segunda-feira, 25 de julho de 2011

MACACOS FALANTES - CIENTISTAS JÁ PESQUISAM




Cientistas temem que pesquisas médicas criem macacos falantes


Atualizado em  25 de julho, 2011 - 04:56 (Brasília) 07:56 GMT


Babuínos, no zoológico de Cali, na Colômbia. AFP

Para o relatório, 
“criar características como a linguagem 
ou a aparência humana" 
levanta questões éticas

A Academia de Ciências Médicas da Grã-Bretanha está pedindo ao governo que estipule regras mais estritas paras as pesquisas médicas envolvendo animais. O grupo teme que experimentos envolvendo transplante de células acabem criando anomalias, como macacos com a capacidade de pensar e falar como os humanos.

O alerta ressalta o debate da questão dos limites da pesquisa científica. Um dos autores do relatório, o professor Christopher Shaw, do King's College de Londres, diz que tais estudos "são extraordinariamente importantes".
A academia ressalta ainda 
que não é contrária a experimentos que envolvam,
por exemplo, o implante de células 
e tecidos humanos em animais.

Estudos atuais, por exemplo, transplantam células cancerígenas em ratos a fim de testar novas drogas contra o avanço da doença.

A academia defende, no entanto, que com o avanço das técnicas estão surgindo novos temas que precisam ser urgentemente regulados.


Avanço
Os avanços científicos atuais já permitem a criação de ratos com lesões similares às causadas por um derrame cerebral, para que sejam depois injetadas células tronco humanas, a fim de corrigir os danos.

Outro estudo com implante de um cromossomo humano no genoma de ratos com síndrome de Down também foi essencial para a compreensão da doença.
Apesar de a maioria dos experimentos ser feita com ratos, os cientistas estão particularmente preocupados com os testes em macacos.


Na Grã-Bretanha são proibidas as investigações
com macacos de grande porte como gorilas,
chipanzés e orangotango. 

Em outros países,
como os Estados Unidos, são liberadas.

"O que tememos é que se comece a introduzir um grande número de células cerebrais humanas no cérebro de primatas e que isso, de repente, faça com os que os primatas adquiram algumas das capacidades que se consideram exclusivamente humanas, como a linguagem", diz o professor Thomas Baldwin, outro membro da academia.
"Estas são possibilidades muito exploradas na ficção, mas precisamos começar a pensar nelas"
Thomas Baldwin
"Estas são possibilidades 
muito exploradas na ficção, mas precisamos
começar a pensar nelas", diz.

Áreas ‘delicadas’
O relatório indica três áreas particulamente "delicadas" na pesquisa com animais: a cognitiva, a de reprodução e a criação de características visuais que se percebam como humanas.

"Uma questão fundamental 
é se o fato de povoar o cérebro de um animal
com células humanas pode resultar em um animal
com capacidade cognitiva humana, 
a consciência, por exemplo", 
diz o relatório.

O professor Martin Bobrow, principal autor do relatório, sugere o que chama de "prova do grande símio": se um macaco que recebeu material genético humano começa a adquirir capacidades similares a de um chimpanzé, é hora de frear os experimentos.


Na área de reprodução, 
recomenda-se que embriões animais 
produzidos a partir de óvulos ou esperma humano 
não se desenvolvam além de um período 
de 14 dias.

O campo mais polêmico é o de animais com características "singularmente humanas", os experimentos que o relatório chama de "tipo Frankestein, com animais humanizados".

Segundo o relatório, 
"criar características como a linguagem
ou a aparência humana nos amimais,
como forma facial ou a textura da pele,
levanta questões éticas muito fortes".

Leia mais sobre esse assunto


*Jo

Fonte:
BBC Brasil
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/07/110722_macaco_pesquisa_falante_mm.shtml
Sejam felizes todos os seres. Vivam em paz todos os seres.
Sejam abençoados todos os seres.

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