sábado, 15 de janeiro de 2011

SIMETRIA - SUPERSIMETRIA - Física das partículas



A simetria é uma característica que pode ser observada em algumas formas geométricas, equações matemáticas ou outros objetos. O seu conceito está relacionado com o de isometria (e às operações geométricas associadas: reflexão, reflexão deslizante, rotação e translação).

Neste artigo serão consideradas apenas a reflexão e a reflexão deslizante, que, na maioria dos textos, são as operações da isometria que estão diretamente relacionadas com a simetria.
Através da reflexão, uma imagem é invertida em relação a um eixo, formando-se uma imagem espelhada da original.

De forma mais lata, existe simetria se uma mudança num dado sistema mantém as características essenciais do sistema inalteradas; e.g., num determinado arranjo de cargas eléctricas, se trocarmos o sinal de cada uma das cargas eléctricas aí presentes, o comportamento eléctrico do sistema permanecerá inalterado.
A simetria ocorre ou é aplicada em várias das vertentes da acção humana: na geometria, matemática, física, biologia, arte e até na literatura (nos palíndromos), etc.

Ainda que dois objectos semelhantes pareçam o mesmo, eles são, logicamente, diferentes. De facto, a simetria refere-se mais a semelhanças que a igualdades (até porque muitas imagens simétricas não são sobreponíveis ponto por ponto, à luz da geometria euclidiana). A dificuldade que a nossa capacidade perceptiva tem em diferenciar imagens que à partida parecem ser iguais (o que se percebe nas crianças que têm dificuldade em desenhar figuras geométricas a partir de um eixo) será, provavelmente, responsável pela ligeireza e ameno estado de consciência alterada provocado pela observação de padrões geométricos intrincados baseados na simetria.

Supersimetria

Em física de partículas, supersimetria (comumente abreviada como SUSY) é uma simetria que relaciona uma partícula fundamental com um certo valor de spin com outras partículas com spins diferentes por meia unidade. Em uma teoria com essa simetria, para cada bóson existe um férmion
correspondente com a mesma massa e mesmos números quânticos internos, e vice-versa.

Até agora, só existem evidências indiretas para a existência de supersimetria.[1] Uma vez que os parceiros supersimétricos das partículas do Modelo Padrão ainda não foram observados. A supersimetria, se ela existir, deve ser uma simetria quebrada, o que permite que as parceiras supersimétricas sejam mais pesadas que suas correspondentes no Modelo Padrão.

Se a supersimetria existir próxima a escala de TeV, ela permite a solução do problema de hierarquia do Modelo Padrão, isto é, o fato de que a massa do bóson de Higgs está sujeita a correções quânticas que fariam ela tão grande a ponto de indeterminar a consistência interna da teoria. Nas teorias supersimétricas, por outro lado, as contribuições para as correções quânticas vindo das partículas do Modelo Padrão são naturalmente canceladas pelas contribuições dos seus parceiros supersimétricos correspondentes. 

Outras características relevantes da supersimetria na escala de TeV é o fato de que ela permite uma unificação em altas energias das interações fracas, interações fortes e eletromagnetismo, e o fato de que ela fornece um candidato para matéria escura e um mecanismo natural para a quebra da simetria eletrofraca.
Outra vantagem da supersimetria é que a teoria quântica de campos supersimétrica pode ser resolvida algumas vezes. A supersimetria também faz parte de várias das versões da teoria de cordas, embora ela possa existir mesmo se a teoria de cordas não estiver correta.

O Modelo Padrão minimamente supersimétrico é um dos candidatos mais estudados para física além do Modelo Padrão.

História

Um modelo de supersimetria relacionando mésons e bárions foi proposto incialmente, no contexto de física hadrônica, por H. Miyazawa em 1966, mas seu trabalho foi ignorado nesta época.[2][3][4][5]
No início dos anos 70, J. L. Gervais e B. Sakita (1971), Yu. A. Golfand e E.P. Likhtman (também em 1971), D.V. Volkov e V.P. Akulov (1972) e J. Wess e B. Zumino (1974) redescobriram independentemente a supersimetria, um novo tipo de simetria do espaço-tempo e dos campos fundamentais, que estabelece a relação entre partículas elementares de natureza quântica diferentes, bósons e férmions, e unifica o espaço-tempo e as simetrias internas do mundo microscópico. 

Os primeiros modelos supersimétricos surgiram no contexto de uma versão preliminar da teoria de cordas por Pierre Ramond, John H. Schwarz e Andre Neveu, mas a estrutura matemática da supersimetria tem sido aplicada com sucesso em outras áreas da física.

A primeira versão supersimétrica do Modelo Padrão foi proposta em 1981 por Howard Georgi e Savas Dimopoulos e é chamada o Modelo Padrão minimamente supersimétrico (MSSM, sigla em inglês). Ele foi proposto para resolver o problema de hierarquia e previa massas para os parceiros supersimétricos entre 100 GeV e 1 TeV.

Até o presente momento, não existe nenhuma evidência experimental irrefutável de que a supersimetria é uma simetria da natureza. Porém, no ano de 2009, o grande colisor de hádrons no CERN está programado para colidir partículas com energia superior a qualquer outro acelerador atualmente em atividade e oferece a melhor chance de descoberta de partículas supersimétricas.



 Amor
Fonte
wikipédia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Supersimetria
Sejam felizes todos os seres. 
Vivam em paz todos os seres. 
Sejam abençoados todos os seres.

Nenhum comentário: