Café Filosófico
O amor é uma coisa que se aprende -
Contardo Calligaris - 44:49 - 2 anos atrás
"Oscar Wilde notou: as pessoas passaram a olhar languidamente para o pôr-do-sol só depois que esse fenômeno natural se tornara objeto das aquarelas de Turner. Era um jeito de dizer que a realidade não nos sugere o que pintar, ao contrário: é a pintura que nos ensina a olhar. No caso do amor, acontece algo parecido. Sempre houve sentimentos amorosos, mas nossa experiência do amor não tem nada (ou quase) de natural: é uma retórica de sentimentos que aprendemos, assim como uma língua.
A cultura moderna produziu um imenso repertório do amor. Aprendemos a amar nos romances, filmes, novelas, letras das músicas populares. O começo do século é um bom momento para fazer uma espécie de balanço, não do que sabemos (sempre muito pouco), mas da variedade do repertório graças ao qual somos amantes. Neste programa o psicanalista Contardo Calligaris desenvolve a idéia de que “o amor é uma coisa que se aprende”. Calligaris vai buscar nas origens das narrativas amorosas uma verdadeira revolução que gerou o mundo moderno. A partir do século 18, o amor foi o agente ideológico da supremacia do indivíduo contra as regras sociais. Com isso, o sujeito passa a ter que inventar a si mesmo, e nisso as narrativas desempenham papel fundamental.
Nós todos aprendemos a amar no mesmo repertório cultural das histórias que contamos, vemos e ouvimos. " O programa Café Filosófico é uma produção da TV Cultura em parceria com a CPFL Energia. "Oscar Wilde notou: as pessoas passaram a olhar languidamente para o pôr-do-sol só depois que esse fenômeno natural se tornara objeto das aquarelas de Turner. Era um jeito de dizer que a realidade não nos sugere o que pintar, ao contrário: é a pintura que nos ensina a olhar. No caso do amor, acontece algo parecido. Sempre houve sentimentos amorosos, mas nossa experiência do amor não tem nada (ou quase) de natural: é uma retórica de sentimentos que aprendemos, assim como uma língua. A cultura moderna produziu um imenso repertório do amor. Aprendemos a amar nos romances, filmes, novelas, letras das músicas populares. O começo do século é um bom momento para fazer uma espécie de balanço, não do que sabemos (sempre muito pouco), mas da variedade do repertório graças ao qual somos amantes. Neste programa o psicanalista Contardo Calligaris desenvolve a idéia de que “o amor é uma coisa que se aprende”. Calligaris vai buscar nas origens das narrativas amorosas uma verdadeira revoluç...todos » "Oscar Wilde notou: as pessoas passaram a olhar languidamente para o pôr-do-sol só depois que esse fenômeno natural se tornara objeto das aquarelas de Turner. Era um jeito de dizer que a realidade não nos sugere o que pintar, ao contrário: é a pintura que nos ensina a olhar.
No caso do amor, acontece algo parecido. Sempre houve sentimentos amorosos, mas nossa experiência do amor não tem nada (ou quase) de natural: é uma retórica de sentimentos que aprendemos, assim como uma língua. A cultura moderna produziu um imenso repertório do amor. Aprendemos a amar nos romances, filmes, novelas, letras das músicas populares.
O começo do século é um bom momento para fazer uma espécie de balanço, não do que sabemos (sempre muito pouco), mas da variedade do repertório graças ao qual somos amantes. Neste programa o psicanalista Contardo Calligaris desenvolve a idéia de que “o amor é uma coisa que se aprende”. Calligaris vai buscar nas origens das narrativas amorosas uma verdadeira revolução que gerou o mundo moderno. A partir do século 18, o amor foi o agente ideológico da supremacia do indivíduo contra as regras sociais. Com isso, o sujeito passa a ter que inventar a si mesmo, e nisso as narrativas desempenham papel fundamental. Nós todos aprendemos a amar no mesmo repertório cultural das histórias que contamos, vemos e ouvimos. " O programa Café Filosófico é uma produção da TV Cultura em parceria com a CPFL Energia.«
Sejam felizes todos os seres.
Vivam em paz todos os seres.
Sejam abençoados todos os seres.
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