quarta-feira, 6 de agosto de 2014

LEMÚRIA






Doc: Alem do Cosmos - Todos os Episódios (Completo e Dublado) // NatGeo


Sinopse:
Brian Greene revela um segredo: fomos todos enganados. Nossas percepções de tempo e espaço fizeram com que ficássemos desnorteados.
Muito do que acreditávamos saber sobre nosso universo pode estar errado. Esta série de quatro horas baseada no livro escrito pelo renomado físico e aclamado autor Brian Greene, vai levar-nos aos limites da física para ver como cientistas estão montando a maior imagem até agora do espaço, do tempo e do universo.
A cada passo, vamos descobrir que logo abaixo da superfície de nossa experiência diária vive um mundo que dificilmente reconheceríamos - um mundo estranho e surpreendente, muito mais maravilhoso do que esperávamos.

Episódio 1: O Multiverso (De 00:00 á 45:06)
Episódio 2: Mecânica Quântica (De 45:07 á 1:29:51)
Episódio 3: O Espaço (De 1:29:59 á 2:14:47)
Episódio 4: O Tempo (De 2:15:00 á 3:00:37)

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ÁUDIO COM UM POUCO DE ATRASO!
Cryon - Os Creadores da Lemúria - 38min.





 
Breve História da Lemúria - 6min.

Lemúria
Mu (continente perdido)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Mu assim como Atlântida e Lemúria é considerado um antigo continente que entrou em colapso devido a um cataclismo. Suas descrições e pesquisas ainda estão em um nível extremamente primário.

Histórico
De acordo com antigas lendas de povos que habitavam a América do Sul muito antes da chegada de Cristóvão Colombo ao "Novo Continente", Mu era um continente rico em ouro, prata e cobre. Essas lendas caíram no esquecimento após a chegada de Cristóvão Colombo à América, que culminou com a dizimação de grande parte da cultura desses povos. Alguns séculos depois, a lenda retornou à tona, quando o coronel inglês, James Churchward 1 , afirmou ter decifrado antigas inscrições em pedra. As inscrições revelavam a existência de Mu, indicava sua localização (ligeiramente abaixo da Linha do Equador), sua extensão (9.600 quilômetros de Leste a Oeste, e 4.800 quilômetros de Norte a Sul) e a causa de sua submersão (uma ação vulcânica que dizimou a população de 64 milhões de pessoas). 

Segundo levantamentos posteriores, toda a humanidade descenderia de Mu, e segundo Churchward tratava-se do Jardim do Éden, onde há 200 mil anos havia surgido o homem. As diferenças raciais teriam levado os grupos colonizadores a migrar para diferentes partes do mundo. Os mais poderosos formaram o império Uigur, cuja capital encontra-se até hoje enterrada sob o deserto de Gobi, na Ásia. Os outros formaram outras civilizações, entre elas as também hipotéticas Atlântida e Lemúria.
Mapas
  • http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/20/Lemuria_mumap2.jpg/120px-Lemuria_mumap2.jpgImagem do livro, 1931. Assinada por J. Churchward.
  • http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/64/Book_map1.jpg/120px-Book_map1.jpg Imagem original do Livro de Churchward, 1927.
  • http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/a7/Clip_map1.jpg/120px-Clip_map1.jpg Imagem extraída de um jornal de época.
  • http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/6f/Golden-age-mu-map.jpg/120px-Golden-age-mu-map.jpg
"Books of the Golden Age", 1927. Imagem assinada pelo próprio Churchward.
Lemúria

Lemúria é o nome de um suposto continente perdido, localizado no Oceano Índico ou no Oceano Pacífico. A ideia teve origem no século XIX, pela teoria geológica do Catastrofismo, mas desde então tem vindo a ser adotada por escritores do Oculto, assim como pelo povo Tâmil, da Índia. Relatos sobre a Lemúria diferem quanto à maioria dos pormenores. No entanto, todos partilham a crença comum de que o continente existiu na pré-história mas afundou no oceano devido a alterações geológicas. A maioria dos cientistas considera hoje continentes submergidos uma impossibilidade física, dado a teoria da Isostasia. No entanto a variação do nível médio dos mares ao longo das sucessivas idades do gelo tem inundado e exposto porções de terreno mais ou menos extensos. Estas variações das áreas expostas/inundadas poderão eventualmente ter perdurado na memória coletiva dos povos pela sabedoria acumulada ao longo de várias gerações.

A Lemúria e os Teosóficos
Ao longo do século XIX, os seguidores das teorias de Helena Blavatsky, em sua Doutrina Secreta passaram a acreditar numa versão diferente da História do Mundo que encontrava respaldo na teoria geológica do Catastrofismo anteriormente referida. Esses indivíduos defendiam que a raça humana havia passado por quatro estágios pré-evolutivos, se encontrando no quinto estágio. Embora algumas raças do quarto estágio (e, portanto, menos evoluídas) ainda coabitassem com as do quinto estágio. Para esses teosóficos, a quarta raça seria muito semelhante à quinta e teria habitado principalmente em Atlântida

A terceira raça, contudo, seria bem diferente e, tendo habitado a Lemúria, teria esqueleto cartilaginoso, três olhos (sendo um na nuca, hoje atrofiado, tendo dado origem à glândula pituitária (atualmente conhecida como hipófise), mãe dos poderes paranormais de tal raça que, contudo, seria muito belicista e muito desenvolvimento intelectual).

 A segunda raça teria sido semi-etérea e a primeira raça não seria tangível, sendo feita de éter, no sentido metafísico da palavra. Outras teorias atribuem essa atrofia do "terceiro olho" à pineal ou epífese, outra glândula do sistema nervoso central que, de fato, tem correlação com a estrutura histológica e embrionária dos olhos, ficando situada entre os lobos occipitais do cérebro. Vale lembrar que a pineal importa para os mecanismos metabólicos circadianos. 

A pineal por muitas culturas é considerada um importante centro de energia e de paranormalidade e que tanto atlantes como lemurianos a teriam particularmente mais desenvolvidas, muito além das atribuições que a atual medicina reconhece.

O principal seguidor de Blavatsky e maior propagador dessas histórias sobre a Lemúria foi William Scott-Elliot, em seu livro Lendas de Atlântida e Lemúria.

Espiritualismo
No livro espiritualista Legião, de Róbson Pinheiro, pelo espírito Ângelo Inácio, são citados duas vezes os continentes perdidos Lemúria e Atlântida.

Na primeira citação, o personagem Pai João relata: A Atlântida e a Lemúria, continentes cuja história ainda não é oficialmente reconhecida pelos intelectuais da Terra, mas estudada através dos registros mantidos no mundo espiritual, constituem o berço dos magos. Esse território perdido recebeu exilados de outros orbes, espíritos detentores de grande bagagem científica e notável domínio mental sobre as forças da natureza, os quais, em seu apogeu, portavam-se de acordo com determinado sistema ético e moral. Ambos os fatores lhe asseguravam a possibilidade de fazer incursões no mundo oculto com invejável liberdade, manejando com destreza inúmeras leis da natureza e fenômenos condicionados a elas.

Na segunda citação, o personagem Pai João descreve: A necessidade de espíritos dedicados exclusivamente à manutenção da ordem, da disciplina e do equilíbrio começou já no momento em que a Terra recebia os primeiros contingentes de espíritos vindos de outros mundos, evento contemporâneo às civilizações da Lemúria e da Atlântida.

Lemúria










LemuriaHaeckel
A suposta difusão das raças humanas a partir de uma desaparecida Lemúria no Índico (E. Häckel, 1884, reproduzido em Lilia Moritz Schwarcz, O Espetáculo das Raças)








Pangea-continental-drift
A deriva dos continentes, tal como descrita pela moderna tectônica de placas
Lemúria foi uma hipótese científica do século XIX, elaborada a partir da presença de fósseis dos primatas primitivos conhecidos como lêmures na Índia e Madagascar, mas não na África ou no Oriente Médio, bem como de outras semelhanças geológicas entre as duas regiões.
Seguindo uma maneira de pensar comum entre os colegas de seu tempo, o geólogo Philip Sclater sugeriu em 1864 que essas duas terras tivessem feito parte de um continente da qual a maior parte havia afundado no Índico. Alguns outros cientistas especularam que esse continente tivesse se estendido também pelo Pacífico, para explicar a distribuição de certas espécies pela Ásia, Oceania e Américas.

Vinte anos depois, o biólogo Ernst Häckel, defensor da teoria da evolução de Charles Darwin, sugeriu que a espécie humana talvez houvesse evoluído nessa pátria original dos primatas, o que explicaria a dificuldade de encontrar fósseis do "elo perdido" entre os primatas avançados e os seres humanos. Seria o equivalente científico do "Paraíso Perdido" como origem comum da espécie humana (em oposição àqueles que acreditavam que as diferentes raças haviam evoluído separadamente em diferentes partes do mundo). Essa tese tornou-se rapidamente obsoleta, porém, com a descoberta, a partir de 1891, de fósseis pré-humanos na Ásia (inicialmente, Java e China) e a partir de 1924, de outros ainda mais antigos na África.

A idéia de continentes e pontes de terra desaparecidos por afundamento tornou-se obsoleta, também, a partir dos anos 60, com o mapeamento do fundo dos oceanos e a acumulação de evidências sobre o lento deslocamento dos continentes. Ficou então claro que a Índia e Madagascar estiveram de fato unidas em uma mesma massa de terra, o que explica as semelhanças geológicas, mas o movimento das placas tectônicas levou a Índia a separar-se há cerca de 88 milhões de anos e mover-se até sua atual localização no sul da Ásia.

Ironicamente, isso provavelmente nada tem nada a ver com a evolução dos lêmures cujo nome foi dado ao continente hipotético. Acredita-se hoje que eles surgiram há 62 milhões de anos, quando as duas terras já se haviam separado, aparentemente na Áfica de onde se espalharam para a Ásia, Europa e mesmo América do Norte, e também a Madagascar, onde parecem ter chegado por mar, sobre montes flutuantes de vegetação. Mais tarde, a maioria de seus descendentes se extinguiram, aparentemente devido à competição com os primatas mais inteligentes que depois ocuparam seus nichos ecológicos, mas não chegaram a Madagascar.

A Lemúria ocultista

Os teósofos adotaram elementos da hipótese de Häckel, mas a reformularam radicalmente. Em sua concepção, Lemúria (muito mais vasta que o proposto por Häckel) foi de fato o berço da humanidade, mas sua evolução não foi resultado de mutações casuais e seleção natural darwiniana e sim a imposição de entidades espirituais superiores Para detalhes sobre a concepção teosófica da história e geografia de Lemúria e seus povos, leia Lemúria teosófica.

Simultaneamente, o médium Frederick Spencer Oliver escreveu uma obra supostamente psicografada de "Philos, um tibetano" chamada Um Habitante de Dois Planetas (no original, A Dweller of Two Planets), na qual descrevia uma Atlântida bem diferente da versão teosófica. A narrativa começa por um encontro com um chinês de nome Quong, no monte Shasta, norte da Califórnia. Quong domava ursos e pumas com uma só palavra e convenceu o narrador a aderir a uma ordem de sábios que conservavam a sabedoria dos antigos em Shasta, antes de levá-lo a visitar Vênus com seu corpo astral e ensiná-lo a recordar suas encarnações anteriores, incusive em Atlântida, que ele chama Poseid (veja detalhes em Atlântida no século XIX).








SacrificioLemuria
Cena do sacrifício descrito por Oliver
Durante sua aventura em Poseid, o narrador consulta uma obra sobre história em uma biblioteca na qual é mencionada Lemúria, como uma terra que desapareceu eras antes de Atlântida e da qual a Austrália seria um remanescente. Também é informado por seu mestre que esse continente, também chamado Lemorus, pereceu "de fogo dos abismos interplanetários". Depois, chega a visitar a própria Lemúria antes da catástrofe, onde vê uma grande casa de pedra em uma campina plana, junto ao oceano, onde pastavam rebanhos de gado e pequenos cavalos com três dedos em cada pata. Dentro da casa, vivia uma mulher, seu filho e vários escravos. O filho falou ao "cruel" chefe dos escravos, de pele escura, que trouxe dois prisioneiros, um rapaz e uma jovem. Por ordem do dono da casa, o escravo sacrificou o rapaz, jogou seu coração aos pés da moça. A mãe consultou o sangue do rapaz em uma taça e disse que os deuses exigiam o sangue da jovem. Mas o dono da casa, subitamente apaixonado pela moça, sacrificou a si mesmo. Teria sido o primeiro auto-sacrifício por amor de outrem.









Mapa da Sociedade Lemuriana, mostrando o mundo nas épocas de Lemúria e de Atlântida



Shasta
O monte Shasta, visto do Norte
A obra de Oliver influenciou Edgar Lucien Larkin, um ocultista idoso que, alguns anos antes de morrer, em 1924, dirigiu o Mount Lowe Observatory, uma atração turística criada pela Pacific Electric Railway junto à Pousada de Mount Lowe, na qual Larkin mostrava estrelas aos visitantes com um pequeno telescópio. Larkin assegurava que espiara os lemurianos no monte Shasta por meio de um telescópio e descobrira que um milhar deles vivia numa "aldeia mística" construída em torno de um grande templo em estilo maia. Acrescentou que apareciam ocasionalmente nas cidades vizinhas, envoltos em longas vestes brancas, com modos educados mas taciturnos, a fim de comprar provisões (principalmente enxofre, sal e toucinho) que pagavam com pepitas de ouro. Todos os dias à meia-noite celebravam a sua fuga de Lemúria com cerimônias que inundavam a montanha de luzes vermelhas e verdes. Não eram, porém, hospitaleiros para os que os visitavam e todos os que tentaram penetrar nos seus domínios não o conseguiram, ou nunca mais voltaram.

Em 1932, um certo Edward Lanser escreveu uma longa história sobre os lemurianos do Shasta para o Los Angeles Sunday Times, na qual o próprio Lanser dizia ter assistido às luzes rituais quando viajava de trem nas redondezas da montanha. Ainda nos anos 30, Guy Ballard, um engenheiro, disse ter encontrado ali o Conde Saint-Germain, que lhe informou sobre a Atlântida, Lemúria e outras civilizações desaparecidas, inclusive uma no deserto do Saara e outra, governada por um rei de nome Casimir Poseidon, na região do Amazonas. Fundou um culto chamado "I AM", que chegou a um milhão de seguidores antes de sua morte, em 1939.







Lemurianfellowship

Outro mapa da Sociedade Lemuriana, mostrando a Lemúria em relação aos continentes atuais
Em 1940, uma certa "Sociedade Lemuriana" (Lemurian Fellowship), fundada em 1936 por Robert D. Stelle, publicou uma continuação de Um Habitante de Dois Planetas, intitulada Um Habitante da Terra Retorna (An Earth Dweller's Return), na qual requentou a trama original e acrescentou mais detalhes sobre Lemúria, incluindo um mapa. Essa sociedade continua a existir e divulgar sua "filosofia teocrística lemuriana" e chama indiferentemente o continente desaparecido de Lemúria ou de Mu. No livro The Sun Rises, Stelle descreve a criação da civilização lemuriana há 70 mil anos, contando a história de Rhu e Hut, dois amigos que convencem um grupo de primitivos a construir uma nova comunidade. Mais tarde, Hut tenta usurpar a autoridade de Rhu e tem um triste fim, no que parece ser uma projeção no passado de um conflito real entre Stelle e outro líder da comunidade "lemuriana", Howard John Zitko.

Em 1963, um livro chamado A Fronteira Definitiva (The Ultimate Frontier), assinado por Eklal Kueshana, afirmava a civilização lemuriana ou "mukuliana" havia surgido em 76 mil a.C. e durado 52 mil anos. O continente foi destruído em 24 mil a.C., por terremotos criados por um "deslocamento dos pólos". Era tão grande que, quando afundou, as águas dos oceanos do resto acorreram para o Pacífico e baixaram nos demais continentes. Um arquipélago de que existia no Atlântico teve suas pequenas ilhas deixadas a seco, formando um continente chamado Poseid, a Atlântida de Frederick S. Oliver (leia em Atlântida no século XIX), que veio a desaparecer muito mais tarde. Junto com Atlântida, existiu um igualmente desenvolvido Império Rama na Índia, no qual se deu a epopéia contada no Ramayana.

Kueshana era o pseudônimo de Richard Kieninger, que foi banido da Sociedade Lemuriana e acusado de plágio. Ele afirmava também que o Armageddon aconteceria em 1999 e a Terra seria destruída em 5 de maio de 2000. Depois disso, ele estabeleceria um "Reino de Deus" em uma ilha que surgiria do Pacífico, mas para isso seus futuros cidadãos seriam preparados em uma comunidade auto-suficiente perto de Chicago, chamada Stelle Group, que foi fundada em 1973 e que, segundo ele, chegaria a 200 mil habitantes em 2000. Em 1975, porém, ele próprio foi expulso da comunidade por envolver-se com jovens da comunidade, algumas casadas. Chegou a voltar e recuperar sua influência, mas em 1983, foi definitivamente expulso pela mesma razão e fundou outra comunidade, Adelphi, perto de Dallas, que nunca chegou a mais de 30 pessoas. Ele morreu em 2002, sem chegar a explicar o fracasso de suas profecias. O Stelle Group foi dissolvido em 2005, mas a comunidade, com cerca de 100 habitantes, ainda existe como um povoado dedicado a ecologia e agricultura orgânica.



Lemúria teosófica





Lemuria1
"Lemúria em toda a sua extensão", segundo W. Scott-Elliot. As áreas em azul correspondem aos remanescentes da Hiperbórea, onde vivera a "segunda raça-raiz"



Lemuriano2
Interpretação artística de um lemuriano, segundo as descrições teosóficas
Lemúria, originalmente uma hipótese científica para explicar semelhanças geológicas entre a Índia e Madagascar, entrou para o repertório do ocultismo em 1877, com o livro Ísis sem Véu, de Helena Blavatsky. Na cosmologia ali esboçada, a Terra teria sido ocupada, até agora, por cinco "raças-raízes", às quais se sucederiam, no futuro, mais duas. Sua suposta fonte seria uma obra secreta chamada Estâncias de Dzyan, a cujos manuscritos, escritos em uma língua chamada senzar, só ela teve acesso.
Lemúria, nesta concepção também chamada Shambali, teria sido ocupada pela terceira "raça-raiz", originalmente hermafrodita e ovípara, de quatro braços, mentalmente subdesenvolvida, que conviveu com os dinossauros. Segundo Blavatsky, quando surgiram os mamíferos, alguns lemurianos tiveram relações sexuais com esses animais, dando origem aos macacos.

Essa concepção de Lemúria foi desenvolvida por outros teósofos, principalmente W. Scott-Elliot, em Atlântida e Lemúria: continentes desaparecidos e Annie Besant e C. W. Leadbeater em O Homem: donde e como veio e para onde vai?", ainda que sem o mesmo grau de detalhamento oferecido nas descrições de Atlântida e Shambhala.

Os Lemurianos

Os lemurianos conviveram com dinossauros, plesiossauros, pterodáctilos e ictiossauros, entre florestas de coníferas, samambaias gigantes e palmeiras (sic), e a popularidade da obra teosófica nos EUA talvez explique, em parte, a popularidade da idéia errônea segundo a qual humanos pré-históricos conviveram com dinossauros, expressa não só em histórias cômicas como a de Brucutu e dos Flintstones, como também em filmes de aventura e fantasia, como O Despertar do Mundo (One Million B.C., de 1940), de Hal Roach Jr. e sua refilmagem de 1966, Mil Séculos antes de Cristo, (One Million Years B.C.), por Don Chaffey.

Embora os teósofos rejeitem a versão bíblica do Gênesis e seu pressuposto de que o mundo foi criado por volta de 4.004 a.C., sua escala de tempo - embora fosse compatível com hipóteses científicas do século XIX - está totalmente em desacordo com as da geologia atual. Segundo Helena Blavatsky, os lemurianos teriam surgido há 18 milhões de anos e esse período corresponderia ao Triássico - que, na realidade, está compreendido entre 251 milhões e 199,6 milhões de anos. Segundo Annie Besant, os lemurianos assexuados teriam surgido há 36 milhões de anos, no Triássico para depois tornarem-se hermafroditas e a separação dos sexos teria se dado no Jurássico, há 18 milhões de anos. Na realidade, o Jurássico se deu entre 199,6 milhões e 145 milhões de anos.

Cada uma das "raças-raízes", inclusive a lemuriana, teria dado origem a sete "sub-raças", assim como as "raças" posteriores, a atlante e a "ariana" (veja detalhes sobre estas em Atlântida teosófica). Entretanto, as "sub-raças" lemurianas não recebem nomes específicos e suas descrições por diferentes autores freqüentemente se contradizem.

Segundo Helena Blavatsky, os lemurianos pritivos eram os ciclopes da mitologia grega. Eram hermafroditas com dupla face, três olhos e quatro braços. Este último detalhe não foi retomado ou explicado por Scott-Elliot, Besant ou Leadbeater, que aparentemente interpretaram os dois braços extras como membros posteriores pouco diferenciados dos anteriores e dotados de "mãos", como nos macacos - que no século XIX eram cientificamente classificados como "quadrúmanos", justamente por essa característica. A dupla face indica um olho atrás da cabeça, que formava uma "face" de ciclope. Entretanto, Besant, mais tarde, disse que os primeiros lemurianos tinham um só olho no meio da face, sendo os outros dois ainda não funcionais.

Primeira sub-raça

Segundo Scott-Elliot, os corpos, que eram puramente etéricos na raça anterior, tornam-se materiais, mas as estruturas vertebradas ainda não haviam se solidificado em ossos e não podiam se manter eretos. Seus ossos eram tão flexíveis quanto os dos bebês de hoje. Os dois olhos dianteiros, com os quais procuravam obter alimento no chão, eram rudimentares. Havia um terceiro olho na parte posterior da cabeça, que era o centro principal não só da visão astral, como também da visão física.
Já segundo Annie Besant e Leadbeater, esses lemurianos tinham a forma de gorilas antropóides. Tinham a cabeça ovóide, com um só olho na parte superior, uma voluta arredondada representando a fronte e mandíbulas prognatas. Reproduziam-se por "excrescência celular": os filhotes nasciam na forma de "gotas de suor", extrusão de corpos macios e viscosos. Segundo Besant, os órgãos sexuais "pouco se mostravam no corpo". O olho não era usado para visão física e esses seres orientavam-se pela visão intuitiva da "mônada" nele contida.

Segunda sub-raça

Segundo Besant, "as gotas se tornam duras e redondas. O Sol as aquece, a Lua as refresca e lhes dá forma". Os corpos semilíquidos ganham casca e gradualmente passa-se à reprodução ovípara. As formas antes praticamente assexuadas ganham órgãos sexuais, tornam-se hermafroditas e de aparência mais humana.

Terceira sub-raça




Lemuriano3
Lemurianos com um terceiro olho na parte posterior da cabeça e calcanhares protuberantes
O corpo gelatinoso começou a se solidificar e desenvolver uma estrutura óssea. Essas criaturas conseguiam se manter eretas e desenvolveram seus órgãos da visão, mas os dois olhos frontais eram pouco usados: o terceiro olho era o mais importante. Podiam andar para trás quase com a mesma facilidade com que andavam pela frente, devido aos calcanhares protuberantes.

Segundo Besant, sua cor era vermelha-terrosa e, em dimensões, "estavam para os humanos de hoje como os anoplatheridae e paleotheridae que os cercavam nos seus últimos dias estão além dos bois, veados, porcos, cavalos, tapires e rinocerontes que deles descendem". A cabeça com testa retraída, o olho vermelho e baço brilhando sobre o nariz achatado, a mandíbula prognata ofereciam uma aparência repulsiva. A memória do terceiro olho persistiu no mito grego dos ciclopes.

Os "reis divinos" vêm à Terra e encarnam-se nos melhores desses corpos como os "Divinos Andróginos" ou "Divinos Hermafroditas", gigantes esplêndidos em figuras e feições. Com sua chegada e a separação dos sexos, termina o Satya Yuga da Terra. Eram de um "glorioso tom vermelho-ouro, idescritivelmente brilhantes e esplêndidos e seu único olho brilhava como uma jóia".
Seus selvagens súditos obedeciam rapidamente aos impulsos por eles enviados, e sob sua tutela construíram cidades poderosas e templos ciclópicos.

A casca dos ovos foi-se adelgaçando cada vez mais. Os sexos são gradualmente separados, predominando em cada indivíduo um dos dois sexos. Estas transformações principiaram há uns 16,5 milhões de anos e o processo durou cerca de 5,5 milhões a 6 milhões de anos.
Neste período, o eixo da Terra, originalmente perpendicular, teria se inclinado para sua posição atual. Com isso, os restos da Hiperbórea ou Plaksha, que ainda existiam no extremo norte e se mantinham como florescentes terras tropicais, foram cobertas de neve e gelo e os remanescentes da "segunda-raça raiz", os hiperbóreos ou kimpurushas, se extinguiram.

Quarta sub-raça

Segundo Besant, a reprodução ainda era ovípara, mas um sexo começou a predominar sobre o outro até que, do ovo, nasciam machos e fêmeas. Com isso, os bebês se tornaram mais indefesos e, no fim da quarta sub-raça, o recém-nascido não mais podia andar ao emergir da casca do ovo. Os dois olhos laterais se tornam os órgãos normais da visão.
Tanto esta sub-raça como a seguinte floresceram, segundo Scott-Elliot, a leste da região montanhosa da qual Madagascar fazia parte, numa posição central ao redor do menor dos dois lagos.
Segundo Annie Besant e C. W. Leadbeater, a quarta sub-raça era de cabeça ovóide, estatura de 7,3 a 8,2 metros, constituição frouxa e tosca e de cor negra (embora Helena Blavatsky houvesse dito que era amarela). Seus edifícios eram proporcionais à sua altura, de construção ciclópica, feita de enormes pedras.

Neste período, espíritos foram trazidos da "Cadeia Lunar", em número de nove milhões, para encarnar-se nos corpos humanos e conferir egos aos lemurianos. Entretanto, um terço deles, os "alaranjados" do globo A, mais evoluídos e orgulhosos, se recusaram a encarnar nos corpos oferecidos, por lhes parecerem repulsivos na forma e por lhes repugnar o intercurso sexual. Os demais, "amarelos" do globo B e "rosados" do globo C, obedeceram e constituíram a quarta sub-raça, humana em todos os aspectos, menos no embriônico (ainda eram ovíparos). O terço restante dos corpos caíram em poder de entidades recém-saídas do reino animal, que não notaram grande diferença entre elas e as fileirs de que acabavam de sair. Por isso, praticaram sexo com outros mamíferos, dando origem aos macacos - o que os teósofos chamam de "pecado dos sem-mentes".
Há cerca de 6,5 milhões de anos, deu-se o advento dos "Senhores da Chama":
Com o estrondoso bramido duma torrente e envolta em ígneas nuvens que cobriam o firmamento de extensas línguas de fogo, descendo então de inconcebíveis alturas, relampejou através dos aéreos espaços a carruagem dos Filhos do Fogo, dos Senhores da Chama, que, vindos de Vênus, pousaram sobre a Ilha Branca risonhamenente estendida no seio do mar de Gobi (...) Ali permaneceu Ele, o Donzel de dezesseis estios, Sanat Kumara, a "Eterna e Virginal Juventude", o novo Governador da Terra, que veio a Seu reino acompanhado de seus Discípulos, os três Kumaras, Seus auxiliares imediatos. Ali estavam trinta poderosos Seres, demasiado grandes para que a Terra os reconhecesse (...) Constituíram a primeira Hierarquia Oculta.
Os venusianos teriam ensinado aos lemurianos as artes de conservar o fogo, a metalurgia, a fiação e a agricultura, além de trazer-lhes o trigo de outros mundos.

Quinta sub-raça




Lemuriano1
Lemuriano da quinta sub-raça, ilustração baseada em Scott-Elliot
Segundo Helena Blavatsky, é na quinta sub-raça que o homem se separou sexualmente e nasceu o indivíduo. Segundo Besant, esta sub-raça inicialmente se reproduzia por meio de ovos "extrudados", dentro dos quais os bebês humanos amadureciam, mas gradualmente o ovo passou a ser retido dentro da mãe e a criança a nascer, como hoje, frágil e indefesa.

Esta sub-raça é descrita por Scott-Elliot como de estatura em torno de 3,6 a 4,5 metros, pele escura, de cor pardo-amarelada. Mandíbula inferior alongada, rosto estranhamente achatado, olhos pequenos, porém penetrantes, e localizados curiosamente muito separados um do outro, enquanto o olho na parte posterior da cabeça também lhe possibilitava enxergar nessa direção. Não tinha testa; em seu lugar havia algo parecido a um rolo de carne. A cabeça inclinava-se para trás e para cima. Os braços e pernas, sobretudo os primeiros, eram mais compridos do que os nossos e não podiam ser perfeitamente esticados; as mãos e pés eram enormes e os calcanhares projetavam-se para trás. A separação dos sexos estava concluída e, pelo final do período, os bebês nasciam sob as mesmas condições e pelo mesmo processo de hoje.

Vestia-se com um manto folgado, feito de uma pele semelhante à do rinoceronte, porém mais escamosa. Ao redor da cabeça, onde o cabelo era bem curto, era amarrado outro pedaço de pele, enfeitada com borlas de cores vermelha-escura, azul e outras. Na mão esquerda, segurava um bastão pontudo da altura de seu próprio corpo. Na mão direita, amarrava a extremidade de uma longa corda, feita de alguma espécie de trepadeira, com a qual conduzia um réptil imenso e horrendo, parecido com o plesiossauro (sic). Na verdade, os lemurianos domesticavam essas criaturas e treinavam-nas para aproveitar sua força na caça a outros animais.

A partir desta sub-raça, os Arhats (espíritos já emancipados da reencarnação) se encarnam em corpos lemurianos para ajudar o Manu a estabelecer a civilização, como reis iniciados. Rodeavam-se de certo número de escolhidos, com os quais formavam uma casta, ensinavam-lhes algumas artes de civilização e os dirigiam e ajudavam a construir cidades. Segundo suas instruções, levantou-se uma grande cidade na ilha de Madagascar e ao longo do continente.
Comiam-se animais crus de toda espécie, pois a algumas tribos humanas não repugnava a carne; e certos bichos como as nossas lesmas, caracóis e lagartas, porém muito maiores que seus degenerados descendentes, eram um saboroso bocado para os lemurianos.

Também a partir deste período, mudou o aspecto físico dos lemurianos. O olho central da parte superior da cabeça, à medida que cessava de funcionar, foi-se retirando da superfície para o interior, até formar a glândula pineal.

Sexta sub-raça




Moai1
Os moai, segundo Besant e Leadbeater, teriam sido esculpidos por lemurianos há milhões de anos
Segundo Scott-Elliot, no período desta sub-raça e da seguinte, os lemurianos aprenderam a construir grandes cidades, de arquitetura ciclópica, correspondente ao tamanho de seus corpos (embora Besant e Leadbeater, mais tarde, escrevessem que a terceira e a quarta já erigiam construções, sob as ordens de seus governantes divinos). As primeiras cidades foram construídas na região montanhosa que incluía a ilha de Madagascar.

Outra grande cidade, inteiramente construída de blocos de lava, ficava a 50 km a oeste da Ilha da Páscoa. As estátuas gigantescas dessa ilha, com cerca de 8 metros de altura, representariam a altura e a verdadeira aparência de seus ancestrais (da quarta raça, presume-se). Entretanto, os famosos moai não têm os milhões de anos que Besant e Leadbeater lhe atribuem e foram erigidos por nativos polinésios entre 1250 d.C. e 1500 d.C.

Segundo Besant e Leadbeater, as classes inferiores da sexta sub-raça eram de cor negra, enquanto as superiores "eram de cor azul, embora com um ligeiro fundo negro". Segundo Besant, nesta sub-raça e na seguinte a reprodução sexual se tornou universal.

Sétima sub-raça 

Embora conservando a mandíbula inferior projeada, os grossos lábios pesados, a face achatada e os olhos de aspecto misterioso, tinha desenvolvi alguma coisa que poderia ser chamada de testa, ao passo que a curiosa projeção do calcanhar fora consideravelmente reduzida. Num ramo desta sétima sub-raça, a cabeça poderia ser descrita como quase oviforme, sendo a menor extremidade do ovo a parte superior, com os olhos bem separados e próximos do alto da cabeça. A estatura diminuíra e o aspecto das mãos, dos pés e dos membros de modo geral tornarase mais semelhante ao dos negros de hoje (sic). Esse povo desenvolveu uma importante e duradoura civilização, dominando por milhares de anos a maioria das outras tribos da Lemúria. Segundo Besant e Leadbeater, essa sub-raça era de cor branco-azulada.

Destruição de Lemúria 




Aborigine
Aborígines australianos que, segundo Besant e Leadbeater, estariam entre os descendentes dos lemurianos
Ao contrário de Atlântida, submersa por vagalhões, a Lemúria pereceu pela ação vulcânica, devastada pelas cinzas ardentes e pela poeira incandescente de inúmeros vulcões, e seus habitantes morreram queimados ou asfixiados.
No lago a sudeste da região montanhosa correspondente a Madagascar, havia uma ilha com as dimensões de uma grande montanha, que era um vulcão muito ativo. As quatro montanhas a sudoeste do lago também eram vulcões ativos, e foi nessa região começou a dilaceração do continente. A partir do momento em que o processo de desintegração começou, não houve interrupção da atividade causticante e, numa parte ou noutra do continente, a ação vulcânica permaneceu constante. A conseqüência foi o fundamento e desaparecimento do território, como aconteceu com a ilha de Krakatoa em 1883.
Nesta catástrofe, segundo Besant, pereceram todos os remanescentes das primeiras quatro sub-raças. As três últimas sobreviveram, coexistiram com os atlantes do período posterior e seus descendentes incluem alguns dos povos atuais que os teósofos consideravam mais "primitivos".
Segundo Scott-Elliot, os "remanescentes degenerados" dos lemurianos que ainda habitam a Terra podem ser observados nos aborígines da Austrália, nos ilhéus de Andaman, em algumas tribos montesas da Índia, nos fueguinos, nos bosquímanos da África e em algumas outras tribos selvagens.

Lemúria reduzida 





Lemuria2
"Lemúria em um período posterior", segundo W. Scott-Elliot
Os terremotos que se seguiram às erupções causaram tamanho estrago que, durante o período do segundo mapa, uma grande porção do sul do continente estava submersa.
Da sétima sub-raça, foi segregada uma colônia na região hoje ocupada pelo Ashanti (Gana) e Nigéria ocidental (7º de latitude norte, 5º de longitude oeste), um promontório a noroeste da ilha-continente, abrangendo o cabo da Boa Esperança e partes da África Ocidental. Tendo sido resguardada, por gerações de qualquer mistura com tipos inferiores, a colônia viu o número de seus habitantes aumentar gradualmente, até ficar pronta para receber e transmitir o novo impulso à hereditariedade física que o Manu estava destinado a revelar. Deste povo, chamado rmoahal, surgiu a "quarta raça-raiz", a atlante. Eram cor de mogno e tinham 3 a 3,6 metros de altura. Migraram para as costas meridionais de Atlântida.
No final, quando a "degeneração racial" parecia prestes a surpreendê-lo, o povo "negro" da sétima sub-raça obteve nova vida e poder por meio da miscigenação com os primeira sub-raça dos atlantes. A progênie, embora mantendo muitas características da Terceira Raça, pertencia à Quarta (atlante) e obteve uma nova força de desenvolvimento. A partir desse tempo, seu aspecto geral tornou-se bastante parecido com o de alguns índios americanos, exceto pela pele, que tinha uma curiosa coloração azulada, inexistente hoje em dia.

Lemúria na ficção




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Thark de Burroughs, provavelmente inspirado nos lemurianos da teosofia
Muitos leitores e críticos da obra de Edgar Rice Burroughs, a começar por L. Sprague de Camp, em 1948, e Fritz Leiber, em 1959, notaram semelhanças entre sua descrição ficcional de Marte (Barsoom, para os nativos) nas suas "Crônicas Marcianas", cuja publicação se iniciou em 1911 com Uma Princesa de Marte e o mundo pré-histórico da teosofia, tal como descrito nas obras publicadas até 1910 por Blavatsky, Scott-Elliot, Besant e Leadbeater.


Os "marcianos vermelhos", heróis de suas sagas marcianas, parecem ter sido diretamente inspirados nos toltecas da Atlântida teosófica, com sua cor de cobre, traços gregos e ciência avançada. Já os "marcianos verdes" ou tharks, primitivos de estatura gigantesca e comportamento bárbaro, mas que que sabem usar armas modernas e domesticam animais monstruosos, parecem inspirados nos lemurianos - embora Burroughs tenha interpretado seus "quatro braços" de maneira mais literal que Besant e Leadbeater.




Alleyoop2
Brucutu e Dinny, em selo dos EUA
L. Sprague de Camp também notou a semelhança entre os lemurianos e os personagens da série de quadrinhos Brucutu (no original, Alley Oop), criada em 1932 por Vincent T. Hamlin.
O protagonista e personagem-título vivia em um reino pré-histórico governado por um Rei Gus (no original, Guzzle) chamado Mu (no original, Moo), nome dado por James Churchward a um continente afundado no Pacífico que era uma variante da Lemúria. O reino vizinho e inimigo, governado pelo Rei Tunk, se chamava Lem, abreviação de Lemúria.
A própria aparência do personagem parece vagamente inspirada nas descrições teosóficas dos lemurianos, bem como o fato de andar acompanhado de seu dinossauro domesticado Dinny, o que recorda a descrição de Scott-Elliot.






Alleyoop
Brucutu caricatura os lemurianos da teosofia (tira de 24/12/1948)


Mu

 

Cartemu







Mapa de Mu, segundo James Churchward



MuTemplo
Concepção artística de templo em Mu, ilustração de Fábio Cobiaco
Mu é o nome de um continente desaparecido que se originou de uma falsa tradução de um manuscrito maia, o Codex Troano, por Charles Étienne Brasseur de Bourbourg, em 1864. Usando anotações do primeiro bispo do Yucatán, Diego de Landa Calderón, que erroneamente pensava que os hieróglifos maias constituíam uma escrita alfabética, julgou encontrar neles a palavra "Mu" relacionada a uma terra submergida por uma catástrofe.

Brasseur 

Ao tentar ler o Códice Troano, o abade Brasseur de Bourbourg acreditou ter encontrado uma descrição de uma catástrofe vulcânica, nos seguintes termos:
O senhor é o da terra erguida, o senhor do cabaeiro, a terra dos animais de pelo fulvo (no lugar submerso pelas águas); é ele, o senhor da terra erguida, da terra que cresceu desmesuradamente, ele o senhor (...) da bacia da água
Além disso, emum de seus livros, fez notar semelhanças entre a Atlântida de Platão e a Xibalba mencionado no Popol Vuh, um mito dos Quichés que ele também traduzira e publicara.

Le Plongeon 




War chacm
Chac Mool, no alto do templo dos guerreiros
Uxmalvista
Uxmal, a suposta capital de Aac
Ossoscruzados
Ossos cruzados no Templo do Cemitério, em Uxmal
Augustus Le Plongeon, viajante e escritor do século XIX interessado nas ruínas maias do Yucatán, anunciou ter conseguido traduzir com clareza o famoso Códice Troano. O manuscrito, que ele acreditava ter 3.500 anos, contaria a história de um continente que afundara com seus 64 milhões de habitantes, que teria sido conhecido dos maias. Sua tradução era a seguinte:
No ano 6 de Kan, no 11º Muluc no mês Zac verificaram-se terríveis terremotos que continuaram sem interrupção até o 13º Chuen. O país dos montes de lama, a terra de Mu, foi sacrificada: foi duas vezes erguida e desapareceu repentinamente durante a noite, enquanto a bacia era constantemente abalada por erupções vulcânicas. A sua localização fez com que a terra se afundasse e se erguesse várias vezes em diversos lugares. Finalmente, a superfície cedeu e dez países foram dividios e espalhados. Não conseguiram resistir à força do abalo e afundaram-se juntamente com os 64 milhões de habitantes, 8.060 anos antes de este livro ser escrito.
Ele teria encontrado confirmação do relato e mais detalhes em outros manuscritos maias e em suas escavações em Chichen Itzá. Em Uxmal, interpretou uma inscrição como "esta construção foi erguida em memória de Mu, a terra do Ocidente de onde vieram os mistérios sagrados". Acreditou também ter encontrado símbolos maçônicos (como, por exemplo, ossos cruzados) na "Pirâmide do Adivinho".
Ao interpretar uma cena de batalha no interior do chamado Templo dos Jaguares, em Chichen Itzá, julgou ter encontrado a história de uma batalha entre dois príncipes de Chichen Itzá, Chaacmol ("Poderoso Guerreiro") e Aac ("Tartaruga"), na qual o primeiro foi derrotado. Também encontrou, em outra construção, uma estátua reclinada com uma bandeja sobre o peito, na qual viu restos orgânicos que acreditou tratarem-se do coração carbonizado do príncipe vencido. Deu à estátua o nome de Chaacmol, acreditando tratar-se de sua representação.

Stephen Salisbury, que editou o relatório de campo de Le Plongeon em um artigo chamado Dr. Le Plongeon in Yucatan, "corrigiu" a grafia de "Chaacmol" para "Chac Mool" ("Pata do Trovão"),acreditando tratar-se do termo maia para "puma", nome mais tarde aplicado a todas as estátuas do mesmo tipo que vieram a ser encntradas em outras partes do México e Guatemala. Le Plongeon acabou por aceitar a tradução de Salisbury, mas passou a usar "Coh", outra palavra com o mesmo significado, para se referir ao suposto príncipe.

Segundo sua reconstituição em Queen Móo and the Egyptian Sphinx (1896), a história teria se passado onze mil anos antes de seu tempo (9100 a.C.). Teria sido costume entre as famílias reais maias o irmão mais novo casar-se com a irmã mais velha para preservar o sangue real (não disse de onde tirou a informação, sobre a qual não há evidência arqueológica ou etnográfica). Teria havido em Uxmal um soberano chamado Canchi e uma rainha Zoc, cujos filhos eram Cay, o mais velho (depois sumo-sacerdote); Aac, o do meio; e Coh, o mais novo. As filhas eram Móo e Nicte. Após a morte do rei, o reino foi divido entre Coh e Móo que ficaram com Chichen Itzá, e Aac, que herdou Uxmal, mas este cobiçava Móo, tinha inveja de Coh e queria unificar o reino sob seu governo. Assassinou Coh e assim iniciou uma guerra civil, que ofereceu deter se Móo o aceitasse em casamento. A tentativa de Aac de cortejar Móo teria sido a origem da lenda da serpente no Jardim do Éden, mas ela o rejeitou e acabou por vencê-lo. Aac, porém, fugiu da prisão e matou Cay.

A estátua de Aac estaria no "palácio do governador" em Uxmal e o retrato de Móo na "Casa das Tartarugas", na mesma cidade, que Le Plongeon acreditava ter sido a residência particular de Aac. Le Plongeon também convenceu-se de que a hoje chamada "Plataforma das Águias e Jaguares" em Chichen Itzá, na qual descobriu o Chacmool, era o mausoléu de Coh e que a "Plataforma de Vênus" era o de Cay, ambos construídos por Móo. Depois de construir os dois monumentos, Móo amaldiçoou a terra de Mayax ou Mayach (nome do país dos maias segundo Le Plongeon, que significaria "a primeira terra que saiu das profundezas") e fugiu para as Antilhas, que ele chamou de Zinaan. Não se sentindo segura ali, ela resolveu viajar mais para oeste, para uma das ilhas que haviam restado da desaparecida Atlântida ou Ti Mu ("Terra de Mu"). Não as encontrou, continuou a viagem para leste e acabou por chegar a uma colônia maia no Egito, onde foi reconhecida como um "irmãzinha" (I'in em maia, que teria dado origem a "Ísis"), tornou-se rainha e fez construir a Esfinge em homenagem a Coh, que seria o verdadeiro Osíris. Alice, esposa de Le Plongeon, seria sua reencarnação. Nicte, a irmã de Móo que a acompanhou, seria a deusa Neith.

Os sacerdotes maias, segundo Le Plongeon, se chamavam "Naacals" (que significaria "exaltados") e teriam levado sua sabedoria, como missionários de sua religião e civilização, à Birmânia e ao Decã (sul da Índia), onde foram conhecidos como "nagas". Os maias teriam criado a maçonaria e o suposto título de seus reis, "Can" ("serpente"), teria dado origem a título de "Khan" usado pelos mongóis e ao uraeus dos faraós egípcios. Seriam os danavas mencionados no Ramayana, que eram liderados por um príncipe chamado Maya e teriam governado a Índia antes dos "arianos". Teriam colonizado as ilhas do Pacífico, a Mesopotâmia, o vale do Nilo e a Síria e difundido a banana, símbolo de seu país. O alfabeto grego seria, na verdade, um um poema maia sobre o desaparecimento de Mu e as últimas palavras de Cristo teriam sido pronunciadas em maia.

Outros partidários da Atlântida usaram a suposta tradução como mais uma prova de suas teses, inclusive Paul Schliemann (veja Atlântida no século XX) e o teósofo W. Scott-Elliot (veja Atlântida teosófica de 75.025 a.C. a 9.564 a.C.). Le Plongeon, por sua vez, acreditou nas Estâncias de Dzyan de Helena Blavatsky, às quais se referiu como um autêntico documento sânscrito.

Churchward

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Migrações de Mu para o Leste



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Migrações de Mu para o oeste
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Suposta tabuinha Naacal escrita por Moisés. Tradução, por Churchward: "Eu sou o filho de Hatshepsut, supervisor dos mineiros no Sinai, chefe do templo de Mana Jahua no Sinai. Vós de Hatshepsut fostes benévolos comigo, me tirastes da água do Nilo e me pusestes sobre o templo que fica no Sinai. Vejam!"
Naacal
Alfabeto naacal, comparado com a escrita maia e egípcia, segundo Churchward
Em 1926 o coronel inglês James Churchward (1851-1936) publicou um livro chamado O Continente Perdido de Mu, seguidos por outros, nos quais afirmou que Mu era um continente que havia existido no Pacífico, ao mesmo tempo que Atlântida no Atlântico - mas esta havia sido uma mera colônia de Mu. Além disso, os naacals não tinham partido da América Central para a Ásia e sim de Mu para essas duas colônias.

Ao longo do livro, Churchward faz várias afirmações completamente falsas, inclusive a de que Platão havia se referido a Mu e suas interpretações dos hieróglifos egípcios são comprovadamente falsas.
Churchward disse basear-se em Le Plongeon, Paul Schliemann e tabuinhas às quais mais ninguém teve acesso, supostamente escritas na linguagem naacal, supostamente conhecida por apenas três pessoas em toda a Índia e que lhe tinha sido ensinada por um sacerdote hindu durante a fome de 1866 (ou seja, quando Churchward tinha 15 anos). Em um livro, disse tê-las visto na Índia, em outro, no Tibete.

Churchward também referiu-se a cerca de 2.600 tabuinhas de pedra (andesita) encontradas em "Santiago Ahuizoctla" (na verdade, San Miguel Amantla, em Azcapotzalco, ao norte da Cidade do México), pelo mineralogista Willian Niven (1850-1937) em 1921. Nos decalques dessas tabuinhas, James Churchward teria encontrado os mesmos caracteres naacal. Estas tabuinhas realmente existiram e Niven, que tinha uma boa reputação como mineralogista (descobriu quatro novos minerais, itrialita, torogumita, aguilarita e nivenita) e encontrara ruínas autênticas no estado mexicano de Guerrero, passou o resto da vida tentando vendê-las e descobrir sua origem e significado, mas foram perdidas depois de embarcadas do México para os EUA. As tabuinhas continuam controvertidas até hoje e muitos acreditam que Niven foi iludido por uma fraude.

Segundo Churchward, o estado de barbárie jamais existira, pois o ser humano foi especificamente criado em Mu, num estado de total civilização, há cerca de 200 mil anos. Mu se estendia do Havaí às Ilhas Fiji e da Ilha da Páscoa às Ilhas Marianas, com uma extensão de 9.600 quilômetros de leste a oeste e 4.800 quilômetros de norte a sul.

O continente estava coberto por uma vegetação luxuriante e era baixo e plano, porque as montanhas só surgiriam no mundo depois da catástrofe. Nos seus dias de glória, albergara 64 milhões de pessoas divididas em dez povos, governadas por um sacerdote-imperador chamado Rah, que também era o nome dado ao Sol e a Deus.

Os muvianos que aí viviam tinham vários tons de pele, mas eram dominados pelos brancos. Praticavam uma religião pura, "ariana" e monoteísta, que Jesus, mais tarde, tentou reviver. Mu iniciou uma obra de colonização sob a orientação de seus sacerdotes, os nagas ou naacais.
Como os teósofos e outros criadores de continentes perdidos dos séculos XIX e XX, Churchward estava particularmente interessado na origem das "raças" humanas e fez minuciosas descrições de suas migrações.

Uma delas, a cara-maia, teria ocupado tanto as costas do Brasil quanto as da Grécia, norte do Egito e Ásia Menor e a Atlântida, criando um vínculo entre maias, tupis, incas, gregos, egípcios do Delta e os cários propriamente ditos, além dos atlantes. Navegaram através do mar interior que então ocupava a Bacia Amazônica. Tiahuanaco teria sido construída há 16.000 anos como um porto no canal que ligava esse mar ao Pacífico. Na margem sul desse mar estava Manoa, o Eldorado. Na realidade, Tiahuanaco surgiu como comunidade rural andina em 200 a.C., tornou-se uma cidade importante entre 600 d.C. e 800 d.C. e foi abandonada por volta de 1000 d.C.

Os uighures eram os arianos brancos e teriam edificado um grande Império Uighur há 20 mil anos. Estendia-se da China à Europa pela Ásia Central, com um centro em Kara Khota, perto do "Mar de Gobi", similar ao da Shambhala teosófica. Vale notar que os verdadeiros uigures são povos mongólicos de língua túrquica, que vivem no atual Xinjiang chinês. Na realidade, Kara Khota ou Kara Khoto é uma cidade da atual Mongólia Interior (região autônoma da China), que foi fundada em 1032 pelo povo Tangut, de língua tibeto-birmanesa (aparentada ao naga e ao birmanês), fez parte do Império Mongol e foi destruída pelos chineses da dinastia Ming em 1372.
Os mongóis teriam colonizado originalmente apenas o norte da Eurásia. Os drávidas teriam ocupado o Sul da Índia, a Etiópia e o sul do Egito. Os "negróides" ocuparam a África, passando pelo mar interior da Amazônia. Os nagas ou naga-maias ocuparam o Sudeste Asiático, o norte da Índia e a Mesopotâmia, criando um "Império Naga".

Churchward refere-se também a um "Antigo Ceilão", que teria existido a noroeste da ilha que hoje tem esse nome, sob as atuais Maldivas e Laquedivas e seria o verdadeiro Lanka do Ramayana, onde Rama foi resgatar sua amada Sita das garras do terrível rakshasa Ravana e levá-la de volta para sua capital em Ayodhya (e depois abandoná-la na floresta com seus filhos porque o povo a considerava impura depois de ter coabitado com um demônio). Também menciona uma ponte de terra que teria ligado a América do Norte à Europa, incluindo a atual Groenlândia.

Há 13 mil anos, as "extensões gasosas", grandes cavidades subjacentes à terra, desmoronaram, ocasionando, da noite para o dia, o afundamento de Mu e da Atlântida e a formação de montanhas noutros continentes. Os muvianos que conseguiram sobrevier aglomeraram-se nas pequenas ilhas da Polinésia, praticaram o canibalismo por falta de alimentos e, como a maioria das colônias, caíram na barbárie.
Assim como Le Plongeon, Churchward refere-se também às Estâncias de Dzyan, de Helena Blavatsky, mas as considera uma obra disparatada, "os escritos de um cérebro desordenado, perdido num nevoeiro".

O Código Troano




Madrid-codex
Três folhas do "Código Madrid", antigo "Código Troano"
O chamado Código Troano é a primeira parte de um código dividido em duas partes, Código Troano e Código Cortesiano, que em 1888 foram novamente reunidas e passaram a ser conhecidas como Código Madrid, ou Código Tro-Cortesiano, em um total de 56 folhas, pintadas dos dois lados. Foi parte do saque dos espanhóis a Tayasal, a última cidade maia a ser conquistada, em 1697 e foi provavelmente composto depois de 1624, como mostram frases em latim encontradas em um pedaço de papel incrustado pelos maias no papel de casca de árvore por eles usado (a primeira tentativa de invasão espanhola aconteceu nesse ano).

A escrita maia só começou a ser realmente decifrada em 1952, quando o lingüista e etnógrafo russo Yuri Knozorov mostrou que se tratava de uma escrita silábica, e não alfabética, como antes se pensara. Em 1975, ele conseguiu de fato traduzir alguns textos maias. Nos anos 80, vários símbolos até então desconhecidos foram identificados como parte do silabário e a decifração avançou rapidamente.
Sabe-se hoje que o Código Troano, ou Código Madrid, contém descrições dos rituais e divindades associados com cda dia do calendário sagrado de 260 dias. Várias páginas são devotadas aos pontos cardeais e seus deuses e a ritos associados com o Ano Novo, celebrado no início de cada ano solar de 365 dias.

O Templo dos Jaguares 




TemploJaguares
Um dos painéis do Templo dos Jaguares que deu origem à história da "Rainha Móo": reconstrução em aquarela de Adela Breton
As cenas referidas por Le Plongeon foram datadas por arqueólogos modernos de entre 1050-1150 d.C. e 1200 d.C., perto do final da história de Chichen Itzá (iniciada por volta de 600 d.C. e cujo verdadeiro nome maia na época, segundo os livros de Chilam Balam, era Uc Abnal) e provavelmente representam vários diferentes ataques e saques de seus guerreiros a outras cidades do Yucatán ou mesmo de Oaxaca, em um período em que lutava por estabelecer e manter sua hegemonia na região.
A figura que Le Plongeon interpretou como "arara" (Móo) era, na realidade, a representação de uma águia. Quanto ao Chac Mool, muitas figuras semelhantes vieram a ser encontradas mais tarde, tanto em cidades maias com influência cultural tolteca, como Chichen Itzá, como nos centros toltecas em Tollán, Vale do México, Cempoala e Tlaxcala. Não se conhece seu exato significado, mas era colocada na antecâmara dos templos, provavelmente para receber oferendas e foi concebida no México central antes de ser trazida para a região maia.

Mu na ficção




CapaCthulhu
Capa para The Art of H.P. Lovecraft's Cthulhu Mythos, de Michael Komarck (2006)






Muror
Mapa de Muror, segundo Earll
H. P. Lovecraft (1890–1937) citou Mu em um conto que escreveu como ghostwriter de Hazel Heald, intitulado Out of the Eons, como um continente dominado pelo culto de um deus-alienígena chamado Ghatanothoa. T'yog, sumo-sacerdote do rival Shub-Niggurath, se insurge contra sua tirania e é derrotado em 173.148 a.C.

Lin Carter (1930-1988) retomou o tema em seqüências do "mythos" de Cthulhu, fazendo de Mu o continente onde o deus-alienígena Cthulhu e seus filhos teriam construído sua capital, R'lyeh (47°9′S, 126°43′W, no Pacífico Sul), ao chegar à Terra há 350 milhões de anos. Depois da derrota de T'yog, os sacerdotes de Gatanothoa proibiram todas as outras religiões. Zanthu, sumo-sacerdote de Ythogtha (segundo filho de Cthulhu), tentou derrubar o culto de Ghatanothoa libertando Ythogtha do abismo de Yhe, onde os Elder Gods o haviam aprisionado. A blasfêmia foi punida pelos Elder Gods com o afundamento do continente. Zanthu e seus seguidores fugiram para o platô de Tsang, na Mongólia Interior, onde vieram a morrer. Antes de sua morte, Zanthu escreveu sua história em uma série de dez ou doze tabuletas de jade, incluídas nos rituais e mistérios de Ythogtha.






MuBoat
Navio de Mu, segundo Earll
MuKite
Pipa de Mu carregando um homem, segundo Earll
Nos contos de Robert E. Howard sobre o herói Kull, o atlante (precursor de Conan), Mu era um grande continente com muitas grandes cidades. Quando afundou, o topo de suas montanhas tornaram-se as ilhas de Lemúria, que coexistiam com a Atlântida de Kull.

Em 1932, Owen Rutter escreveu O Monstro de Mu, no qual um grupo de caçadores de tesouros parte em busca de uma ilha perto da Ilha da Páscoa, no Pacífico, onde os sacerdotes brancos de Mu reinam no que resta do seu continente perdido. O trabalho é feito por pequenos homens de pele castanha. Todos são imortais, mas como as mulheres são proibidas na ilha, os sacerdotes decidem que a heroína deve ser acorrentada às rochas para ser sacrificada ao monstro, um réptil que se assemelha a um plesiossauro cego. Ao final da ação, a ilha afunda-se no mar e só escapam a heroína e seu par romântico.

Em 1970, o tema de Mu foi retomado por um livro chamado Mu Revealed (Mu Descoberto), de um certo "Tony Earll", alegadamente baseado na tradução do diário de um rapaz chamado Kland, que se mudou de Mu para o México em 21.050 a.C. Os pergaminhos teriam sido soterrados sob as ruínas de um templo por um terremoto e encontrados por um arqueólogo chamado Reedson Hurdlop em 1959. Esse diário, acompanhado de ilustrações, revelava detalhes da vida quotidiana em Mu, ou Muror, como é denominado o continente nesse texto, inclusive o uso de pipas capazes de içar um homem ao céu.

Apesar de muitos crédulos terem levado a obra a sério, ela não passa de uma obra de ficção. "Tony Earll" é um anagrama de Not Really ("Não é Real") e "Reedson Hurdlop", de Rudolph Rednose ("Rodolfo do Nariz Vermelho", a rena-líder do carro de Papai Noel nos contos estadunidenses). Em 1976, revelou-se que o verdadeiro nome do autor é Raymond Buckland (1943-), autor de vários livros sobre wicca e neopaganismo que hoje lista o livro em seu site, junto com outros que publicou sob seu verdadeiro nome.

Na série de quadrinhos Brucutu (no original, Alley Oop), de V. T. Hamlin, publicada a partir de 1932, "Mu" (no original, Moo) é a nação pré-histórica de seu herói e "Lem" (Lemúria) é sua rival.
Nos álbuns de quadrinhos de Henri Vernes Les tours de cristal (1961), o herói Bob Morane viaja no tempo para uma Mu tecnologicamente sofisticada. Em Les géants de Mu (1975), ele retorna a esse cenário. Também é mencionada na série Corto Maltese, de Hugo Pratt e é o tema central do álbum Mu (1988-1989).

O romance de Andre Norton Operation Time Search (1967), Mu e Atlântida são nações rivais. Coin of the Realm série de Warren Murphy e Richard Sapir sobre o herói Remo Williams, trata de Mu. Still Life With Woodpecker (1980), de Tom Robbins, refere-se também a Mu.



Fontes:
Publicado em 24/01/2014-Licença padrão do YouTube
http://pt.fantasia.wikia.com/wiki/Mu
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 http://pt.fantasia.wikia.com/wiki/Lem%C3%BAria_teos%C3%B3fica
Sejam felizes todos os seres. Vivam em paz todos os seres. 
Sejam abençoados todos os seres.

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