E A DIVINA PROPORÇÃO.
e adotaram-no como insígnia”.
À crença de que o número é a base de todas as coisas, os pitagóricos acrescentaram outra – a de que tudo tem sua própria proporção adequada, o que resulta em harmonia. Diziam que, na verdade, não só o número está subjacente à realidade, mas também uma teia invisível de razões e proporções.
Os pitagóricos valorizavam a razão e a proporção como marcos do raciocínio; a própria palavra racional significava a capacidade de compreender razões. Pregando e praticando a moderação em todas as coisas, eles viam o meio-termo como o caminho para a sabedoria.
Aconselhavam o meio-termo no casamento (nem acima, nem abaixo de si mesmo), na comida, na bebida e nos exercícios. Em questões de dinheiro, ‘nunca seja pródigo’, aconselhava o sábio ‘nem se mostre sovina’, mas ache o meio-termo.
Na geometria, o meio-termo era a secção dourada, estimada como a proporção ideal. Uma secção dourada é uma linha dividida em partes desiguais, de tal modo que a parte menor esteja para a maior como esta para o todo; diz-se então que as duas partes estão na razão dourada. Esta divisão, particularmente agradável ao olhar ocorre na Natureza.
‘A secção dourada figura em algumas operações geométricas intrigantes’.
“Os pitagóricos chamaram o pentagrama de Saúde,
e adotaram-no com insígnia”…
Uma estrela de cinco pontas, ou pentagrama, é formada pelo truque simples de estender os lados de um pentágono regular até as linhas se encontrarem. Ligar os vértices do mesmo pentágono cria outro pentagrama. Mais até do que a facilidade de criação, o que parece mágico em relação a essa figura é que cada lado do pentagrama passa através de dois outros pontos que fazem deles secções douradas.Além disso, a base de cada ponta triangular do pentagrama está em uma proporção de razão dourada com cada um de seus lados…
‘Harmonia, Proporção e Seção Dourada
“O número é a base de todas as coisas e está subjacente à realidade, numa teia invisível de razões e proporções”. Por isso, os pitagóricos percebiam expressões da divina harmonia por toda parte, não só na expansão gnomônica dos números, como na natureza, no crescimento harmônico da sucessão de compartimentos curvos na concha do náutilo, que, embora difiram no tamanho, todos os setores têm as mesmas proporções, criando assim a bela espiral dourada, numa divina proporção…
Para Pitágoras, os números eram entidades independentes e sagradas, com características a ser apreendidas pela meditação. O Um, a unidade, era a fonte primária da existência e os nove números que lhe seguiam formavam a década sagrada, e eram deuses…
O Um era identificado com Zeus, pai dos deuses e criador do cosmo… E o Três, sendo a soma de números sucessivos (1+2=3), formava um triângulo [pirâmide]; tinha começo, meio e fim, e representava a psique humana como a psique cósmica…
(Extraído da obra:
‘Mistérios do Desconhecido’ – ‘Tempo e Espaço’
, p. 43/49. Abril Livros. 1993).
Sejam felizes todos os seres. Vivam em paz todos os seres.
Um comentário:
Muito interessante vou comprar esse livro
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