domingo, 13 de novembro de 2011

Desmascarando o "Eu, Ateu" - Hipátia de Alexandria

                              Hipátia de braço dado com Agostinho

Hipátia por Rafael

Dizia Hipátia de Alexandria (que viveu entre 355 e 415, aquela sobre a qual se fez o filme “Ágora”, de pretensões anticristãs):
Governar agrilhoando a mente através do medo da punição noutro mundo é tão baixo quanto usar a força.
 
Curiosamente, também no Norte de África, em Hipona, um contemporâneo, de seu nome Agostinho (354-430), afirmava:
Quem ama a Deus com medo do inferno não é virtuoso, é cobarde.
 
Neste vídeo eu desmascaro 
as mentiras do Yuri sobre a tática de usar 
a história de Hipátia de Alexandria como um meio 
de caluniar a Igreja, usando de simplismo e generalização.
O neoateísmo cresce em grande parte graças à mentiras e calúnias históricas, reducionismos e generalizações. Muitos neoateus não sabem diferenciar entre o indivíduo e a instituição católica, sentindo-se à vontade em usar da falácia da generalização apressada para enganar seus sequazes.

Enquanto há muitos ateus honestos e sinceros, que conhecem história e sabem que muita coisa não é esse maniqueísmo preto e branco, grupelhos neoateístas militantes, cujo objetivo muitas vezes não é o esclarecimento mas sim a ofensa, calúnia e difamação, usam de deformações e propaganda em grande parte para alimentar sua fome voraz de anticlericalismo.

Esses "fulanos ateus", que se dizem tão "racionais" e contra "mitologia", são na verdade, em grande parte, fabricantes de mitos sobre a Igreja.

Somente uma explanação correta dos fatos históricos pode funcionar como antídoto contra a verborragia mentirosa desses neoateus desonestos.

"É mais fácil acreditar em uma mentira que se tem ouvido mil vezes do que acreditar que um fato que ninguém tenha ouvido antes".

"Eu não estou chateado que você mentiu para mim. Eu estou chateado que a partir de agora eu não posso mais acreditar em você." - Nietzsche

"Invente uma grande mentira, torne-a simples, continue dizendo-a e, eventualmente, eles vão acreditar." - Hitler

É. Nisto vimos que o ateu aqui aprendeu bem.
Para saber mais e se inocular contra a praga das mentiras neoateístas:

ALEXANDRIA. CRÍTICA DO FILME. (com resenha)

O filme relata a história de Hipátia (Rachel Weisz), filósofa e professora em Alexandria, no Egito entre os anos 355 e 415 da nossa era. Única personagem feminina do filme, Hipátia ensina filosofia, matemática e astronomia na Escola de Alexandria, junto à Biblioteca. 

Resultante de uma cultura iniciada com Alexandre Magno, passando depois pela dominação romana, Alexandria é agitada por ideais religiosos diversos: o cristianismo, que passou de religião intolerada para religião intolerante, convive com o judaísmo e a cultura greco-romana.

Hipátia tem entre seus alunos Orestes, que a ama, sem ser correspondido, e Sinésius, adepto do cristianismo. Seu escravo Davus também a ama, secretamente. Hipátia não deseja casar-se, mas se dedica unicamente ao estudo, à filosofia, matemática, astronomia, e sua principal preocupação, no relato do filme, é com o movimento da terra em torno do sol.

Mediante os vários enfrentamentos entre cristãos, judeus e a cultura greco-romana, os cristãos se apoderam, aos poucos, da situação, e enquanto Orestes se torna prefeito e se mantém fiel ao seu amor, o ex-escravo Davus (que recebeu a alforria de Hipátia) se debate entre a fé cristã e a paixão. O líder cristão Cyril domina a cidade e encontra na ligação entre Orestes e Hipátia o ponto de fragilidade do poder romano, iniciando uma campanha de enfraquecimento da influência de Hipátia sobre o prefeito, usando as escrituras sagradas para acusá-la de ateísmo e bruxaria.

No filme a atriz Rachel Weisz interpreta uma pobre mulher que não compreende a origem de tanta raiva entre os homens e simplesmente tenta canalizar as suas energias para algo de bem. É impressionante como o filme capta a mais vil intolerância e opressão e é abismal a forma como ele denuncia o desprezo do Cristianismo pela condição feminina (o que me deixa ainda mais incrédulo com o simples fato de haver mulheres que conseguem ser cristãs na atualidade)
.
Resenha do autor
Este filme é um excelente tema gerador de discussões filosóficas.  Hipátia de fato descreve com dignidade o que Johanes Kepler foi re-descobrir mais de mil anos depois.

                           
Ágora - No Brasil recebeu o Título de Alexandria.

No filme é possível ver também a essência do que é a doutrina cristã. Nunca paramos para pensar no que acreditamos e Hipatia diz isso a um de seus discípulos que se tornou cristão, que passa a questionar tudo, mas nunca questiona o que ele acredita. Hipatia afirma que não pode se converter ao cristianismo, ela opta pela neutralidade e o amor a filosofia porque a visão de mundo dela é puramente filosófica e não há espaço para religião. Entretanto a política e a religião estavam acopladas nesta época, tornando a situação delicada até para o prefeito Orestes. A tensão entre cristão e judeus cresceu demais. Os cristãos passaram a dominar o território, os pagãos ou foram mortos ou obrigatoriamente se converteram ao cristianismo, Orestes era pagão e se tornou cristão. Quem não fosse cristão seria morto. Hipatia foi taxada de bruxa e atéia e por isso pagou caro.

É notável como fator histórico que o cristianismo não tem uma filosofia como tem os gregos e romanos. Isso é possível ver com clareza no filme, o local onde ocorre e os as doutrinas dominantes. A história é no Egito e lá vemos deuses pagãos, o povo romano com suas tradições inclusive gregas, e conflito entre judeus e cristão e as suas tensões.

A Cristianismo não possui uma filosofia autentica, na verdade ele é uma cooptação da filosofia Greco-romana e egípcia. Os ensinamentos destas filosofias foram migrados para o cristianismo e posteriormente receberam uma ajudinha de Aristóteles e Santo Agostinho, o que não tem nada a ver com o filme, mas que é um fator histórico importante na história sanguinária do cristianismo.

Cirilo foi o grande propagador da proposta cristão na história e não ficou de fora no filme. Ele claramente propôs a conversão obrigatória. Quem não fosse cristão automaticamente deveria ser apedrejado, inclusive armou ciladas a Orestes o prefeito cristão.

Assim como Hipatia, que foi apedrejada acusada de bruxaria e ateísmo em 415 D.C Giordano Bruno foi morto pelo mesmo motivo mil e cem anos depois de Hipatia. O que notamos é a forma de atuação do cristianismo em nada mudou neste período. Atualmente vemos um cristianismo diferenciado, hoje um ateu ou uma bruxo não é apedrejado na rua em grande parte do mundo. Obviamente que ainda não há aceitação e vez ou outra vemos protestos e as vezes casos extremos no cristianismo. Em alguns lugares como o Kansas nos EUA vemos um radicalismo, mas até hoje judeus, muçulmanos e cristão não se aceitam.

Assim como Oriente médio os EUA possuem uma política coberta pela religião, a diferença é que nos EUA ela é mascarada, o Tennessee que o diga.
No Oriente médio bem ali no núcleo do nascimento das três principais religiões quem tem os mesmos “ancestrais“ até hoje reina a intolerância e o extremismo.

A faixa de Gaza é sagrada
tanto para judeus quanto para muçulmanos.
As pessoas que aceitam o cristianismo hoje, estão aceitando também o caminho que o cristianismo fez para chegar até o presente. Morte, desrespeito, humilhação, intolerância religiosa e social em um período que se estendeu por mais de mil anos de Morte em nome de Cristo, desde de antes de hipatia até as cruzadas, a morte dos cátaro, a rebelião Taiping – um misto de cristianismo e teorias radicais de igualdade social onde mais de 20 milhões morreram, 3,2 vezes mais mortes que o holocausto. Se você aceita a Jesus, aceita o caminho de sua religião e aceita essas mortes. Parabéns, elas não foram em vão. Eu, particularmente adoto a mesma postura de Hipátia, a neutralidade.

Scritto da Rossetti
Palavras chave: Rossetti, Netnature, Hipatia, Alexandria, Cristianismo
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"A Beleza da Razão: um reexame de Hipátia de Alexandria" - uma análise erudita da história de Hipátia, por Brian Whitfield: http://math.coe.uga.edu/tme/issues/v06n1/4whitfield.pdf

Crítica do filme "Agora" por Steven Greydanus: http://decentfilms.com/articles/agora

Esta é a citação do Bispo João sobre a culpa de Cirilo: http://www.cosmopolis.com/alexandria/hypatia-bio-john.html

Aqui está a citação de Sócrates sobre Hipátia: http://www.newadvent.org/fathers/26017.htm capítulos 13-16

A fonte para este artigo da Enciclopédia Católica está aqui: http://www.newadvent.org/cathen/04592b.htm

Divulguem nosso projeto "Liga da Justiça Elite": www.ligadajusticaelite.blogspot.com

Enviado por em 22/08/2011
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