ao outro, resultando em um forte efeito
cumulativo.
No ponto de observação, de onde o cientista e seus assistentes
assistem, a crescente ressonante manifesta-se como uma demonstração
alienígena de raios que ainda estão até hoje catalogados como a maior
descarga elétrica da história. A corrente de retorno forma um arco
voltaico que eleva-se até o céu por dezenove metros. Trovões
apocalípticos são ouvidos a trinta e três quilômetros de distância. O
cientista, antes, preocupado com a possibilidade de haver um limite para
a geração de descargas ressonantes, descobre, naquele evento, que o
potencial é ilimitado. A experiência faz com que o gerador de força de
Colorado Springs incendeie e isso faz com que o fornecimento de energia,
antes gratuito para as suas experiências, venha a ser interrompido.
O cientista dessa história é Nikola Tesla, nascido em 9 de julho de
1856, na vila de Smiljan, na Croácia, exatamente à meia noite. Desde o
início de sua infância, ficou claro que Tesla era uma mente
extraordinária. Seu pai, Milutin Tesla, o ajudou a fortalecer sua
memória e raciocínio através de uma grande variedade de constantes
exercícios mentais. Sua mãe, Djouka Tesla, vinha de uma longa linhagem
de inventores.
Tesla tornou-se famoso
por suas palestras ao demonstrar
invenções
e conceitos como mágica.
Os leigos ficavam encantados pelos
raios elétricos que saíam de suas bobinas brilhantes, e lâmpadas sem fio
que se acendiam ao entrarem em contato com sua mão. Isso fez com que
Tesla ficasse conhecido como um ilusionista, tamanho o espanto que
provocava.
A transmissão sem fio de energia elétrica torna-se a maior pesquisa
de sua carreira. Descobre que um tubo de vácuo colocado em proximidade
com uma bobina Tesla instantaneamente começa a brilhar, sem fios e nem
sequer um filamento dentro do tubo brilhante. Ressonância elétrica era a
base da descoberta. Ao determinar a frequência da corrente elétrica
necessária, Tesla era capaz de ligar e desligar séries de lâmpadas
diferentes à metros de distância.
Ele tornou-se um cidadão americano em 1891, e sua nova tecnologia
seria seu presente de agradecimento para seu país adotivo: Um meio de
transmitir energia instantâneamente, através de qualquer distância, pelo
ar. Energia grátis para todos. Aqui Tesla comete o seu primeiro e o
pior de todos os seus erros. Ser um humanista na terra onde o
capitalismo fez sua morada.
Os americanos queriam
a inteligência de
Tesla para ganhar dinheiro,
não para fazer solidariedade. J.P. Morgan e
Westinghouse
detestavam ouvir falar na palavra "grátis".
O EFEITO DANE
Tesla
considerava Dane, seu irmão mais velho, superior em todas as coisas.
Tesla era proibido de montar o cavalo branco de DANE por ser muito
pequeno. Certo dia, Tesla usou uma zarabatana para atirar uma semente no
cavalo enquanto seu irmão montava. Dane caiu e morreu em seguida. O
remorso o perseguiu por toda a sua vida, e não importa o tamanho de suas
descobertas, ele sempre acreditou que Dane faria melhor.
Tesla sofria particularmente de um mal no qual flashes de luz
apareciam diante de seus olhos, acompanhados de alucinações. Na maioria
dos casos, as visões estão ligadas a uma palavra ou item que ele poderia
vir a encontrar no futuro, simplesmente ao ouvir o nome do item, ele
involuntariamente o visualisava em perfeitos detalhes. Quando ele
atingiu sua adolescência, aprendeu a reprimi-los. Quando eles ocorriam,
tinham uma natureza que poderia ser descrita como psicótica.
Uma vez Tesla tentou nadar por debaixo de uma estrutura que se
estendia além do que ele havia imaginado. Viu-se preso debaixo d'água,
sem sinal da superfície, um flash apareceu e com ele Tesla viu uma
pequena abertura que levava a um bolsão de ar. Sua visão estava correta,
e sua doença o salva de uma morte certa. Quando seus pais morreram,
Tesla afirmou ter tido uma premonição detalhada do que aconteceria. Tem o
dom da telepatia e consegue transmitir mentalmente imagem a outra
pessoa situada em outra sala.
Acometido de cólera,
Tesla ocupa sua mente
lendo tudo o que era
capaz.
Nessa época lê "Innocents Abroad", de Mark Twain. Tesla fica
cativado pelo humor e humanidade descritos no livro. Anos mais tarde,
nos Estados Unidos, Tesla encontra Samuel Clemens e agradece por salvar
sua vida. Clemens torna-se um dos poucos amigos pessoais de Tesla.
Os sentidos físicos de Tesla tornam-se hipersensíveis. O tic-tac de um relógio de pulso o ensurdecia, mesmo a vários quartos de distância. Ele usava almofadas de borracha nos pés de sua cama para aliviar as vibrações das pessoas que passavam fora do quarto. Para ele parecia um terremoto. A exposição à luz era dolorosa, não somente à seus olhos, mas também a sua pele. Tempos depois a hipersensibilidade volta ao normal e isso permite inventar o motor de corrente alternada.
No ponto de observação,
aonde o cientista e seus assistentes
assistem,
a crescente ressonante manifesta-se
como uma demonstração
alienígena de raios
que ainda estão até hoje catalogados
como a maior
descarga elétrica da história.
As dificuldades fisiológicas e emocionais de Tesla o fizeram um homem
de mente brilhante e excêntrico. Detestava contato físico com outras
pessoas e tinha raiva quando tocavam seu cabelo. Para evitar um aperto
de mãos, ele mentia dizendo que havia se acidentado. Ele nunca teve uma
relação amorosa de qualquer tipo. Uma mulher certa vez tentou beijá-lo e
ele saiu correndo.
Ainda assim, Tesla exibia uma clara apreciação por
mulheres e exigia que suas secretárias se vestissem bem. Suas empregadas
mulheres não podiam usar pérolas, pois ele, por algum motivo
desconhecido, as achava repugnantes.
Tesla parecia ter T.O.C. (Transtorno-Obsessivo-Compulsivo). Tudo ele
fazia em três partes ou etapas. Quantidades de vinte e sete eram as suas
prediletas, pois é três ao cubo. Tesla calculava o peso da comida antes
de ingerí-la.
Media as porções com uma régua e mergulhava pedaços na
água para determinar quantos centímetros cúbicos eles tinham. Gostava de
bolachas de sal por causa da uniformidade de volume que elas
apresentam. Tesla esquecia de comer e trabalhava por dias sem dormir. A
certa altura, sua devoção ao laboratório lhe causou tal stress que ele
esqueceu quem era ele.
Tesla assumia que só tornaria-se um inventor ao atingir a maturidade. E ela havia chegado.
O TESLA ALUNO
Tesla iniciou sua educação superior no instituto politécnico de Graz,
perseguindo o estudo no tópico que mais o fascinava: eletricidade. Ele
estudava muito, quase durante todo o dia, em uma rotina que ia das 3:00
da manhã às 11:00 da noite todos os dias. Sonhava em ir para a América e
conhecer Thomas Edison.
Aluno extraordinário irritava seus professores, questionando o status quo tecnológico com um insight
que por muito superava o de seus instrutores. Ele era contra a idéia
que a corrente contínua era o único meio de distribuir energia elétrica.
A corrente contínua era ineficiente e incapaz de transmitir energia a
longas distâncias. Deveria haver um outro método. A idéia da corrente
alternada era vista pela comunidade científica com descaso, em muitos
aspectos tal como a fusão a frio é hoje.
Durante o curso superior, seu pai morre. Tesla nunca mais retornou à
escola politécnica. Sem dinheiro para financiar sua instrução, Tesla
tornou-se um operador de telégrafo. Tesla continuou com seu sonho de ir à
América e tornar-se um pioneiro em energia elétrica. Em meio a essa
crise Tesla teve mais uma de suas visões: Duas bobinas, posicionadas em
ângulo reto e alimentadas com uma corrente alternada à noventa graus de
fase entre si poderiam fazer um campo magnético girar, sem a necessidade
do comutador utilizado em motores de corrente contínua. Tesla sabia que
isto iria funcionar.
Este era o método de Tesla para desenvolver invenções através de toda
a sua carreira: sem cadernos, diários ou protótipos. Sua capacidade de
transformar idéias em visualizações concretas que o haviam transtornado
durante a juventude, havia finalmente voltado a seu favor. "No momento
em que uma pessoa constrói um aparelho para levar a cabo uma idéia crua,
ela se encontra inevitavelmente envolvida com os detalhes deste
aparelho", disse Tesla em sua autobiografia. "Conforme ele procede em
tentar melhorar e reconstruir o aparelho, sua força de concentração
diminui e ele perde de vista o Grande Propósito".
O ENCONTRO COM THOMAS EDISON: O HOMEM QUE IRIA AJUDAR A DESTRUÍ-LO
Em 1882, ele arrumou um emprego na Companhia Continental Edison em
Paris, distinguindo-se como um bom engenheiro. Dois anos mais tarde,
viajou à Nova York para conhecer o presidente da companhia: o próprio
Thomas Edison.
Este encontro não foi bom como havia sonhado. Edison o observou com
desprezo e certamente não tinha intenção em colaborar com qualquer
esquema AC. Edison via AC como uma ameaça a seu império DC. Tesla
prometeu aumentar a eficiência de dínamos em 25% em dois meses. Edison
disse a ele que se assim conseguisse, ele lhe pagaria cinqüenta mil
dólares.
Conseguiu cumprir com a promessa, melhorando os dínamos por uma
margem maior do que a prometida a Edison. Mas, quando pediu por seu
pagamento, Edison recusou-se a honrar o acordo, dizendo que estava
apenas ‘brincando’. Tesla demitiu-se e nunca mais trabalhou com Edison.
Tesla foi contatado por um grupo de investidores que desejavam vender
a lâmpada de arco que ele havia inventado e assim, nasceu a Companhia
Elétrica Tesla. Tesla estava ansioso por esta oportunidade de trazer a
corrente alternada ao mundo, mas seus investidores nada queriam com ela.
Assim, Tesla foi rejeitado pela companhia que tinha seu próprio nome.
SALVO POR BROWN
Na bancarrota, uma das mentes mais brilhantes do mundo estava
reduzida a trabalhos braçais faturando um dólar por dia. Planejou
cometer suicídio no seu trigésimo aniversário, à meia noite em ponto,
hora do seu nascimento. Antes que isso ocorresse, porém, A. K. Brown da
Western Union soube da situação de Tesla. Brown, determinado a devolver o
gênio a seu lugar no mundo, ofereceu-lhe um laboratório próprio, e a
chance de pesquisar a corrente alternada.
Salvo, Tesla imediatamente começou a trabalhar em seu dínamo AC. O
dínamo funcionou exatamente como previu todos estes anos dentro de sua
mente. Tesla demonstrou sua invenção ao público, e logo tornou-se a
sensação da comunidade de engenheiros. Dentre os convertidos por suas
palestras à corrente alternada, estava George Westinghouse, quem
negociou com Tesla a fabricação dos dínamos. A primeira aplicação desta
tecnologia: As cataratas do Niagara. Westinghouse venceu a concorrência
para a utilização do Niagara, oferecendo metade do que Edison ofereceu
para a instalação de um sistema DC. Em 1895, O sistema de energia AC de
Niagara foi inaugurado sem uma única falha, transmitindo energia até
Buffalo, a aproximadamente trinta e três quilômetros de distância, uma
total impossibilidade com corrente contínua. Não mais uma comodidade
luxuosa reservada aos ricos, a energia elétrica agora era para todos.
Pela primeira vez em sua vida,
Nikola Tesla era imbatível.
A primeira invenção de Tesla com propósito militar utilizava uma
espécie de automação tecnológica, com a qual o trabalho de seres humanos
poderia ser substituído por máquinas. Tesla produzia barcos e
submarinos controlados remotamente. O governo nunca aceitou a oferta de
Tesla, mas conseguiu um contrato militar com a marinha alemã. O produto
eram as turbinas sofisticadas que o almirante Von Tirpits usou com
grande sucesso em sua armada de navios de guerra. Quando começou a
Primeira Guerra Mundial, cancelou o contrato com os alemães. Não queria
ser acusado de traição.
O RAIO DA MORTE
Quase
falido e vendo os Estados Unidos à beira da guerra, idealiza o "Raio da
Morte", aparentemente uma espécie de acelerador de partículas. Não há
certeza se usou seu Raio da Morte, ou se ele sequer chegou a
construí-lo. Mas existe uma história relatada do que aconteceu naquela
noite em 1908, quando Tesla testou sua arma.
Naquela época, Robert Peary estava fazendo sua segunda tentativa em
se chegar ao polo norte. Tesla notificou a expedição que eles estariam
tentando entrar em contato com eles de alguma forma, e eles deveriam
relatar qualquer coisa incomum que eles observassem. Na noite de 30 de
junho, acompanhado por seu associado, George Scherff, na torre de
Wardenclyffe, Tesla apontou seu raio através do atlântico, para o
ártico, a um ponto calculado como estando a oeste da expedição de Peary.
Tesla ligou o equipamento. Uma coruja que voou de seu ninho no topo da
torre em direção ao raio foi desintegrada instantaneamente. Isso
concluiu o teste. Tesla observou os jornais e enviou telegramas para
Peary na esperança de confirmar o raio da morte. Nada foi respondido. Já
disposto a admitir derrota, recebe notícias de um estranho evento
ocorrido na Sibéria.
Em 30 de junho, uma enorme explosão havia devastado Tunguska,
uma área remota na floresta da Sibéria. Quinhentos mil acres quadrados
de terra foram destruídos por algo com força equivalente a quinze
megatons de TNT.
Tunguska é a mais poderosa explosão ocorrida na
história, nem mesmo as explosões termonucleares ultrapassaram sua força.
A explosão foi audível a 930 quilômetros de distância. Os cientistas
falaram de um meteorito ou fragmento de um cometa, mas nenhum impacto ou
restos minerais de tal objeto foram encontrados.
Estava claro para ele que seu raio da morte tinha ultrapassado seu
alvo calculado e atingido Tunguska. Tesla desmontou o Raio da Morte
imediatamente, tamanho o perigo que ele poderia representar em mãos
erradas.
Seis anos mais tarde, o fim da Primeira Guerra fez com que Tesla
escrevesse ao presidente Wilson, revelando o segredo do teste do Raio da
Morte. A única resposta de Tesla à sua proposta foi uma carta formal de
apreciação da secretária do presidente. Tesla fez mais uma tentativa de
ajudar seu país na guerra em 1917. Ele concebeu uma estação emissora de
ondas exploratórias de energia, permitindo que seus operadores
determinassem com precisão a localização de veículos inimigos distantes.
O departamento de guerra riu e rejeitou o "raio explorador" de Tesla.
Por trás dessa ironia e reprovação estava ninguém menos que Thomas
Edison e a inveja que tinha de Tesla.
Uma geração mais tarde
a invenção ajudaria os aliados a vencerem
a Segunda Guerra Mundial.
Era o radar.
Em uma de suas experiências com tecnologia ressonante em Nova York,
seu laboratório foi invadido por um esquadrão de policiais, exigindo que
Tesla parasse com seus experimentos. A ilha de Manhattan estava
vibrando por quilômetros de distância. Tesla não sabia que ondas
ressonantes tornam-se mais fortes quanto mais elas viajam. Estava criada
a "Máquina de Terremotos de Tesla".
Em seus últimos dias, Tesla ficou fascinado com a idéia da Luz como
sendo tanto partícula como onda - a proposição fundamental do que se
tornaria a física quântica. Foi este campo de investigação o levou à
criação do Raio da Morte.
Tesla também tinha a idéia
de criar uma
"parede de luz".
Esta misteriosa parede de luz permitiria que o tempo,
espaço, matéria e até gravidade fossem manipuladas à vontade do
operador, e concebeu uma grande variedade de propostas que parecem hoje
sair diretamente da ficção científica, incluindo naves anti-gravidade,
tele transporte e viagens no tempo.
Tesla afirmava que todo o pensamento criado pela Mente Humana cria
uma imagem correspondente na retina, e a informação elétrica desta
transmissão neural poderia ser lida e gravada em uma máquina e
visualizada como padrões visuais em uma tela.
Em 7 de janeiro de 1943, Nikola Tesla morreu em Nova York aos 87
anos. Ele estava literalmente quebrado, vivendo no hotel New Yorker, em
uma sala que dividia com um bando de pássaros, quem ele considerava seus
únicos amigos.
A CONSPIRAÇÃO ANTI-TESLA: SUPERMAN LUTA CONTRA O RAIO-DA-MORTE
As
indústrias haviam virado suas costas a ele. A comunidade científica
ignorava suas idéias. O público o conhecia como um lunático cujas
teorias eram apenas úteis para tablóides sensacionalistas. Os quadrinhos
do "Superman", de Max Fleischer, em 1940, desenhavam o herói lutando
contra raios da morte e terrores eletromagnéticos criados por um
cientista louco chamado Tesla.
Grandes empresários e o governo dos Estados Unidos conspiraram para
suprimir seu gênio inventivo. No topo da lista de suspeitos, está Thomas
Edison, que temia o sucesso de seu antigo empregado com a corrente
alternada, e efetivamente liderou uma campanha para destruir o nome de
Tesla. Ele organizou demonstrações nas quais animais eram eletrocutados
letalmente com equipamentos AC. Edison também fez parte da mesa de
conselheiros do departamento de guerra que rejeitou as propostas de
Tesla para o Raio da Morte e seu radar.
J. P. Morgan também está implicado na Teoria da conspiração
anti-Tesla. Morgan efetivamente ampliou sua já monumental fortuna
explorando as idéias do inventor, até que ele descobriu que sua idéia
era a criação de livre energia, uma idéia assustadora a qualquer
capitalista respeitável.
O FBI ordenou que o escritório de propriedades estrangeiras se
apoderasse de todos os documentos de Tesla. Tesla era cidadão americano
desde 1891, não era estrangeiro. Considerado inofensivo para a segurança
nacional seu arquivo foi encerrado em 1943 e reaberto em 1957, após
saberem que os russos estariam realizando experiências com sua
tecnologia. Muitos estão convencidos que o Pentágono realizou várias
experiências baseadas na tecnologia de Tesla.
Uma última teoria é a de que Tesla arruinou sua própria reputação com
suas invenções e propostas fora de época. Tesla nunca aceitou o
trabalho de Albert Einstein. Em termos práticos, estes argumentos estão
provavelmente corretos. Um sistema de energia livre, hoje, ainda não
seria aceita.
SUPERMAN EXPLODE O LABORATÓRIO DO "CIENTISTA MALUCO"
Como
numa história em quadrinhos, o laboratório de Tesla em Wardenclyffe
também teria que ter um fim. Em 1917, ele foi condenado à demolição. O
dinheiro de Tesla para sua manutenção havia acabado, e acreditava-se que
ele estivesse sendo espionado por alemães. Como um movimento inicial,
ele foi dinamitado, mas a torre se manteve intacta. A equipe de
demolição detonou o local repetidamente, mas a torre não caiu. Voltaram
dias depois e a dinamitaram novamente. Dessa vez ela caiu, mas não
explodiu, nem se quebrou.
Muito se relaciona a destruição da imagem de Tesla às ações e
atitudes de Thomas Edison, J.P.Morgan e Westhinghouse. Todos teceram
através de suas influências uma imagem tosca de um grande gênio. Essa
mancha não macula a genialidade de Thomas como inventor, mas coloca
dúvidas sobre seu caráter como empresário.
O verdadeiro legado de Tesla está sendo reconhecido. A Corte Suprema
dos Estados Unidos declarou pouco após sua morte que Tesla era o
verdadeiro inventor do rádio e não Guglielmo Marconi. Tesla foi
reconhecido como o inventor da lâmpada fluorescente, o tubo amplificador
a vácuo e a máquina de raios X. Os livros de história começam a reparar
tamanha injustiça. As pessoas bem sucedidas podem não ser as mais
brilhantes, mas sim aquelas que sabem lidar com as regras do jogo da
fama e da riqueza.
Tesla era um discípulo da ciência pura e não da
ciência aplicada e não sabia como lucrar com suas idéias. Seus parceiros
(parceiros?) de negócios frequentemente não agiam com lisura e Tesla
contribuía tomando desastradas decisões financeiras.
A história de Tesla trás grandes lições que puxam a uma reflexão
individual por vezes dolorosa. Tesla chegou a ser indicado ao Prêmio
Nobel de Física, juntamente com Edison, mas Tesla recusou-se a
recebê-lo.
O que sabemos é que quanto mais avançamos na tecnologia mais
escutamos falar de Tesla. Como um fantasma cuja energia nunca acaba,
Tesla retorna a zombar da nossa pobre capacidade de lidar com o novo e
aliado a ele o que chamamos de moderno ou tecnológico.
É pra pensar..
Nikola Tesla
ainda é um homem à frente do nosso tempo.
O Superman morreu.
Tesla continua cada vez mais vivo!
Tesla foi contatado por um grupo de investidores
que desejavam vender a
lâmpada de arco
que ele havia inventado e assim, nasceu a Companhia
Elétrica Tesla.
Tesla estava ansioso por esta oportunidade
de trazer a
corrente alternada ao mundo,
mas seus investidores nada queriam com ela.
Assim, Tesla foi rejeitado
Pablo Picasso
Li
Fonte:
http://blogs.forumpcs.com.br/luis_sucupira/2008/02/18/superman-contra-tesla-e-o-raio-da-morte/
dom, 11 de maio, 2008
http://www.saindodamatrix.com.br/archives/2008/05/nikola_tesla.htmlhttp://blogs.forumpcs.com.br/luis_sucupira/2008/02/18/superman-contra-tesla-e-o-raio-da-morte/
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