Ligeti: "Lux aeterna"
Gyorgy Ligeti: "Lux aeterna" (1966) for sixteen solo voices
Luz
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A luz é uma onda eletromagnética, cujo comprimento de onda se inclui num determinado intervalo dentro do qual o olho humano é a ela sensível.1
Trata-se, de outro modo, de uma radiação electromagnética que se situa entre a radiação infravermelha e a radiação ultravioleta. As três grandezas físicas básicas da luz são herdadas das grandezas de toda e qualquer onda eletromagnética: intensidade (ou amplitude), frequência e polarização (ângulo de vibração). No caso específico da luz, a intensidade se identifica com o brilho e a frequência com a cor. Deve ser ressaltada também a dualidade onda-partícula, característica da luz como fenômeno físico, em que esta tem propriedades de onda e partículas, sendo válidas ambas as teorias sobre a natureza da luz.
Um raio de luz é a trajetória da luz em determinado espaço, e sua representação indica de onde a luz é criada (fonte) e para onde ela se dirige. O conceito de raio de luz foi introduzido por Alhazen. Propagando-se em meio homogéneo, a luz percorre trajetórias retilíneas; somente em meios não-homogêneos a luz pode descrever trajetórias curvas.
Teorias sobre a luz
Primeiras ideias dos gregos
No século I a.C. Lucrécio, dando continuidade às ideias dos primeiros atomistas, escreveu que a luz solar e o seu calor eram compostos de pequenas partículas.
Teoria corpuscular da luz
A ideia de que a luz seria um corpúsculo vem desde a Antiguidade, com o atomismo de Epicuro e Lucrécio. Tal teoria não é a mesma que a atual, aceita como alternativa à teoria ondulatória.
Contudo, somente no século XVII, a teoria corpuscular para a luz consolidou-se como um conjunto de conhecimento capaz de explicar os mais variados fenómenos ópticos. O seu principal expoente nesse período foi o filósofo natural inglês Isaac Newton(1643-1727).2 3
Nos seus trabalhos publicados - o artigo "Nova teoria sobre luz e cores" (1672) (disponível em português em Silva & Martins 1996) e o livro Óptica
(Newton 1996) - e também nos trabalhos não publicados - os artigos
"Hipótese da luz" e "Discurso sobre as observações" (disponíveis em
Cohen & Westfall 2002) - Newton discutiu implicitamente a natureza física da luz, fornecendo alguns argumentos a favor da materialidade da luz.
Fato especificamente notório é que, apesar de ser conhecido como o
grande defensor da teoria corpuscular, Newton nunca discutiu em detalhes
o assunto, sendo sempre cauteloso ao abordá-lo Georg Cantor4
. A razão desse comportamento seria as críticas recebidas sobre o
artigo "Nova teoria sobre a luz e cores" de 1672, advindas
principalmente de Robert Hooke, Christiaan Huygens.
A teoria corpuscular foi amplamente desenvolvida no século XVIII, pelos seguidores de Newton.
No início do século XIX, com o aperfeiçoamento da teoria ondulatória de Thomas Young e Augustin Fresnel, a teoria corpuscular foi, aos poucos, sendo rejeitada.
É importante compreender que a teoria corpuscular desenvolvida entre os séculos XVII e XIX não é a mesma da atual, inserida na concepção da dualidade onda-partícula da luz.
Teoria ondulatória da luz
No século XVII, Huygens, entre outros, propôs a ideia de que a luz fosse um fenómeno ondulatório. Francesco Maria Grimaldi observou os efeitos de difracção, actualmente conhecidos como associados à natureza ondulatória da luz, em 1665, mas o significado das suas observações não foi entendido naquela época.
As experiências de Thomas Young e Augustin Fresnel sobre interferência e difracção no primeiro quarto do século XIX,
demonstraram a existência de fenómenos ópticos, para os quais a teoria
corpuscular da luz seria inadequada, sendo possíveis se à luz
correspondesse um movimento ondulatório. As experiências de Young
capacitaram-no a medir o comprimento de onda da luz e Fresnel provou que
a propagação rectilínea, tal como os efeitos observados por Grimaldi e
outros, podiam ser explicados com base no comportamento de ondas de
pequeno comprimento de onda.
O físico francês Jean Bernard Léon Foucault, no século XIX, descobriu que a luz se deslocava
mais rápido no ar do que na água. O efeito contrariava a teoria
corpuscular de Newton, esta afirmava que a luz deveria ter uma
velocidade maior na água do que no ar.
James Clerk Maxwell, ainda no século XIX, provou que a velocidade de propagação de uma onda eletromagnética no espaço equivalia à velocidade de propagação da luz de aproximadamente 300.000 km/s.
Ver artigo principal: Velocidade da luz
Foi de Maxwell a afirmação:
- A luz é uma "modalidade de energia radiante" que se "propaga" através de ondas eletromagnéticas.
Teoria da dualidade onda-partícula
No final do século XIX, a teoria que afirmava que a natureza da luz era puramente uma onda eletromagnética, (ou seja, a luz tinha um comportamento apenas ondulatório), começou a ser questionada.
Ao se tentar teorizar a emissão fotoelétrica, ou a emissão de elétrons quando um condutor
tem sobre si a incidência de luz, a teoria ondulatória simplesmente não
conseguia explicar o fenômeno, pois entrava em franca contradição.
Foi Albert Einstein, usando a ideia de Max Planck, que conseguiu demonstrar que um feixe de luz são pequenos pacotes de energia e estes são os fótons, logo, assim foi explicado o fenômeno da emissão fotoelétrica.
A confirmação da descoberta de Einstein se deu no ano de 1911, quando Arthur Compton demonstrou que "quando um fóton colide com um elétron, ambos comportam-se como corpos materiais."
Assim, hoje, a luz pode ser considerada como onda ou como partícula, sendo ambos os modelos considerados válidos.5
Comprimentos de onda da luz visível
As fontes de luz visível dependem essencialmente do movimento de elétrons. Os elétrons nos átomos podem ser elevados de seus estados de energia
mais baixa até os de energia mais alta por diversos métodos, tais como
aquecendo a substância ou fazendo passar uma corrente elétrica através
dela. Quando os elétrons eventualmente retornam a seus níveis mais
baixos, os átomos emitem radiação que pode estar na região visível do espectro.
A fonte mais familiar de luz visível é o Sol.
Sua superfície emite radiação através de todo o espectro
eletromagnético, mas sua radiação mais intensa está na região que
definimos como visível, e a intensidade radiante do sol tem valor de
pico num comprimento de onda de cerca de 550 nm, isso sugere que nossos
olhos se adaptaram ao espectro do Sol.
Todos os objetos emitem radiação magnética, denominada radiação térmica, devido à sua temperatura. Objetos tais como o Sol, cuja radiação térmica é visível, são denominados incandescentes. A incandescência geralmente está associada a objetos quentes; tipicamente, são necessárias temperaturas que excedam a 1.000 °C.
Também é possível que a luz seja emitida de objetos frios; esse fenômeno é chamado luminescência. Os exemplos incluem as lâmpadas fluorescentes, relâmpagos, mostradores luminosos, e receptores de televisão. A luminescência pode ter várias causas. Quando a energia que excita os átomos se origina de uma reação química, é denominada quimiluminescência. Quando ocorre em seres vivos, tais como vagalumes e organismos marinhos, é chamado de bioluminescência. A luz também pode ser emitida quando certos cristais (por exemplo o açúcar) são comprimidos, chama-se triboluminescência.
A velocidade da luz
De acordo com a teoria da relatividade restrita, toda radiação eletromagnética, incluindo a luz visível, se propaga no vácuo a uma velocidade constante, comumente chamada de velocidade da luz, que é uma constante da Física, representada por c e é igual a 299.792.458 m/s, equivalente a 1.079.252.849 Km/h.
Enviado em 17/03/2009-Licença padrão do YouTube
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