terça-feira, 16 de julho de 2013

NOÉ - GENEALOGIA - DILÚVIO UNIVERSAL



DILÚVIO UNIVERSAL  
Antropólogos dizem que há mais de 1.000.000 de narrativas do dilúvio em povos e culturas diferentes do mundo e todas elas, coincidentemente ou não, são no início destas civilizações. Para a civilização ocidental, a história mais conhecida a respeito do dilúvio é a da Arca de Noé, segundo a tradição judaico-cristã. O Dilúvio também é descrito em fontes americanas, asiáticas, sumérias, assírias, armênias, egípcias e persas, entre outras, de forma basicamente semelhante ao episódio bíblico, porém em algumas civilizações se relata sobre inundações em vez de chuvas torrenciais: uma divindade decide limpar a Terra de uma humanidade corrupta, ou imperfeita, e escolhe um homem bom aos seus olhos para construir uma arca para abrigar sua criação enquanto durasse a inundação.

Na narrativa judaica, Jeová estava disposto a acabar com toda a humanidade porém Noé foi agraciado por Ele, pois era um homem temente a seu Deus e não se tinha deixado corromper. Após um certo período, a água baixa, a arca fica encalhada numa montanha, os animais repovoam o planeta e os descendentes de tal homem geram todos os povos do mundo.

*O ETERNO se arrependeu de ter criado o homem e os outros seres pois estes se entrelaçaram com os Nefilins (Anunnakis, ETs-Demônios, Reptilianos, Raça de Víboras, etc) e se tornaram uma raça híbrida, o que deixou o ETERNO cheio de ódio obrigando-o a varrer a podridão da terra que agora estava instalada, podridão esta conhecida como humanidade, porem, Noé achou misericórdia diante do ETERNO, pois era homem justo e reto, os outros, porem, foram todos aniquilados no diluvio, mas isto não impediu deles, os Nefilim, terem contatos posteriores com a humanidade, mas para não serem aniquilados novamente, não se multiplicaram tanto.

Esta é uma excelente palestra do Dr. Walter Veith, se você quiser entender sobre o Diluvio, e também sobre a farsa do Big Bang e outras teorias furadas da "ciência", então esta ai um ótimo documento para seu aprendizado.

A História das Religiões - 48min.
Noé
Noé ou Noach é o nome do heroi bíblico que
 "recebeu ordens de Deus
 para a construção de uma arca, 
para salvar a Criação do Dilúvio".  

Noé

Noé, o santo patriarca
O Sacrífico de Noé, de Daniel Maclise
Servo de Deus; Santo Patriarca; Profeta;Construtor da Arca; Pai da Justiça; Da Raiz de David.
Nascimento  ?? em Mesopotâmia
Morte  ?? em Turquia
Veneração por Igreja Católica Apostólica Romana, Igreja Ortodoxa, Igreja Luterana, Igreja Anglicana, Igreja Presbiteriana, Pentecostalismo,Adventismo Judaísmo, Islã, e por todas as religiões abraâmicas
Gloriole.svg Portal dos Santos

Noé ou Noach (do hebraico נח, "descanso, alívio, conforto" ) é o nome do heroi bíblico que "recebeu ordens de Deus para a construção de uma arca, para salvar a Criação do Dilúvio". De acordo com o Pentateuco, os cinco primeiros livros do tradicional velho testamento da Bíblia escritos supostamente por Moises, Noé era filho de Lameque, que era filho de Matusalém, que era filho de Enoque, que era filho de Jarede, que era filho de Malalel, que era filho de Cainan ou Quenã, que era filho de Enos, que era filho de Sete, que era filho de Adão que era filho de Deus.

Seus três filhos mais conhecidos eram Sem, Cam ou e Jafé.

A mulher de Noé (Gênesis 6:18; 7:7, 13; 8:16, 18), segundo a tradição judaica não bíblica, é chamada de Noéma ou Naamá (Na'amah - cheia de beleza) uma mulher cananita. Há quem a identifique[quem?] como proveniente da descendência de Caim, sendo irmã de Tubalcaim que era filho de Lameque. Por ter sido considerada de menor importância, o seu nome não vem mencionado no Pentateuco ou no Torá, na história de Noé. No livro dos Jubileus, o seu nome é conhecido por Enzara e seria sobrinha do Patriarca.

  nascimento de Noé (segundo o Livro de Enoque)

O nascimento de Noé é relatado no apócrifo de Enoque e relata a história de uma estranha criança. Conta a história que Matusalém escolheu uma esposa para o seu filho Lameque e esta ficou grávida de um filho. Quando este nasceu repararam que era um bebê muito diferente dos outros e o seu pai teve medo. Ao ter medo, dirigiu-se a Matusalém para lhe contar o sucedido e disse-lhe: "Eu tive um filho estranho, diferente de qualquer homem, e a sua aparência é como a dos filhos de Deus do céu; e a sua natureza é diferente e não é como um de nós." (Enoque 106:7)

Matusalém, ouvindo isto, viajou para longe, ao encontro de Enoque e contou-lhe o sucedido e este, ouvindo tudo, lhe respondeu: "O Senhor fará algo de novo na terra, porque na geração de meu pai Jared, alguns dos Anjos do Senhor transgrediram a palavra de Deus e a sua lei, e uniram-se pecaminosamente com as filhas dos homens e tiveram filhos. Estes filhos resultantes desta união foram gigantes, não de acordo com o espírito mas de acordo com a carne. Por isto, Deus destruirá a terra com um grande dilúvio e haverá grande destruição e castigo. E este filho que nasceu de teu filho será salvo, e os seus filhos com ele. E toda a humanidade restante morrerá." (Enoque 106:13-17)

Os livros de Enoque e esta história não foram aceitos pelos Judeus, porque, segundo a sua doutrina, os Anjos não se poderiam misturar com as mulheres comuns. Além disto, Matusalém não poderia ter feito qualquer menção a respeito de Noé a Enoque, pois este já não podia ser encontrado mesmo alguns anos antes do nascimento de Noé, conforme a Bíblia, no capítulo 5 do Livro de Gênesis, versículos 21 a 29. Afirma-se entretanto que a origem deste episódio, estaria na Bíblia, em uma das interpretações para os versículos 1 e 2 do capítulo 6 do livro de Gênesis.

História bíblica


Noé amaldiçoando seu neto Canaã, gravura de Gustave Doré (1832-1883).
A história de Noé encontra-se no livro de Gênesis, sendo seu nome mencionado pela primeira vez em 5:29, encerrando com sua morte, em 9:29, com 950 anos. O relato conta que Noé era descendente da linhagem de Sete, e viveu numa época em que as outras linhagens humanas (a partir dos descedentes de Caim e dos próprios parentes de Noé, provavelmente) mostraram-se corrompidas.

O Dilúvio

Na Bíblia, em Gênesis, é mostrado o arrependimento de Deus em ter criado o homem, devido à maldade que este espalhara na terra.1 Neste arrependimento, decide fazer um enorme dilúvio, fazendo desaparecer tudo que havia sido criado até então.1 Porém, decide poupar Noé, por este ter agido bem, e lhe recomenda fazer uma arca de madeira, e abrigar, junto com sua família, um casal de cada espécie existente.1

Entretanto, arqueólogos não encontraram nenhuma evidência significante que comprove a existência do dilúvio.2

Dilúvio (mitologia)


O Dilúvio, gravura de Gustave Doré (1832-1883), mostrando um tigre e um grupo de pessoas ilhadas.
O termo dilúvio refere-se a uma grande quantidade de chuvas, capazes de inundar e devastar toda uma região. Em sentido estrito, Dilúvio, segundo diversas mitologias, foi uma terrível inundação que teria coberto todo o mundo, ou ao menos terras ancestrais de determinados povos. Porém não há evidências científicas que comprovem o caráter universal de tal acontecimento. O máximo de credibilidade que se pode atribuir a estes mitos são acontecimentos isolados que realmente aconteceram em algum momento da história de cada povo.

Um acontecimento como o dilúvio deixaria suas marcas no planeta, todavia nada, hoje, foi encontrado que comprove que tal catástrofe literalmente aconteceu. Quanto aos sedimentos e fósseis marinhos em todas as grandes montanhas do mundo, são sedimentos de superfícies marinhas ou terrestres que foram deslocadas pelo choque das placas tectônicas ocorridas no fundo do oceano, projetando para cima o que se encontrava na superfície ou no fundo do mar.

A formação das cordilheiras: Andes, Himalaia, Alpes, foi resultado de colisões ou da placa marinha próxima (Andes) ou, no caso dos Alpes e do Himalaia, o choque da península Itálica com o continente europeu (Alpes) e da Índia com o continente da Ásia.

Os registros históricos mais antigos que se conhece têm cerca de quatro mil e quinhentos (4500) anos. São dessa época as civilizações mais antigas. Igualmente digno de nota é o fato de, nas mais variadas culturas, em todos os continentes, existirem tradições que aludem à ocorrência de um dilúvio global com paralelismos espantosos entre sí, tendo sido documentadas mais de 250 em contextos culturais diferentes.

Antropólogos dizem que há mais de 1.000.000 de narrativas do dilúvio em povos e culturas diferentes do mundo e todas elas, coincidentemente ou não, são no início destas civilizações. Para a civilização ocidental, a história mais conhecida a respeito do dilúvio é a da Arca de Noé, segundo a tradição judaico-cristã. O Dilúvio também é descrito em fontes americanas, asiáticas, sumérias, assírias, armênias, egípcias e persas, entre outras, de forma basicamente semelhante ao episódio bíblico, porém am algumas civilizações se relata sobre inundações em vez de chuvas torrenciais: uma divindade decide limpar a Terra de uma humanidade corrupta, ou imperfeita, e escolhe um homem bom aos seus olhos para construir uma arca para abrigar sua criação enquanto durasse a inundação. Na narrativa judaica, Jeová estava disposto a acabar com toda a humanidade. Após um certo período, a água baixa, a arca fica encalhada numa montanha, os animais repovoam o planeta e os descendentes de tal homem geram todos os povos do mundo.

Dilúvio nas mitologias

Dilúvio judaico

Na Bíblia, em Gênesis, é mostrado o arrependimento de Jeová em ter criado o homem, devido à maldade que este espalhara na terra.1 Neste arrependimento, decide fazer um enorme dilúvio, fazendo desaparecer tudo que havia sido criado até então.1 Porém, decide poupar Noé, por este ter agido bem, e lhe recomenda fazer uma arca de madeira, e abrigar, junto com sua família, um casal de cada espécie existente. 1

Entretanto, arqueólogos não encontraram nenhuma evidência significante que comprove a existência do dilúvio.2

Na esfera cultural hebraica primitiva, o evento do Dilúvio contribuiu para o estabelecimento de uma identidade étnica entre os diferentes povos semíticos (todos descendentes de Sem, filho de Noé), bem como sua distinção dos outros povos ao seu redor (cananeus, descendentes de Canaã, neto de Noé, núbios ou cuxitas, descendentes de Cush, outro neto de Noé, etc.). No Antigo Testamento, Noé amaldiçoa Canaã e abençoa Sem, o que serviria mais tarde como uma das justificativas para a invasão e conquista da terra dos cananeus pelas Tribos de Israel.

Outros textos judaico-cristãos

Esta versão é considerada real por criacionistas. Ainda na Bíblia, Jesus Cristo faz referência ao evento, no Livro de Mateus,3

Igualmente, outros textos judaico-cristãos considerados apócrifos, tais como o Livro de Enoque, dizem que a história do dilúvio não somente foi um castigo aos homens que fizeram o mal, mas principalmente contra um grupo de anjos chamados vigilantes, e seus filhos gigantes, chamados nephillim. Estes seres, segundo estes textos haviam sido os causadores de um grande desequilíbrio entre os homens. Desta forma se uniriam as histórias destes seres nomeados en Gênesis.4 Esta versão do dilúvio bíblico se veria apoiada por uma passagem no Livro da Sabedoria.5
Eusébio de Cesareia, ao compor sua cronologia, apresentou evidências paleontológicas do dilúvio: em sua época foram encontrados fósseis de peixes no alto do Monte Líbano6 .

Criacionismo

Os defensores de algumas vertentes do criacionismo da Terra jovem - um dos movimentos fundamentalistas que visam defender a literalidade de diversas narrativas religiosas - crêem num dilúvio literalmente universal, que teria provocado a extinção de 90% de todas as espécies que já viveram, cujos fósseis se encontram distribuídos por diversas camadas geológicas de acordo com um padrão que os cientistas atribuem às eras geológicas.

Essas eras geológicas, segundo algumas interpretações fundamentalistas, seriam uma ilusão, pois todos os seres preservados no registro fóssil teriam sido contemporâneos, tendo sido distribuídos em estratos geológicos durante a inundação universal, coincidentemente sendo enterrados subitamente no padrão exato que se esperaria de uma longa história evolutiva ao longo de várias eras.

Esses criacionistas defendem com evidências que as colunas geológicas nem sempre se apresentam na ordem esperada, mas ocorrem inversões que julgam ser inexplicáveis, negando as explicações dadas pelos cientistas.[1]. Outra alegação de alguns criacionistas é a de que a idéia de coluna geológica assume a evolução como fato e a toma como base, no entanto cientistas pioneiros da Geologia, que não aceitavam a teoria da evolução em seus primórdios, defendiam os mesmos estratos geológicos, e o pioneiro da geologia, William Smith foi o primeiro a reconhecer os estratos geológicos e a sucessão de faunas, anos antes da publicação das idéias de Charles Darwin sobre evolução biológica. Outra defesa dos estratos geológicos se dá por meio da datação radiométrica, que não se baseia em qualquer conceito de evolução biológica, mas apenas na física.[2] Os criacionistas da Terra jovem, no entanto, negam também a validade dos métodos de datação radiométrica.[3]

Como evidência da contemporaneidade de seres que os cientistas defendem ser de eras distintas, alguns deles apontam por exemplo, trilhas de dinossauros em leitos de rios como o rio Paluxy, em Glen Rose, Texas, ao lado de pegadas que parecem ser de humanos gigantes. Os cientistas, no entanto, atribuem todas essas pegadas a dinossauros, e que a forma aparentemente humana de algumas se deve à erosão, em alguns casos natural, em outros por adulteração.[4][5]

Outros criacionistas, negam a existência passada de formas de vida não contemporâneas, como os dinossauros, acreditando que sejam todas falsificações dos cientistas que defendem a teoria da evolução.[6]. Outros ainda, sustentam que não apenas os dinossauros foram contemporâneos do homem, mas que possam ainda existir como "fósseis vivos", e apontam como evidência casos de criptozoologia como o do Mokele-mbembe e o monstro do lago Ness.[7]. De modo geral, a maioria acredita que todos ou a maioria dos seres hoje extintos não couberam ou foram impedidos de entrar na arca de Noé.

Dilúvio sumério

O mito sumério de Gilgamesh conta os feitos do rei da cidade de Uruk, Gilgamesh, que parte em uma jornada de aventuras em busca da imortalidade, nesta busca encontra as duas únicas pessoas imortais: Utanapistim e sua esposa, estes contam à Gilgamesh como conquistaram tal sorte, esta é a história do dilúvio. O casal recebeu o dom da imortalidade ao sobreviver ao dilúvio que consumiu a raça humana.
Na tradição suméria, o homem foi dizimado por incomodar aos deuses. Segundo este mito, o deus Ea, por meio de um sonho, apareceu a Utanapistim e lhe revelou as pretensões dos deuses de exterminar os humanos através de um dilúvio. Ea pede a Utanapistim que renuncie aos bens materiais e conserve o coração puro. Utanapistim, então, reúne sua família e constrói a embarcação que lhe foi ordenada por Ea, estes ficam por sete dias debaixo do dilúvio que consome com os humanos. Aqui um trecho de tal história:
"Eu percebi que havia grande silêncio, não havia um só ser humano vivo além de nós, no barco. Ao barro, ao lodo haviam retornado. A água se estendia plana como um telhado, então eu da janela chorei, pois as águas haviam encoberto o mundo todo. Em vão procurei por terra, somente consegui descobrir uma montanha, o Monte Nisir, onde encalhamos e ali ficamos por sete dias, retidos. Resolvi soltar uma pomba, que voou para longe, não encontrando local para pouso retornou (…) Então soltei um corvo, este voou para longe encontrou alimento e não retornou." 7

Dilúvio africano

Olokun, proprietário (Olo) dos oceanos (Okun), e Olorun, proprietário (Olo) dos céus (Orun), eram casados e criaram tudo. Mas se separaram numa disputa de poder e viveram em guerra. Olorun encarregou Obatalá de criar a terra sobre as águas primordias de Olokun. Certa vez, Olokun invadiu a Terra para reassumir seu território perdido e consequentemente destruir a humanidade demonstrando seu poder através de um grande Dilúvio. Olorun salvou parte da humanidade lançando uma corrente para os homens subirem. Com essa mesma corrente, Olorun atou Olokun ao fundo do mar. Olokun mandou uma gigantesca serpente marinha engolir a lua, mas Olorun disse que sacrificaria um humano por dia para acalmar a deusa. Assim, todo dia uma pessoa se afoga no mar.8

Dilúvio hindu

O avatar de Vishnu, Matsya, é retratado como sendo o que apareceu inicialmente como um Shaphari (uma carpa pequena) para o rei Manu (cujo nome original era Satyavrata ), o rei de Dravidadesa, enquanto ele lavava as mãos num rio. Este rio supostamente descia das montanhas de Malaya para sua terra dos Drávidas. O peixinho pediu para o rei salvá-lo, e por compaixão, ele o colocou em uma jarra de água. Ele continuou a crescer cada vez mais até que o rei Manu teve que colocá-lo em um grande jarro, e depois depositá-lo em um poço. Quando o poço também revelou-se insuficiente para o peixe cada vez maior o rei colocou em um tanque. Como ele cresceu ainda mais o rei Manu teve que colocar o peixe em um rio, e quando o rio ainda se revelou insuficiente, ele colocou no oceano, depois quase encheu a vasta extensão do grande oceano. Foi então que ele (o senhor Matsya) informou o rei de um dilúvio que estava muito próximo. O rei construiu um barco enorme que abrigava sua família, 9 tipos de sementes, e animais para repovoar a terra. No momento do dilúvio, Vishnu apareceu como um peixe com chifres e Shesha apareceu como uma corda, com o qual Vaivasvata Manu fixou o barco no chifre do peixe (Matsya).

Dilúvio grego

A mitlogia grega relata a história de um grande dilúvio produzido por Poseidon, que por ordem de Zeus havia decidido pôr fim à existência humana, uma vez que estes haviam aceitado o fogo roubado por Prometeu do monte Olimpo. Deucalião e sua esposa Pirra foram os únicos sobreviventes. Prometeu disse a seu filho Deucalião que construísse uma arca e nela introduzisse uma casal de cada animal, de forma análoga à Arca de Noé. Assim estes sobreviveram.

Ao terminar o dilúvio, a arca de Deucalião pousou sobre o monte Parnaso, onde estava o oráculo de Temis. Deucalião e Pirra entraram no templo, para que o oráculo lhes dissesse o que deviam fazer para voltar a povoar a Terra, e a deusa somente lhes disse: "Voltem aos ossos de suas mães". Deucalião e sua mulher adivinharam que o oráculo se referia às rochas. Destas formas, as pedras tocadas por Deucalião se converteram em homens, e as tocadas por Pirra em ninfas ou deusas menores, por que ainda não se havia criado a mulher.

Dilúvio mapuche

Nas tradições do povo mapuche igualmente existe uma lenda sobre uma inundação do lugar deste povo (ou do planeta). A lenda se refere à história das serpentes, chamadas Tentem Vilu e Caicai Vilu.

Dilúvio pascuenses

A tradição do povo da Ilha de Páscoa diz que seus ancestrais chegaram à ilha escapando da inundação de um mítico continente, ou ilha, chamado Hiva.

Dilúvio maia

A mitologia do povo maia relata a existência de um dilúvio enviado pelo deus Huracán.
Segundo o Popol Vuh, livro que reúne relatos históricos e mitológicos do grupo étnico maia-quiché, os deuses, após terminarem a criação do mundo, da natureza e dos seres vivos, decidiram criar seres capazes de lhes exaltar e servir. São criados então os primeiros seres humanos, moldados em barro. Porém, esses seres de barro não eram resistentes ao clima e à chuva e logo se desfizeram em lama.
Então, os deuses criaram o segundo tipo de seres humanos, a partir de madeira. Essa segunda humanidade, ao contrário da primeira, prosperou e rapidamente se multiplicou em muitos povos e cidades (tudo indica que é nessa época da segunda humanidade que se passam as aventuras dos gêmeos heróis Hunahpú e Ixbalanqué contra os senhores de Xibalba). Mas esses seres feitos de madeira não agradaram aos deuses. Eles eram secos, não temiam aos deuses e não tinham sangue. Se tornaram arrogantes e não praticavam sacrifícios aos seus criadores. Então, os deuses decidem exterminar essa segunda humanidade através de um dilúvio. Ao contrário da maioria dos outros relatos conhecidos sobre dilúvios, nenhum indivíduo foi poupado.

Após a catástrofe, a matéria prima utilizada para moldar os novos seres humanos foi o milho. Foram criados quatro casais, que são considerados os oito primeiros índios quiché. Eles deram origem às três famílias fundadoras da Guatemala, pois um dos casais não deixou descendência.

Dilúvio asteca

No manuscrito asteca denominado como Codex borgia, há a história do mundo dividido em idades, das quais a última terminou com um grande dilúvio produzido pela deusa Chalchihuitlicue.

Dilúvio inca

Na mitologia dos incas, Viracocha destruiu os gigantes com uma grande inundação, e duas pessoas repovoaram a Terra (Manco Capac e Mama Ocllo mais dois irmãos que sobreviveram).
A religião é um forte elo entre as várias culturas andinas, sejam elas pré-incaicas ou incas. A imposição do "Deus Sol" é um forte elemento da crença e dominação através do mental, ou seja daquilo que permanece impregnado por gerações nas concepções e mentalidades destas culturas, adorando o Deus imposto e entendendo ser ele o mais importante. Pedro Sarmiento de Gamboa, cronista espanhol do século XVI, relata como os incas narravam sua criação e as lendas que eram passadas através da oralidade de geração em geração, desde o surgimento de Viracocha e seus ensinamentos, procurando definir um homem que o venerasse e fosse pregador de seus conhecimentos. Em algumas tentativas de criar este homem, Viracocha acaba punindo-o com um grande dilúvio pela não obediência como comenta Gamboa (2001):
Mas como entre ellos naciesen vicios de soberbia y codicia, traspasaron el precepto del Viracocha Pachayachachi ,que cayendo por esta trasgresión en la indignación suya, los confundió y maldijo. Y luego fueron unos convertidos en piedras y otros en formas, a otros trago la tierra y otros el mar,y sobre todo les envió un diluvio general, al cual llaman uñu pachacuti , que quiere decir “agua que trastornó la tierra”. Y dicen que llovió sesenta días y sesenta noches, y que se anegó todo lo creado, y que solo quedaron algunas señales de los que se convierteron en piedras para memoria del hecho y para ejemplo a los venideros en los edificios de pucara que es sesenta leguas del Cuzco. 9
A narração do dilúvio está presente entre muitos povos e culturas por todo o mundo. O início de tudo, ou seja, a criação, é um fator muito importante para estabelecer relações e explicações sobre o que não se conhece e o que não foi vivido. Assim, os mitos e lendas buscam criar uma ancestralidade, um ponto em comum que defina a origem e o começo do cosmos e tudo existente nele, ou seja, o conhecer de si mesmo, do próprio homem inserido na natureza, buscando sua sobrevivência e continuidade de sua existência e a harmonia com os elementos naturais e sobrenaturais.

Dilúvio uro

O povo uro (ou uru), que habita próximo ao lago Titicaca, crê numa lenda que diz que depois do dilúvio universal, foi neste lago onde se viram os primeiros raios do Sol.

Hipótese histórica

A consistência de tais histórias e sua extensa distribuição ao redor do globo fez com que alguns pesquisadores procurassem vestígios que a comprovassem, de acordo com métodos de pesquisa científicos..10

Em 1998, os geólogos da Universidade de Columbia William Ryan e Walter Pittman elaboraram a teoria de que o dilúvio na verdade seria um mito derivado de uma fantástica catástrofe natural, ocorrida por volta do ano 5 600 a.C., nas margens do atual mar Negro.
Segundo as proposições dos dois pesquisadores, o evento regional teria provocado a migração de diversos grupos sobreviventes – o que explicaria o caráter dito universal (que se encontra em várias culturas) do dilúvio.

Para os geólogos, o evento foi provocado pelo degelo ocorrido ao final da última glaciação. Em suas pesquisas, analisaram as formações geológicas e imagens submarinas, concluindo que uma grande quantidade de água marinha rompeu o atual estreito de Bósforo, com a elevação paulatina e excessiva do mar Egeu e dali para o mar de Mármara, ocasionando a abrupta inundação do mar Negro.
Aditaram, com muitos contraditores, que a agricultura, então incipiente na vida humana, também se propagara a partir dessa migração pela Europa, Ásia e Oriente Médio. O meio científico considera plausível o cataclismo, mas não as conclusões de que esta tenha sido a origem do mito do dilúvio.
Foi também recentemente (2013) sugerido pelo engenheiro espanhol Paulino Zamarro que, por volta de 5500 A.C., o Estreito de Gibraltar seria um istmo que ligava a Europa e África. Um acontecimento geológico terá feito romper essa ligação, desencadeando uma inundação sem precedentes em que o Atlântico invadiu o mediterrâneo, submergindo, com efeito, algumas ilhas, de entre as quais se conta a famosa Atlântida.

Há ainda a hipótese de que uma grande inundação tenha ocorrido na Mesopotâmia, causada pelos rios Tigre e Eufrates, por uma elevação anormal do nível d'água (estipula-se que as enchentes naturais da agricultura sazional daquela região seriam em torno de nove metros, e nessa época os rios encheram-se cinco metros a mais, isto é, catorze metros), causando devastação por toda a região em algum momento. Essa alternativa, no entanto, não transmite corretamente a vívida descrição de caos que os relatos parecem mostrar, pela escala monumental que a lenda assume. O relato bíblico do dilúvio chega a dizer:
"Assim foram exterminadas todas as criaturas que havia sobre a face da Terra, tanto o homem como o gado, o réptil, e as aves do céu; todos foram exterminados da terra; ficou somente Noé, e os que com ele estavam na arca." 11
Alguns acreditam ainda que a própria arca poderia ser encontrada em algum ponto do Cáucaso, possivelmente no monte Ararate, onde diversos relatos de pilotos que sobrevoaram a região durante a Segunda Guerra Mundial afirmavam ter visto um imenso barco no meio dessa cadeia de montanhas.
O próprio National Geographic já fez pesquisas a respeito.12 Ainda segundo o cientista brasileiro Arysio Nunes dos Santos,13 o dilúvio estaria relacionado à lenda de Atlântida, cidade mítica grega, que ainda segundo ele, também teria suas equivalentes em inúmeras outras culturas.

Referências

  1. a b c Gênesis 6 no Wikisource

O repovoamento da Terra

A Noé e seus descendentes coube a tarefa de povoar a região. A fonte extra-bíblica de Flávio Josefo detalha em pormenores a descendência de Noé, e quais povos cada um de seus filhos e netos teria dado origem. Em certa altura, Noé embebedara-se com o vinho produzido de sua própria videira de tal modo que encontrou-se nu em sua tenda. Seu filho Cam o viu e faz saber aos que estavam fora. Seus irmãos sabendo entraram na tenda de costas para cobrirem Noé sem o ver nu. Quando recobrou a consciência, Noé amaldiçoou seu neto Canaã, filho de Cam, porém abençoando seus outros filhos, Sem e Jafé.

A história de Noé tem forte significado simbólico sobre boa parte da história de Israel, principalmente durante o período da conquista de Canaã narrada no livro de Josué. A maldição de Noé certamente foi usada pelos povos semitas (ou seja, descendentes de Sem, cujos hebreus fazem parte) como justificativa para a conquista da terra de Canaã (ocupada pelos cananeus, alegadamente descendentes de Canaã, neto amaldiçoado de Noé)..

Longevidade de Noé

De acordo com o texto bíblico, Noé teria vivido 950 anos como homem. Tinha 500 anos quando gerou a Sem, Cam e Jafé. Com a idade de 600 anos, enfrentou o dilúvio e ainda viveu mais três séculos e meio, o que significa que poderia ter falecido nos dias de Abraão, já na décima geração de seus descendentes.

Idades dos patriarcas
nome idade ao ser pai idade ao morrer
Adão 130 930
Sete 105 912
Enos 90 905
Cainan 70 910
Mahalalel 65 895
Jarede 162 962
Enoque 65 365
Matusalém 187 969
Lameque 182 777
Noé 500 950
Sem 100 600
Arpachade 35 438
Selá 30 433
Éber 34 464
Pelegue 30 239
Reú 32 239
Serugue 30 230
Naor 29 148
Terá 70 205
Abraão 100 175
Isaque 60 180

Descendentes de Noé

Nações bíblicas descendentes dos filhos de Noé
Sem Cam Jafé
Hebreus Cananeus Gregos
Caldeus Egípicios Trácios
Assírios Filisteus Citas
Elamitas Hititas Frígios
Sírios Amorreus Medo-Persas
Os descendentes de Sem eram chamados semitas. Os descendentes de Cam estabeleceram-se em Canaã, no Egito e na África. Os descendentes de Jafé estabeleceram-se, em sua maioria, na Europa e Ásia Menor.

A visão Muçulmana

O Alcorão afirma que Noé estava sendo inspirado por Deus, semelhante a outros profetas como Abraão, Ismael, Isaac, Jacob, Jesus, , Jonas, Aarão, Salomão, David e Muhammad, e que ele era um fidedigno mensageiro. (4:163, 26:107)

Ele continuamente e abertamente alertou as pessoas dos tormentos que estavam vindo, porque eles foram iníquos e não obedeceram a Deus por cerca de mil anos (11:25, 29:14, 71:1-5). Ele chamou o povo para servir a Deus, e disse que ninguém, além de Deus poderia salvá-los (23:23). Ele disse que o tempo do dilúvio foi declarado e não podia ser adiado, e que o seu povo deveria retornar a Deus, para que Ele possa perdoá-los (7:59-64, 11:26 ).

Os chefes tribais, incrédulos, disseram que Noé certamente estava em um erro evidente, e era somente um mortal como eram. Noé respondeu a esta acusação de que ele não estava errando, mas que ele foi o mensageiro do Senhor do Universo e transmitiu-lhes as mensagens de Deus. Noé foi enviado como um aviso, para dar às pessoas uma chance para se arrependerem e serem perdoados, e para encontrar misericórdia (7:59-64, 26:105-110 ).

Deus comandou Noé para construir um barco por Sua inspiração. Como começou a construir o navio, os chefes tribais passavam por ele e o escarneciam. Após a sua conclusão, o navio estava carregado com animais domésticos e Noé(11:35-41). As pessoas que negaram a mensagem que Noé retransmitiu e foram afogados (7:64), o filho de Noé também foi um deles (11:42-48). Este último pormenor não é perceptível em outras fontes, e o Alcorão trata-o como uma prova para a sua originalidade. (11:49).
Noé é chamado de "um servo agradecido" (17:3). Entre as sementes de Noé (e Abraão), é colocada a profecia e a escritura (57:26).

Similariedades

A história do dilúvio, como outras do Velho Testamento, não é um fato exclusivo da Bíblia. Esta história escrita por Moisés é similar as outras tão antigas quanto a de Utnapishtim no épico de Gilgamesh ou mesmo outro herói sumério chamado de Ziusudra, no entanto a sua importância reside no fato de ser a História do Dilúvio um marco entre duas formas de contar o tempo. O Ano Solar baseado nas estações do ano ou no caso nas cheias do Nilo e o Ano lunar, baseado na lua cheia e nas marés de sizígia, esse último explicaria então a alegada longevidade dos lendários personagens bíblicos (77,5; 76; 75,42; 75,83; 74,58; 80,17; 30,42; 80,75; 64,75; 79,17; 50; 36,5; 36,08; 38,67; 19,92; 19,92; 19,17; 12,33; 17,08; 14,58; 15) inclusos no livro do Pentateuco.(Não explica a idade que tiveram filhos: 10,83 ; 8,75; 7,5; 5,83; 5,42; 13,5; 5,42; 15,58; 15,17; 41,67; 8,33; 2,92; 2,5; 2,83; 2,5; 2,67; 2,5; 2,42; 5,83; 8,33; 5)
Tal história, também pode ser observada entre os gregos antigos no mito do Deucalião

Paralelismo

Outros gêneses e outras histórias de civilizações ao redor do planeta, semelhantes à de Noé, são também relatadas. Foi encontrada em Nipur, na Babilônia meridional, uma tabuinha de 1600 a.C. contendo a história de uma devastadora inundação.
Os sumérios também já haviam relatado uma história semelhante, muito antes mesmo dos hebreus surgirem como povo.

Identidade de Noé
Nome: Noé
Significado: "Descanso"
Família: Descendente de Set
Avô: Matusalém
Mãe: Betenos (de Acordo com o livro dos Jubileus)
Pai: Lameque filho de Matusalém
Esposa: Naama (de Acordo com o Genesis Rabah) ou Enzara (de Acordo com o livro dos Jubileus)
Sogro: Lameque, filho de Metusael (de Acordo com o Genesis Rabah) ou Rake'el (de Acordo com o livro dos Jubileus)
Irmãos: Não se sabe
Filhos: Sem, Cam e Jafé
Local de Nascimento: Mesopotâmia
Localização Temporal: 4000 a.C.
Tempo de Vida: 950 anos
Motivo de Morte: Não há relatos específicos da morte
Local de Morte: região do Monte Ararate

Referências bíblicas

Sete (Bíblia)

Seth
Nome hebraico ou grego שֵׁת
Pais Adão e Eva
Filhos Enos
Anos de vida 912
Livros Gênesis Cap. 4 e 5
Portal Bíblia


Santo Patriarca SETH
Ícone russo. Linha dos Patriarcas em iconostase. 1630. Zhdan Dementiev, Vologda. Catedral da Assunção, Monastério de São Cirilo-Belozersky. Museu do Monastério Cirilo Belozersky.
Santo Patriarca
Veneração por Igreja Apostólica Armênia
Festa litúrgica 26 de julho
Gloriole.svg Portal dos Santos

Seth (130-1042 a partir da criação) (hebraico:שֵׁת, hebraico moderno, Šet, Tiberiano Šēṯ; em árabe: شيث Shith or Shiyth; "concedido; colocado; nomeado"), também grafado Sete ou Set em português, é mencionado no Gênesis da Bíblia como terceiro filho de Adão e Eva e irmão de Caim e Abel, sendo o único, entre os demais filhos, a ser citado pelo nome. Pela tradição, Adão teve 33 filhos e 23 filhas. De acordo com Gênesis 4:25, Seth nasceu após o assassinato de Abel por Caim, e Eva acreditava que ele lhe fora designado por Deus como substituto de Abel, porque Caim o havia matado.
Depois da morte de Abel, Sete é indicado como justo pela teologia judaico-cristã, em contraponto com Caim. No livro apócrifo de Zohar 1:36b, Sete é chamado de ancestral de todas as gerações dos justos. De acordo com o Livro dos Jubileus, também apócrifo, Sete casou-se com sua irmã mais jovem Azura e teve vários filhos, entre os quais Enos. No islão, Sete é considerado um dos profetas islâmicos.

Embora em Gênesis não seja mencionada quem teria sido a esposa de Sete e nem de Caim, é confirmado que o patriarca teve como filho Enos, aos 105 anos, e morreu aos 912 anos, gerando filhos e filhas. Pelos cálculos a respeito da vida dos patriarcas, significa que Sete teria alcançado o arrebatamento de Enoque e o nascimento de Noé.

Segundo Gênesis 4:26, com o nascimento de Enos, os homens passaram a invocar a Deus, o que teria sido o nascimento da religião e indica que Sete poderia ter sido um dos primeiros sacerdotes da humanidade.

O movimento dos Santos dos Últimos Dias diz que Sete foi ordenado com a idade de 69 anos por Adão, e três anos antes de sua morte, Adão teria abençoado Sete e sua descendência até o fim dos dias (D&C 107:42). É importante esclarecer que Sete é também o nome de um personagem jaredita do Livro de Éter.

Alguns estudiosos do século XIX identificaram Sete com Shitti, um epíteto do deus Marduque[carece de fontes] 

Na Bíblia
No livro do Gênesis, consta que Seth nasceu quando Adão tinha 130 anos (Gênesis 5:3), "um filho à sua imagem e semelhança". Gênesis 5:4 diz que Adão gerou "filhos e filhas" antes de sua morte, com idade de 930 anos. Afirma-se em Gênesis 4:25 que o nome Seth significa "concedido".
Seth teve um filho, Enos, com a idade de 105 anos (Gênesis 5:6), e posteriormente filhos e filhas; ele viveu 912 anos (Gênesis 5:8).

Segundo Gênesis 4:26, com o nascimento de Enos, os homens passaram a invocar a Deus, dando surgimento à religião. Isto pode significar que Seth teria sido um dos primeiros sacerdotes da humanidade.
Rashi (Rabbi Shlomo Yitzhaqi) refere-se a Seth como ancestral de Noé e, portanto, o pai de toda a humanidade. De acordo com Zohar 1:36b, Seth é "pai de todas as gerações do Tzaddikim" (justos).

No cristianismo

A Igreja Apostólica Armênia conta-o como um dos Santos Patriarcas, juntamente com Adão, Abel, e outros, com um dia consagrado em 26 de julho.
Longevidade bíblica
Nome Idade Septuaginta
Matusalém 969 969
Jared 962 962
Noé 950 950
Adão 930 930
Seth 912 912
Cainan 910 910
Enos 905 905
Mahalalel 895 895
Lameque 777 753
Sem 600 600
Eber 464 404
Cainan (2) 460
Arpachade 438 465
Selá 433 466
Enoque 365 365
Pelegue 239 339
Reú 239 339
Serugue 230 330
210? 210?
Terá 205 205
Isaque 180 180
Abraão 175 175
Naor 148 304
Jacó 147 147
Esaú 147? 147?
Ismael 137 137
Levi 137 137
Amrão 137 137
Kohath 133 133
Labão 130+ 130+
Débora 130+ 130+
Sara 127 127
Miriam 125+ 125+
Aarão 123 123
Rebeca 120+ 120+
Moisés 120 120
José 110 110
Josué 110 110
Idades dos patriarcas
nome idade ao ser pai idade ao morrer
Adão 130 930
Seth 105 912
Enos 90 905
Cainan 70 910
Mahalalel 65 895
Jarede 162 962
Enoque 65 365
Matusalém 187 969
Lameque 182 777
Noé 500 950
Sem 100 600
Arpachade 35 438
Selá 30 433
Éber 34 464
Pelegue 30 239
Reú 32 239
Serugue 30 230
Naor 29 148
Terá 70 205
Abraão 100 175
Isaque 60 180

No gnosticismo

No gnosticismo, Seth é visto como uma substituição dada por Deus em lugar de Caim e Abel. Diz-se que, no final da vida, Adão deu ensinamentos secretos a Seth que viriam a se tornar a Cabala.

Em Josefo

Josefo refere-se a Seth como virtuoso e de excelente caráter nas Antiguidades Judaicas, e relata que seus descendentes inventaram a sabedoria dos corpos celestes e construíram os "pilares dos filhos de Seth", dois pilares nos quais foram inscritas muitas descobertas e invenções científicas, notadamente a astronomia. Eles foram construídos por descendentes de Seth baseados na previsão de Adão de que o mundo seria destruído uma vez por fogo e uma outra vez por um dilúvio, a fim de proteger as descobertas e estas serem lembradas após a destruição.

Um deles era composto de tijolo, e o outro de pedra, de modo que se o pilar de tijolo fosse destruído, o pilar de pedra permaneceria, ambos relatando as antigas descobertas e informando aos homens que um pilar de tijolo também fora erguido. Josephus relata que o pilar de pedra permanecia na terra de Siriad, ainda em seus dias.

William Whiston, um tradutor do século 17/18 das Antiguidades, afirmou em uma nota de rodapé que ele acreditava que Josefo tomou erroneamente Seth por Sesóstris, rei do Egito, o que erigiu o pilar a que se referiu em Siriad (sendo um nome contemporâneo para os territórios em que Sirius era venerado, ou seja, o Egito). Ele afirmou que não havia nenhuma maneira para qualquer dos pilares de Seth ter sobrevivido ao dilúvio, porque o dilúvio enterrou em grande profundidade todos os pilares e edifícios no sedimento de suas águas.
  • Pilares dos filhos de Set

    Os pilares dos filhos de Sete, de acordo com o livro Antiguidades judaicas de Flávio Josefo, são dois pilares que teriam sido criados pelos descendentes de Sete e nas quais foram inscritas descobertas científicas, invenções, principalmente no campo da astronomia. Como os descendentes de Sete sabiam, baseado em uma predição de Adão, sobre o dilúvio, criaram os pilares como meio de transmissão das descobertas aos sobreviventes futuros.

    Enos

    Enos (3769 - 2864 a.C. 1 ) é um personagem da Bíblia.
    Enos é neto de Adão.2 O nome de seu pai é Sete, que gerou Enos quando tinha cento e cinco anos de idade.3 Enos gerou Cainã aos noventa anos de idade,4 teve vários filhos e filhas,5 e morreu aos novecentos e cinco anos.6

    Cainã

    Cainã (2311 a.C. - 1878 a.C. 1 ) é um personagem da Bíblia.
    Cainã é bisneto de Adão.2 O nome de seu pai é Enos, que gerou Cainã quando tinha noventa anos de idade.3 Cainã gerou Malalel aos setenta anos de idade,4 teve vários filhos e filhas, e morreu aos novecentos e dez anos.5
    De acordo com o livro Caverna dos Tesouros, atribuído a Éfrem da Síria,6 o nome da mãe de Cainã era Hannâ, ela era filha de Jubal, filha de Hôh, filha de Sete. Cainã se casou com Peryath, filha de Kôtûn, filha de Yarbâl.7

    Malalel

    Malalel , Mahalalel ou Mahalaleel ( do hebraico מהללאל ) é o nome de um patriarca bíblico de acordo com a Torá. Este seria filho de Cainan , que era filho de Enos, que era filho de Sete, que era filho de Adão.Malalel teria sido pai de Jarede ,pai de Enoque.
    Malalel aparece no livro de Gênesis 5:12-17, e de acordo com este livro teria vivido 895 anos.

    Jarede

    Jarede (3544 - 2582 a.C. 1 ) é um personagem da Bíblia.
    O nome de seu pai é Malalel, que gerou Jarede quando tinha sessenta e cinco anos de idade.2 Jarede gerou Enoque aos cento e sessenta e dois anos de idade,3 teve vários filhos e filhas, e morreu aos novecentos e sessenta e dois anos.4
    De acordo com o livro Caverna dos Tesouros, atribuído a Éfrem da Síria,5 o nome da mãe de Jarede era Sehatpar, filha de Enos. Jarede se casou com Zebhîdhâ, filha de Kuhlôn, filha de Kenan.6

    Lameque

    Lameque ou Lémech (do hebraico לָמֶךְ / לֶמֶךְ " abaixo; pobre" ) é um personagem bíblico do Antigo Testamento mencionado no livro de Gênesis como o pai de Noé.
    De acordo com a Bíblia, Lameque pai de Noé, era filho de Matusalém, o homem que mais alcançou longevidade.

    Quando Noé nasceu, Lameque profetizou a respeito de seu filho, assim dizendo:
    Este nos consolará acerca de nossas obras e do trabalho de nossas mãos, por causa da terra que o SENHOR amaldiçoou. (Gênesis 5:29)

    Prossegue o texto bíblico dizendo que, após o nascimento de Noé, Lameque ainda viveu 595 anos gerando filhos e filhas e faleceu com fartos 777 anos, o que, segundo os cálculos, teria sido 5 anos antes do dilúvio ocorrido quando Noé tinha 600 anos.
    Curiosamente, pode-se constatar pelos cálculos aritiméticos a respeito da vida dos patriarcas, que Lameque ainda foi superado por seu pai Matusalém, o qual ainda viveu até o ano do dilúvio.
    Importante esclarecer que a Bíblia menciona o nome de um outro homem chamado Lameque, o qual foi um perverso descendente de Caim.

     Arpachade
    Arpachade ou Arfaxade é um personagem bíblico do livro de Gênesis do Antigo Testamento, considerado como o filho primogênito de Sem. Nasceu quando seu pai possuía cem anos, dois anos depois do dilúvio, e teve como irmãos: Elão, Assur, Lude e Arão.
    Aos trinta e cinco anos gerou Selá, vivendo até os quatrocentos e sessenta e cinco anos, gerando mais filhos e filhas.

    É apresentado no Capítulo 10 de Gênesis.
    Devido à sua longevidade, Arpachade teria vivido pelo menos até a oitava geração de sua descendência, alcançando o patriarca Abraão.

    Tem-se entendido que Arpachade seria o ancestral dos Caldeus Mesopotâmicos. Um indício é o fato da bíblia mostrar a possível cidade natal de Abraão, a cidade de Ur que é várias vezes mencionada na bíblia com "Ur dos Caldeus". (Gênesis 11: 27-28)


    Selá pode significar:
  • Selá (filho de Judá) - o irmão mais novo entre os três primeiros filhos de Judá
  • Selá (personagem bíblico) - um personagem descrito na bíblia hebraica, cristã e islâmica
  • Selá (expressão bíblica) - uma expressão bíblica utilizada para indicar uma pausa, elevação à Deus e etc.
  • Salé, um profeta descrito no Alcorão que alguns estudiosos acreditam ser o equivalente islâmico de Selá, filho de Judá
  • Salá, por vezes referido pelo nome de "Selá", uma figura bíblica menor (filho de Arfaxade, pai de Éber)
 Éber
Éber (do hebraico עבר) é um dos descendentes de Noé da linhagem de Sem. Eber, também pode ser interpretado como do Outro Lado ou do Oriente (além do Rio Jordão).
Éber ou Heber foi ancestral de Abraão.

Segundo historiadores, da tribo de heber teria surgido o povo hebreu ou heberitas.
De acordo com a tradição islâmica, Éber nasceu cinco gerações após Nuh (Noé). Naquela época, as pessoas já haviam esquecido sobre o dilúvio que tinha destruído a terra nas gerações passadas e começaram a produzir estátuas que idolatravam. Apesar de Éber ter advertido e repreendido, as pessoas persistiram em sua idolatria. Para puni-los Deus mandou uma estiagem. Depois dessa estiagem as pessoas não se arrependeram, pelo que Deus mandou uma grande tempestade da qual só Éber e poucos outros sobreviveram.

Segundo a Bíblia, Éber foi o pai de Pelegue e de Joctã.

Supõe-se que na época do nascimento de Pelegue, os povos tenham se dividido em razão do episódio da Torre de Babel, conforme o relato de Gênesis 10:25 que assim diz:
E a Éber nasceram dois filhos: o nome de um foi Pelegue, porquanto em seus dias se repartiu a terra; e o nome de seu irmão foi Joctã.

Diz a que Bíblia que Éber teria vivido 464 anos (Gênesis 11:12-13), sendo o patriarca nascido após o Dilúvio que mais tempo viveu, tendo, provavelmente, alcançado até a oitava geração de sua descendência. E, embora Sem tenha vivido 502 anos após o dilúvio, tanto ele como o seu pai Noé teriam nascido antes da grande inundação.

Visão Muçulmana

Conhecido no Islão como Hud (Árabe:هود) é um profeta relatado no Alcorão, na décima primeira sura (capítulo).
De acordo com a tradição islâmica, Hud nasceu cinco gerações após Nuh (Noé). Naquela época as pessoas já haviam esquecido sobre o dilúvio que tinha destruído a terra nas gerações passadas e começaram a produzir estátuas que idolatravam. Apesar de Hud ter advertido e repreendido, as pessoas persistiram em sua idolatria. Para puni-los Deus mandou uma estiagem. Depois dessa estiagem as pessoas não se arrependeram, pelo que Deus mandou uma grande tempestade da qual só Hud e poucos outros sobreviveram.
O Alcorão afirma que Hud foi enviado como um mensageiro para alertar o povo de 'Ad (antiga nação árabe de uma tribo do Omã, a que Deus destruiu com a tempestade). Acredita-se que a recente descoberta cidade de Ubar, mencionada no Alcorão como Iram, tenha sido a capital de 'Ad.

 Pelegue
Pelegue (ou Peleg, 2247 a.C. - 2008 a.C. 1 ) é um personagem do Velho Testamento da Bíblia, mencionado nos capítulos 10 e 11 do livro de Gênesis como um dos descendentes de Sem.
Teria sido um dos dois filhos de Éber, irmão de Joctã e pai de Reú.

De acordo com Gênesis 10:25, foi durante a época de Pelegue que "a terra foi dividida", referindo-se a terra que tinha seus continentes ainda unidos (pangea) a pouco tempo segundo modelo do geólogo Dr. John Baumgardner e , talvez, à divisão das línguas faladas pela humanidade, talvez no reinado de Nimrod, considerado por alguns como o construtor da Torre de babel. No entanto, o motivo desta divisão da terra é muito especulativo pois pode tratar-se de uma divisão entre os patriarcas das tribos pela Europa, Ásia e África, entre os três filhos de Noé para a ocupação futura.

 O historiador judeu Flavius Josephus afirma que os descendentes de Eber têm uma vida muito mais curta do que os primeiros descendentes de Noé e de Sem antes de Eber, indicando a possibilidade que, depois do Dilúvio Universal, o ambiente da terra teria sofrido uma grande mudança que veio reduzir a expectativa de vida dos seres humanos. Outra interpretação é de que não tenham sido os povos, mas sim a Terra, formando os continentes e oceanos. Onde inicialmente eram apenas uma porção de terra rodeada de uma grande porção de água. Isso pode ser entendido não apenas por uma tradução literal do texto apresentado mas também analisando o formato complementar dos continentes e outros indicios cientificos, além de outras evidencias biblicas, como a narração do Diluvio(afinal seria mais facil toda terra ser coberta de agua se fosse uma porção só). Essa interpretação deu origem a teoria da Pangeia hoje largamente aceita na comunidade cientifica.

O filho de Peleg foi Reú, que nasceu quando o pai tinha trinta anos e, de acordo com o texto bíblico, Peleg teria vivido até 239 anos.

Além dos breves relatos na "tabela das nações" de Gênesis, o nome do patriarca é mencionado também no livro de I Crônicas.

Reú

Reú (2217 a.C. - 1978 a.C. 1 ) é um personagem do Antigo Testamento da Bíblia, citado no capítulo 11 do livro de Gênesis, onde é mencionado na descendência de Sem como filho de Pelegue, que tinha trinta anos quando Reú nasceu.2
Foi o pai de Serugue, que nasceu quando ele tinha trinta e dois anos,3 e o tataravô do patriarca Abraão.
De acordo com o relato bíblico, Reú viveu duzentos e trinta e sete anos depois que nasceu Serugue, gerando filhos e filhas.4

Serugue

Serugue (2185 a.C. - 1955 a.C. 1 ) é um personagem do Antigo Testamento da Bíblia, citado no capítulo 11 do livro de Gênesis, onde é mencionado na descendência de Sem como filho de Reú, que tinha trinta e dois anos quando Serugue nasceu.2
Foi o pai de Naor, que nasceu quando ele tinha trinta anos,3 e foi o bisavô do patriarca Abraão.
De acordo com o relato bíblico, Serugue viveu duzentos anos depois que nasceu Naor, gerando filhos e filhas.4

Nahor

Naor
Naor de "Promptuarii Iconum Insigniorum"

Morte
Cidade de Ur
Progenitores Pai: Serugue
Filho(s) Terá
Nota: Para outros significados de Nabor, ver Nabor (desambiguação)
Nahor, Naor, Nabor ou Nacor (em hebraico נָחֹור) pode referir-se a três diferentes nomes na bíblicos: dois personagens bíblicos, ambos descendentes de Sem, e uma localidade bíblica nomeada após um destes descendentes.
  1. Naor, filho de Serugue, cujo filho foi Terá. (Gênesis 11:22-25.
  2. Naor, filho de Terá, irmão de Abraão e pai de Betuel. (Gênesis 11:26-29, 22:20-24)
  3. Naor, uma cidade na região de Arã-Naarim, que foi nomeada após o filho de Terá
O primeiro é referido somente em Gn 11, 22-25. Era filho de Sarug e pai de Terá. O segundo é referido pela primeira vez em Gn 11, 26-29, e reaparece em outras poucas passagens bíblicas, tais como Gn 22, 20-24. Esse segundo "Nahor" é filho de Terá e irmão de Abraão. Foi pai de Betuel, que por sua vez gerou Rebeca, que seria mulher de Isaque, filho de Abraão. Batuel também era pai de Labão, futuro sogro de Jacó.

Textos bíblicos em que aparecem as personagens de nome Nahor

  • Gn 11, 22-25 (primeiro "Nahor")
  • Gn 11, 26-29 (daqui em diante somente se referindo ao segundo "Nahor")
  • Gn 22, 20-24
  • Gn 24, 10.15.24.47
  • Gn 29, 5
  • Gn 31, 53
  • Js 24, 2
  • I Cr 1, 26
  • Lc 3, 34-35 (aparecem no texto referidos as duas personagens)
Idades dos patriarcas
nome idade ao ser pai idade ao morrer
Noé 500 950
Sem 100 600
Arpachade 35 438
Selá 30 433
Éber 34 464
Pelegue 30 239
Reú 32 239
Serugue 30 230
Nahor 29 148
Terá 70 205
Abraão 100 175
Isaque 60 180
  •  Terá
    Terá ( em hebraico תֶּרַח / תָּרַח ) foi, de acordo com o livro de Génesis, o pai de Abraão e que teria iniciado a jornada dos hebreus rumo à terra de Canaã.
    Segundo o texto bíblico, após o falecimento de Harã, Terá saiu de Ur com seu filhos Abrão, juntamente com Sara e e seguiram em busca da terra prometida. Porém, Terá chegou a uma localidade que ficava no meio do trajeto onde se estabeleceu e deu ao lugar o nome de seu filho Harã.
    A Bíblia conta que Terá faleceu em Harã, tendo vivido duzentos e cinco anos.

    * ISAQUE - ISAAC
    Isaque (play /ˈzək/;1 Hebraico: יִצְחָק, Moderno Yitsẖak Tiberiano Yiṣḥāq, ISO 259-3 Yiçḥaq, "ele vai rir"; em iídiche: יצחק, Yitskhok; em grego antigo: Ἰσαάκ, Isaak; em latim: Isaac; em árabe: إسحاق ou em árabe: إسحٰق[note A] ʼIsḥāq) assim como descrito na Bíblia Hebraica, foi o único filho de Abraão com sua esposa Sara e foi o pai de Esaú e Jacó. Isaac foi um dos três patriarcas israelitas. Segundo o Livro de Gênesis, Abraão tinha 100 anos quando Isaac nasceu e Sara já havia cessado o período fértil.

    Isaac foi o único patriarca bíblico cujo nome não foi mudado e também o único que não deixou Canaã. Comparado com Abraão e Jacó, a história de Isaac relata poucos incidentes em sua vida. Morreu quando tinha 180 anos, tornando-se o patriarca de vida mais longa.
  • Gnosticismo Setiano

    Setianismo
























    O Setianismo foi uma seita gnóstica que pode ter existido anteriormente ao cristianismo1 .
    Enquanto muitos estudiosos britânicos e franceses sobre o Setianismo tendem a caracterizá-lo como uma forma de especulação cristã heterodoxa, a maioria dos estudiosos alemães e americanos o caracterizam sua origem e essência como um fenômeno distintamente sincrético ao judaísmo. Além disso, um número crescente de estudiosos têm sido levados a reconhecer o quanto os setianistas deviam para a filosofia Médio Platônica, esmagadoramente aparente nos tratados platonizantes setianistas, mas ainda mais facilmente identificável em tratados mais antigos. Embora muito se saiba sobre a visão heresiológica sobre os setianistas, sua forma e identidade ainda permanecem obscuras.2

    Menções sobre os setianistas

    A primeira menção sobre os setianistas foi feita por Pseudo-Tertuliano,3 que igualmente a Irineu também menciona os Ofitas e os Setianistas (Ch.30).4 De acordo com Frederik Wisse (1981)5 6 todos os relatos posteriores parecem ser largamente dependentes de Irineu.6
    Hipólito repete informações de Irineu. Epifânio de Salamis (c.375) relata que os Setianistas de sua época eram encontrados apenas no Egito e na Palestina, apesar de 50 anos antes terem sido encontrados tão longe quanto Armênia (Panarion 39.1.1 2; 40.1).7

    Uma das fontes de Epifânio, o Syntagma perdido de Hipólito de Roma, também serviu de fonte para os heresiologistas cristãs antes do catálogos de heresias de Filastro. Nathaniel Lardner (1838) observou que Filastro coloca os Ofitas, Cainitas e Setinistas como seitas judaicas pré-cristãs. 8 No entanto, desde que os setianistas identificavam Sete a Cristo (Segundo Logos do Grande Seth), o ponto de vista de Filastro de que os setinistas tinham origens pré-cristãs, outras do que uma sincrética absorção de fontes judaicas e gregas pré-cristão, tem sido questionada por alguns estudiosos modernos.9

    Textos setianistas


    O Apócrifo de João é considerado uma escritura setianistas
    Os pesquisadores consideram a seguinte literatura como representantes do gnosticismo setianista10 6 :

    Textos heseriologistas
  • O relatório Barbeloíta de Irineu (Haer. I.29)
  • Os relatórios sobre a Sethians (e Archontics) por Epifânio (Pan. 26 e 39-40)
  • Pseudo-Tertuliano (Haer. 2) e Filastrius (Haer. 3)
Apócrifos
Os seguintes tratados a partir dos códices de Nag Hammadi e BG 8502:
  • quatro versões do Apócrifo de João (Ap. John BG8502, 2 e NHC III, 1 [versão curta]; NHC II, 1 e IV, I [versão longa]);
  • Hipóstase dos Arcontes

    Hipóstase dos Arcontes

    A Hipóstase dos Arcontes ou A Realidade dos Regentes é uma exegese no Livro do Gênesis do primeiro ao sexto capítulo1 e expressa uma mitologia gnóstica da criação do cosmos e da humanidade. O texto foi encontrado na Biblioteca de Nag Hammadi (Codex II) em 1945, numa tradução copta2 . O original nunca foi encontrado e esta é a única versão conhecida. Tentativamente datado no século II dC1 , acredita-se que ele se origina de um período de transição no Gnosticismo, quando estava se convertendo de uma fase puramente mística em uma mais filosófica. O início e a conclusão do documento são do gnosticismo cristão, mas o resto do material é uma narrativa mitológica da origem e natureza dos poderes arcônticos populando os céus entre a Terra e a Ogdóade, e como o destino dos homens é afetado por estes eventos primordiais. 

    Conteúdo
    O texto é apresentado como um tratado erudito no qual o professor endereça um tópico sugerido pela pessoa a quem o texto é dedicado. O tratado começa com um fragmento de cosmogonia, que leva a uma revisionista "história verdadeira" da história da criação no Gênesis, refletindo a desconfiança dos Gnósticos pelo mundo material e o Demiurgo que o criou. Na narrativa existe uma "revelação angelical" em forma de diálogo onde um anjo repete e elabora o fragmento de cosmogonia para um escopo muito mais amplo, concluindo com uma profecia histórica sobre a vinda do salvador e o fim dos tempos.3

    Embora as etimologias e trocadilhos com nomes Semíticos sugere que o autor tenha tido contato intenso com lendas e tradições judaicas e também com a Mitologia grega, o mito é proposto como antissemita3 . Adicionalmente, fora o primeiro parágrafo, o trabalho não contém nenhuma característica Cristã não-gnóstica3 .

    Personagens Místicos

  • O Pai de Tudo: O Virginal Espírito Invisível
  • Incorruptibilidade
  • A Criança: Preside sobre o Tudo
  • Os Quatro Luminares: Eleleth e três outros
  • O Verdadeiro Ser Humano
  • A Raça Não Dominada
  • Sabedoria: Sophia ou Pistis Sophia
  • Vida: Filha de Sophia
  • Yaldabaoth: O Regente Máximo, também chamado de Saklas (tolo) e Samael (deus cego)
  • Sabaoth: Um dos primeiros sete filhos de Yaldabaoth
  • Adão: O primeiro ser humano
  • Eva: Esposa de Adão e sua contraparte
  • Cain: Filho de Eva concebido pelos Regentes
  • Abel: Filho de Eva concebido por Adão
  • Seth: Filho de Eva concebido por Deus
  • Norea: Filha de Eva3

Livro Sagrado do Grande Espírito Invisível

Duas versões do antes perdido Livro Sagrado do Grande Espírito Invisível, também conhecido - incorretamente - como Evangelho Copta dos Egípcios (não confundir com o Evangelho Grego dos Egípcios)1 , foram encontradas entre os códices na Biblioteca de Nag Hammadi, descoberta em 1945 (Códices III e IV).

Conteúdo

Os conteúdos principais dizem respeito ao entendimento Gnóstico Setiano de como a Terra veio a existir, de como Sete, na intepretação Gnóstica, encarnou como Jesus para livrar as almas das pessoas da prisão maligna que é a criação.
Ele também contém um hino, partes do qual são incomuns por serem aparentemente seqüências de vogais sem sentido (que, acredita-se, são uma representação da primitiva glossolalia cristã), apesar de as vogais do último parágrafo (u aei eis aei ei o ei ei os ei) poderem ser particionadas para serem lidas (em grego) "que existe como Filho para todo sempre. Você é o que você é, você é quem você é"2 .

Apocalipse de Adão

O Apocalipse de Adão foi descoberto em 1945 entre os códices da Biblioteca de Nag Hammadi (códice V) e é um tratado gnóstico escrito em Copta. Ele não tem ligações necessariamente Cristãs. Por isso, discute-se se ele é realmente um texto do Gnosticismo Cristão ou um exemplo do Gnosticismo Judaico. Ele é um dos textos Setianos.

Conteúdo

Adão, no seu 700º ano de vida, conta para o seu filho Seth como ele adquiriu conhecimento sobre o Deus eterno de Eva e que ele e ela são, na verdade, mais poderosos que seu suposto criador. Mas este conhecimento se perdeu na Queda quando o sub-criador - o Demiurgo - os separou. Adão então relata como três misteriosos estrangeiros provocaram a geração de Seth e a preservação deste conhecimento. Adão então profetiza longamente sobre tentativas do deus sub-criador de destruir a humanidade, incluindo a profecia sobre o grande Dilúvio e uma tentativa de destruição pelo fogo, mas que o grande Iluminador virá antes do fim. E quando Ele chegar, treze reinos proclamarão treze lendas conflitantes sobre o Seu nascimento, mas apenas a "geração sem rei" proclama a verdade.
Nas tradições não-gnósticas, as palavras finas de Adão a Seth podem ser encontradas em "Conflito de Adão e Eva com Satanás", "A vida de Adão e Eva" e no "Testamento de Adão".
As Três Estelas de Sete é um texto gnóstico setiano dentre os apócrifos do Novo Testamento. Sete é citado na Bíblia como sendo filho de Adão e Eva (Gênesis 4:25 e seguintes). 

   História
A principal cópia que chegou até o nosso tempo é da biblioteca de Nag Hammadi e foi traduzido e explicado pelo professor Paul-Jean Claude (aposentado), membro do Grupo de Pesquisa de Nag Hammadi da Faculdade de Teologia e Estudos Religiososo da Universidade Laval, Quebec, Canadá.

Conteúdo

O manuscrito trata da revelação à Dositeu, o samaritano, de três estelas (textos gravados em rochas esculpidas para este fim).
Acredita-se que o texto seja de uma seita setiana dos gnósticos (a seita que crê no Sete bíblico como seu herói, que teria reencarnado como Jesus). Dentre outros textos desta mesma seita aparecem o Apocalipse de Adão, Apócrifo de João, a Protenóia trimórfica e o Evangelho dos egípcios.
O texto é provavelmente uma obra do século 3o dc dos gnósticos setianos na medida em que eles se afastavam do Cristianismo e se aproximavam do Platonismo.
  • Zostrianos

    Zostrianos é um texto Gnóstico Setiano parte dos Apócrifos do Novo Testamento. A principal cópia que chegou até os nossos dias vem da Biblioteca de Nag Hammadi (Códice VIII). Contudo, ela está muito danificada, com palavras ilegíveis.

    Conteúdo

    Assim como Marsanes (no Códice X) e Alógenes (Códice XI), o texto trata de uma visão recebida por um tal Zostrianos, explicando e enumerando em grande detalhe as emanações que os Gnósticos acreditam serem produzidas por Deus na cosmogonia Gnóstica. Indicações no texto fazem crer que os Setianos já tinham desenvolvido ideias Monistas, um tema do Platonismo que acredita-se ter se tornado parte do Setianismo por volta do final do século III.

    Marsanes

    Marsanes é um texto Gnóstico Setiano entre os Apócrifos do Novo Testamento. A principal cópia que chegou até nós foi encontrada em 1945 no códice X da Biblioteca de Nag Hammadi, ainda que com quatro páginas faltando e diversas linhas danificadas sem possibilidade de recuperação, incluindo as dez primeiras da quinta página.

    Conteúdo

    Assim como Zostrianos (Códice VIII) e Alógenes (Códice XI), o texto descreve uma complexa cosmogonia esotérica de sucessivas emanações de um Deus original, como revelado por Marsanes. No texto é possível encontrar indicações que os Setianos desenvolveram idéias Monistas, comparáveis às noções de Heráclito sobre a perfeição e permanência universais expressas através da manutenção constante da massa das "coisas" que nele existem (ou seja, toda matéria no universo pode apenas mudar de forma, não podendo ser criada ou destruída); e à posterior insistência dos Estóicos de que nada existe além do mundo material.
  • Alógenes

    Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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    Alógenes, também chamado de Livro do Estrangeiro (ou Estranho), é um texto Gnóstico Setiano entre os Apócrifos do Novo Testamento. A principal cópia sobrevivente do texto é um manuscrito encontrado no códice XI da Biblioteca de Nag Hammadi, embora estejam faltando muitas linhas. Um pequeno fragmento também sobreviveu mais recentemente descoberto Códice Tchacos, o que pode ajudar a preencher as lacunas.  

    Conteúdo
    O texto é sobre as revelações feitas a Alógenes.1 Alógenes segue descrevendo como ele superou seu medo e ignorância e ascendeu ao reino esotérico de Deus como entendido pelos gnósticos (O Pai Inefável).2
  • Melquisedeque

     

    O Encontro de Abraão e Melquisedeque de Dieric Bouts O Velho, 14641467


    Melquisedeque (em hebraico מַלְכִּי־צֶדֶק / מַלְכִּי־צָדֶק, transl. Malkiy-Tzadeq, "meu rei é justiça") é um personagem bíblico do livro de Gênesis que interagiu com Abraão quando este retornou vitorioso da batalha de Sidim. É descrito como o rei de Salém e que não deixou descendência.
    Diz-se que não teve ascendência nem descendência a quem a mitologia atribui-lhe características sobre humanas, quase como um semi-deus da altura. Alguém de enorme valor que instruiu os povos e lhes deu a civilização.

    Bíblia

    Apesar das raras referências a ele na Bíblia, o Livro Sagrado refere-se a Melquisedeque como um sábio rei de uma terra chamada Salém e "sacerdote do Deus Altíssimo." (Gênesis 14:18). No Novo Testamento, ele é comparado a Jesus, de que é dito ser "da ordem de Melquisedeque" (Epístola aos Hebreus).

    Segundo o texto do Pentateuco, Melquisedeque foi o rei da cidade de Salém (que significa "paz"), a qual se acredita ter sido a cidade posteriormente conhecida por Jerusalém.
    Melquisedeque teria tido importância no direcionamento de Abrãao - o primeiro registro bíblico da doação de dízimos decorre desta ocasião. Abrãao e Melquisedeque seriam, portanto, contemporâneos, de acordo com as narrações bíblicas.

    Destaca-se na sua história a ausência de menções (comuns nos registros bíblicos) a seus antepassados. Como se pode interpretar de alguns versos (Hebreus 7:3), Melquisedeque fora um homem sem genealogia, sem filhos ou parentes conhecidos. O lugar onde seu corpo jaz também é ignorado, o que aumenta a crença de que sua real existência seja improcedente, ou de que se tratava de um homem de prestígio perante à divindade e que, por esta razão, seu corpo não tenha sido destruído, como se terá passado a Enoque ou a Moisés, talvez.

    Ao nome Melquisedeque pode ainda ser atribuído o significado "Rei de Justiça" em função de ser uma possível junção de mais de uma palavra do idioma hebraico.
    Seu nome já foi usado nas denominadas "Índias", que se referiam à atual Etiópia, Índia e Himalaia. Nessas 3 culturas havia referências a um "Rei da Terra", que seria o próprio Melquisedeque.

    Desde o alvorecer dos tempos, existe a tradição de uma Terra Sagrada ou Paraíso Terrestre, onde os mais elevados ideais da humanidade são realidades. Povos de todo o mundo antigo conheciam pelos nomes de Monte Olimpo, Ratnasanu, Hermadri, Monte Meru, cidade celestial (que ficava na terra de Asar, dos povos da Mesopotâmia), Terra de Amenti (Livro Sagrado dos Mortos, dos antigos egípcios), cidade das Sete Pétalas de Vishnu (ou Cidade dos Sete Reis de Edom, ou Éden da tradição judaica), Na Ásia Menor no passado e hoje acreditam em uma cidade que é conhecida como Shamballah (é o templo dos Deuses. O Erdami dos tibetanos e mongóis). Para os persas era Alberdi ou Aryana terra de seus ancestrais. Os hebreus a chamam de Canaã e os celtas chamavam de Terra dos Mistérios.

    Segundo a Teoria da Terra-Oca, existiu o Reino de Agartha ou "Mundo Subterrâneo", formado por 7 cidades sagradas e uma 8ª cidade, denominada Shamballah. Segundo a tradição é governada pelo monarca chamado Melki-Tsedeq (conhecido como o Rei do Mundo). Melki-Tsedeq também é conhecido como Melquisedeque (citado na Bíblia (Gênesis 14.18-20 e Hebreus 6.17-20;7.1-3).

    Cristofania

    Alguns teólogos cristãos acreditam que Melquisedeque teria sido uma aparição do Messias antes de seu nascimento.

    No Antigo Testamento há várias menções ao Anjo do SENHOR que muitos acreditam terem sido aparições de Cristo antes de encarnar. No entanto, Melquisedeque poderia ter sido o aspecto terreno da pré-encarnação de Cristo em uma forma corpórea temporária.
    Outros teólogos, no entanto, acreditam que Melquisedeque teria sido apenas uma tipologia de Cristo, tratando-se, pois, de um acontecimento ou de um ensinamento que se relaciona com as realizações de Jesus.

    Na epístola aos Hebreus, o autor leciona que Melquisedeque não teve nem pai e nem mãe, nem ascendência e nem descendência:

    Porque este Melquisedeque, que era rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão quando ele regressava da matança dos reis, e o abençoou; a quem Abraão deu o dízimo de tudo, e primeiramente é, por interpretação, rei de justiça e depois também é rei de Salém, que é rei de paz; sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas, sendo semelhante ao filho de Deus, permanece sacerdote para sempre. (Hebreus 7:1-3)

    NOTA: (Apesar de no apócrifo Livro de Melquisedeque constar:

    "Adonias tinha um único filho a quem dera o nome de Melquisedeque. A beleza, ternura e sabedoria desse filho amado haviam sido sua inspiração para a edificação de seu reino.")

    Abaixo, trecho do Livro de Melquisedeque (Samael, que era Lúcifer, pondo em prática seu plano de roubar o trono - Na Bíblia Sagrada, era Lúcifer tentando roubar o trono de DEUS) onde mais uma vez se referencia a paternidade de Adonias como sendo pai do Príncipe Melquisedeque que viria a ser o REI de Salém:

    "'À meia-noite, seguindo as instruções de Samael, todos os seus seguidores abandonaram silentemente suas mansões, rumando-se ao profundo vale de Cedrom, onde esperariam pelo seu novo rei. Samael, por sua vez, dirigiu-se aos fundos do palácio, por onde esperava entrar sem ser notado, indo ao encontro do cetro. Evitando qualquer ruído, transpôs o portal, dirigindo-se silentemente à sala que guardava o precioso cetro.

    Naquele momento, o príncipe que, insone rolava em seu leito, pressentindo algum perigo, dirigiu-se ao quarto de seu pai e o despertou dizendo:

    -- Meu pai, ouvi ruídos de passos no interior do palácio.
    Afagando a cabeça de seu filho, Adonias, sonolento respondeu-lhe:
    -- Filho, não se preocupe. Deite-se comigo e durma tranquilamente. Daqui a pouco raiará o alvorecer e você terá nas mãos o alaúde dourado.

    O príncipe, tranquilizado pelas palavras confiantes de seu pai, entregou-se a um sono de lindos sonhos em que vivia ao lado de Samael e de todos os súditos de Salém, os momentos festivos da coroação. Enquanto isso, o rebelde, com as mãos trêmulas, apossava-se do cetro. Naquele momento, teve a idéia de levar somente o alaúde, deixando o estojo em seu devido lugar. Com um sorriso cheio de maldade, imaginou o momento em que o rei entregaria ao seu filho aquele estojo vazio. Levando consigo o cetro, Samael dirigiu-se apressadamente ao lugar em que seus seguidores o aguardavam. Ao encontrá-los, deu vazão a todo o seu orgulho proclamando:
    -- Agora eu sou o rei de Salém. Quem possui um cetro como o meu? Com ele domino a terra e o mar. A minha força está nas trevas, pois através delas o conquistei.

    Festejando a vitória, a turba ruidosa afastou-se para distante de Salém, seguindo rumo às cidades corrompidas da planície, onde pretendiam armarem-se para a conquista de seu reino.
    O sol surgiu no horizonte, trazendo a luz do dia da expiação (Yom Kipur). Despertando de seu sono de lindos sonhos, o príncipe apronta-se para a cerimônia do juízo e da coroação. Vestes especiais de linho fino, adornadas com fios de ouro e pedras preciosas, foram-lhe preparadas. Depois de vestir-se, Melquisedeque encaminhou-se para o encontro de seus súditos, na extremidade sul de Salém. Dali os conduziria numa marcha festiva rumo ao palácio situado ao norte, sobre o monte Sião.'"

    Este trecho narra o início da queda das hostes das trevas comandadas pelo querubim revoltoso, Lúcifer, a quem Deus criara para ser o regente mor dos corais de louvores Celestiais, o mais belo, o mais poderoso. A partir daí a batalha contra as trevas tem sido constante e o será até o arrebatamento do povo de Deus, a grande tribulação, a Batalha do Armagedon e o Julgamento das Nações.

    Segundo os cristãos é certo que Melquisedeque é "tipo" de Jesus.
    Na Biblia, Melquisedeque é referido como sacerdote do Deus Altissimo em Genesis 14:18.19 quando traz pão e vinho e recebe de Abrão o dizimo do conquistado, e abençoando-o disse:

    "Bendito sejas Abraão, do Deus Altissimo, o Possuidor dos céus e da terra e bendito seja o Deus Altissimo que entregou teus inimigos em tuas mãos". Referenciado também em Salmos 110.4: "Jurou o Senhor e não se arrependerá: Tu és um Sacerdote Eterno segundo a Ordem de Melquisedeque." Em Hebreus, além do já citado temos 7:4: Considerai, pois, quão grande era este a quem até o patriarca Abrão deu os dizimos dos despojos" havendo outras citações e explicações, havendo no 5:11 "Do qual muito temos que dizer, de dificil interpretação, porquanto vos fizestes negligentes para ouvir." o que abre um leque de possibilidades que em principio, considerando-se a afirmação de Paulo, não devem ser consideradas cristofanias.

    A hipótese de Sem ter sido apresentado com o nome de Melquisedeque

    Falando das gerações de Noé, a Bíblia relata em Gênesis 6:9-10 que o patriarca gerou três filhos varões chamados: Sem, Cam e Jafé. Se esta ordem respeitar a cronologia dos nascimentos, teremos que Sem foi o filho mais velho.

    Sabe-se que Sem era mais velho que Jafé como está descrito em Gen10:21 e que Cam era o filho caçula de Noé (Gênesis 9:24), sendo que, nos países orientais, principalmente nos tempos antigos, a primogenitura era uma posição altamente valorizada e, portanto, Sem já era de facto aquele que receberia a bênção de seu pai.(Gen. 9:26-27)

    Como se não bastasse, Sem foi contado por merecedor desta bênção também por sua atitude bem aprovada por seu pai, quando seu respeito foi mostrado na ocasião em que Noé havia se embriagado com vinho e tinha ficado nu em sua tenda.

    Tem-se que Sem foi quem deu continuidade à liderança de Noé, na Terra. Todo o povo conhecido seria então liderado por Sem, segundo a Bíblia relata:

    Alargue Deus a Jafé, e habite nas tendas de Sem; e seja-lhe Canaã por servo.(Gen. 9:27)
    Sem foi quem mais teria vivido dentre seus irmãos. Diz a Bíblia em Gen. 11:10-11 que Sem era da idade de cem anos quando gerou Arpachade e depois viveu ainda outros quinhentos anos que totalizam uns impressionantes seiscentos anos. Isto significaria tempo de vida suficiente para ver os filhos de seus filhos até a 12ª geração, de modo que Sem pôde ter visto Jacó, filho de Isaque e neto de Abraão, que segundo sua própria antecedência, seriam filhos de Sem. Assim, no mundo da época de Abraão, ainda restaria um homem que teria vivido no Mundo Antigo, antes do Dilúvio, e este homem e Abraão teriam vivido simultaneamente durante cinquenta e oito anos.

    Abraão recebeu um chamado de Deus, para sair do meio de sua parentela e ir para uma terra que Deus o mostraria. Abraão habitava em meio de uma terra idólatra que não conhecia o Deus de Noé. Contudo, Abraão obedeceu como quem conhecia a este Deus. Indaga-se assim quem teria ensinado Abraão acerca de Deus e quem seria o homem mais velho e supostamente sábio da Terra. Deste modo, só poderia ter sido Sem.

    Segundo Gen 14:18, há evidências de que Abraão conhecia Melquisedeque, que era o rei de Salém e o sacerdote do Deus Altíssimo. (Gen. 14:18)

    A tese de que Melquisedeque teria sido Sem, busca respaldo no fato de que Abrão não teria sido o primeiro homem na Terra a ter o seu nome mudado por Deus. Indaga-se por que os pais de Melquisedeque teriam antevisto o seu futuro como rei e puseram seu nome de Melquisedeque que significa "Rei de Justiça". Pois se Deus escolheu um homem preparado para liderar um povo remanescente, que não como os outros que novamente estavam arraigados no paganismo, continuava a crer no Deus Altíssimo, logo Melquisedeque seria Sem, por se tratar de um homem experimentado, sábio, conhecedor e acima de tudo líder desde a geração que prosseguiu ao
    Dilúvio.

    Gen 9:26 - "E disse: Bendito seja o Senhor Deus de Sem…"
    Desde sua mocidade, Sem mostrava temor pelo Deus de seu pai - O Deus Altíssimo.
    Assim, esta tese acredita que Sem, possivelmente, teve o seu nome mudado para Melquisedeque, pois seria um Rei de Justiça, assim como Abrão teve o seu nome modificado para Abraão, para ser mais condizente com aquilo que ele seria: Pai de muitas nações.

    Melquisedeque na Biblioteca de Nag Hammadi

    Uma coleção de primitivos textos Gnósticos encontrados em 1945, conhecidos como Biblioteca de Nag Hammadi, contém um tratado sobre Melquisedeque (Códice IX). Nele, o autor afirma que Melquisedeque "é" Jesus1 . Como Jesus Cristo, Melquisedeque vive, prega, morre e ressuscita, tudo numa perspectiva Gnóstica. A Vinda do Filho de Deus Melquisedeque trata sobre seu retorno para trazer a paz, apoiado pelos deuses, e ele é o Rei e Líder Religioso que distribui a justiça2 .

    Referências

    1. Texto completo de Melquisedeque em inglês: http://www.gnosis.org/naghamm/melchiz.html
    2.  
    Idades dos patriarcas
    nome idade ao ser pai idade ao morrer
    Noé 500 950
    Sem 100 600
    Arpachade 35 438
    Selá 30 433
    Éber 34 464
    Pelegue 30 239
    Reú 32 239
    Serugue 30 230
    Naor 29 148
    Terá 70 205
    Abraão 100 175
    Isaque 60 180

    Cristofania

    Cristofania é um termo técnico da teologia cristã utilizado para designar as aparições de Cristo pré-encarnado ocorridas no Antigo Testamento.
    Segundo várias posições teológicas, exemplos de cristofanias teriam ocorrido através de:
  • o Anjo do SENHOR(Anjo de Jeová, conforme idioma original da Biblia) que fez vários contatos com personagens bíblicos
  • o Anjo da Revelação ou Anjo da Presença que instruiu a Torá para Moisés no monte Sinai (Jb. 1:27; 2:1)
  • o Anjo da Providência que guiava o povo de Israel pelo deserto através de uma constante nuvem
  • o sacerdote Melquisedeque que recebeu o dízimo de Abraão
  • um dos três mensageiros celestiais que visitaram Abraão para anunciar o nascimento de Isaque e Jacó e a destruição de Sodoma (Gn. 18:1–2, 10, 13)
  • o quarto homem visto por Nabucodonosor na fornalha ardente quando condenou Sadraque, Mesaque e Abede-Nego
  • o anjo Príncipe do Exército do Senhor que foi adorado por Josué (Js. 5:14)
  • o Arcanjo Miguel, Príncipe do povo de Deus (Dn. 10:13, 21; 12:1) e Líder dos Exércitos Celestiais (Ap. 12:7)
  • o Anjo que visitou a Gideão debaixo do carvalho de Ofra ( JZ 6:11)




Sem





Sem, filho de Noé, em gravura de 1553
Sem é um personagem biblico, do Antigo Testamento, do livro do Gênesis. Segundo a história bíblica, Sem foi um dos filhos de Noé, irmão de Cam e Jafé. O texto bíblico informa que Noé, com a idade de quinhentos anos gerou a Sem, Cam e Jafé.

Contexto

Devido à corrupção generalizada do gênero humano, Deus havia resolvido destruir a Terra através de um Dilúvio e pôr um fim àquela sociedade violenta. Noé, porém, foi escolhido por Deus para ser salvo através de uma arca junto com sua família.

Assim, o dilúvio ocorre quando Noé tinha seiscentos anos, o que significa que Sem e seus irmãos já seriam quase centenários.

E era Noé da idade de seiscentos anos, quando o dilúvio das águas veio sobre a terra. E entrou Noé, e seus filhos, e sua mulher, e as mulheres de seus filhos com ele na arca, por causa das águas do dilúvio. (Gênesis 7:6-7)

Quando terminou o dilúvio, Noé e sua família saíram da arca e foram abençoados por Deus e teriam povoado a Terra.

Registre-se que, somente depois do dilúvio, é que Sem aparece como um personagem, embora secundário, pois até então o seu nome é apenas mencionado como um dos filhos de Noé.

Diz a Bíblia que, depois do dilúvio, Noé tornou-se lavrador e plantou uma vinha. Ao colher os frutos e se embriagar com vinho, o patriarca teria ficado nu em sua tenda, fato que foi delatado por seu filho Cam. Respeitosos, Sem e seu irmão Jafé vieram cobrir a nudez do pai, com os seus rostos virados para que não vissem as partes íntimas de Noé. Então, quando Noé despertou da embriaguez alcoólica, amaldiçoou Canaã, filho de Cam, abençoando a Sem.

E disse: Bendito seja Jeová, Deus de Sem; e seja-lhe Canaã por servo. (Gênesis 9:27)
Prosseguindo, o texto bíblico informa que Sem, com a idade de cem anos, gerou a Arpachade, dois anos depois do dilúvio. Depois ainda viveu mais quinhentos anos, sendo pai de muitos filhos, chegando, portanto, a seiscentos anos de vida. Assim, pelos cálculos aritméticos, Sem teria alcançado até a décima geração de sua descendência, isto é, o patriarca Jacó.

Através da descendência de Sem surgiram Abraão e . E também seria através de Sem que Abraão é dito que o patriarca hebreu teria herdado o Sacerdócio e a terra da Palestina, confirmando que havia sido dito por Noé, quando este disse que Canaã seria escravo de Sem.
Por sua vez, o livro de Gênesis em seu capítulo 10, no verso 30 diz que os descendentes de Sem teriam habitado uma vasta região no Oriente:

E foi a sua habitação desde Messa, indo para Sefar, montanha do Oriente.
Contudo, essas regiões mencionadas não são devidamente identificadas pela geografia atual, sendo que uma interpretação do texto bíblico induz que tal localização poderia referir-se às terras que foram ocupadas pelos filhos de um descendente de Sem - Joctã.
Quanto aos filhos de Sem, Gênesis em seu capítulo 10 menciona cinco nomes: Elão, Assur, Arpachade, Lude e Arã.

Existe uma teoria que refere ser Sem o ascendente da raça semita tanto é que semita(sem+ita quer dizer descendentes de Sem)(Oriente médio).

Longevidade de Sem

De acordo com o texto bíblico, Noé teria vivido 950 anos. Tinha 500 anos quando gerou a Sem, Cam e Jafé. Com a idade de 600 anos, enfrentou o dilúvio e ainda viveu mais três séculos e meio, o que significa que poderia ter falecido nos dias de Abraão, já na décima geração de seus descendentes.

No entanto, Sem, teria vivido 600 anos dos quais 500 foram após o dilúvio.

De acordo com a tabela abaixo, criada com base em informações bíblicas (principalmente Gênesis 11:7-33), Sem não apenas alcançou Abraão, como também viveu até a época de Isaque e Jacó.
Pode-se dizer também que Sem viveu mais do que seu filho Arpachade que morreu com 438, isto é, antes do pai falecer. E, como a longevidade dos patriarcas foi diminuindo, Sem pode ter enterrado todos os seus descendentes até Abraão, com exceção de Éber que teria falecido 29 anos depois de seu bisavô.

Há uma teoria não muito aceita na teologia de que Sem teria sido o rei e sacerdote Melquisedeque que interagiu com Abraão. Após ter mudado de nome, Sem teria se apresentado a Abraão como o rei de Salém. E, devido à sua experiência com o Deus de Noé, ele teria passado os seus ensinamentos a Abraão. No entanto, essa teoria é contestada pelo fato de que a ascendência e a descendência de Melquisedeque é desconhecida e o aparecimento deste personagem seria uma espécie de cristofania ou teofania enquanto a linhagem de Sem é demonstrada pela Bíblia.

Idades dos patriarcas
nome idade ao ser pai idade ao morrer
Adão 130 930
Sete 105 912
Enos 90 905
Cainan 70 910
Mahalalel 65 895
Jarede 162 962
Enoque 65 foi trasladado por Deus, portanto ele vive até hoje no 3º Céu.
Matusalém 187 969
Lameque 182 777
Noé 500 950
Sem 100 600
Arpachade 35 438
Selá 30 433
Éber 34 464
Pelegue 30 239
Reú 32 239
Serugue 30 230
Naor 29 148
Terá 70 205
Abraão 100 175
Isaque 60 180

Ver também -

Protenoia Trimórfica

A Protenóia Trimórfica é um texto gnóstico setiano dentre os apócrifos do Novo Testamento. A única cópia sobrevivente é da biblioteca de Nag Hammadi.
Eu [sou] o pensamento do Pai, Protenóia, ou seja, Barbēlō, a perfeita Glória e o incomensurável Um Invisível que está oculto. Eu sou a Imagem do Espírito Invisível e é através de mim que o Todo se forma e [eu sou] a Mãe [assim como] a Luz que ela designou como Virgem, ela cujo nome é 'Meirothea', o Útero incompreensível, a Voz sem limites e sem tamanho.1

Similaridades com outros textos

Como o mais familiar Apócrifo de João, com o qual se parece muito, acredita-se que o texto seja da metade do século segundo e similar em estilo ao Evangelho segundo João. Em particular, há grande semelhança no prólogo, embora o do Evangelho siga negando explicitamente o Gnosticismo usando sua própria linguagem contra eles.

Misticismo

O título do texto significa O primeiro pensamento que é em três Formas (ou As Três Formas do Primeiro Pensamento) e parece que foram reescritos em algum momento para incorporar crenças setianas, quando originalmente era um tratado de outra seita gnóstica. O texto constitui-se de uma explicação da natureza da Cosmologia, da Criação e de uma visão docética de Jesus, na primeira pessoa, o que é incomum. Ou seja, o texto está escrito como se fosse Deus (o pensamento trimórfico) que o escreveu.

Ensinamentos secretos

Em comum com as religiões misteriosas, há ensinamentos secretos e não são todos os textos que devemser lidos pelos não-iniciados. Este é um texto parece ter sido escrito para um iniciado avançado, com boa parte do caminho já seguido — afirmando "Agora vede! Eu vos revelarei meus mistérios pois sois meus irmãos e os conhecereis",2 embora incrivelmente as próximas cinco linhas estejam faltando, o texto prossegue "Eu contei a todos os meus mistérios"3 Especula-se que essas cinco linhas nunca existiram e que consistiriam em si um ensinamento do texto.



Enoque – חנוך, Chanoch ou Hanokh – é o nome dado a uma das personagens bíblicas mais peculiares e misteriosas das Escrituras. Nasceu, segundo os escritos judeus, na sétima geração depois de Adão, sendo filho de Jarede, e pai de uma outra personagem, Matusalém.

De acordo com o relato de Gênesis, capítulo 5, versos 22-24, Enoque teria sido arrebatado por Deus para que não experimentasse a morte e na certa fosse poupado da ira do dilúvio:

E andou Enoque com Deus, depois que gerou a Matusalém, trezentos anos, e gerou filhos e filhas. E foram todos os dias de Enoque trezentos e sessenta e cinco anos. E andou Enoque com Deus; e não apareceu mais, porquanto Deus para si o tomou.

Há dois aspectos extraordinários no relato de Enoque, enfocados nesses versículos, que não foram enfocados em outras gerações: as indicações do texto de que ele “andou com Deus” e o fato que, supostamente, ele não teria morrido, pois “Deus para si o tomou”. Estes relatos foram a origem de muitas fábulas, lendas e midrashim (estudos rabínicos mais aprofundados) de sábios judeus ao longo de séculos. Muitos deles se incomodaram muito pelo fato que Enoque "só" vivera 365 anos, uma curta duração de vida para sua época, de acordo com o livro de Gênesis.

Sobre este personagem bíblico existem também os livros apócrifos pseudoepígrafos: “Livro de Enoque I” e o “Livro de Enoque II, que fazem parte do cânone de alguns grupos religiosos, principalmente dos cristãos da Etiópia”, mas que foram rejeitados pelos cristãos e hebreus, por serem particularmente incômodos para os clérigos do ponto de vista político. Todavia, a epístola de Judas, no Novo Testamento bíblico, faz uma menção expressa ao Livro de Enoque, fazendo uma breve citação nos versos 14 e 15 de seu único capítulo.

De acordo com o relato contido em Gênesis sobre a idade dos patriarcas, Sete e seus filhos ainda viviam quando Enoque foi tomado por Deus, bem como Matusalém e Lameque.

Enoque segundo os rabinos

Rashi – um dos maiores comentaristas e intérpretes das Escrituras entre os sábios judeus – por exemplo, escreveu que "e andou Enoque – era justo e inocente em seus pensamentos, não sendo acusado em coisa alguma, por isso apressou-se o Eterno, Bendito seja Ele, em removê-lo desta Terra e matá-lo antes do tempo previsto, e esta é a razão de estar escrito, em relação a sua morte, וְאֵינֶנּוּ, “veeinenu” – pois “não havia mais ele” no neste mundo no propósito de cumprir seus anos de vida, porque לָקַח אֹתוֹ, “laqach otô” – “tomou para si (Deus)” antes do tempo.".

Em contraste com Rashi, outro comentarista bíblico - Levi ben Gershom - filosofou que “eis a causa a este fato de não ser lembrada a sua morte neste evento, contrariando os outros descendentes seus cujas mortes foram lembradas, insinuando alguma diferença entre ele e as outras personagens bíblicas: ele fez paz com sua alma e chegou a ela em sua perfeição, e as aquelas outras personagens morreram sem vontade, relutantes com a suas mortes.”. Isto significa que Enoque chegou a perfeição em sua “breve” vida, não sobrevivendo mais aqui, mas sendo tomado pelo próprio Deus."

Os sábios judeus, de abençoada memória, comentaram que “em todas as situações o sétimo é preferido [...] nas gerações: Adam, Seth, Enosh, Kenan, Mehallel, Jered, and Enoch - e entre estas todas “Enoque andou com Deus” (Gen 5:24); Entre os patriarcas, o sétimo é o preferido: Abraham, Isaac, Jacob, Levi, Kehath, Amram, e Moisés: e Moisés subiu para Deus (Ex 19:3)”. – (Peskita de Rab Kahana: cap. 23).

De acordo com o Targum de Yonatan – tradução para o aramaico das Escrituras hebraicas – Enoque tinha se elevado ao céu ainda em vida e teria se transformado no anjo Metatron. O versículo “porque andou (Enoque) com Deus” no Targum de Yonatan: “E não esteve mais (Enoque) entre os habitantes da terra, pois foi tomado e subiu para os céus, pelo comando do Eterno (se fez isso), e chamou seu nome de Metatron, o Grande Escriba.

De acordo com outro midrash, Enoque esteve entre o seleto grupo dos que entraram no paraíso celeste, indicando os que tiveram esta oportunidade - “nove foram os que entraram em vida no Jardim do Éden celestial, e estes são: Enoque, filho de Jarede, e Elias (profeta), e o Messias, e Eliezer, servo de Abraão, e Hiram, rei de Tiro, e o servo do rei de Cuche (Etiópia), e Yaabetz, filho de Rabbi Yehudá o Príncipe, e Batiah, filha de Faraó, e Sarah, filha de Asher, e há os que afirmam também que Rabbi Yehoshua ben Levi.”

Visão Muçulmana

Idris (árabe:إدريس) é um profeta no islã. Ele é conhecido na Bíblia como Enoque.

No Alcorão ele é o profeta predecessor de Nuh (Noé). Idris é reconhecido por ter aprendido muitas habilidades ou por ter inventado coisas as quais a humanidade actualmente usa como a escrita, a matemática, a astronomia, etc. De acordo com a tradição islâmica, na época de Idris as pessoas se tinham esquecido de Deus e o mundo foi por isso punido com a estiagem. Contudo, Idris orou pelos seres humanos e começou a chover, acabando com a estiagem.

De acordo com o livro "The Prophet of God Idris: Nabiyullah Idris" ("Idris o Profeta de Deus: Nabiyullah Idris" ), Idris é o nome alcorânico de Enoque. Ele é mencionado no Alcorão como preferido por Deus, que o elevou até Ele (no livro de Enoch da Bíblia, preservado pela comunidade cristã Etíope, pode ler-se que ele foi elevado até o nível da cabeça de Deus); Idris pediu para voltar novamente para a Terra, para a região de Gizan (atual Giza no Egito) onde ele lecionou as pessoas a escrever, e descreveu ter visto em sua jornada as nascentes da água (a neve nos topos das montanhas, especialmente nas áreas polares) e os fundamentos por trás da astronomia. Ele descreveu ainda diferentes céus onde ele viu diabos e jins aprisionados e sendo atormentados pelos anjos, alguns deles à espera de punição. Ele é o importante profeta entre Adão e Noé. É possível que se tenha construído pirâmides em reverência a ele, uma vez que esta foi a região onde ele ascendeu novamente ao céu e nunca mais voltou para sua família. É possível que ele seja o verdadeiro homem por trás do mito de Osíris, o deus egípcio.

Há também uma tradição britânica sobre o profeta Idris que afirma que este teria fundado Caer-Idris [colónia ou cidade de Idris], em algum lugar das ilhas britânicas, onde se lecionava astronomia. O nome Idris é hoje comum no País de Gales (uma das quatro nações que constituem o Reino Unido) em memória desse famoso druída (classe da sociedade céltica formada por anciões).

Idris

Idris ou Edris (árabe:إدريس), significa "o sábio"1 , e é uma das designações de um mais importantes profetas no Islão, estando associado aquele que é conhecido na Bíblia como o misterioso Enoque.
No Alcorão ele é o profeta predecessor de Nuh (Noé). Ele é o mais importante entre aquele e Adão.
No livro "The Prophet of God Idris: Nabiyullah Idris" ("Idris o Profeta de Deus: Nabiyullah Idris" ), Idris é o nome alcorânico de Enoque. Ele é mencionado no Alcorão como preferido por Deus, que o elevou até Ele (no livro de Enoch da Bíblia, preservado pela comunidade cristã Etíope, pode ler-se que ele foi elevado até o nível da cabeça de Deus); Idris pediu para voltar novamente para a Terra, para a região de Gizan (atual Giza no Egito) onde ele lecionou as pessoas a escrever, e descreveu ter visto em sua jornada as nascentes da água (a neve nos topos das montanhas, especialmente nas áreas polares) e os fundamentos por trás da astronomia. Ele descreveu ainda diferentes céus onde ele viu diabos e jins aprisionados e sendo atormentados pelos anjos, alguns deles à espera de punição. É possível que se tenha construído pirâmides em reverência a ele, uma vez que esta foi a região onde ele ascendeu novamente ao céu e nunca mais voltou para sua família. É possível que ele seja o verdadeiro homem por trás do mito de Osíris.

Tal como esse deus egípcio ou antes Toth e como Sábio que se afirma, Idris é reconhecido por ter aprendido muitas habilidades ou por ter inventado coisas as quais a humanidade actualmente usa como a escrita, a matemática, a astronomia, etc. De acordo com a tradição islâmica, na época dele as pessoas se tinham esquecido de Deus e o mundo foi por isso punido com a estiagem. Contudo, Idris orou pelos seres humanos e começou a chover, acabando com ela.

Essa sapiência está perfeitamente de acordo com o que investigador e teólogo galês Edward Davies quando diz que o seu mitológico nome e personagem para os "cristãos orientais", ainda no seu tempo, no inicio do séc. XIX, estaria associado ao lendário sábio Hermes Trismegistus2 .

Mesmo a mitologia galesa também fala sobre um Idris, um gigante ou o grande, que afirma que este teria por trono a Cadair Idris (cadeira de Idris, em galês), uma montanha que se dá por esse nome da província de Gwynedd, onde segundo a tradição se sentava e que teria fundado nesse lugar uma escola, onde se lecionava astronomia e possivelmente astrologia, do qual ele seria mestre 3 . O nome Idris é hoje comum nessa região, no País de Gales (uma das quatro nações que constituem o Reino Unido), em memória desse famoso professor ancestral dos «druídas».

Matuzalem
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Matusalém, Metusalém ou Metusalah (do hebraico מְתוּשָׁלַח) é uma personagem bíblica do Antigo Testamento, citado em Gênesis 5:21-27. Teria sido filho de Enoque e o avô de Noé.
Matusalém é geralmente conhecido por ser a personagem mais longeva de toda a Bíblia, tendo vivido por 969 anos, sendo que o ano de sua morte coincidiria com a ocasião do dilúvio, embora isto não seja mencionado expressamente pela Bíblia, sendo apenas um cálculo aritmético considerando que o dilúvio ocorreu quando Noé tinha 600 anos.

De acordo com o Gênesis, todos os patriarcas desde Adão até Noé viveram muito tempo. A tabela abaixo resume dados extraídos do capítulo 5 do Gênesis (a morte de Noé é narrada no capítulo 9).

 No livro apócrifo de Enoque, Matusalém vai pedir explicações ao seu pai devido ao fato de lhe ter nascido um neto estranho e diferente de todos o que havia visto até então - Noé (Enoque 106:13-17).

Isaac

(Redirecionado de Isaque)
Isaac
Profeta, Segundo Patriarca Hebraico, Pai de Israel, Antepassado patriarcal
Nascimento Canaã
Morte Canaã
Veneração por Judaísmo
Cristianismo
Islão
Padroeiro Túmulo dos Patriarcas, Hebron
Gloriole.svg Portal dos Santos

Isaque (play /ˈzək/;1 Hebraico: יִצְחָק, Moderno Yitsẖak Tiberiano Yiṣḥāq, ISO 259-3 Yiçḥaq, "ele vai rir"; em iídiche: יצחק, Yitskhok; em grego antigo: Ἰσαάκ, Isaak; em latim: Isaac; em árabe: إسحاق ou em árabe: إسحٰق[note A] ʼIsḥāq) assim como descrito na Bíblia Hebraica, foi o único filho de Abraão com sua esposa Sara e foi o pai de Esaú e Jacó. Isaac foi um dos três patriarcas israelitas. Segundo o Livro de Gênesis, Abraão tinha 100 anos quando Isaac nasceu e Sara já havia cessado o período fértil.
Isaac foi o único patriarca bíblico cujo nome não foi mudado e também o único que não deixou Canaã. Comparado com Abraão e Jacó, a história de Isaac relata poucos incidentes em sua vida. Morreu quando tinha 180 anos, tornando-se o patriarca de vida mais longa.

Etimologia

O nome Isaque é uma transliteração do termo hebraico Yiṣḥāq que significa literalmente "Ele ri/vai rir."2 Textos ugaríticos que datam do século 13 a.C. referem-se ao sorriso benevolente da divindade cananéia El.3 Gênesis, no entanto, atribui o riso aos pais de Isaque, Abraão e Sara, ao invés de El. De acordo com a narrativa bíblica, Abraão caiu sobre seu rosto e riu quando Elohim comunicou a notícia do eventual nascimento de seu filho. Riu porque Sara havia passado da idade de ter filhos; tanto ela como Abraão eram velhos e adiantados em idade. Mais tarde, quando Sara ouviu três mensageiros do Senhor renovar a promessa, riu-se consigo pela mesma razão. Sara, entretanto, negou que o tivesse feito quando Elohim questionou Abraão sobre isso.4 5 6 7

Isaac em Gênesis

Relatos de Isaac a partir do Livro de Gênesis
O nome Isaac é mencionado 80 vezes em Gênesis.

Nascimento


Um anjo impede o sacrifício de Isaac. Abraão e Isaac, Rembrandt, 1634.
Foi profetizado ao patriarca Abraão que ele teria um filho e que seu nome seria Isaac. Abraão era da idade de 100 anos, quando seu filho nasceu com sua primeira esposa Sara.8 Embora fosse o segundo filho de Abraão,9 foi primeiro e único filho de Sara.

Pertencendo à casa de Abraão, Isaac foi circuncidado, no oitavo dia de seu nascimento, a fim de estar em conformidade com aliança do Senhor.10
No dia em que Isaac foi desmamado, Sara viu Ismael zombando e pediu ao marido que banisse Agar e Ismael para que Isaac fosse seu único herdeiro. Abraão estava hesitando, mas a ordem de Deus ouviu o pedido de sua esposa.11

Sacrifício de Isaac

De acordo com o relato bíblico em Gênesis, Sarah concebeu Isaac aos 90 anos e morreu aos 127 anos, pouco antes de Abraão chegar com Isaac da viagem para oferece-lo em sacrifício, desse modo, Isaac possuía 37 anos de idade quando foi levado em sacrifício [carece de fontes], seu pai Abraão o levou ao monte Moriá. Pela palavra de Deus, Abraão edificou um altar e ofereceu seu filho como sacrifício. Não obstante, amarrou Isaac no altar e sacou uma faca para matá-lo, no último momento, um anjo de Deus impediu Abraão. Em vez disso, ele foi guiado até um carneiro mais próximo para sacrifica-lo no lugar de seu filho. Este episódio serviu como um teste de fé e obediência de Abraão em Deus e não como um sacrifício real.12


O nascimento de Esaú e Jacó, por Benjamin West.
O Livro de Jasher, um apócrifo que relata de forma paralela o Pentateuco e que tem sua existência sitada em Josué 10:13 e II Samuel 1:18 relata com mais detalhes o sacrifício de Isaac. No capítulo 22 lemos que Ismael, irmão de Isaac, estava se vangloriando pela circuncisão que havia realizado a pedido de Deus, Isaac respondeu, dizendo: Por que tu se gabar sobre isso, sobre um pouco de tua carne que tu tirar de teu corpo, sobre o que o Senhor ordenou a ti? Como vive o Senhor, o Deus de meu pai Abraão, o Senhor deveria dizer ao meu pai, toma teu filho Isaac e trazê-lo até uma oferta antes de mim, eu não iria abster-se, mas eu ia com alegria a ele aderir.

E o Senhor ouviu a palavra que falou Isaac a Ismael, e parecia bom aos olhos do Senhor, e ele pensou para tentar Abraão nesta matéria, e o dia chegou quando os filhos de Deus veio e colocou-se perante o Senhor, e Satanás também veio com os filhos de Deus diante do Senhor e propôs ao Senhor que ele provasse Abraão, com o argumento de que há 37 anos, desde que Isaac havia nascido, Abraão não oferecia sacrifício a Deus e havia se esquecido Dele.

O livro relata ainda que Ismael ficou feliz pelo sacrifício de Isaac, já que imaginou que ficaria com toda a herança de Abraão, Satanás por sua vez tenta Isaac e Abraão no caminho do sacrifício, mas é repreendido por Abraão, após Satanás ver que seus planos não deram certo, ele se dirige a casa de Abraão na forma de um velho e diz a Sarah que Abraão havia oferecido Isaac em sacrifício, Sarah fica extremamente feliz por eles terem cumprido a palavra de Deus, mas fica também extremamente triste por perder seu filho e diz: "ó meu filho, Isaac, meu filho, O que eu tinha morrido nesse dia, em vez de ti.". Algum tempo depois Satanás retorna a Sarah e desmente a morte de Isaac, nesse momento Sarah é tomada de uma alegria tão grande que sua alma sai de seu corpo e ela morre.

Vida em família

Quando Isaac era da idade de 40 anos, Abraão enviou Eliezer, seu mordomo, até a família de seu sobrinho Betuel na Mesopotâmia para encontrar uma esposa para Isaac. Eliezer escolheu Rebeca. Após muitos anos de casamento, Rebeca ainda não tinha dado à luz e acreditava-se ser estéril. Isaac orou por ela instantemente e ela concebeu. Rebeca deu à luz a gêmeos, Esaú e Jacó. Isaac tinha 60 anos de idade, quando seus dois filhos nasceram. Isaac favorecia Esaú e Rebeca favorecia Jacó.13

Ocupação

Com 75 anos de idade, Isaac mudou-se para Beer-lahai-roi após a morte de seu pai.14 Devido a fome no local, retirou-se para o território dos filisteus de Gerar, onde seu pai viveu anteriormente. Esta terra ainda estava sob o controle do Rei Abimeleque, como foi nos dias de Abraão. Isaac como seu pai, também enganou Abimeleque sobre sua esposa afirmando que ela era sua irmã. Voltou a todos os poços que seu pai cavou e viu que todos estavam entulhados e tapados com terra. Os filisteus fizeram isso depois que Abraão morreu. Tão logo, Isaac desenterrou e cavou mais poços até Berseba, onde fez um pacto com Abimeleque, assim como nos dias de seu pai.15

Primogenitura

Isaac envelheceu e ficou cego. Chamou seu filho Esaú para ele apanhar alguma caça, a fim de receber a bênção de Isaac. Enquanto Esaú estava caçando, Jacó, depois de ouvir o conselho de sua mãe, enganou seu pai cego propositadamente passando-se por Esaú e, assim, obteve a bênção de seu pai, de tal forma que Jacó tornou-se herdeiro principal de Isaac e Esaú foi deixado numa posição inferior. Isaac enviou Jacó na Mesopotâmia para escolher uma mulher de sua própria família. Depois de 20 anos trabalhando para Labão, Jacó voltou para casa, e reconciliou-se com seu irmão gêmeo, posteriormente ele e Esaú enterram seu pai quando Isaac morreu com 180 anos de idade.16 17

Referências

  1. Wells, John C.. Longman pronunciation dictionary. Harlow, England: Longman, 1990. p. 378. ISBN 0582053838
  2. Strong's Concordance, Strong, James, ed., Isaac, Isaac's, 3327 יִצְחָק 3446, 2464.
  3. Encyclopedia of Religion, Isaac.
  4. Genesis 17:15-19
  5. Genesis 18:10-15
  6. Singer, Isidore; Broydé, Isaac. Jewish Encyclopedia. New York: Funk & Wagnalls, 1901–1906. Página visitada em October 13, 2011.
  7. Hirsch, Emil G.; Bacher, Wilhelm; Lauterbach, Jacob Zallel; Jacobs, Joseph. Jewish Encyclopedia. New York: Funk & Wagnalls, 1901–1906. Página visitada em October 13, 2011.
  8. Genesis 18:10-12
  9. Genesis 16:15
  10. Genesis 21:1-5
  11. Genesis 21:8-12
  12. Genesis 22:
  13. Genesis 25:20-28
  14. Genesis 26:11
  15. Genesis 26:
  16. Jewish Encyclopedia, Isaac.
  17. Genesis 35:28–29

 LI-SOL-30
Origem: Wikipédia
Publicado em 20/04/2012- Licença padrão do YouTubeSejam felizes todos os seres. Vivam em paz todos os seres. 
Sejam abençoados todos os seres.

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