sexta-feira, 15 de agosto de 2014

ASSUNÇÃO DA VIRGEM MARIA


Magnificat - 5min.
 
 
 Schubert - Ave Maria - 6min.
  
 
 
 
Bach: Magnificat in D BWV 243 - 29min.

 
 
 Magnificat anima mea Dominum - 6min.




Magnificat (também conhecida como Canção de Maria ou Canto de Maria) é um cântico entoado (ou recitado) frequentemente na liturgia dos serviços eclesiásticos cristãos. O texto do cântico vem diretamente do Evangelho segundo Lucas,1 onde é recitado pela Virgem Maria na ocasião da Visitação de sua prima Isabel. Na narrativa, após Maria saudar Isabel, que está grávida com aquele que será conhecido como João Batista, a criança se mexe dentro do útero de Isabel. Quando esta louva Maria por sua fé, Maria entoa o Magnificat como resposta.

O cântico ecoa diversas passagens do Antigo Testamento, porém a alusão mais notável são as feitas à Canção de Ana, dos Livros de Samuel.2 Juntamente com o Benedictus e o Nunc dimittis, e diversos outros cânticos do Antigo Testamento, o Magnificat foi incluído no Livro de Odes, uma antiga coletânea litúrgica encontrada em alguns manuscritos da Septuaginta.

No cristianismo, o Magnificat é recitado com mais frequência dentro da Liturgia das Horas. No cristianismo ocidental o Magnificat é mais cantado ou recitado durante o principal serviço vespertino: as Vésperas, no catolicismo romano, e a Oração Vespertina (Evening Prayer ou Evensong, em inglês), dentro do anglicanismo. No cristianismo oriental o Magnificat costuma ser cantado durante as Matinas de domingo. Em certos grupos protestantes o Magnificat pode ser cantado durante os serviços de culto.

Assunção de Maria

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Assunção da Virgem.
1616. Por Rubens, atualmente nos Museus Reais de Belas-Artes da Bélgica.
A Assunção da Virgem Maria , informalmente conhecido apenas por A Assunção, de acordo com as crenças da Igreja Católica Romana, da Igreja Ortodoxa, das Igrejas Ortodoxas Orientais e partes do Anglicanismo, foi a assunção do corpo da Virgem Maria no Céu ao final de sua vida terrestre.
O catolicismo romano ensina como um dogma que a Virgem Maria "tendo completado o curso de sua vida terrestre, foi assumida, de corpo e alma, na glória celeste"1 . Esta doutrina foi definida dogmaticamente pelo papa Pio XII em 1 de novembro de 1950 na constituição apostólica Munificentissimus Deus dentro do exercício da infalibilidade papal2 . Ainda que as Igrejas Católica e Ortodoxa acreditem na Dormição de Maria, que é o mesmo que a Assunção3 , a morte de Maria não foi definida dogmaticamente.

Em Munificentissimus Deus (item 39), Pio XII aponta para o Gênesis (Gênesis 3:15) como o apoio nas escrituras para o dogma, destacando a vitória de Maria sobre o pecado e sobre a morte, como também aparece em I Coríntios 15:54 :: "então se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória"4 5 6 .

Nas igrejas fieis, a Assunção é uma festa maior, geralmente celebrada em 15 de agosto.

História da crença


A morte da Virgem.
1606. Por Caravaggio. Atualmente no Louvre.
Embora a Assunção (em latim: assūmptiō - "elevado") tenha sido definida em tempos relativamente recentes como um dogma infalível pela Igreja Católica e, a despeito de uma afirmativa de Epifânio de Salamina em 377 de que ninguém sabia se Maria havia morrido ou não7 , relatos apócrifos sobre a assunção de Maria ao céu circulam desde pelo menos o século IV. A própria Igreja Católica interpreta o capítulo 12 do Apocalipse como fazendo referência ao evento8 . A mais antiga narrativa é o chamado Liber Requiei Mariae ("O Livro do Repouso de Maria"), que sobrevive intacto apenas em uma tradução etíope9 . Provavelmente composta no início do século IV, esta narrativa apócrifa cristã pode ser do início do século III. Também muito primitivas são as diferentes tradições dos "Narrativas da Dormição dos 'Seis Livros'"10 . As versões mais antigas deste apócrifo foram preservadas em diversos manuscritos em siríaco dos séculos V e VI, embora o texto em si seja provavelmente do século IV11 .

Apócrifos posteriores que se basearam nestes textos mais antigos incluem o De Obitu S. Dominae12 , atribuído a São João, uma obra provavelmente da virada do século VI que é um sumário da narrativa dos "Seis Livros". A assunção também aparece no De Transitu Virginis13 , uma obra do final do século V atribuída a São Melito que preserva uma versão teologicamente editada das tradições presentes no Liber Requiei Mariae. Transitus Mariae conta a história de como os apóstolos teriam sido transportados por nuvens brancas até o leito de morte de Maria, cada um vindo da cidade em que estava pregando no momento. O Decretum Gelasianum, já na década de 490, declarava que a literatura no estilo transitus Mariae era apócrifa.

Uma carta em armênio atribuída a Dionísio, o Areopagita, também menciona o evento, embora seja uma obra muito posterior, escrita em algum momento do século VI. João Damasceno, de sua época, é a primeira autoridade eclesiástica a advogar a doutrina pessoalmente (e não na forma de obras anônimas). Seus contemporâneos, Gregório de Tours e Modesto de Jerusalém, ajudaram a promover o conceito por toda a igreja.

Em algumas versões da história, o evento teria ocorrido em Éfeso, a Casa da Virgem Maria, embora esta seja uma tradição muito mais recente e localizada. As mais antigas todas apontam que o fim da vida de Maria se deu em Jerusalém (veja "Túmulo da Virgem Maria"). Pelo século VII, uma variação apareceu, que conta que um dos apóstolos, geralmente identificado como sendo São Tomé, não estava presente na morte de Maria, mas sua chegada atrasada teria provocado uma reabertura do túmulo da Virgem, que então se descobriu estar vazio, com exceção de suas mortalhas. Numa outra, posterior, Maria lançaria do céu sua cinta para o apóstolo como uma prova do evento14 . Este incidente aparece muitas vezes nas pinturas sobre a Assunção.

A doutrina da Assunção de Maria se tornou amplamente conhecida no mundo cristão, tendo sido celebrada já no início do século V e já estava consolidada no oriente na época do imperador bizantino Maurício por volta de 60015 . O evento era celebrado no ocidente na época do papa Sérgio I no século VIII e foi confirmada como oficial pelo papa Leão VI15 . O debate teológico sobre a Assunção continuou depois da Reforma Protestante e atingiu um clímax em 1950, quando o papa Pio XII o definiu como dogma para os católicos16 . O teólogo católico Ludwig Ott afirmou que  

"A ideia da assunção corpórea de Maria foi expressada pela primeira vez em certas "narrativas de trânsito" [transitus Mariae] nos séculos V e VI.... O primeiro autor a falar da assunção corpórea de Maria, em associação com um transitus apócrifo, foi São Gregório de Tours"17 .

O escritor católico Eamon Duffy afirma que "não há, claramente, nenhuma evidência histórica para ele"18 . Porém, a Igreja Católica jamais afirmou ou negou que seu ensinamento tenha se baseado em relatos apócrifos. Os documentos eclesiásticos nada comentam sobre o assunto e, ao invés disso, apontam outras fontes e argumentos como base para a doutrina.

Murillo immaculate conception.jpg

Maria, mãe de Jesus


Maria na arte

Vida da Virgem

A Vida da Virgem é o nome dado a um tema bastante comum na arte cristã, principalmente em grandes ciclos composto por várias cenas contando a vida de Maria, a mãe de Jesus, chamada de Virgem Maria. Ele aparece geralmente como complemento aos ciclos da Vida de Cristo. Em ambos, o número de cenas varia enormemente de acordo com o espaço disponível para o artista. As obras aparecem nos mais diversos meios: afrescos em paredes de igrejas e séries de pinturas pelos grandes mestres são os mais completos, mas são importantes as versões em painéis, vitrais, manuscritos iluminados, esculturas em pedra e entalhes em marfim.

Cenas


Virgem acariciada por seus pais, Ana e Joaquim.

Mosaico do século XIV na Igreja de Chora, em Istambul.
A "Vida da Virgem" às vezes se funde ao ciclo da "Vida de Cristo", incluindo cenas da Paixão de Cristo nas quais Maria está presente, mas é mais comum um "salto" da infância de Jesus direto para a morte da Virgem. É também comum que "Jesus encontrado no Templo", a última cena da infância de Jesus, termine o ciclo.

Importantes exemplos onde as cenas estão listadas incluem a Capela Tornabuoni, de Domenico Ghirlandaio e sua oficina, entre 1485 e 1490, a Capela Scrovegni, de Giotto, completada por volta de 1305, e a Maestà, de Duccio, completada em 1308. O importante ciclo em mosaicos da era final da arte bizantina (final do século XIV) da Igreja de Chora, bastante completo, mostra algumas diferenças no tratamento do tema entre o oriente e o ocidente - os "Primeiros sete passos da Virgem" era uma festa comemorada somente no oriente, por exemplo -, mas as dezesseis cenas que chegam até o momento anterior à "Visitação" são similares às quinze de Giotto, que é quase da mesma época. Quando o ciclo de Chora recomeça, ele já se fundiu com a "Vida de Cristo", começando com sua "Encarnação", a mesma cena que inicia o ciclo no ocidente, inclusive o de Giotto. O ciclo do artista italiano é bastante completo, com 26 cenas, mas é comum, por exemplo, que num pequeno entalhe de marfim, apenas duas cenas apareçam. O par mais comum nestes casos é o que representa a Anunciação e o Nascimento de Jesus, embora, em algumas épocas, a Coroação da Virgem tenha tomado o lugar de uma dessas duas cenas.

O ciclo da Capela Tornabuoni tem nove cenas. Neste caso, como era comum, outras cenas incluindo Maria, como a Visitação, apareçam no ciclo complementar da "Vida de São João Batista" nas paredes. Uma "Vida de Cristo" tem muito mais cenas que se sobrepõem com a "Vida de Maria", como demonstra a Capela Scrovegni.

O número total de cenas era geralmente muito grande - dependendo apenas do espaço - até o início do período gótico; Lafontaine-Dosogne, um dos principais especialistas no tema, lista um total de 53 cenas somente até a Anunciação na arte ocidental, embora um único exemplo (um manuscrito iluminado do século XIII preservado na Alemanha) sobrevivente contenha todas elas, e é muito provável que poucos exemplos deste caso extremo tenham existido. Dezessete destas cenas precedem o "Nascimento da Virgem"1 . Estas cenas apócrifas se tornaram muito mais restritas no final da Idade Média.

Certos eventos da Vida da Virgem eram celebrados em festas oficiais pela Igreja, enquanto que outros não, o que afetou bastante a frequência com que determinadas cenas eram representadas. Outras práticas devocionais marianas também afetavam o comprimento e a composição dos ciclos: os livros de horas geralmente tinham oito cenas para acompanharem as oito seções do texto das Horas da Virgem. As sete dores de Maria, as sete alegrias de Maria e as 15 seções do Rosário também influenciavam a seleção das cenas2 , como, por exemplo, nas ilustrações padronizadas do Speculum Humanae Salvationis. Desenvolvimentos teológicos também influenciavam a seleção, especialmente as cenas sobre a morte da Virgem e a Assunção, com esta última gradativamente substituindo a primeira no ocidente.

Definição dogmática

Em 1 de novembro de 1950, na constituição apostólica Munificentissimus Deus, o papa Pio XII declarou a Assunção de Maria como um dogma:

Pela autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e em nossa própria autoridade, pronunciamos, declaramos e definimos como sendo um dogma revelado por Deus: que a Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, tendo completado o curso de sua vida terrena, foi assumida, corpo e alma, na glória celeste.
Desde a declaração solene da infalibilidade papal pelo Concílio Vaticano Primeiro em 1870, esta declaração de Pio XII foi a única vez que um papa fez uso, ex cathedra, da prerrogativa. Pio XII deliberadamente deixou em aberto a questão se Maria teria ou não morrido antes da Assunção20 21 .
Antes da definição dogmática, em Deiparae Virginis Mariae, Pio XII buscou a opinião dos bispos católicos e um grande número deles apontou para o Gênesis (Gênesis 3:15) como um suporte escritural para o dogma4 . Em Munificentissimus Deus (item 39), Pio faz referência à "luta contra o inimigo infernal" como neste versículo e a "vitória completa sobre o pecado e a morte", como em I Coríntios (I Coríntios 15:54)4 22 23 .

Questões teológicas

Na afirmação dogmática de Pio XII, a frase "tendo completado o curso de sua vida terrena" deixa em aberto a questão se a Virgem Maria teria ou não morrido antes de sua assunção ou se ela foi assumida antes da morte; ambas as possibilidades são permitidas. Acredita-se que a Assunção de Maria se deu como presente divino a ela apenas, por ser a "Mãe de Deus" (Theotokos). A visão de Ludwig Ott é a de que, como terminou sua vida como um glorioso exemplo para a raça humana, a perspectiva do presente da assunção seria também oferecido para toda a raça humana24 .

Em sua obra, "Fundamentals of Catholic Dogma", Otto afirma que "o fato de sua morte é aceito por quase todos os pais e teólogos da Igreja, e é expressamente afirmado na liturgia", ao que ele adiciona diversas citações úteis e conclui que "para Maria, morte, omo consequência de estar livre do pecado original e dos pecados pessoais, não foi uma punição pelo pecado"25 . Porém, parece adequado que "o corpo de Maria, que por natureza era mortal, deva, em conformidade com o de seu filho Jesus, se sujeitar à lei geral da morte"25 .

Assunção e a Dormição


Ícone da Dormição de Maria.
Séc. XIII. No Mosteiro de Santa Catarina, no Egito.
A festa católica romana da Assunção é celebrada em 15 de agosto enquanto que os ortodoxos e católicos orientais celebram a Dormição de Maria (a Mãe de Deus "indo dormir") na mesma data, mas precedido de um período de 14 dias de jejum. Os ortodoxos acreditam que Maria teria tido uma morte natural, que sua alma foi recebida por Cristo após a morte, que seu corpo foi ressuscitado no terceiro dia após a morte (depois do túmulo ter sido encontrado vazio) e que ela foi corporalmente elevada aos céus numa antecipação da ressurreição dos mortos geral.

"...a tradição ortodoxa é clara e firme sobre o ponto central [da Dormição]: a Santa Virgem passou, como seu Filho, pela morte física, mas seu corpo - como o d'Ele - foi posteriormente ressuscitado dos mortos e ela foi elevada ao céu, de corpo e, também, alma. Ela passou para além da morte e o julgamento, e vive plenamente na era que está por vir. A ressurreição do corpo... foi, no caso dela, antecipada e já é um fato consumado. Isto não significa, porém, que ela teria se desassociado do resto da humanidade e se colocado numa categoria diferente: pois todos nós esperamos compartilhar um dia desta mesma glória da ressurreição dos corpos que ela já usufrui"26 .

Muitos católicos também acreditam que Maria primeiro morreu antes de ser assumida, mas eles acrescentam que ela foi milagrosamente ressurrecta antes do evento, enquanto que outros acreditam que ela foi assumida com seu corpo ao céu antes de morrer27 28 . Como já foi explicado, ambas as crenças são aceitáveis do ponto de vista da doutrina católica. Os católicos orientais, por exemplo, celebram a festa como "Dormição". Muitos teólogos notam como forma de compararação que, para a Igreja Católica, a Assunção foi dogmaticamente definida, enquanto que para os ortodoxos, a Dormição é menos dogmática e mais litúrgica e misticamente definida. Esta diferença é resultado de um padrão maior em ambas as tradições, pelo qual as doutrinas católicas geralmente são dogmaticamente definidas - em parte pela estrutura centralizada da Igreja Católica - enquanto que na Ortodoxia, muitas doutrinas tem uma carga menos "autoritativa"29 .

Anglicanismo

Embora a Assunção de Maria não seja uma doutrina anglicana, a data de 15 de agosto é observada por alguns fieis como uma festa em honra a Maria. o "Livro de Oração Comum", nas versões da Igreja Episcopal Escocesa e da Igreja Anglicana do Canadá, marcam a data como "Dormição da Abençoada Virgem Maria". Na Igreja Episcopal dos Estados Unidos da América, a data é observada como "Feriado de Santa Maria, a Virgem". Na Igreja da Inglaterra, a data é um "Festival da Abençoada Virgem Maria". Em algumas igrejas da Comunhão Anglicana e parte do movimento "Continuando Anglicano", muitos anglo-católicos geralmente observam o feriado como sendo a festa da Assunção.
A afirmação conjunta da Comissão Internacional Anglicana-Católica Romana sobre a Virgem Maria atribui um lugar tanto para a Dormição quanto para a Assunção de Maria na devoção anglicana30 .

Protestantismo

O reformador protestante Heinrich Bullinger acreditava na Assunção de Maria. Seu polêmico tratado de 1539 contra a idolatria31 . expressou sua crença de que o sacrosactum corpus de Maria havia sido levado ao céu por anjos: "Hac causa credimus ut Deiparae virginis Mariae purissimum thalamum et spiritus sancti templum, hoc est, sacrosanctum corpus ejus deportatum esse ab angelis in coelum."32 .
Contudo, a maioria dos protestantes modernos não ensina e não acredita na Assunção de Maria, uma vez que eles não vêem uma base bíblica para a doutrina. Embora a maior parte das igrejas do luteranismo não ensinem a Assunção de Maria, o dia 15 de agosto é uma festa menor em honra a "Maria, Mãe de Nosso Senhor", de acordo com o calendário luterano de santos33 34 35 .

Festas

A festa da Assunção é um feriado nacional em muitos países, incluindo partes da Alemanha] (Baviera e Saarland), Áustria, Bélgica, Chile, Colômbia, Croácia, Eslovênia, Espanha, Equador, França, Grécia, Líbano, Lituânia, Itália, Malta, Maurício36 , Polônia, Portugal, Romênia, Senegal, Suíça (em 8 cantões) e Vanuatu.37 .
Em muitos outros, festividades populares e procissões se realizam neste dia. Entre os países católicos e ortodoxos nos quais a data é importante, mas não é reconhecida como feriado, estão Argentina, Brasil, Filipinas, Irlanda, México, República Tcheca e a Rússia. No Canadá, celebra-se uma fête nationale entre os acadianos, que a têm por padroeira. O comércio fecha nas partes mais francofónas de Nova Brunswick.
O nome da festa em italiano, "Ferragosto", pode ter sua origem no nome em latim Feriae Augusti ("Feriados de Agosto")38 . A solenidade da Assunção é celebrada nesta data no oriente já desde o século VI.

História

A representação das cenas da Vida da Virgem remonta aos primeiros anos da arte cristã; uma cena na igreja de Dura Europos, de por volta de 250, tem sido interpretada como uma procissão de virgens acompanhando Maria até o Templo7 . Os primeiros ciclos tendiam a incluir mais cenas e detalhes obtidos nos evangelhos apócrifos, incluindo a história dos pais de Maria, São Joaquim e Santa Ana, antes de seu nascimento. A influência destas histórias jamais desapareceu completamente, em parte por que os evangelhos canônicos dão poucos detalhes sobre a vida de Maria antes e depois dos anos próximos ao nascimento de Jesus. No ocidente, o Evangelho de Pseudo-Mateus era a principal fonte; versões um pouco diferentes, todas igualmente derivadas do Protoevangelho de Tiago, eram as preferidas no oriente8 .
Ciclos com a Vida de Maria eram menos frequentes no ocidente do que no oriente até o período gótico. O ciclo do Nascimento no tímpano da porta direita da Catedral de Chartres é o mais antigo ciclo monumental ocidental a aparecer sob uma grande "Virgem Entronada com o Menino". Estes ciclos continuaram a aparecer em posições proeminentes, gradualmente ficando menos comuns que as cenas da Paixão de Cristo9 . A evolução durante o século XIII dos livros de horas iluminados providenciou outro meio para a representação dos ciclos, assim como o gradual desenvolvimento de peças de altar mais sofisticadas para a Capela da Senhora ou, pelo menos, para um altar lateral, que todas as grandes igrejas tinham.

Com a chegada dos mestres da gravura, séries sobre a "Vida" eram populares e estavam geralmente entre os mais ambiciosos trabalhos dos artistas. A "Morte da Virgem" de Martin Schongauer foi uma de suas obras mais influentes, adaptada para a pintura por uma série de artistas na Alemanha e em outros países. Schongauer aparentemente planejou uma grande série, mas apenas quatro cenas foram produzidas (entre 1470 e 1475)10 . A série de 12 cenas de Israhel van Meckenem (ca. 1490-1500)11 e a de Francesco Rosselli, que se inspirou nos Mistérios do Rosário12 , foram os dois exemplos mais importantes do século XV. Dürer eclipsou em grande medida a partir do início do século XVI com seu ciclo, sendo que a sua "Morte da Virgem" (1510), seguia essencialmente a composição de Schongauer.

Com o declínio dos manuscritos iluminados e o advento de grandes pinturas e a pintura de altares de tema único, os ciclos perderam importância na arte, com exceção da arte impressa, mas os ciclos pintados de maneira nenhuma desapareceram por completo. Um ciclo com 16 grandes pinturas de Luca Giordano de por volta de 1688 decorava o quarto da rainha da Espanha em Madrid no século XVIII13 e muitos ciclos foram pintados para catedrais e outros grandes edifícios. Após os decretos do Concílio de Trento, em 1563, muitas das cenas apócrifas e outras invenções do período medieval tardio (como o Desmaio da Virgem), foram atacados por escritores como Molanus e o cardeal Federigo Borromeo.

Galeria


 Murillo immaculate conception.jpg
Devoção
HiperduliaImaculado CoraçãoSete AlegriasSete DoresTítulosSanto RosárioEscapulário do CarmoDireito Canônico
Orações marianas famosas
Ave MariaMagnificatAngelusInfinitas graças vos damosLembrai-vosSalve-rainha
Dogmas e Doutrinas
Mãe de DeusPérpetua VirgindadeImaculada ConceiçãoAssunçãoMãe da IgrejaMedianeiraCorredentoraRainha do Céu
Aparições
Crenças reconhecidas ou dignas de culto
GuadalupeMedalha Milagrosa
La SaletteLourdesFátimaCaravaggioProuille

Maria na arte

Doutrina da Igreja Católica
Attribué à GIOVANNI FRANCESCO DA RIMINI
Le Mariage de la Vierge
  
image de M.I. 455

  

Morte da Virgem


Morte da Virgem.
1470. Gravura de Martin Schongauer, atualmente no Museu Britânico, em Londres.
A Morte da Virgem Maria, por vezes chamado de Trânsito da Virgem, é um tema comum na arte cristã ocidental, equivalente à Dormição da Theotokos na arte ortodoxa. Ele se tornou menos comum conforme a doutrina da Assunção começou a ganhar apoio na Igreja Católica a partir do final da Idade Média. Embora a doutrina não diga se Maria estava viva ou morta quando teve seu corpo "assumido" no céu, ela é normalmente representada na arte como estando viva.

História

Nada se diz na Bíblia sobre o final da vida de Maria, mas uma tradição que remonta pelo menos o século V diz que os doze apóstolos foram milagrosamente transportados de onde estavam, espalhados pelo mundo, para estar com Maria em seu leito de morte e é esta a cena que normalmente aparece na arte1 2 3 .

Uma virtuosa gravura de Martin Schongauer de ca. 1470 (vide imagem) mostra a Virgem a partir dos pés de uma grande cama com os apóstolos espalhados à volta nos outros três lados e esta composição influenciou muitas outras representações posteriores4 . Outras, mais antigas, geralmente seguem o padrão bizantino, com a Virgem deitada numa liteira simples, atravessando o espaço da pintura. Um famoso e tardio exemplo sobre o tema foi "Morte da Virgem", por Caravaggio (1606), a última grande pintura católica.
Outros exemplos (com artigos):
Três artistas anônimos são conhecidos na história da arte como Mestre da Morte da Virgem.

Ver também

 
 Maria Callas - Ave Maria - 6min.

 Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Sejam felizes todos os seres. Vivam em paz todos os seres. 
Sejam abençoados todos os seres.


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