Vídeo-extra: Terry Eagleton (e mais Hitchens e Dawkins)
qua, 03/11/10
por Equipe Milênio |
Como de praxe, todas as quartas-feiras publicamos material que não foi ao ar no programa da segunda-feira.
Desta vez, além dos extras da primeira parte da entrevista do correspondente Silio Boccanera com o crítico literário Terry Eagleton, resolvemos complementar.
Como Eagleton se refere muito (critica e ironiza) a Richard Dawkins e a Christopher Hitchens, logo abaixo dos extras estão o Milênio que gravamos em 26 de novembro de 2007 com Hitchens e um pouco mais abaixo os dois programas gravados com Dawkins, na FLIP do ano passado (clique aqui e leia o texto do Silio sobre os bastidores da entrevista).
Estão todos eles disponíveis para que você possa assitir, comparar e encontrar novas correlações entre os pontos de convergência e divergência entre os três pensadores.
Não se esqueçam que na segunda que vem vai ao ar a segunda parte da entrevista com Terry Eagleton. E siga o Milênio também por aqui: @mileniogews.
O material extra da primeira parte da entrevista com Terry Eagleton:
A entrevista com Christopher Hitchens (Milênio de novembro de 2007), feita pela repórter Elizabeth Carvalho:
As duas partes do programa especial, gravado no ano passado na Flip, com Richard Dawkins:
por Alexandre dos Santos
Desta vez, além dos extras da primeira parte da entrevista do correspondente Silio Boccanera com o crítico literário Terry Eagleton, resolvemos complementar.
Como Eagleton se refere muito (critica e ironiza) a Richard Dawkins e a Christopher Hitchens, logo abaixo dos extras estão o Milênio que gravamos em 26 de novembro de 2007 com Hitchens e um pouco mais abaixo os dois programas gravados com Dawkins, na FLIP do ano passado (clique aqui e leia o texto do Silio sobre os bastidores da entrevista).
Estão todos eles disponíveis para que você possa assitir, comparar e encontrar novas correlações entre os pontos de convergência e divergência entre os três pensadores.
Não se esqueçam que na segunda que vem vai ao ar a segunda parte da entrevista com Terry Eagleton. E siga o Milênio também por aqui: @mileniogews.
O material extra da primeira parte da entrevista com Terry Eagleton:
A entrevista com Christopher Hitchens (Milênio de novembro de 2007), feita pela repórter Elizabeth Carvalho:
As duas partes do programa especial, gravado no ano passado na Flip, com Richard Dawkins:
por Alexandre dos Santos
Uma flor de pessoa
seg, 01/11/10
por Equipe Milênio |
Abaixo você pode assistir à primeira parte do Milênio especial com Terry Eagleton. A segunda parte vai ao ar na próxima segunda-feira 08/11.
Mais abaixo, o texto do correspondente Silio Boccanera
contando os bastidores do encontro com Ealgeton.
Terry Eagleton já foi comparado a um caubói americano que entra no saloon, derruba logo a mesa de pôquer e chama os jogadores para uma briga. Entendi logo porque ele tem esta fama, quando tentou derrubar minha mesa e jogou as cartas para cima de mim, assim que abri nossa entrevista na Flip, em Paraty, citando analogias como esta do caubói. Além de outras críticas feitas a ele. Não gostou.
Embora tentasse humor em alguns comentários, o estilo resmungão dele ficou claro durante uma hora de conversa, em que reclamou até das encantadoras ruas de pedra na Paraty colonial, que ele por sinal mal conheceu, porque se enfurnou numa pousada e quase não saiu. Deve preferir o charme cinzento, frio e molhado de Dublin, na Irlanda, onde mora.
Para um entrevistador, a melhor atitude num confronto assim é não aceitar provocação e seguir em frente, porque a estrela no palco afinal é ele. Tanto o público ali ao vivo quanto quem assiste pela televisão quer saber das idéias do escritor, não de eventuais réplicas do entrevistador.
E idéias Eagleton tem, como poderá perceber quem assistir à entrevista inteira, sobre os assuntos mais variados, sobretudo na área de cultura e religião. Ele saiu pela tangente sobre futebol, quando lhe perguntei sobre um artigo de jornal que escreveu em plena Copa do Mundo, chamando esse esporte de “ópio do povo”, expressão carregada de significado para um marxista confesso.
No artigo, ele propôs a sério nada menos do que acabar com o futebol no mundo, em nome da necessidade de mobilizar as massas para mudanças políticas. Em Paraty, ao vivo num auditório, sentiu que estava num país onde uma proposta dessas seria recebida com vaias e preferiu fazer piada, dizendo que no Brasil ele retirava tudo o que disse. Só que ele pensa aquilo mesmo.
A captura final da taça de ranzinza-mor naquela festa literária se deu algumas horas horas após a entrevista, quando nos reencontramos num almoço da editora Zahar, que o publica no Brasil. Ali, ele conseguiu ofender a anfitriã, a paciente Cristina Zahar, quando ela lhe contou do sucesso da editora com os livros do sociólogo polonês Zygmunt Baumann. “Você errou ao publicar este sujeito”, disse ele à estupefata Cristina, que mal viu a hora de o convidado principal deixar seu almoço. Só restou a ela lamentar a hora em que pagou para trazê-lo ao Brasil e à Flip para a divulgação do livro “Jesus e os Evangelhos”. Sobre o qual, aliás, eu o indaguei durante a entrevista, tentando obter maior esclarecimento para o público sobre sua visão histórica de Jesus como revolucionário, exposta no novo livro que eu recebi a tempo de ler, mas o público ainda não teve oportunidade. Obtive então a singela resposta de que se alguém estivesse interessado, que comprasse o livro ou o consultasse separadamente, por uma quantia modesta.
Uma flor de pessoa, não?
por Silio Boccanera
Mais abaixo, o texto do correspondente Silio Boccanera
contando os bastidores do encontro com Ealgeton.
Terry Eagleton já foi comparado a um caubói americano que entra no saloon, derruba logo a mesa de pôquer e chama os jogadores para uma briga. Entendi logo porque ele tem esta fama, quando tentou derrubar minha mesa e jogou as cartas para cima de mim, assim que abri nossa entrevista na Flip, em Paraty, citando analogias como esta do caubói. Além de outras críticas feitas a ele. Não gostou.
Embora tentasse humor em alguns comentários, o estilo resmungão dele ficou claro durante uma hora de conversa, em que reclamou até das encantadoras ruas de pedra na Paraty colonial, que ele por sinal mal conheceu, porque se enfurnou numa pousada e quase não saiu. Deve preferir o charme cinzento, frio e molhado de Dublin, na Irlanda, onde mora.
Para um entrevistador, a melhor atitude num confronto assim é não aceitar provocação e seguir em frente, porque a estrela no palco afinal é ele. Tanto o público ali ao vivo quanto quem assiste pela televisão quer saber das idéias do escritor, não de eventuais réplicas do entrevistador.
E idéias Eagleton tem, como poderá perceber quem assistir à entrevista inteira, sobre os assuntos mais variados, sobretudo na área de cultura e religião. Ele saiu pela tangente sobre futebol, quando lhe perguntei sobre um artigo de jornal que escreveu em plena Copa do Mundo, chamando esse esporte de “ópio do povo”, expressão carregada de significado para um marxista confesso.
No artigo, ele propôs a sério nada menos do que acabar com o futebol no mundo, em nome da necessidade de mobilizar as massas para mudanças políticas. Em Paraty, ao vivo num auditório, sentiu que estava num país onde uma proposta dessas seria recebida com vaias e preferiu fazer piada, dizendo que no Brasil ele retirava tudo o que disse. Só que ele pensa aquilo mesmo.
A captura final da taça de ranzinza-mor naquela festa literária se deu algumas horas horas após a entrevista, quando nos reencontramos num almoço da editora Zahar, que o publica no Brasil. Ali, ele conseguiu ofender a anfitriã, a paciente Cristina Zahar, quando ela lhe contou do sucesso da editora com os livros do sociólogo polonês Zygmunt Baumann. “Você errou ao publicar este sujeito”, disse ele à estupefata Cristina, que mal viu a hora de o convidado principal deixar seu almoço. Só restou a ela lamentar a hora em que pagou para trazê-lo ao Brasil e à Flip para a divulgação do livro “Jesus e os Evangelhos”. Sobre o qual, aliás, eu o indaguei durante a entrevista, tentando obter maior esclarecimento para o público sobre sua visão histórica de Jesus como revolucionário, exposta no novo livro que eu recebi a tempo de ler, mas o público ainda não teve oportunidade. Obtive então a singela resposta de que se alguém estivesse interessado, que comprasse o livro ou o consultasse separadamente, por uma quantia modesta.
Uma flor de pessoa, não?
por Silio Boccanera
Próximos Milênios: Terry Eagleton
sex, 29/10/10
por Equipe Milênio |
Flip, a Festa Literária de Paraty, a conversa do correspondente Silio Boccanera com o polêmico crítico literário Terry Eagleton já começou incendiária. Ao ler um artigo do Sunday Times que apresenta Eagleton como “marxista, religioso, velho e punk”, o entrevistado rebateu: “Depois dessa apresentação sensacionalista, na qual eu pareço um boxeador peso-pesado, não espere que eu pule em volta do palco como um gorila! Espero que sejamos intelectualmente sérios aqui!”
É por essas e outras que Eagleton mantém a fama de polêmico e combativo, já que transita pelos dois lados do balcão: o da produção e da crítica lietrária. Autor de mais de 40 livros que falam desde Shakespeare até Walter Benjamin – o livro mais conhecido aqui no Brasil é “Teoria da literatura: uma introdução”, em que fala dos românticos do século XIX até os autores pós-modernos – Eagleton lançou recentemente “Reason, faith, and revolution: reflections on the God debate” (Razão, fé e revolução: reflexos no debate sobre Deus), no qual critica severamente o ateísmo e autores como o biólogo evolucionista Richard Dawkins (clique aqui e assista ao Milênio em duas partes gravado com Dawkins na Flip de 2009) e o jornalista Christopher Hitchens. Os dois são conhecidos pelas obras em que negam a existência de Deus e pelas críticas às religiões.
Nesse Milênio especial em duas partes (01/11 e 08/11),
Terry Eagleton despeja toda a sua ironia sobre Dawkins e Hitchens, explica por que Deus se tornou ainda mais importante nas discussões contemporâneas, defende Marx das interpretações preconceituosas e das críticas mais comuns e ainda revela como as elites transformaram o futebol no novo “ópio do povo”, evitando que a classe trabalhadora lute por mudanças sociais.
Tudo isso, claro, regado a críticas e ironias constantes a Dawkins e Hitchens.
Siga também: @mileniognews
por Alexandre dos Santos
Gravado na É por essas e outras que Eagleton mantém a fama de polêmico e combativo, já que transita pelos dois lados do balcão: o da produção e da crítica lietrária. Autor de mais de 40 livros que falam desde Shakespeare até Walter Benjamin – o livro mais conhecido aqui no Brasil é “Teoria da literatura: uma introdução”, em que fala dos românticos do século XIX até os autores pós-modernos – Eagleton lançou recentemente “Reason, faith, and revolution: reflections on the God debate” (Razão, fé e revolução: reflexos no debate sobre Deus), no qual critica severamente o ateísmo e autores como o biólogo evolucionista Richard Dawkins (clique aqui e assista ao Milênio em duas partes gravado com Dawkins na Flip de 2009) e o jornalista Christopher Hitchens. Os dois são conhecidos pelas obras em que negam a existência de Deus e pelas críticas às religiões.
Nesse Milênio especial em duas partes (01/11 e 08/11),
Terry Eagleton despeja toda a sua ironia sobre Dawkins e Hitchens, explica por que Deus se tornou ainda mais importante nas discussões contemporâneas, defende Marx das interpretações preconceituosas e das críticas mais comuns e ainda revela como as elites transformaram o futebol no novo “ópio do povo”, evitando que a classe trabalhadora lute por mudanças sociais.
Tudo isso, claro, regado a críticas e ironias constantes a Dawkins e Hitchens.
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por Alexandre dos Santos
http://globonews.globo.com/platb/milenio/
Sejam felizes todos os seres.
Vivam em paz todos os seres.
Sejam abençoados todos os seres.
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