segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Sartre condenado a liberdade


Palestra sobre existencialismo com o professor Franklin Leopoldo e Silva

Então Sartre diz: na verdade Husserl quando diz que a consciência é este deslizar para fora de si, este movimento este ato,o que ele quer dizer, na verdade, é o seguinte: a consciência é um constante transcender-se(transcender-se quer dizer: ir para fora de si tentando superar-se(superar-se a si mesmo), indo além de si mesmo).

Então, nós vemos aí que a consciência intencional do Husserl transforma-se(no Sartre) nesta consciência definida como este constante transcender-se. Este constante transcender-se é algo que vai constituir uma noção essencial da filosofia Existêncialista; chama-se projeto.

O que é o sujeito?
O que é a realidade humana?
É aquilo que cada um projeta ser. Agora, se eu digo, então, que eu sou um projeto ou que a realidade humana é um projeto! isto parece contraditório, porque um projeto é aquilo que ainda não é. Bueno, este paradoxo é proposital, é justamente isto que Sartre quer dizer: nós somos aquilo que ainda não somos.

Somos sempre aquilo que projetamos ser. Ora, esse projetar-se, esse simples projetar-se este puro projetar-se de onde ele vem? Quem projeta? Quem deseja ser? Não há algo, aí, por trás disso. Ele é fiel àquela concepção husserliana: a consciência não é uma coisa. Esse movimento, ele é um puro movimento, então, Sartre o chama com o nome próprio que definirá o centro da filosofia existêncialista: é a liberdade.

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Sejam felizes todos os seres.
Vivam em paz todos os seres.
Sejam abençoados todos os seres.
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